SÍNDROME METABÓLICA REG CARE CAPS, adicionado a padrões vibracionais, auxilia na regulação e ou modulação das alterações metabólicas, suas relações com fígado, pâncreas, baço, circulatório, rim e sistema imunológico, relações estas muito bem colocadas pela medicina Tradicional Chinesa. A Própolis vermelha, possui alguns ativos tais como vestitol, neovestitol e antiparasitárias. Este componente também possui efeito anti-inflamatório através da inibição expressão do principal fator inflamatório transcricional (NF-kβ) por ser rico em compostos polifenólicos. O Crataegus devido aos flavonoides presentes, promove dilatação tanto da periferia quanto de vasos sanguíneos coronários. Há também sólida demonstração de sua propriedade anti-inflamatória, a qual age impedindo a síntese e liberação de histaminas, serina proteases, prostaglandinas, leucotrienos, etc., além de inibir clivagens enzimáticas por enzimas secretadas por leucócitos durante o processo de inflamação. Outra propriedade relevante deste componente é a capacidade de aumentar a quantidade de vitamina C intracelular. Tal atividade produz um efeito protetor relacionado a processos oxidativos, e uma diminuição significativa dos depósitos lipídicos no fígado e na aorta. O Carthamus possui fitoquímicos com ações bem diversificadas, tais como analgésicas e antipiréticas as quais são extremamente utilizadas no tratamento de cólicas menstruais, hemorragia pos-parto, coqueluche, bronquite crônica, reumatismo e ciática. Seus bioativos diminuem as quantidades de ciclooxigenase-2 mRNA, prostaglandina E2 bem como a fosforilação de substratos peptídicos, através do qual a reabsorção óssea é inibida. Outra ação importante, trouxe uma redução de colesterol no sangue, melhora na arritmia cardíaca e hipertensão. A Scutellaria auxilia na desintoxicação hepática, age também como hepatoprotetora melhora sistema imunológico, anti-apoptótica, antitumoral, ação anti-fúngica oral, quanto à Candida albicans e anti-microbiana. Seus bioativos têm ação neuroprotetora na prevenção da doença de Alzheimer, Parkinson, derrames, isquemias e outras desordens neurológicas. Outras ações muito interessantes: e proteção significativa do Hipocampo, condroprotetora, inibindo a produção de ROS pois suprime marcadores catabólicos. A AMLA possui alta atividade antioxidante, ação em doenças cardiovasculares, modula alterações neurológicas, particularmente as alterações bioquímicas observadas em portadores da doença de Alzheimer. A Beterraba tem inúmeros bioativos com efeitos muito interessantes no rim, tanto na nefrotoxicidade, com nas apoptosis, redução de estresse oxidativo, inflamação, e ação anti proliferativa de células cancerígenas pela presença da vitexina e outros fitoquímicos. O Cogumelo maitake aumenta a imunidade contra o desenvolvimento de células tumorais, induzindo diretamente a apoptose das mesmas e tem ação na proliferação devido à parada do ciclo celular e à diminuição das atividades da aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e inibição das espécies de oxigênio do ânion superóxido e ROS (espécies reativas de oxigênio). Alguns bioativos induzem a diferenciação das células da medula óssea em granulócitos-macrófagos e auxiliam na diferenciação de células hematopoiéticas e protegem as mesmas dos efeitos tóxicos exercidos pela quimioterapia. Esse cogumelo atua na redução do açúcar no sangue devido à atividade inibitória em relação à α-glicosidase, possui efeito hepatoprotetor, mostrando estar associado à regulação negativa da expressão do citocromo P4502E1 e TNF-α além de atividade antiviral. A Astaxantina tem inúmeras ações benéficas para a saúde. Foi constatado que a astaxantina tem uma atividade antioxidante superior à luteína, licopeno, α e β-caroteno e α-tocoferol. Este composto inibe a carcinogênese na bexiga urinária, inibe a oxidação do LDL, auxilia na prevenção da arteriosclerose, as lesões de mucosa gástrica ficam reduzidas, bem como a carga e colonização bacteriana. Também aumenta a produção de anticorpos de células T auxiliares e T-dependentes, podendo auxiliar na modulação das respostas imunológicas, inflamações associadas ao Líquen plano e protege contra danos no DNA pela radiação UV. O Metilfolato, forma metilada do ácido fólico mais biodisponível, tem uma ação importante sistêmica, em qualquer âmbito, inclusive no metabolismo, desde a gestação bem como a vida toda. A metilcobalamina é uma forma ativa de vitamina B12 que ajuda na síntese de metionina e S-adenosilmetionina. É necessária para a integridade da mielina, função neuronal, formação adequada de glóbulos vermelhos bem como na síntese de DNA. Essa vitamina é benéfica para a maioria dos distúrbios comuns, como distúrbios cardiovasculares, diabetes, anemia, hiper-homocisteinemia e doenças degenerativas. Além disso, a metilcobalamina auxilia na síntese de lipídios neuronais, regeneração de nervos axonais e tem atividade neuroprotetora, que promove o funcionamento dos neurônios de maneira adequada e melhora assim a doenças neurodegenerativas. A vitamina B6 é um cofator essencial para inúmeras reações enzimáticas. É notável por sua contribuição para a biossíntese de aminoácidos, onde serve como cofator para enzimas envolvidas nas reações de descarboxilação, transaminação, desaminação, racemização e transulfuração. Outras funções significativas dessa vitamina incluem seu envolvimento no metabolismo de carboidratos e lipídios, antioxidante e modulador de espécies de oxigênio (melhora o envelhecimento). A Citrulina (CIT) é um aminoácido que é um produto final do metabolismo da glutamina e é um metabólito da arginina. Favorece de maneira importante as enzimas hepáticas, um aumento de até 5 vezes na ureagênese, intermediário metabólico envolvido na eliminação de um componente tóxico (amônia) através de outro não tóxico (uréia). Também tem ação na insuficiência cardíaca, melhorando a fração de ejeção do ventrículo esquerdo, além de aumentar a síntese de proteína muscular. A serrapeptase é amplamente utilizada como uma enzima proteolítica, eficaz no combate à formação de biofilmes, extremamente indicada em cirurgias de implantes ou situações de inflamação já instalada (Periimplantites), reparo de lesões ósseas e acelera o processo de cicatrização. O efeito combinado da serratiopeptidase com antibióticos na peri-implantite aumentou a eficácia dos antibióticos através do aumento da sua concentração tecidual. A capacidade da serratiopeptidase de hidrolisar bradicinina, histamina e serotonina contribui para sua atividade analgésica, e trabalhos mostram que reduziu o índice de atividade da colite, preveniu o encurtamento do cólon, o aumento do baço, a depleção de glutationa, a peroxidação lipídica e a produção de óxido nítrico.
