ANVISA - O USO DE GINKGOBILOBA JUNTO A VARFARINA, OU ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, PODE AUMENTAR O EFEITO ANTICOAGULANTE DESTES MEDICAMENTOS, PODENDO CAUSAR HEMORRAGIAS.
O TÔNICO MENTAL CARE CAPS, adicionado a padrões vibracionais, tem por objetivo auxiliar processos de reorganização e funcionalidade do Sistema nervoso. Os componentes presentes nesse suplemento apresentam funções nootrópicas com alvo principal os neurotransmissores, resultando em aumento de foco, memória, além de melhorias na aprendizagem, melhorias relacionadas ao desempenho cognitivo, e na sensação de bem-estar. Estes componentes apresentam concomitantemente uma função neuro protetora e neuro moduladora pronunciada.
O Convolvulus prostratus apresenta óleos voláteis, ácidos graxos, flavonoides, kaempferol, ácido hidroxi cinâmico, β-sitosterol, conferindo à esta planta capacidades nootrópicas. Em virtude de possuir altos níveis de glutationa redutase, superóxido dismutase e glutationa reduzida dentro do córtex e hipocampo também apresenta atividade neuro protetora. Possui também atividade anticonvulsivante pela presença de cumarinas e triterpenoides e efeitos antioxidantes atuando principalmente no sequestro de espécies reativas de oxigênio (ROS).
Vários estudos demonstraram efeitos anti-hiperglicêmicos e anti-hiperlipidêmicos significativos do cogumelo H. erinaceus. Nesta esteira foram observadas taxas de elevação significativamente mais baixas do nível de glicose no sangue e aumento do nível de insulina sérica em trabalhos científicos. A dilinoleoil-fosfatidiletanolamina (DLPE) isolada de H. erinaceus parece reduzir o estresse e a toxicidade do peptídeo amiloide-β (A-β) ao diminuir a morte celular neuronal através da via da proteína quinase C. Outro composto fortemente bioativo denominado 3-hidroxihericenona F, também isolado desse fungo, mostrou atividade protetora contra a morte celular neuronal e efetividade na promoção do desenvolvimento normal de células do cerebelo cultivadas. Adicionalmente foi evidenciado um efeito regulador no processo de gênese da mielina, o qual pode auxiliar sobremaneira na proteção e regeneração da mielina. Possui atividade antimicrobiana contra fungos, protozoários, bem como várias bactérias patogênicas gram-positivas e gram-negativas. Foram constatadas propriedades antienvelhecimento (β-glucanos presentes) também em pele, onde provavelmente esta propriedade está relacionada à inibição das atividades de metaloproteinase de matriz (MMP)-1 e dos inibidores teciduais de metaloproteinases.
A Centella asiatica contém propriedades devido principalmente a presença de metabólitos bioativos como: glicosídeos, alcaloides, ácidos triterpênicos, óleos voláteis, ácidos graxos, flavonoides, taninas, açúcares, aminoácidos e também minerais (ferro, potássio, cálcio, magnésio, sódio). Além de possuir atividade antibacteriana contra bactérias Gram positivas, tem ação positiva na cicatrização de feridas, atividade anabólica através do aumento de hemoglobina, diminuição de ureia no sangue e efeito cardioprotetor contra isquemia induzida no miocárdio. Possui efeito protetivo/inibitório contra úlcera gástrica provavelmente por melhorar os níveis de GABA no cérebro, atividade ansiolítica, com atividade no aumento de memória, atividade antitumoral, além de neuro protetora e antidiabética.
Neste contexto é digno de nota citar a diminuição da morte neuronal pelo cogumelo lion’s mane, as ações benéficas do Ginkgo biloba - relativas à doença de Parkinson, Alzheimer e demência - através de seu efeito antioxidante poderoso.
Adicionamos neste coquetel complexos de íons magnésio que possuem atividades positivas no tratamento de hiperatividade, produção de ATP, aumento da densidade e plasticidade sinápticas presentes no hipocampo, dentre outros efeitos.
Além destas atividades, há também a presença de efeitos neuro modulatórios realizados principalmente pela Acetil-L-carnitina e Piracetam, na produção de acetilcolina pelo dimetilaminoetanol (DMAE) e na influência do metabolismo dos neurotransmissores acetilcolina, norepinefrina (noradrenalina), serotonina e dopamina pela fosfatidilcolina.
