RENAL CARE CAPS, adicionado a padrões vibracionais, tem como objetivo modular patologias e disfunções renais, em virtude dos fitoquímicos contidos nos componentes desse medicamento.
A Berberina é um alcaloide contido no Phellodendron que desde muito tempo tem sido utilizado por causa de seus efeitos farmacológicos os quais representam uma ação significativa em doenças neurodegenerativas, neuropsiquiátricas, isquemias, melhora a resistência insulínica, dislipidemia e ações positivas antibacterianas e antiparasitárias.
O extrato metanólico das partes aéreas da Cavalinha apresentou atividade antibacteriana contra Escherichia coli, também tem atividade antimicrobiana contra Staphylococcus epidermidis e bem como atividade antifúngica contra Aspergillus niger e Candida albicans. Tem efetividade também para unhas quebradiças e queda de cabelo, para doenças reumáticas, gota, feridas mal cicatrizadas e úlceras, e grande efeito diurético. A ornitina e a luteolina isoladas do extrato metanólico de Equisetum arvense possuem propriedades hepatoprotetoras.
A Raiz da salsa tem bioativos com atividade positiva para a Escherichia coli e foi capaz de prevenir um aumento no nível de glicose no sangue, exibe atividade antiplaquetária, atividade anti secretora, analgésica, antiespasmódica, citotóxica e anti-inflamatória.
O extrato de Taraxacum officinale no tratamento e prevenção de doenças renais, como urolitíase há muito tempo na medicina popular. O taraxasterol é eficaz no tratamento da colite aguda, ajuda no controle do metabolismo dos ácidos graxos e da disbiose. Também tem atividade antiviral, inibindo a transcrição reversa e a replicação do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1), infecções por influenza, e contra o vírus da hepatite B (HBV). Também tem uma forte ação antibacteriana, aumenta a secreção de insulina das células β pancreática e exerce efeitos de citotoxicidade em células cancerígenas hepáticas humanas. Adicionalmente, estudos mostraram que os extratos desta planta induzem a morte celular programada em diferentes categorias de células cancerígenas, como células de leucemia humana, colorretal, próstata e pâncreas.
A Uva ursi possui bioativos interessantíssimos com tropismo Renal e genital, pois apresenta efeitos diuréticos, nefrolíticos e antibacterianos. Estudos científicos mostraram que um extrato de Arctostaphylos uva-ursi impediu o desenvolvimento de um possível risco fatores de nefrolitíase, como pH ácido da urina e aumento da excreção urinária de íons cálcio, fosfato íon e íon citrato. Os autores associaram o antiproliferativo à atividade com galotaninos presentes em folhas de uva-ursina e indução de uma cascata de reações apoptóticas.
O extrato de Zimbro possui uma composição mais balanceada em seus componentes (α-pineno, β-pineno, p-cimeno ou limoneno, entre outros) apresentando um grande efeito antibiótico, com ênfase: Staphylococcus aureus, Serratia marcescens, Enterobacter cloace, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii e Listeria monocytogenes, bem como em inúmeros fungos.
A Alfavaca, possui flavonoides glicosídeos e ácidos fenólicos os quais são os componentes predominantes da classe dos compostos fenólicos. Tais compostos possuem influência direta em sua propriedade antioxidante, também atua no tratamento de ansiedade, febre, infecções, picadas de insetos, dor de estômago, tosse, dores de cabeça, constipação, e é antidiabética.
Tem ação na expressão de mediadores pró-inflamatórios como por exemplo o ácido nítrico, prostaglandinas e o fator-α de necrose tumoral (TNF-α), sendo que o extrato aquoso também inibe os genes regulatórios do óxido nítrico sintase (NOS), da ciclooxigenase-2 (COX-2) e restaurou a fisiologia hepática e reduziu a apoptose dependente de mitocôndrias.
Phellodendron amurense (Berberina)
O Phellodendron amurense é uma espécie de árvore da família Rutaceae, vulgarmente designada por sobreiro de Amur. É a principal fonte de huáng bò, uma das 50 ervas fundamentais usadas na medicina tradicional chinesa A Berberina é um alcalóide isolado de plantas medicinais asiáticas, que tem sido muito utilizada pois passa a barreira hematoencefálica com facilidade, sendo muito estuda em doenças neurodegenerativas e neuropsiquiátricas bem como para o tratamento de infecções bacterianas e de parasitas.