Dalbergia scastophyllum (PRÓPOLIS VERMELHO)
No Brasil, muitos tipos de própolis se distinguem por sua origem botânica. Aqui, as abelhas coletam própolis o ano todo. Bueno-Silva et al. analisaram que a própolis vermelha brasileira tinha como fonte vegetal Dalbergia ecastophyllum. (Bueno-Silva et al., 2013) O efeito do tempo de coleta da própolis, sua composição química e atividade antibacteriana foram examinados por esses autores e seus resultados demonstraram que a época de colheita possui uma correlação direta na composição química da própolis. A Dalbergia ecastophyllum (L) Taub. (Leguminosae) é intensamente visitada pelas abelhas para coletar exsudatos resinosos vermelhos em seus ramos. Essa planta é popularmente conhecida como “rabo-de-bugio”, e tradicionalmente suas raízes e cascas são utilizadas para o tratamento de inflamações uterinas e anemias. (Moise et al., 2020)
A atividade antioxidante da própolis foi demonstrada pela maioria dos resultados que comprovaram a redução dos marcadores de estresse oxidativo. Os polifenóis, uma das principais classes de compostos da própolis, possuem uma estrutura química capaz de eliminar efetivamente os radicais livres. Ainda nessa esteira, os flavonoides da própolis são poderosos antioxidantes, capazes de eliminar os radicais livres e, assim, proteger as membranas celulares contra a peroxidação lipídica. (Osés et al., 2016)(Xue Ping Cao et al., 2017)(Braakhuis, 2019)
A atividade antibacteriana da própolis vermelha brasileira foi investigada por Trusheva et al. contra diferentes cepas bacterianas (Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans). Os resultados demonstraram que componentes como isoflavonóides são eficientes na inibição bacteriana, principalmente contra a C. albicans. O mesmo autor identificou que a benzofenona prenilada exibe importante atividade contra S. Aureus. (Trusheva et al., 2006)
Segundo Dantas Silva et al., o extrato vermelho etanólico apresentou a maior atividade antimicrobiana contra Enterococcus sp., Staphylococcus aureus e Klebsiella sp. exibindo valores de CIM de 31,3, 62,5 e 31,3 μgxmL−1. Bueno-Silva et al., afirma que a maior atividade antibacteriana da própolis vermelha ocorre durante a estação chuvosa (de janeiro a maio no Brasil), e neste período é registrada a maior concentração de vestitol, neovestitol e isoliquiritigenina, também. (Dantas Silva et al., 2017)(Wu et al., 2011) (Bueno-Silva et al., 2013) Para outros trabalhos evidenciando as atividades antibactericidas da própolis vermelha ver: (Koo et al., 2000)(Machado et al., 2016)
Regueira-Neto et al. analisaram o efeito antiparasitário da resina obtida de Dalbergia ecastophyllum e compararam sua atividade com a da própolis vermelha brasileira. Eles usaram as amostras contra os parasitas Leishmania e Trypanosoma. Os resultados obtidos mostraram que, de modo geral, as amostras de própolis apresentaram melhor desempenho frente aos parasitas quando comparadas ao extrato resinoso de D. ecastaphyllum. Este resultado sugere que as abelhas modulam os compostos químicos presentes nas resinas vegetais quando misturam o material vegetal com suas próprias secreções durante a produção de própolis vermelha. Outros resultados representativos do mesmo estudo demonstraram mais uma vez o efeito da sazonalidade nas amostras de própolis vermelha: a própolis vermelha coletada durante a estação chuvosa mostrou-se mais eficaz do que a coletada na estação seca. (Regueira-Neto et al., 2018)
Pesquisas científicas já relataram que os extratos etanólicos de própolis inibiram o crescimento de culturas de epimastigotas de T. cruzi nas concentrações de 75 e 300 mg/mL. Observou-se que todas as amostras de própolis demonstraram alta atividade inibitória contra o T. cruzi em relação ao grupo controle. Além disso, os resultados demonstraram que um dos extratos de própolis vermelha apresentou a maior atividade, levando a 98% de inibição do crescimento dos protozoários em questão em 24 h de incubação. Esses resultados vêm para confirmar outros estudos publicados anteriormente. (Dantas Silva et al., 2017)(De Castro et al., 2011)
Através do trabalho publicado por Correa et al., os mecanismos moleculares específicos por trás do efeito anti-inflamatório da própolis vermelha foram bem estudados. Os autores deste trabalho sugeriram que os tratamentos com extratos de própolis vermelha, ricos em compostos polifenólicos, reduziram as áreas de lesão em camundongos, assim como a infiltração de neutrófilos (através da redução da quimiotaxia de neutrófilos), expressão do principal fator inflamatório transcricional (NF-kB) , e a síntese de mediadores inflamatórios.. (Corrêa et al., 2017)
A atividade in vitro dos extratos etanólicos de própolis brasileira vermelha e verde foi testada nas células tumorais B16F10, no intuito de avaliar seus efeitos antiproliferativos. A própolis verde teve menor efeito antitumoral que a vermelha, mas bons resultados foram obtidos para a amostra originária do Paraná-Brasil. O mesmo extrato de própolis verde registrou a maior concentração de artepillina C e ácido p-cumárico. Outros resultados importantes em relação à artepillina C foram encontrados por Kimoto et al., que demonstraram seu efeito anti-leucêmico. (Machado et al., 2016)(Kimoto et al., 2001)
A atividade antiúlcera dos extratos de própolis vermelha foi investigada recentemente. Observou-se que a administração de extratos hidroalcoólicos de própolis vermelha e formononetina (um isoflavonoide, normalmente encontrado na própolis vermelha) a ratos contendo úlcera induzida levou à diminuição significativa dos volumes de secreção gástrica além de aumentar a produção de muco. (de Mendonça et al., 2020)
Crataegus oxyacantha (ESPINHEIRO)
Crataegus também conhecido como arbusto de maio, flor de maio, flor do dia de maio, ban-sangli (hindi) e espinho branco. É frequentemente cultivada na Europa. Na Índia, Himalaias temperados, Caxemira e Himachal Pradesh. (Verma, S, Jain, S, Verma, D and Khamesra, 2007)
O crataegus está relacionado, dentre outras atividades, principalmente com o aumento do fluxo sanguíneo coronário. De acordo com Taskov e Schussler, essa propriedade pode estar relacionada ao relaxamento das artérias coronárias aumentando, dessa forma, o fluxo sanguíneo ou através do aumento das velocidades de contração e relaxamento. (Taskov, 1977) (Schussler et al., 1995)
Crataegus também diminui a pressão arterial durante a fase inicial da insuficiência cardíaca congestiva, o que resulta em um aumento na tolerância ao exercício. (Leuchtgens, 1993)
Além das funções mencionadas acima, o Crataegus tem a capacidade de regular a pressão arterial. Adicionalmente, devido aos flavonoides presentes nessa planta há dilatação tanto da periferia quanto de vasos sanguíneos coronários levando ao seu emprego no tratamento da angina. O glicosídeo de Crataegus também foi relatado para aumentar o tom vagal do coração. (Wagner et al., 1982) (Rewerski et al., 1967) (Petkov et al., 1981)
O Crataegus também pode ter um efeito cardioprotetor devido à sua capacidade de diminuir as demandas de oxigênio do tecido do coração. (Kanno et al., 1976) (Nasa et al., 1993) Para resultados envolvendo a eliminação de radicais livres em relação ao seu efeito cardioprotetor ver: (Chatterjee, n.d.)