Convolvulus prostratus (SHANKHPUSHPI)
C. prostratus é encontrada na Índia e na Birmânia, e utilizada há milênios pela Medicina Ayurvédica.
C. prostratus (CP) contém óleos voláteis; ácidos graxos, flavonoides, kaempferol, ácido hidroxicinâmico, β-sitosterol e carboidratos como glicose, ramnose, sacarose etc., conferindo à esta planta capacidades nootrópicas. (Sethiya et al., 2010)
O extrato de C. prostratus também apresentou atividade antioxidante evidente e elevou os níveis de glutationa redutase, superóxido dismutase e glutationa reduzida dentro do córtex e hipocampo, indicando atividade Neuroprotetora (Kulkarni et al., 2012)
Os extratos etanólicos e clorofórmicos isolados das partes aéreas do C.prostratus mostraram atividade ansiolítica significativa conforme registrado pelo teste do labirinto em cruz elevado em camundongos experimentais. (Bhalerao et al., 2014) O mecanismo fundamental por trás dessa evidente atividade anticonvulsivante da Shankhpushpi pode ser a presença de cumarinas e triterpenoides (Quintans et al., 2008)
O C. prostratus mostrou atividade antidepressiva (Bhalerao et al., 2014) e atividade anti-inflamatória. (Agarwal et al., 2014) (Rathee et al., 2009)
Polifenóis, flavonoides e vitamina E presentes na planta, atuam como sequestradores de espécies reativas de oxigênio (ROS) e melhoram a peroxidação lipídica, atribuindo assim a atividade antioxidante do CP. (Nasri et al., 2015)
O extrato etanólico de CP na dose de 750 mg/Kg apresentou atividade analgésica estatisticamente significante em relação aos analgésicos padrão, como o sulfato de morfina, quando testados no método da placa quente e nos ensaios de tail-flick em ratos. (Agarwal et al., 2014)
A atividade sedativa dos extratos etanólico e aquoso das partes aéreas do CP mostraram potencialização estatisticamente significativa do tempo de sono em ratos induzidos com tiopental sódico. (Siddiqui et al., 2014)
Hericium erinaceus (COGUMELO LION’S MANE)
Hericium erinaceus pertence à família Hericiaceae. Esse cogumelo possui uma longa história de uso na medicina tradicional chinesa. O Hericium erinaceus é considerado como um saprotrófico ou parasita fraco, o qual ocorre mais frequentemente em madeira morta, mas pode ser encontrado em nós ou rachaduras de madeira. Em 2003, este cogumelo foi incluído na lista vermelha em 13 dos 23 países europeus porque seus habitats naturais estão começando a desaparecer. (Thongbai et al., 2015)
Os polissacarídeos brutos do cogumelo H. erinaceus solúveis em água mostraram atividade anticancerígena contra linhas de células tumorais in vitro. Nesse estudo observou-se a atividade anticâncer contra hepatócitos malignos (HepG2), carcinoma mamário (MCF-7), linfoma (EL4) e câncer de esôfago (EC109). Os resultados desse trabalho indicaram um efeito antitumoral dos polissacarídeos de H. erinaceus via ativação de diferentes células imunes, como a expressão de citocinas (IL-1ß e TNF-ß) e pela ativação da produção de óxido nítrico (NO). Esses experimentos também revelaram uma forte atividade antitumoral mediada pela ativação das quinases c-Jun-N-terminais (JNKs) que estão envolvidas na apoptose (morte celular programada), além de aumentar a sinalização apoptótica mediada por doxorrubicina intracelular via supressão de atividade do fator kappa B (NF-κB). (Jong Seok Lee et al., 2010) Para outros trabalhos relacionados à atividade anticancerígena do cogumelo H. Erinaceus ver: (Sung Phil Kim et al., 2011)(Sung Phil Kim et al., 2013)(Sung Phil Kim et al., 2014)
Vários estudos demonstraram efeitos anti-hiperglicêmicos e anti-hiperlipidêmicos significativos do cogumelo H. Erinaceus quando ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina são alimentados com metanol e extratos aquosos de H. erinaceus. Observaram-se taxas de elevação significativamente mais baixas do nível de glicose no sangue e aumento do nível de insulina sérica ocorreu em ratos alimentados com o extrato metanólico de H. Erinaceus, em comparação com grupos de controle não tratados. (Jinn et al., 2005)(Liang et al., 2013) Nesse contexto, de acordo com Hiwatashi et al. demonstrou que extratos etanólicos de H. erinaceus mostraram ação hipoglicêmica em camundongos possuindo diabetes mellitus. (Hiwatashi et al., 2010)