Faustino, observou o efeito da Berberina na resistência insulínica em rato com diabetes tipo 2, onde a resistência insulínica e a obesidade precedem ou potencializam o aparecimento do Diabetes tipo 2, com todas as suas complicações vasculares decorrentes. (Faustino, 2013)
Salbego, et al constataram efeito benéfico da Berberina pós Isquemias cerebrais, pois tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, e efeito Neuroprotetor da morte de neurônios por modulação da via de sobrevivência de um de seus substratos; também teve ação na modulação de TNF alfa e IL-1 beta, e redução e EROS (espécies reativas de oxigênio) que aumentam sobremaneira depois de Isquemias. (Simões Pires et al., 2014)
Cavalheiro, et al., fez um estudo sobre o efeito da Berberina em dislipidemias em humanos, tendo como resultado redução significativa do Colesterol total, Triglicérides e LDL. (Cavalheiro et al., 2021)
Takarada, et al., realizou estudo que observou propriedade Leishmanicida, um protozoário intracelular que parasita o sistema mononuclear fagocitário, isto é, foi capaz de ter efeito citotóxico para a Leishmania tanto no fígado como no Baço, com baixo nível tóxico (mesmo em doses mais altas), ação apoptótica. (Takarada, 2018)
Nexrutina, é um extrato de ervas comercialmente disponível da planta chinesa Phellodendron amurense que é amplamente utilizado para o tratamento de inflamação, gastroenterite, dor abdominal e diarréia na medicina folclórica. (Uchiyama et al., 1989)(Cuéllar et al., 2001)(Nishida et al., 2003)(Mori et al., 1995)
O Nexrutine®, um suplemento dietético derivado do extrato da casca de Phellodendron amurense, tem atividade de prevenção do câncer de próstata. (Suleman S. Hussain et al., 2015)
Neste estudo piloto com Phellodendron amurense, o NP 06-1 teve efeitos benéficos nos sintomas de osteoartrite do joelho medidos por meio de escores LAI e teve efeitos anti-inflamatórios medidos por meio da PCR. A administração de NP 06-1 também foi associada à perda de peso, o que pode ter sido um fator contribuinte para os demais benefícios. (Oben et al., 2009)
De acordo com o trabalho publicado por Talbott et al., a suplementação diária com uma combinação de extrato de casca de Magnólia e extrato de casca de Phellodendron amurense (Relora®) reduz a exposição ao cortisol e o estresse diário percebido, enquanto melhora uma variedade de parâmetros de estado de humor, incluindo menor fadiga e maior vigor. (Talbott et al., 2013)
O extrato de Phellodendron amurense é um remédio herbal chinês que foi recentemente estudado por suas atividades antitumorais, antimicrobianas e outras atividades biológicas. (James et al., 2011)
Equisetum arvense (CAVALINHA)
A planta está distribuída na Ásia, Europa e América do Norte (Canadá e Estados Unidos). Há relatos da utilização dessa planta para tuberculose, como hematostático para menstruação profusa, para hemorragias nasais, para tratamentos pulmonares e gástricos, para unhas quebradiças e queda de cabelo, para doenças reumáticas, gota, feridas mal cicatrizadas e úlceras, e para inchaço e fraturas. (Raso et al., 2010)
O extrato aquoso e etanólico das porções do topo e do corpo da cavalinha de campo foram testadas quanto à atividade antioxidante usando quatro métodos diferentes. Observou-se que as frações do extrato etanólico de cada porção são mais ricas em componentes fenólicos totais do que os extratos aquosos e que as frações testadas apresentaram atividades antioxidantes notáveis, semelhantes às do ácido ascórbico 5 mM. (Clifford et al., 2002) Para outro trabalho evidenciando a atividade antioxidante da cavalinha ver (Zoutewelle et al., 1990)