O Crataegus também demonstrou atividade antioxidante associada com seu conteúdo de flavonoides e procianidinas. A constatação dessa atividade significativa foi observada no extrato de suas folhas frescas e jovens. (Brehm et al., 1995)
De acordo com Gabor, o Crataegus tem a capacidade de aumentar a quantidade de vitamina C intracelular e exibe um efeito protetor relacionado a processos oxidativos. (Gabor, 1972)
A propriedade anti-inflamatória também foi demonstrada no Crataegus, a qual age impedindo a síntese e liberação de histaminas, serina proteases, prostaglandinas, leucotrienos, etc., além de inibir clivagem enzimática pela enzima secretada por leucócitos durante a inflamação. (Popping et al., 1995)
A administração oral de uma fração de Crataegus (procianidinas oligoméricas) levou a um aumento significativo do fluxo sanguíneo no miocárdio em cães não anestesiados, (Roddewig et al., 1977)
A tintura de Crataegus (TCR), um extrato alcoólico das bagas de C. oxyacantha, quando administrado a ratos possuindo dieta hiperlipidêmica, preveniu a elevação dos níveis de lipídios plasmáticos. Uma diminuição significativa dos depósitos lipídicos no fígado e na aorta também foi observado utilizando a tintura em questão. (Shanthi et al., 1994)
Citrus reticulata Blanco (BERGAMOTA ORGÂNICA LIOFILIZADA)
As “peles” brancas dos cítricos são vastamente utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa para tosse e alterações respiratórias. Observa-se que nessas peles existem muitos compostos químicos bioativos em pequena quantidade e monoterpenos em maior quantidade.
O óleo de Limoneno contido na pele, tem ação anti-inflamatória no TNF alfa e NO (Dalia et al., 2016)
Segundo (Chutia et al., 2009)(Espina et al., 2011), o Citrus reticulata blanco exibe uma boa ação antimicrobiana, anti-inflamatória (Menichini et al., 2011), ação anti-câncer (Manthey et al., 2002)(Benavente-García et al., 2008)
Jian Xin Li et al, (Jian Xin Li et al., 2013) observaram uma atividade anti-fibrose pulmonar, hipoglicêmica (Aruoma et al., 2012)e inseticida na citrus reticulata blanco. (Jayaprakasha et al., 1997)
Carthamus tinctorius (HONG HUA)
Carthamus tinctorius L., também conhecido como cártamo ou falso açafrão, pertence à família Compositae ou Asteraceae. Esta espécie cresce normalmente em um clima árido e pode ser facilmente encontrada no sul da Ásia, China, Índia, Irã e Egito. Foi introduzido em países ocidentais, como Itália, França, Espanha e Estados Unidos durante os séculos 5 a 14. (Shirwaikar et al., 2010)(Delshad et al., 2018) Essa planta tem sido amplamente utilizada na culinária e para propósitos têxteis. Porém com o advento dos corantes sintéticos o C. tinctorius atualmente é utilizado para aplicações no campo da medicina. Nessa esteira essa planta exibe características purgativas, analgésicas e antipiréticas as quais são extremamente utilizadas no tratamento de cólicas menstruais, hemorragia pós-parto, coqueluche, bronquite crônica, reumatismo e ciática. (Asgarpanah et al., 2013)(G Wang et al., 1985) Através de estudos fitoquímicos, um grande número de compostos bioativos, como flavonoides, cumarinas, ácidos graxos e esteroides em várias partes da planta. (Zhou et al., 2009)
O Hong Hua tem sido usado em algumas partes da Ásia e África como medicamento laxativo, como antídoto para veneno e como óleo medicinal para o aumento do suor e cura da febre. (Weiss, 1971) Adicionalmente, foi reportado no Paquistão e na Índia que todas as partes da planta têm sido tradicionalmente utilizadas para aumentar a libido. (Knowles, 1969)
Um aumento nas contrações do tecido uterino em cães, ratos, preás e camundongos foi observado num período de 4 horas, indicando que o Hong Hua pode causar a excitação de músculos lisos. (Shixi, 1955) Adicionalmente, de acordo com a medicina tradicional chinesa, essa planta pode ser utilizada para o tratamento de ciática, reumatismo no tórax e artrite reumatoide. Suas sementes parecem ser altamente influenciadoras nos tratamentos clínicos de osteoporose e reumatismo. Esses resultados evidenciam que essa planta em combinação com TGF-β1 pode diminuir as quantidades de ciclooxigenase-2 mRNA, prostaglandina E2 bem como a fosforilação de substratos peptídicos, através do qual a reabsorção óssea e inibida. (G Wang et al., 1985)(Yukun, 1988)(Yuk et al., 2002)(Yue et al., 1990)
No que diz respeito ao sistema cardiovascular, o extrato de suas flores aumenta o fluxo sanguíneo periférico, inibe a agregação de plaquetas e produz batimento das folhas de células miocárdicas. Adicionalmente, esse extrato pode inibir ou reverter o declínio da adrenalina induzida no fluxo sanguíneo capilar em ratos. (Hiramatsu et al., 2009)(Ming et al., 1984)
Como o Hong hua causa a revigoração da circulação sanguínea, essa planta tem sido usada principalmente para complicações cardiovasculares. Foi demonstrado que 83% dos indivíduos com doença coronária que receberam um tratamento de seis semanas à base de Hong hua apresentaram um nível reduzido de colesterol no sangue. Arritmia cardíaca e hipertensão foram reduzidas durante um período de tratamento de Hong hua por quatro semanas. Uma combinação de hong hua e outras ervas na forma de gotejamento nasal acelerou o fluxo sanguíneo na artéria craniana medial. (G Wang et al., 1985)(Hai-Xia Li et al., 2009) Para mais estudos envolvendo o Hong hua e seus efeitos no sistema cardiovascular ver a seguinte revisão da literatura e suas referências: (Delshad et al., 2018)
Scutellaria baicalensis Georgi (SCUTELLARIA)
Radix scutellaria, é originária da China, Japão, Coréia e Rússia, usado na medicina tradicional Chinesa há milênios, atualmente cultivada em grande escala em províncias da China. (GU et al., 2013) Zhao Q et al., constataram um total de 56 flavonoides presentes nessa planta, sendo os mais abundantes o Wogonin, Oroxylina e a baicaleína, os quais têm ação anticancerígena, extremamente bem estudada em diversos tipos de tumores (Zhao et al., 2018) (Li-Weber, 2009)(Chan et al., 2000)
Foi demonstrado que a Scutellaria auxilia na desintoxicação hepática bem como hepatoprotetora (Huifen Wang et al., 2016), melhora sistema imunológico, Anti-apoptótico, antitumoral (David Y. Zhang et al., 2003).; antiviral, anti H1N1, (Ji et al., 2015), anti-influenza A (Hour et al., 2013) (Wong et al., 2009). Além dessas propriedades farmacológicas, a scutellaria possui também ação anti-fúngica oral, segundo Wong e Tsang, quanto à Candida albicans e antimicrobiana, segundo Tsao, et al., 1982, do Streptococcus sanguis II, S. salivarius, Actinomyces viscosus, A. odontolyticus, Bacteroides melaninogenicus, Fusobacterium nucleatum e Actinobacillus actinomycetemcomitans. (Wong et al., 2009)