A dilinoleoil-fosfatidiletanolamina (DLPE) isolada de H. erinaceus parece reduzir o estresse e a toxicidade do peptídeo amilóide-β (A-β) ao diminuir a morte celular neuronal através da via da proteína quinase C. Outro composto fortemente bioativo denominado 3-hidroxihericenona F, isolado desse fungo mostrou atividade protetora contra a morte celular neuronal. (Nagai et al., 2006)(Ueda et al., 2008)
Hericium erinaceus apresenta também apresenta ação sobre o tecido de mielina no ensaio in vitro. Os extratos desse fungo mostraram habilidades para promover o desenvolvimento normal de células do cerebelo cultivadas. Também foi evidenciado um efeito regulador no processo de gênese da mielina. (Kolotushkina et al., 2003)
Alguns trabalhos também relataram a atividade antimicrobiana do H. erinaceus contra como fungos e protozoários, bem como várias bactérias patogênicas gram-positivas e gram-negativas. (Lindequist et al., 2005)(Wong et al., 2009) (Dong-Myong Kim et al., 2000)
Xu et al. também descobriram que os β-glucanos provenientes do H. erinaceus exibiram propriedades antienvelhecimento da pele significativas em ratos idosos. Provavelmente essa propriedade está relacionada à inibição das atividades de metaloproteinase de matriz (MMP)-1 e dos inibidores teciduais de metaloproteinases. (Hui Xu et al., 2010)
Centella asiática (CENTELLA)
A Centella Asiática é uma erva perene comumente encontrada no sul da Ásia, China, Madagascar, África do Sul, Sudoeste dos Estados Unidos e América do Sul. Essa planta é membro da família Apiaceae e é vastamente conhecida por sua utilidade medicinal. Essas propriedades são devidas principalmente a presença de metabólitos bioativos como: glicosídeos, alcaloides, ácidos triterpênicos, óleos voláteis, ácidos graxos, flavonoides, taninas, açúcares, aminoácidos e também minerais (ferro, potássio, cálcio, magnésio, sódio).(Das, 2011)
De acordo com vários pesquisadores, o extrato alcoólico de C. asiática revelou atividade antibacteriana contra bactérias Gram positivas. (Minija et al., 2003)(Mamtha et al., 2004)(Panomket et al., 2011)
O extrato alcoólico e hidrogel da C. asiática demonstraram atividade relacionada à cicatrização de feridas. Foi observado que, em termos da habilidade de contração, fechamento, diminuição da área superficial e regeneração de tecido de machucados, foi significante quando aplicado em ratos. (Karodi et al., 2009)
Além dos efeitos relatados acima, observou-se que o extrato alcoólico da C. Asiática exibiu atividade anabólica através do aumento de hemoglobina (Chatterjee et al., 1992) e diminuição de ureia no sangue e efeito cardioprotetivo contra isquemia induzida no miocárdio em ratos. (Pragada et al., 2004). Esse extrato também exibiu uma atividade antiprotozoária contra Entamoeba histolytica. (Dhar et al., 1968) O extrato etanólico exibiu efeito protetivo/inibitório contra úlcera gástrica. Esses efeitos contra úlcera foram relacionados com o nível de GABA no cérebro. A atividade imunomodulatória também foi observada no extrato metanólico de C. Asiática. De acordo com os dados apresentados, os constituintes desta planta modificam células imunes (primeira linha de defesa celular). (Montecchio et al., 1991) (Cesarone et al., 2001) (Jana et al., 2010)
Outros efeitos comprovados cientificamente incluem a atividade antitumoral através da diminuição do desenvolvimento de tumores sólidos em roedores (Babu et al., 1994) (Park et al., 2005) (Babu et al., 1995) bem como atividade ansiolítica (Yoosook et al., 2000), antiviral (Yoosook et al., 2000), propriedades relacionadas com aumento de memória, (Rao et al., 2005), atividade antiproliferativa, (Sampson et al., 2001), neuro protetiva, (Cheng et al., 2000) antidiabética, (Chauhan et al., 2010), propriedades dermatológicas (Dattner, 2003) entre outras. Devido a sua capacidade medicinal, a C. Asiática também está sendo alvo de vários testes pré-clínicos/clínicos. (Das, 2011)
GINKGO BILOBA (GINKGO BILOBA)
O Ginkgo biloba e uma planta medicinal pertencente à família Ginkgoaceae a qual é considerada a árvore mais antiga viva no mundo (a espécie Ginkgo datam do período Permiano de cerca 286-248 milhões de anos atrás). Essa árvore e nativa de países asiáticos (China, Japao e Coreia), mas está distribuída na Europa, Américas, Índia e Nova Zelândia. (Eisvand et al., 2020) (Singh et al., 2019) (Banin et al., 2014) Suas utilizações incluem aplicações para patologias respiratórias, cardiovasculares. Na medicina Chinesa suas aplicações estão relacionadas a doenças pulmonárias, infecções de bexiga e abuso de álcool. Seu potencial terapêutico está principalmente relacionado com a presença flavonoides, polifenóis, ácidos orgânicos e ginkgolides (A, B e C), os quais pertencem a classe de terpenoides. (Tomino et al., 2021) (Hirata et al., 2019) (Achete De Souza et al., 2020) (Unger, 2013)
As folhas e sementes do Ginkgo biloba são um dos produtos fitofarmacêuticos mais consumidos nos Estados Unidos e Europa por desempenharem ações terapêuticas relacionadas com a doença de Parkinson, doença de Alzheimer e demência. Além disso, apresentam efeitos benéficos relativos ao envelhecimento como resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia e patologia cardiovasculares. Essas atividades farmacológicas estão principalmente relacionadas com mecanismos antiapoptóticos, antioxidantes e anti-inflamatórios. (Singh et al., 2019) (Tomino et al., 2021) (Gauthier & Schlaefke, 2014) (Meng et al., 2019) (Abdul-Latif et al., 2021) (Barbalho et al., 2022)
O mecanismo de ação relacionado com a função neuro protetora do ginkgo biloba está relacionado principalmente com seus efeitos antioxidantes, capturador de radicais livres, estabilizador de membrana e inibidor do fator de ativação de plaquetas via ginkgolide B. (Oberpichler et al., 1990) (Sastre et al., 1998) (Nettleton, 1996). Adicionalmente, outros efeitos farmacológicos dessa planta relacionados com o antienvelhecimento estão associados com a inibição da perda de receptores colinérgicos, α-adrenoceptores e estimulação da captação de colina no hipocampo. (Nathan, 1999)
L-TREONATO DE MAGNÉSIO
O treonato de magnésio é um complexo inorgânico que possui em sua composição íons Mg2+ ligados ao aminoácido treonina. É sabido que íons de magnésio são indispensáveis pois estão envolvidos em muitas funções fisiológicas. Neste contexto, estudos científicos comprovaram que o aumento da concentração extracelular de Mg2+ inibem a resposta inflamatória através da redução da produção de citoquinas inflamatórias. Além disso, os íons de Mg2+ exercem uma função regulatória da plasticidade sináptica em estudos in vitro. (Mazur et al., 2007)(Sugimoto et al., 2012) Mais recentemente o treonato de magnésio vem atraindo a atenção da comunidade científica devido seus efeitos neuro protetores. Estudos demonstraram que há uma melhora tanto na memória curta e longa em ratos jovens e idosos devido ao aumento da densidade e plasticidade sinápticas presentes no hipocampo. (Slutsky et al., 2010) Outro estudo demonstrou que esse composto é capaz de prevenir e restaurar os déficits de memória de curto prazo em animais com dor neuropática crônica. Tal efeito pode estar relacionado com a capacidade regulatória do treonato de magnésio com relação ao fator THF-α. (J. Wang et al., 2013)
De acordo com os estudos de Sun et. Al. O treonato pode ser encontrado naturalmente no fluido cerebrospinal. (Shen et al., 2019) Dessa forma, a utilização de treonato de magnésio em culturas de neurônios induziu diretamente a concentração intracelular de íons Mg2+ e, além disso, o aumento na concentração de treonato aumentou o potencial de membrana mitocondrial e a densidade funcional sináptica. Tais efeitos são únicos do treonato de magnésio uma vez que outros complexos contendo magnésio não demonstraram o mesmo resultado. Adicionalmente, o mecanismo molecular por trás dessas propriedades são mediados especificamente por transportadores de glicose. E digno de nota que esses experimentos também provocaram um aumento na densidade sináptica em neurônios humanos derivados de células tronco. (Sun et al., 2016)
Outro estudo experimental utilizando ratos tratados com álcool (crônico/compulsivo) mostrou que o metabolismo de aminoácidos e de glutamato sofreu um aumento nos animais tratados com treonato de magnésio. Nesse experimento também foi observado um aumento na memória dos ratos tratados com treonato de magnésio. Além disso, o treonato de magnésio provocou uma redução na inflamação presente no eixo intestino-cérebro. (C. Liu et al., 2021)
MAGNÉSIO DIMALATO
O dimalato de magnésio assim como o treonato de magnésio consiste em uma molécula inorgânica (complexo inorgânico), a qual possui íons Mg2+ ligados ao ânion malato – proveniente do ácido málico. Dentre todos os complexos inorgânicos contendo magnésio utilizados com finalidade terapêutica, o dimalato de magnésio ainda não possui estudos extensivos no que diz respeito a elucidação de suas propriedades principalmente relacionadas com a saúde mental ou processos relativos a outras patologias.