Qian, et al., verificou que a Baicalin tem um efeito sinérgico positivo significativo, quando associado à Amoxicilina e Penicilina. (Qian et al., 2015) Adicionalmente, a Baicalina, reduziu a mortalidade em ratos de 80% para 28%, por infecção (pneumonia) por Staphylococcus aureus. (Qiu et al., 2012)
Hong et al. mostrou que o extrato do S. baicalensis, mostrou potente atividade anti-inflamatória, por inibir NF-k Beta. (Hong et al., 2013)
Segundo Kim, et al., a baicaleína mostrou efeito anti-inflamatório, inibindo NO, citocinas, chemokines e fator de crescimento via retículo endoplasmático stress- CHOP/STAT. (Kim et al., 2018)
A atividade antioxidante do extrato da S. baicalensis, foi observada in vitro, em células de músculo cardíaco, de moderada hipóxia/ isquemia, de 47-49% (Shao et al., 1999), e decréscimo de morte celular, de 52,3% para 29,4%. (Shao et al., 2002)(Yanjing Cao et al., 2016)
Segundo Cao, et al., o extrato de S. baicalensis, protegeu os animais do experimento de isquemia global cerebral, e Parkinson induzida por toxinas específicas in vitro. (Yanjing Cao et al., 2016)
Lapchak, et al., observou uma proteção significativa do Hipocampo de ratos, quanto à sobrevivência das células após injúria provocada de 50%. (Lapchak et al., 2007)
A ação da S. baicalensis, como neuroprotetora na prevenção da doença de Alzheimer, Parkinson, derrames e outras desordens neurológicas, deve ser observada (Cho et al., 2004)(F. Q. Li et al., 2005)(Cheng et al., 2008)
Segundo Wang, et al., a baicalina poderia proteger contra a hiperglicemia induzida em malformações cardiovasculares em embriões de galinha, de 32% para 16%, por regular SOD (superoxide dismutase), GSH-Px (glutatione peroxidase e GABA (ácido gama aminobutírico). (Guang Wang et al., 2018)
S. baicalensis, em especial a fração Wogonin, tem uma ação interessante como condroprotetora, pois inibe a produção de ROS e suprime marcadores catabólicos. (Bei et al., 2020)(Xiaowen Shi et al., 2021)(Khan et al., 2021)(Li Jiao Chen et al., 2017)
Chen, et al.; Zhang GW, et al., observaram que a Baicalein poderia ter uma ação positiva na diferenciação osteogênica das células do ligamento periodontal (hPDLCs), em medula óssea derivada de células mesenquimais tronco (rBMSC), aumentando a ação da atividade da ALP (alkaline phosphatase), aumentando a formação óssea. (Li Jiao Chen et al., 2017)(Guangwei Zhang et al., 2017)
Phyllanthus emblica (AMLA)
A AMLA é uma árvore de pequeno porte nativa da Ásia tropical e cultivada como medicinal, que produz frutos.
A AMLA possui uma rica fitoquímica distribuída em diferentes seções da planta (frutos, folhas e raízes), sendo que os polifenóis compreendem o principal grupo de metabólitos e diversos compostos de ácidos fenólicos, flavonoides, taninos, entre outros compostos fenólicos e derivados. (Gul et al., 2022)
Verificou-se que os polifenóis derivados de plantas melhoram a proteção contra o câncer em uma variedade de investigações não clínicas e clínicas. (Lorenzo et al., 2018)(Munekata et al., 2021)
A fitoquímica da AMLA parece promover um efeito benéfico no contexto da inflamação apresentando uma atividade anti-inflamatória em modelo celular no estudo realizado por (Wei Li et al., 2020)
No caso de estudos in vitro, o teor de polifenóis nesta fruta também tem sido associado a alta atividade antioxidante. (Fitriansyah et al., 2018)(Sheoran et al., 2019)(Poltanov et al., 2009)
Diferentes estudos têm demonstrado os efeitos protetores da AMLA e/ou de seus constituintes contra doenças cardiovasculares. (Nambiar et al., 2015)
Ensaios clínicos também apoiam os benefícios para a saúde dos fitoquímicos da AMLA para pacientes diabéticos, onde doses diárias de até 3 g de extrato em pó de P. emblica L. reduziram os níveis de glicose no sangue em pacientes diabéticos após 21 dias do teste. (Akhtar et al., 2011)
Um dos efeitos potenciais dos compostos bioativos da AMLA é o potencial de inibição de cepas de Helicobacter pylori resistentes à Claritromicina in vitro, uma vez que esse microrganismo é um conhecido causador de úlceras gástricas. (Mehrotra et al., 2011)
Um dos potenciais efeitos protetores associados ao composto bioativo AMLA é a atenuação de alterações neurológicas, particularmente as alterações bioquímicas observadas em portadores da doença de Alzheimer. Por exemplo, a administração de extrato de fruta AMLA (100 mg/kg; rico em Emblicanina A e B) por 60 dias em camundongos reduziu a neurotoxicidade induzida pelo cloreto de alumínio.(Bharathi et al., 2018)
Beta L (BETERRABA ORGÂNICA)
O consumo de beterraba de mesa modificou as vias celulares induzidas pelo estresse oxidativo beneficamente. Com base nestes dados, sugere-se que a beterraba de mesa pode proteger todo o corpo dos danos oxidativos causados pela isquemia-reperfusão do fígado. (Swanston-Flatt et al., 1990)
De acordo com os estudos publicados por Boué et al. o extrato etanólico da raiz de beterraba batida (BVEE) demonstrou um efeito protetor na nefrotoxicidade induzida por gentamicina. O tratamento com BVEE reduziu significativamente a quantidade de caspase clivada 3 e Bax, além de aumentar a expressão da proteína Bcl-2. Adicionalmente, o tratamento com BVEE também melhorou a extensão da lesão histológica e reduziu a infiltração inflamatória nos túbulos renais. Esses resultados sugerem que o tratamento com BVEE atenua a disfunção renal e danos estruturais através da redução de estresse oxidativo, inflamação e apoptose no rim. (Boué et al., 2003)
Yanar et al. demonstraram que os extratos da Beta vulgaris cicla BVc) e Beta vulgaris rubra (BVr) possuem propriedades anti-hipertensivas e hipoglicemiantes e uma excelente atividade antioxidante. Para um outro trabalho demonstrando atividade antioxidante da beterraba ver: (W. S. Zhao et al., 1993) (De Leo et al., 1998) Adicionalmente os flavonoides apigenina, nomeadamente vitexina, vitexina-2-O-ramnosídeo e vitexina-2-O-xilosídeo, os quais apresentam atividade antiproliferativa em linhagens de células cancerígenas foram encontrados no extrato de BVc. Por outro lado, o extrato de BVr contém metabólitos secundários, chamados betalaínas, os quais são utilizados como corantes naturais e na indústria alimentícia. Esses metabólitos também apresentam efeitos anticancerígenos. Sob esse prisma, BVc e BVr podem ser considerados alimentos funcionais e podem ser utilizados como potenciais agentes anticancerígenos. (Yanar et al., 2008).