De acordo com Abraham & Flechas, o magnésio na forma de íons Mg2+ assim como o ânion malato desempenham um papel crítico na produção de ATP (adenosina trifosfato) sob condições de baixa concentração de oxigênio (hipóxia). (Abraham & Flechas, 1992) Tal evidência sugere indiretamente que o magnésio dimalato pode ser empregado no tratamento de fibromialgia, uma vez que os sintomas relacionados a essa patologia sofrem um aumento devido a gliconeogênese com a quebra das proteínas musculares, que resultam da deficiência de oxigênio e outras substâncias requeridas na síntese de ATP. (Abraham & Flechas, 1992)
Num estudo publicado por Suzuki et. Al. Foi evidenciado que o malato possui a capacidade de se ligar a íons de alumínio, reduzindo, dessa forma, a toxicidade causada por esse metal. (Suzuki et al., 2007)
MAGNÉSIO GLICINA QUELADO 5
Assim como nos outros compostos químicos envolvendo magnésio demonstrados neste documento, o magnésio glicina quelado também é um composto químico inorgânico (complexo inorgânico) possuindo ions Mg2+ ligados ao aminoácido glicina.
Além de servir como suplemento de íons Mg2+ para corpo, foi demonstrado num estudo clínico que o complexo de magnésio glicina influencia na recuperação rápida da depressão. Tal fato está provavelmente relacionado com a padronização do fluxo de íons nos canais de cálcio o que causa, dessa forma, um ajuste na produção de oxido nítrico neural. (Eby & Eby, 2006)
O magnésio glicina também vem atraindo a atenção de grupos de pesquisa nos últimos anos devido aos seus efeitos benéficos relacionados a desordens de hiperatividade. Neste contexto, há evidências preliminares indicando que a suplementação com magnésio pode provocar efeitos positivos relativos aos sintomas da hiperatividade. (Villagomez & Ramtekkar, 2014) Um estudo clínico em crianças diagnosticadas com hiperatividade demonstrou que a suplementação de magnésio em conjunto com a vitamina B6 provocou uma melhora nos sintomas dessa patologia. (Villagomez & Ramtekkar, 2014) Há evidências preliminares sugerindo que a hiperatividade, falta de atenção e impulsividade podem ser devidas a deficiência de magnésio. Porém não há uma conclusão definitiva se essas condições estão relacionadas a deficiência de magnésio em todo o mundo ou apenas em lugares específicos. Dessa forma, mais estudos são necessários para que se possa relevar de forma definitiva se o magnésio está relacionado com a hiperatividade. (Villagomez & Ramtekkar, 2014)
UBIQUINONA
A Ubiquinona, também conhecida como Coenzima Q, é um componente móvel da cadeia de transportes de elétrons mitocondrial, o qual age como pró-oxidante, no seu estado ubisemiquinona, e como antioxidante de membrana. Estas propriedades levam a ubiquinona a ser um composto químico bastante estudado pela comunidade científica uma vez que processos de envelhecimento e várias desordens patológicas podem estar associadas a processos que ocorrem na mitocôndria ou por eventos oxidativos causados por espécies reativas de oxigênio. (Y. Wang & Hekimi, 2016)
Há um corpo de evidências bem estabelecido indicando que a ubiquinona e sintetizada em todos os tipos de células e que sua abundância não depende de suplementos alimentares. (Y. Wang & Hekimi, 2016) Dentre suas características marcantes destacam-se o fato de que em sua estrutura molecular se encontram uma parte hidrofílica, uma parte hidrofóbica - cruciais para o transporte eletrônico e três estados de oxidação estão presentes nessa classe de moléculas (totalmente oxidado, parcialmente reduzido e totalmente reduzido) permitindo sua participação em ciclos redox reversíveis entre seus estados de oxidação e de atuar como carreador de elétrons na cadeia de respiração mitocondrial. Dessa forma, a retirada da ubiquinona presente na membrana mitocondrial resulta, consequentemente, na perda de atividade das enzimas NADH oxidase e succinato oxidase. Porém, a atividade dessas enzimas pode ser restaurada quando a ubiquinona é novamente inserida na membrana mitocondrial. (Estornell et al., 1992) Para outros estudos detalhados sobre a atuação da ubiquinona na mitocôndria ver: (Y. Wang & Hekimi, 2016)
PIRACETAM
O piracetam é um derivado do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) comercializado desde 1971. Este foi a primeira droga nootrópica, a qual age na função cognitiva sem causar estimulação ou sedação através de influências no sistema neuronal e vascular. (Giurgea, 1972) Além de sua função nootrópica, o piracetam também possui aplicações relacionadas ao tratamento de vertigem, dislexia, mioclonia cortical, anemia falciforme e patologias relacionadas com idade avançada. Seus efeitos fisiológicos incluem restauração da fluidez da membrana celular (em todo ou em parte). Além disso, a nível neuronal, o piracetam exibe uma propriedade modulatória da neurotransmissão em vários sistemas transmissores, incluindo o sistema colinérgico e glutamatérgico, propriedades neuro protetoras e anticonvulsivantes e provoca uma melhoria na neuroplasticidade. (Winblad, 2005) Estudos também indicam que a nível vascular o piracetam reduz a adesão de eritrócitos ao endotélio vascular impede vaso espasmos e facilita a microcirculação. (Winblad, 2005)
Sua atuação modulatória parece estar relacionada com o aumento no número de receptores pós-sinápticos e/ou restauração da função desses receptores. Através da utilização da hipótese de atuação do piracetam sobre a membrana celular, há a ideia de que há uma mudança na fluidez da membrana, modificando dessa forma, as proteínas integradas à membrana. Como neurotransmissores se ligam a essas proteínas há uma influência no fluxo de íons e outros componentes químicos de dentro para fora da célula e vice-versa, resultando como consequência, também na modulação da sinalização celular. Vários estudos indicam que esse efeito modulador não está limitado a nenhum tipo específico de neurotransmissor. (Winblad, 2005) Neste contexto já foram comprovados que os sistemas colinérgicos (“Treatment of Age-Related Cognitive Dysfunction; Pharmacological and Clinical Evaluation,” 1992) (Pilch & Müller, 1988) (Stoll et al., 1992), serotoninérgico (Valzelli et al., 1980), noradrenérgico (Olpe & Steinmann, 1981) e glutamatérgico (Cohen & Müller, 1993) sofrem modulação pelo piracetam.