Seguindo os estudos de Avato et al., a beterraba de mesa afeta inúmeras reações bioquímicas, enzimas e síntese metabólica. De acordo com experimentos, o consumo moderado e permanente de produtos de beterraba de mesa afeta favoravelmente a expectativa de vida dos pacientes com câncer; no entanto, devido aos valores crescentes de EGF, o controle médico é necessário para pacientes com câncer de próstata tratados por quimioterapia. (Avato et al., 2006)
Beta L (BETERRABA ORGÂNICA)
O consumo de beterraba de mesa modificou as vias celulares induzidas pelo estresse oxidativo beneficamente. Com base nestes dados, sugere-se que a beterraba de mesa pode proteger todo o corpo dos danos oxidativos causados pela isquemia-reperfusão do fígado. (Swanston-Flatt et al., 1990)
De acordo com os estudos publicados por Boué et al. o extrato etanólico da raiz de beterraba batida (BVEE) demonstrou um efeito protetor na nefrotoxicidade induzida por gentamicina. O tratamento com BVEE reduziu significativamente a quantidade de caspase clivada 3 e Bax, além de aumentar a expressão da proteína Bcl-2. Adicionalmente, o tratamento com BVEE também melhorou a extensão da lesão histológica e reduziu a infiltração inflamatória nos túbulos renais. Esses resultados sugerem que o tratamento com BVEE atenua a disfunção renal e danos estruturais através da redução de estresse oxidativo, inflamação e apoptose no rim. (Boué et al., 2003)
Yanar et al. demonstraram que os extratos da Beta vulgaris cicla BVc) e Beta vulgaris rubra (BVr) possuem propriedades anti-hipertensivas e hipoglicemiantes e uma excelente atividade antioxidante. Para um outro trabalho demonstrando atividade antioxidante da beterraba ver: (W. S. Zhao et al., 1993) (De Leo et al., 1998) Adicionalmente os flavonoides apigenina, nomeadamente vitexina, vitexina-2-O-ramnosídeo e vitexina-2-O-xilosídeo, os quais apresentam atividade antiproliferativa em linhagens de células cancerígenas foram encontrados no extrato de BVc. Por outro lado, o extrato de BVr contém metabólitos secundários, chamados betalaínas, os quais são utilizados como corantes naturais e na indústria alimentícia. Esses metabólitos também apresentam efeitos anticancerígenos. Sob esse prisma, BVc e BVr podem ser considerados alimentos funcionais e podem ser utilizados como potenciais agentes anticancerígenos. (Yanar et al., 2008).
Seguindo os estudos de Avato et al., a beterraba de mesa afeta inúmeras reações bioquímicas, enzimas e síntese metabólica. De acordo com experimentos, o consumo moderado e permanente de produtos de beterraba de mesa afeta favoravelmente a expectativa de vida dos pacientes com câncer; no entanto, devido aos valores crescentes de EGF, o controle médico é necessário para pacientes com câncer de próstata tratados por quimioterapia. (Avato et al., 2006)
Grifola frondosa (COGUMELO MAYTAKE)
Maitake selvagem tem um bom sabor, uma textura crocante e um excelente aroma. O nome científico de Maitake, "Grifola frondosa" vem do nome de um fungo encontrado na Itália. Este nome refere-se a uma besta mítica que é meio leão e meio águia. O nome japonês "Maitake" está associado à sua forma, que alguns acreditam se assemelhar a uma ninfa dançante. Maitake é usado como um medicamento chinês chamado "Keisho". Na escritura chinesa da fitoterapia de Shen Nong há utilizações desse fungo para melhorar as doenças do baço e do estômago, acalmar os nervos e mente e tratar hemorroidas. (Mizuno et al., 1995)
Estudos mostram que os polissacarídeos de G. frondosa atuam não apenas como modificadores de resposta biológica, mas auxiliam o hospedeiro a suportar estresses biológicos adversos e a aumentar a imunidade contra o desenvolvimento de células tumorais, mas também induzem diretamente a apoptose das células tumorais. Em 1957, Byerrum et al. relataram pela primeira vez que os polissacarídeos de cogumelos possuem propriedades antitumorais. Desde então, numerosos polissacarídeos antitumorais foram isolados de cogumelos, e as atividades antitumorais dos polissacarídeos foram extensivamente investigadas. Lentinan é um dos polissacarídeos mais estudados entre eles. (Suzuki et al., 1984)(Suzuki et al., 1985)(Suzuki et al., 1987)(Takeyama et al., 1987) Destaca-se também que a adição de um sulfato de glucano de G. frondosa pode acelerar a eficácia citotóxica da ciclofosfamida ou 5-fluorouracil em células SGC-7901 de carcinoma gástrico humano e melhorar a imunocompetência danificada. (Bao Jun Shi et al., 2007)
Nessa esteira, Nanba mostrou que a metástase do câncer foi prevenida em 91,3% pela administração oral da fração D do cogumelo maitake. Da mesma forma, o outro teste indicou a capacidade dessa fração na prevenção da carcinogênese induzida por N-nitrosodi-n-butilamina em células normais. (NANBA, 1995) Para estudos evidenciando a fração D desse cogumelo e suas atividades envolvidas na melhora do sistema imunológico ver: (Nanba et al., 1998)(Mayell, 2001)(Konno, 2009)
Lin et al. demonstraram que a fração D também pode aumentar diretamente a proliferação e diferenciação das células da medula óssea em granulócitos-macrófagos. Os resultados desses trabalhos sugerem que a fração D tem potencial para induzir a diferenciação de células hematopoiéticas e proteger essas células dos efeitos tóxicos exercidos pela quimioterapia. (Lin et al., 2007)(Lin et al., 2004)
Uma combinação de ensaios in vitro que se concentraram em avaliar os efeitos de eliminação de radicais demonstraram que frações purificadas dos polissacarídeos de G. frondosa possuem atividades antioxidantes eficazes. (Mao et al., 2014) (Gui Tang Chen et al., 2012)(Klaus et al., 2015)(Lee et al., 2003)
Foi confirmado através de trabalhos científicos que o cogumelo maitake contém substâncias com atividade antidiabética. Através desses estudos a utilização do cogumelo levou à redução do açúcar no sangue devido à atividade inibitória em relação à α-glicosidase. (Matsuura et al., 2002)(Chun Xiao, 2011)
De acordo com os estudos de Xiaolei Ma et al., os polissacarídeos extracelulares do micélio de G. frondosa protegem as células hepáticas da lesão induzida por CCl4. O efeito hepatoprotetor mostrou estar associado à regulação negativa da expressão do citocromo P4502E1 e TNF-α, à parada do ciclo celular e à diminuição das atividades da aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e inibição das espécies de oxigênio do ânion superóxido e ROS. (Ma et al., 2015)
Para estudos demonstrando a atividade antiviral do cogumelo maitaki ver: (Chao Z
ASTAXANTINA
A astaxantina é um pigmento vermelho-sangue e é produzido naturalmente na microalga de água doce Haematococcus pluvialis e no fungo de levedura Xanthophyllomyces dendrorhous (também conhecido como Phaffia). Quando as algas estão estressadas por falta de nutrientes, aumento da salinidade ou luz solar excessiva, ocorre a produção de astaxantina. Esse composto é um ceto-carotenoide com vários usos, incluindo suplemento dietético e corante alimentar. Pertence a uma classe maior de compostos químicos conhecidos como terpenos (como um tetraterpenóide). É classificada como uma xantofila (originalmente derivada de uma palavra que significa "folhas amarelas", uma vez que os pigmentos amarelos das folhas das plantas foram os primeiros reconhecidos da família xantofila de carotenoides astaxantina é um metabólito da zeaxantina e/ou cantaxantina, contendo grupos funcionais hidroxila e cetona. Como muitos carotenoides, a astaxantina é um pigmento lipossolúvel. Sua cor avermelhada é devido à cadeia estendida de ligações duplas conjugadas (alternando duplas e simples) no centro do composto.
Foi constatado que a astaxantina tem uma atividade antioxidante superior à luteína, licopeno, α e β-caroteno e α-tocoferol. Para justificar essa alta atividade, propõe-se que, dependendo do tipo de solvente, a astaxantina existe em equilíbrio, com a forma enol da cetona, assim o sistema polieno conjugado o qual possui a capacidade de quebrar reações envolvendo radicais livres. de forma semelhante à do α-tocoferol. (Zheng-Pin Wang, 2005)(Ebbesen et al., 1976)
Vários grupos de pesquisa estudaram o efeito da suplementação de astaxantina em vários tipos de câncer, mostrando que a administração oral deste composto inibe a carcinogênese na bexiga urinária de camundongos, na cavidade oral e no cólon de ratos. Este efeito foi parcialmente atribuído à supressão da proliferação celular. (Rao et al., 2000) Adicionalmente, a inibição do crescimento tumoral por astaxantina mostrou-se dependente da dose e é mais eficaz do que os outros dois carotenoides testados no estudo de K. Hayashi et al. Também foi sugerido que o astaxantina atenua a metástase hepática induzida pelo estresse em camundongos promovendo assim a resposta imune através da inibição da peroxidação lipídica. (Hayashi et al., 1990)
Estudos realizados in vivo e ex vivo pelo grupo de pesquisa de Arisawa demonstrou que o astaxantina inibe a oxidação do LDL, o que presumivelmente contribui para a prevenção da arteriosclerose. (Arisawa, 1994)
A ação antibacteriana do astaxantina foi demonstrada em camundongos infectados com esta bactéria. Quando os camundongos são alimentados com uma dieta rica em astaxantina, a inflamação da mucosa gástrica é reduzida, bem como a carga e colonização pela bactéria. (Matsunaga et al., 1997)(Cristiano José da Silva et al., 2010)
Astaxantina aumenta a produção de anticorpos de células T auxiliares e aumenta o número de células secretoras de anticorpos de células do baço preparadas. (Taylor, 2005) Outros estudos realizados in vivo com camundongos mostraram a ação imunomoduladora do AX e outros carotenoides para respostas humorais a antígenos T-dependentes, e sugeriram que a suplementação com carotenoides pode ser útil para restaurar as respostas imunes. (Taylor, 2005)
A capacidade da astaxantina extraída de algas para proteger contra danos no DNA pela radiação UV foi demonstrada em estudos com fibroblastos de rim de rato cultivados e células da pele humana. (Verrengia et al., 2013)(Costa et al., 2018)
Astaxantina demonstrou uma expressiva diminuição da inflamação na linha de queratinócitos gengivais humanos NDUSD-1 in vitro quando administrado de forma preventiva ou curativa. Os resultados desse trabalho sugerem que a astaxantina pode ser útil para melhorar a inflamação crônica associada com OLP (oral lichen planus). (Cinara Vasconcelos Da Silva et al., 2008)
Metilfolato (ÁCIDO FÓLICO)
O ácido fólico é um cofator solúvel em água de várias enzimas. A deficiência de ácido fólico tem sido associada a muitos distúrbios os quais incluem anemia, distúrbios neurológicos, defeitos do tubo neural e possivelmente outras malformações congênitas, trombose dentre outras. A deficiência de ácido fólico pode ocorrer em qualquer faixa etária por muitas razões diferentes. As alterações que podem resultar em deficiência de folato podem ocorrer tanto no nível de absorção quanto no metabolismo. (Schmid et al., 1998)
Além de ser uma vitamina solúvel em água, o ácido fólico contribui para o fechamento do tubo neural, aumentando a proliferação celular. É um cofator essencial na regulação epigenética da transcrição de genes que controlam o fechamento neural. O efeito protetor da suplementação de ácido fólico é alto quando usado pré-concepcional. Tradicionalmente, essa suplementação começa 1 mês antes da concepção e continua até o final do primeiro trimestre da gestação. Embora as mulheres em idade reprodutiva idade pode se beneficiar de uma dieta rica em folato, a dieta sozinha não é suficiente para aumentar o nível sérico de folato. (1997) Para outros estudos relatando a importância do ácido fólico no pré-natal ver: (Barney et al., 2003) (Abiri et al., 2018) (Ekiert et al., 2020) (Nassiri-Asl et al., 2016) (Rathi et al., 2014) (Valli Kanagarla et al., 2013)
Pierre André de Souza et al. demonstrou que a suplementação materna de ácido fólico atrasa o desenvolvimento dentário das crianças em 1-2 meses de idade dentária, enquanto as concentrações maternas de folato e vitamina B12 no início da gravidez não afetam o momento do desenvolvimento dentário infantil. (de Souza et al., 2010)
De acordo com Theophine C. Okoye et al., baixos níveis de ingestão de folato foram associados com sangramento gengival em uma população adulta não fumante. Sangramento à sondagem BOP) é geralmente aceito como um parâmetro inflamatório. Mais atenção à ingestão dietética de ácido fólico pode levar à prevenção eficaz da gengivite. (Okoye et al., 2014)
O Ácido fólico também pode direcionar e ativar o sistema antioxidante mitocondrial para proteger as células indiferenciadas do dano oxidativo. (Iroka et al., 2015)