A neuroplasticidade também é afetada pelo piracetam. Este termo se refere a adaptação do circuito neural através da modificação e desenvolvimento de conexões sinápticas e neurais. Tal processo está intimamente relacionado com o processo de aprendizado e com a memória. Neste contexto, o consumo excessivo e um dos principais responsáveis pela perda neuronal resultando em impactos negativos tanto na aprendizagem quanto na memória. (Brandão et al., 1995) Estudos utilizando como modelo ratos tratados com álcool evidenciaram que o piracetam provocou um aumento no número de sinapses do hipocampo numa taxa de 20% em relação ao grupo controle. Tal resultado mostra que o piracetam promove a neuroplasticidade quando circuitos neurais são recuperáveis. (Brandão et al., 1995) (Brandão et al., 1996)
Estudos em animais também foram utilizados para elucidar os efeitos anticonvulsivantes do piracetam. A utilização deste suplemento antes do estímulo convulsivante provocou uma redução na severidade da convulsão em ratos. (Benesova, 1980) Além disso, o piracetam aumentou os efeitos anticonvulsivantes da carbamazepina e do diazepam. (Hawkins & Mellanby, 1986) (Mondadori & Schmutz, 1986) Há que se ressaltar que nesse estudo a combinação do piracetam com carbamazepina protegem 80% dos animais contra convulsões induzidas por eletrochoque. (Mondadori & Schmutz, 1986) Apesar dos estudos indicarem que os efeitos anticonvulsivantes do piracetam estarem relacionados com suas propriedades de atuação sobre neurotransmissores, o mecanismo de atuação do piracetam ainda não está completamente entendido.
FOSFATIDILSERINA
Dentre todos os fosfolipídios carregados negativamente presentes nas membranas celulares humanas, a fosfatidilserina é o mais abundante. Essa molécula constitui de 2 a 20% da massa total fosfolipídica presente no plasma de um humano adulto e nas membranas intracelulares. (Leventis & Grinstein, 2010) (Glade & Smith, 2015) A fosfatidilserina está confinada no ambiente intracelular na sua maior parte. Porém, há a possibilidade de que esse composto seja exposto ao meio extracelular sob circunstâncias extraordinárias. Contudo a fosfatidilserina exerce papéis de suma importância dentro e fora das células. (Leventis & Grinstein, 2010) Dentre suas funções pode-se destacar o controle na sinalização na cascata de coagulação (BEVERS et al., 1982)(Williamson et al., 1995), o reconhecimento e liberação do mecanismo de apoptose celular (Fadok et al., 1992) (Koopman et al., 1994) (Martin et al., 1995), o direcionamento de ligação a proteínas que possuem domínios C2 ou gama-carboxiglutamicos, a contribuição para associação eletrostática de ligantes policatiônicos com a membrana celular dentre outros efeitos. (Leventis & Grinstein, 2010)
A fosfatidilserina também está presente no cérebro. Num cérebro humano saudável a mielina é rica em fosfatidil serina e sua quantidade presente na matéria cinza dobra desde o nascimento até os 80 anos. (Svennerholm, 1968)(Hayes & Jungalwala, 1976) Nessa esteira, já foi estabelecido que a redução do conteúdo de ácido docosahexaenóico (DHA) presente na fosfatidilserina neuronal está associado com a progressão de danos cognitivos e com a doença de Alzheimer. (Tanaka et al., 2012) (Cunnane et al., 2012)
Há sólidas evidências de que a incorporação da fosfatidilserina nas membranas celulares neuronais também influenciam o metabolismo dos neurotransmissores acetilcolina, norapinefrina, serotonina e dopamina. (Cenacchi et al., 1993) (Crook et al., 1991)(Glade & Smith, 2015) Adicionalmente, quantidades adequadas de fosfatidil serina enriquecida com DHA são requeridas para que ocorra a fusão entre grânulos secretores intraneurais com a membrana resináptica (Tanaka et al., 2012) (Kim et al., 2010) Além disso, a fosfatidil serina exógena estimula a evidência eletroencefalográfica de neurotransmissão colinérgica aumentada em homens e mulheres saudáveis.
De acordo com estudos em pacientes com Alzheimer utilizando tomografia de emissão de pósitron, foi evidenciado que a utilização de glicose no cérebro em resposta a suplementação de fosfatidilserina aumentou, especialmente nas áreas temporo-parientais afetadas por essa patologia. Tal fato indica que a incorporação de fosfatidilserina exógena (como suplemento alimentar) possui uma relevância significativa. (Heiss et al., 1991)(Heiss et al., 1994)(HEISS et al., 1993)(Klinkhammer et al., 1990) A suplementação de fosfatidilserina também se mostra particularmente eficiente quando utilizada em idosos com graus leves de perda da função cognitiva. Nesse estudo foi evidenciado que a suplementação de fosfatidilserina por 60 dias resultou numa melhora significativa da performance verbal, do aprendizado visual, da atenção, das habilidades comunicativas, da iniciativa, da socialização e da autossuficiência. (Glade & Smith, 2015) Além disso, os efeitos positivos da suplementação da fosfaditil serina também foram observados em testes clínicos envolvendo homens e mulheres com mais de 60 anos de idade com uma condição de perda de memória leve. (Glade & Smith, 2015) Os resultados deste trabalho mostraram que a suplementação provocou uma melhora na memória de curto prazo, na memória imediata, na habilidade de vocabulário, na habilidade de lembrar palavras, na atenção e na vigilância. (Glade & Smith, 2015) Outros danos severos como deterioração das funções cognitivas, sem demência ou pseudo-demência também responderam positivamente à suplementação de fosfatidilserina. Resultados similares foram encontrados em idosos exibindo danos cognitivos moderados ou severos quando os indivíduos fizeram a utilização da suplementação por 6 meses. (Cenacchi et al., 1993)
Além dos benefícios relatados acima, a suplementação de fosfatidil serina também demonstrou efeitos positivos contra a depressão. Fatores como apatia, afastamento e distúrbios do sono diminuíram enquanto a motivação e interesse em outras pessoas aumentaram. (Cenacchi et al., 1993) (Delwaide et al., 1986) (Maggioni et al., 1990) E digno de nota mencionar que esses efeitos positivos foram acompanhados por uma melhora na memória. (Maggioni et al., 1990) Para outros efeitos benéficos da fosfatidil serina relacionados a melhora cognitiva ver: (Glade & Smith, 2015)
ACETIL-L-CARNITINA
A acetil-L-carnitina é um composto químico que possui características tanto de aminoácido quanto de vitamina. E formada nos rins e fígado através da junção de vários aminoácidos e após sua síntese fica estocada em vários tecidos, mas pode encontrado principalmente no tecido muscular. (Maldonado et al., 2020)
Esse composto é muito difundido na comunidade médica devido sua alta tolerância para o tratamento de várias patologias sem apresentar efeitos colaterais. (Traina, 2016) Devido a presença do grupo acil, a acetil-L-carnitina é capaz de performar reações de esterificação e transportar vários metabólitos no corpo. Essas características colocam a acetil-L -carnitina num rol de destaque uma vez que pode ser utilizada como um marcador para mudanças metabólicas intimamente relacionadas com várias patologias. (Traina, 2016)
Como a L-carnitina e a Acetil-L-carnitina possuem estruturas semelhantes a colina e acetilcolina respectivamente, pode-se formular, naturalmente, a hipótese de que tais moléculas estão envolvidas na neurotransmissão colinérgica. (Malaguarnera et al., 2008) (Wawrzeńczyk et al., 1995). Neste contexto, há evidência de que a acetil-L-carnitina transfere grupos acil para a síntese de acetilcolina exercendo, dessa forma, um efeito colinérgico o que também exerce influência no processo de balanceamento energético. Adicionalmente, trabalhos científicos relevantes demonstram a modulação da transmissão sináptica através do aumento de acetilcolina diretamente relacionada com a presença de acetil-L-carnitina. (Falchetto et al., 1971) (Ando et al., 2001) Estudos in vivo também comprovaram que a acetil-L-carnitina promove um efeito excitatório nos receptores colinérgicos, os quais são bloqueados diretamente por atropina. Tal fato sugere que a acetil-L-carnitina atua como um receptor muscarínico agonista fraco. (Janiri et al., 1991) Outros efeitos neuro modulatórios exibidos pela acetil-L-carnitina envolvem o aumento da