Resultados publicados por Olayiwola et al. mostraram o efeito protetor do multivitamínico periconcepcional contendo ácido fólico nas fendas orais.Pode-se recomendar o uso diário de um suplemento multivitamínico suplemento incluindo 0,4 a 0,8 mg de ácido fólico com uma dieta saudável e estilo de vida para mulheres em idade reprodutiva, que querem ter um bebê sem fendas orais. (Olayiwola et al., 2013)
L CITRULINA
A citrulina (CIT) é um aminoácido que é um produto final do metabolismo da glutamina e é um metabólito da arginina (ARG). Seu nome é derivado de citrullus, o nome latino para melancia. Foi extraído em 1914 por Koga&Odake da melancia e identificado por Wada em 1930. Vale ressaltar que esse aminoácido não é incorporado às proteínas. A glutamina é um precursor da ornitina, que pode ser convertida em CIT pelo intestino. (Papadia et al., 2018)
A citrulina (CIT) pode atuar como regulador de arginina (ARG), pois pode controlar a entrega de arginina ao fígado. A arginase intestinal e a ornitina carbamoiltransferase produzem citrulina em proporção à entrega de proteína dietética. O jejum leva a menos CIT e proporcionalmente mais ARG atingindo o fígado. A ARG tem um grande impacto nas enzimas hepáticas e um aumento de até 5 vezes na ureagênese. Esse efeito precisa ser regulado, daí o importante papel da CIT nesse contexto fisiológico. (Cynober et al., 1995)(Curis et al., 2005)
CIT como um suplemento orgânico parece ser um poderoso fármaco nutriente, e estudos experimentais iniciais sugeriram seu potencial terapêutico para restaurar o metabolismo de ARG em pacientes criticamente enfermos com sepse. (Cynober, 2013)(Luiking et al., 2009)
O CIT apresenta boa biodisponibilidade, graças à sua capacidade de ser manipulado por um grande número de transportadores de aminoácidos. No fígado a CIT é um intermediário metabólico envolvido na eliminação de um componente tóxico (amônia) através de outro não tóxico (ureia). É importante ressaltar que a reciclagem de CIT no ciclo da ureia é separada, o que significa que há fluxo neutro/equilibrado no fígado. (Moinard et al., 2008)(Bahri et al., 2008)(Curis et al., 2005)
A administração de CIT reduz o número de leucócitos totais e de neutrófilos em circulação e pode induzir vaso proteção mediada por óxido nítrico (NO) derivado de ARG, com inibição da adesão celular e ativação de leucócitos. (Erez et al., 2011)(Moinard et al., 2008)(Sureda et al., 2009). Outro estudo, publicado por Morita et al., mostrou que a CIT atua como limpador (“scavenger”) em lipoproteínas oxidativas e dimetilarginina assimétrica (ADMA) nos glóbulos vermelhos. (Morita et al., 2013) Para estudos que mostram a importância da CIT na produção de NO ver : (Cynober et al., 2010)(Curis et al., 2005; Cynober et al., 1995)(Erez et al., 2011).
Estudos em pacientes saudáveis demonstraram efeitos da CIT na pressão arterial sistêmica. No teste de pressão a frio (CPT), é normal observar aumentos substanciais na pressão arterial sistêmica, pressão de pulso e vários outros parâmetros hemodinâmicos. Após 4 semanas de suplementação diária de CIT (6g por via oral), todos esses efeitos foram atenuados (cada um em 4-6 mmHg) (Figueroa et al., 2010). Outro grupo de pesquisadores relatou recentemente que adultos com insuficiência cardíaca tiveram melhora na fração de ejeção do ventrículo esquerdo, classe funcional e função endotelial avaliada por fotopletismografia após tratamento com CIT oral por 4 meses. (Balderas-Munãoz et al., 2012)
A suplementação intensiva de CIT (oral ou intravenosa) foi proposta anteriormente como um possível meio de prevenir a hipertensão pulmonar pós-operatória. Essa hipótese foi parcialmente testada em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos para lesões cardíacas congênitas. Os suplementos orais de CIT aumentaram com segurança as concentrações plasmáticas de CIT e ARG em comparação com placebo e melhoraram a produção de NO. As diminuições esperadas nas concentrações plasmáticas de CIT e ARG após a circulação extracorpórea observadas no grupo placebo foram prevenidas pela CIT. Isso foi associado a uma diminuição do risco de hipertensão pulmonar pós-operatória (15% naqueles tratados com TIC em comparação com 30% nos controles). (Balderas-Munãoz et al., 2012)(Smith et al., 2006)(Badesch et al., 2004)(Fike et al., 2014)
Osowska et al. mostraram que quando ratos idosos desnutridos foram realimentados com uma dieta enriquecida com CIT, a síntese de proteína muscular foi maior, enquanto a síntese de proteína hepática foi menor do que em ratos controle alimentados com suplemento isonitrogênico de aminoácidos não essenciais (NEAA). Os dados desse estudo estão vão ao encontro de estudos humanos de síntese de proteínas musculares. (Osowska et al., 2006)(Jourdan et al., 2015)
VITAMINA B12 (METILCOBALAMINA)
A metilcobalamina é uma forma ativa de vitamina B12 que ajuda na síntese de metionina e S-adenosilmetionina. É necessária para a integridade da mielina, função neuronal, formação adequada de glóbulos vermelhos bem como na síntese de DNA. Essa vitamina é benéfica para a maioria dos distúrbios comuns, como distúrbios cardiovasculares, diabetes, anemia, hiper-homocisteinemia e doenças degenerativas. Além disso a metilcobalamina auxilia na síntese de lipídios neuronais, regeneração de nervos axonais e tem atividade neuroprotetora, que promove o funcionamento dos neurônios de maneira adequada e melhora assim a doença de Alzheimer, parkinsonismo, demência e neuropatia síndromes.(Jeetendra Kumar Gupta et al., 2015)
A metilcobalamina também é utilizada no tratamento da neuropatia diabética, doenças degenerativas e no tratamento preliminar de esclerose lateral amiotrópica. Existem relatos relacionados com sua aplicação para tratar doenças como demência, artrite reumatoide e exerce proteção neuronal a qual promove a regeneração dos nervos lesados. Essa vitamina também alivia o comportamento da dor na neuropatia diabética, dor lombar, neuralgia e promove a condução nervosa. Adicionalmente a metilcobalamina ajuda o corpo a usar gorduras e carboidratos para obter energia. (Jeetendra Kumar Gupta et al., 2015) Para estudos relacionados com o efeito expressivo da vitamina B12 na melhora da neuropatia periférica ver: (Maladkar et al., 2013)(Ming Zhang et al., 2013)