liberação de dopamina e do ácido gama aminobutírico (GABA). (Falchetto et al., 1971) (Imperato et al., 1989) Em particular, a acetil-L-carnitina provoca efeitos benéficos no sistema dopaminérgico do cérebro em idade avançada. (McDaniel et al., 2003) Ainda no contexto da neuromodulação, foi demonstrado que a acetil-l-carnitina é capaz de corrigir a deficiência da liberação de glutamato em ratos. Neste caso, é possível que a acetil-L-carnitina possa ser considerada como um suplemento em potencial para o tratamento de disfunções da neurotransmissão de glutamato, as quais envolvem patologias relacionadas ao estresse e depressão, por exemplo. (Jones et al., 2010) (Smeland et al., 2012)(Tempesta et al., 1985)
Além de efeitos neuro moduladores a acetil-L-carnitina reverte disfunções mitocondriais relacionadas com o envelhecimento sendo considerada um “nutriente mitocondrial”. (McDaniel et al., 2003)(Pascale et al., 1994) Adicionalmente, a acetil-L-carnitina demonstra uma importância crucial no metabolismo neuronal de lipídios uma vez que pode atuar como ”doadora de grupos acetil”. Neste contexto a síntese de todos ácidos graxos presentes na composição de fosfolipideos, cerebrosideos e esfingomielinas acontece exclusivamente dentro da mitocôndria utilizando o grupo acetato ”ativo” proveniente da acetil-L-carnitina. Logo, pode-se afirmar que o grupo acetato da acetil-L-carnitina e essencial para síntese de colesterol pelo corpo humano. (GOODRIDGE et al., 1986) (Traina, 2016)
A acetil-L-carnitina também aumenta a transcrição do DNA mitocondrial, a estabilidade do mRNA mitocondrial e a síntese de proteínas mitocondriais. Além disso, promove uma proteção de integridade da membrana contra a peroxidação lipídica. (Virmani et al., 1995) (Virmani et al., 2001) Dentre os mecanismos utilizados pela acetil-L-carnitina para a proteção da estrutura mitocondrial encontram-se a indução da limpeza de radicais (radical scavenging), aumento das defesas antioxidantes mitocondriais, proteção de enzimas e estimulação da atividade enzimática. Podemos observar que a acetil-L-carnitina também atua como um modulador de estresse e pode exercer uma função protetora contra a neurotoxicidade induzida por quimioterapia. (J. Liu & Ames, 2005) (Altun et al., 2010)
DIMETIL AMINO ETANOL (DMAE)
O dimetil amino etanol (DMAE) é um precursor da colina, a qual está envolvida na produção de acetilcolina – um neurotransmissor envolvido em processos de aprendizado e memória. Estudos in vivo mostraram que o tratamento de ratos com DMAE provocou um aumento expressivo na concentração de colina no plasma e no cérebro, porém foi também observado que a concentração de acetilcolina no cérebro não aumentou. (Jope & Jenden, 1979) Há também evidências de que esse composto químico provocou uma melhora na memória espacial e reduziu o déficit de memória induzido por escopolamina. (Blin et al., 2009)
Através da análise baseada em eletroencefalograma, foi constatado que a suplementação de DMAE em conjunto com vitaminas e minerais provocou um aumento no estado de alerta, atenção e na condição geral de humor. (Dimpfel et al., 2003) Além de tais efeitos, a suplementação de DMAE também mostrou ser eficaz para melhorar a qualidade do sono e de induzir sonhos lúcidos. (Sergio, 1988) Sua administração já foi testada em crianças com síndrome hipercinética (Baumgaertel, 1999) e com síndrome de disfunção cerebral mínima. ((Lewis & Young, 1975)
De acordo com o trabalho publicado por Oettinger o DMAE provoca efeitos relacionados à aceleração do processo mental, a concentração, ao aumento da atenção, a diminuição da irritabilidade. Além desses efeitos o DMAE não causa sonolência. (Oettinger, 1958) DMAE também possui efeitos antioxidantes. De acordo com Malanga et. Al. Esse composto possui a habilidade de reagir diretamente com radicais do tipo hidroxil, ascorbil e radicais lipídicos. (Gabriela Malanga et al., 2012) Outras funções relacionam o DMAE com efeitos positivos contra a depressão e fadiga em crianças além de normalizar funções cerebrais e o humor. (Oettinger, 1958)(Sergio, 1988) Há trabalhos que mostram que a suplementação de DMAE também é benéfica para o tratamento de Parkinson. Nestes casos DMAE melhora as desordens do movimento e previne efeitos adversos da L-Dopa. (Davis et al., 1979)(Casey, 1979)