Foi relatado que a combinação de metilcobalamina, ácido alfa-lipóico e pregabalina melhora a interferência do sono, função nervosa e alívio da dor. (Kira et al., 1994)(Gröber et al., 2013)(Guéant et al., 1990)(Lane et al., 2002)(Lane et al., 2002)(Van Der Dijs et al., 2002)(Jeetendra Kumar Gupta et al., 2015)
VITAMINA B6
A vitamina B6 é um cofator essencial para inúmeras reações enzimáticas. É notável por sua contribuição para a biossíntese de aminoácidos, onde serve como cofator para enzimas envolvidas nas reações de descarboxilação, transaminação, desaminação, racemização e transulfuração. Outras funções significativas dessa vitamina incluem seu envolvimento no metabolismo de carboidratos e lipídios, na produção de alguns precursores de antibióticos e na síntese de aminociclopropano-1-carboxilato (ACC). (Denslow et al., 2005) De acordo com o trabalho publicado por Bernstein et al., a vitamina B6 não apresenta neurotoxicidade. Esse estudo fez a utilização dessa vitamina numa dose diária de 200 mg por um período de 3 meses. (Bernstein et al., 1993)
Os vitâmeros presentes na vitamina B6 extinguiram efetivamente o superóxido e exibiram atividade antioxidante quando testados in vitro. O excesso de vitamina B6 nas folhas de tabaco interferiu no desenvolvimento de uma resposta de hipersensibilidade causada por P. syringae pv. phaseolicola e aumento da gravidade da doença causada pela bactéria compatível P. syringae pv. tabaci. Os resultados apresentados indicam que durante as respostas de defesa da planta, as funções da vitamina B6 e sua síntese são reguladas de forma consistente com a atividade desta vitamina como antioxidante e modulador de espécies de oxigênio ativo in vivo. (Denslow et al., 2005)
De acordo com o trabalho de Jia Yang et al., o folato sérico e a vitamina B6 podem ser fatores protetores contra a carcinogênese pulmonar e a homocisteína. (Yang et al., 2018)
SERRAPEPTASE
ao grupo Serralisina com peso molecular que varia entre 45-60 kDa. Essa enzima é originalmente obtida de Serratia marcerscens a qual é isolada do intestino do bicho-da-seda Bombix mori L. (Jadhav et al., 2020) A serrapeptase é amplamente utilizada como uma enzima proteolítica em várias aplicações, as quais incluem cirurgia, ortopedia, otorrinolaringologia, ginecologia e odontologia. (Mp, 2018) Sem dúvida essa a explicação mais detalhada dessa enzima ocorre em processos anti-inflamatórios. (Tiwari, 2017) Porém existem outras aplicações clínicas desta enzima relacionadas e miomas uterinos. (Ethiraj et al., 2017)
De acordo com o trabalho de Swamy e Patil, a serrapeptase exibiu uma melhor atividade anti-inflamatória sozinha ou em conjunto com aspirina nos modelos de inflamação cutânea e subcutânea em ratos. (Swamy et al., 2008) Para outros trabalhos similares ver: (Jadav et al., 2010)
Ainda nessa esteira Rajinikanth et al. demonstraram que a serrapeptase reduziu a colite ulcerativa em ratos. Essa enzima também reduziu o índice de atividade da colite, preveniu o encurtamento do cólon, o aumento do baço, a depleção de glutationa, a peroxidação lipídica e a produção de óxido nítrico em relação ao grupo controle utilizado.(Rajinikanth et al., 2014) Para outros estudos da atividade anti-inflamatória da serrapeptase ver: (Bracale et al., 1996)(Chandanwale et al., 2017)(Chopra et al., 2009)(Joshi et al., 2012)
Essa enzima também é eficaz no combate à formação de biofilmes. A serrapeptase atua num número discreto de proteínas envolvidas nos mecanismos fundamentais associados com a virulência bacteriana como adesão, invasão e na formação de biofilmes. (Laura Selan et al., 2016) Para estudos in vitro e dos mecanismos envolvidos nessa atividade ver: (L Selan et al., 2015)(Laura Selan et al., 2017) (Purnima V Gupta et al., 2017)
Estudos clínicos sobre a doença de peri-implantite são importantes, dado o grande número de cirurgias de implantes sendo realizadas em todo o mundo. O diagnóstico precoce da peri-implantite é difícil devido aos sintomas iniciais leves ou inexistentes, bem como à falta de testes diagnósticos adequados. A resistência aos antibióticos é outro obstáculo no seu tratamento. Nessa doença, a colonização de bactérias ocorre na superfície do implante, formando um biofilme que leva à inflamação grave do tecido periimplantar e danifica o osso de suporte do implante. Em um estudo controlado com 64 adultos, Passariello et al. (Passariello et al., 2012) avaliaram o efeito combinado da serratiopeptidase com antibióticos na peri-implantite. O tratamento combinado melhorou significativamente os parâmetros clínicos, microbiológicos e inflamatórios em relação ao grupo controle. Esse trabalho permitiu a conclusão de que a serratiopeptidase aumentou a eficácia dos antibióticos através do aumento da sua concentração tecidual. (Aratani et al., 1980)(Ishihara et al., 1983) Outro estudo publicado por Sannino et al. (Sannino et al., 2013) em pacientes parcialmente desdentados tratados para peri-implantite indicou que a serratiopeptidase auxilia no reparo de lesões ósseas e acelera o processo de cicatrização clínica. Os autores acreditam fortemente que a coadministração de serratiopeptidase com antibióticos seja uma opção preferencial no tratamento da peri-implantite.
O efeito analgésico da serratiopeptidase é amplamente conhecido e foi relatado em vários estudos clínicos. A capacidade da serratiopeptidase de hidrolisar bradicinina, histamina e serotonina contribui para sua atividade analgésica. Verificou-se que a serratiopeptidase alivia a dor em pacientes com tratamento de canal e controla a dor de dente quando emulsionada com óleo de cravo.(Mane et al., 2011)(Shende et al., 2016) A atividade analgésica da serratiopeptidase também foi comprovada em casos de extração cirúrgica de terceiros molares inferiores. (Al-Khateeb et al., 2008)
Uma terapia combinada que consiste em vitamina C com revestimento entérico, extrato de Withaferania somnia e serratiopeptidase tem sido usada para tratar o câncer de tireoide. A remissão completa do tumor da tireoide foi encontrada após 18 meses de terapia combinada. Nesse estudo evidenciou-se que a serratiopeptidase desempenha um papel importante na limpeza das células mortas do local alvo, levando a um aumento da taxa de morte de células tumorais. Adicionalmente, este estudo destaca a possibilidade de injetar a enzima diretamente no local alvo de um tumor para aumentar a eficiência do tratamento. (Jentschura, 2018)