A atividade antiproliferativa de diferentes extratos de cavalinha (Equisetum arvense) foi estudada nas linhas celulares de câncer humano HeLa, HT-29 e MCF7. Nesse estudo observou-se que a atividade antiproliferativa dos extratos é dependente da linhagem celular, tipo de extrato e concentração do extrato. O extrato de acetato de etila exibiu o efeito antiproliferativo mais proeminente, sem induzir qualquer estimulação do crescimento celular em linhas de células tumorais humanas. (Woelkart et al., 2005) Para outros estudos descrevendo a ação inibidora de certas células cancerígenas da cavalinha ver: (Pacher et al., 2006)(Tsai, Chiu, et al., 2012) Para um trabalho correlacionando a atividade citotóxica da cavalinha e sua ação antioxidante ver: (Tsai, Chiou, et al., 2012)
O extrato metanólico das partes aéreas da cavalinha apresentou atividade antibacteriana contra Escherichia coli em alta concentração (1g/ml). Também foi observada atividade antimicrobiana contra Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli bem como atividade antifúngica contra Aspergillus niger e Candida albicans. Neste trabalho a diluição 1:10 do óleo essencial de Equisetum arvense possuía amplo espectro e atividade antimicrobiana muito forte contra todas as bactérias e fungos testados. (I. Orhan et al., 2009) Para outro trabalho relacionado com a atividade antibacteriana da cavalinha ver: (Stanisavljević et al., 2009)
A eficácia da aplicação tópica da pomada Equisetum arvense 3% na cicatrização de feridas, redução de inflamação e alívio da dor após a episiotomia foi estudado em mães nulíparas. Um ensaio clínico foi realizado em 108 mães nulíparas pós-parto (54 mulheres no grupo cavalinha e 54 mulheres no grupo placebo grupo). Cerca de 5 ± 1 e 10 ± 1 dias após o parto, os resultados primários da episiotomia (cicatrização e intensidade da dor) foram avaliados com base na vermelhidão, edema, equimose, corrimento e aproximação das bordas escala e uma escala visual analógica (VAS). De acordo com os resultados publicados, a pomada de cavalinha a 3% promoveu a cicatrização de feridas e aliviou a dor durante o período de 10 dias após episiotomia. (Asgharikhatooni et al., 2015) Para outro estudo demonstrando a atividade anti-inflamatória da cavalinha bem como seu efeito antinociceptivo ver: (Do Monte et al., 2004)
O extrato metanólico da cavalinha (50, 100, 250 e 500 mg/kg diariamente por 5 semanas) exibiu atividade antidiabética em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. Os resultados desse trabalho mostraram que diferentes doses de extrato metanólico reduziram significativamente a glicose no sangue. Estudos histológicos simultâneos do pâncreas desses animais mostraram regeneração comparável por extrato metanólico que foram anteriormente necrosados por estreptozotocina. (Soleimani et al., 2007)(Safiyeh et al., 2007)
De acordo com Carneiro et al., o extrato seco de Equisetum arvense (900mg/dia) produziu um efeito diurético mais forte do que o do controle negativo utilizado e foi equivalente ao da hidroclorotiazida sem causar alterações significativas na eliminação de eletrólitos. Apenas eventos adversos menores foram relatados. (Carneiro et al., 2014)
Os estudos de Hyuncheol Oh et al. demonstraram que a ornitina e a luteolina, isoladas do extrato metanólico de Equisetum arvense, possuem propriedades hepatoprotetoras em células Hep G2 derivadas de fígado humano, exibindo valores de EC50 de 85,8 ± 9,3 microM e 20,2 ± 1,4 microM, respectivamente, enquanto a Silybin, usada como controle positivo, apresentou valor EC50 de 69,0 ±3,3 microM. (Oh et al., 2004)
O extrato reduziu o desenvolvimento e a função dos osteoclastos humanos, tanto em culturas de células precursoras de osteoclastos e em culturas de células osteoclásticas e osteoblásticas. Ao estudar o efeito do extrato hidrometanólico sobre comportamento de células da medula óssea humana para modulação osteoblástica in vitro, o extrato promoveu resposta, evitando o risco de infecção na interface biomaterial/osso pelo sistema de entrega local. (Bessa Pereira et al., 2012)
Citrus reticulata Blanco (CHEN PI)
As “peles” brancas dos cítricos são vastamente utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa para tosse e alterações respiratórias. Observa-se que nessas peles existem muitos compostos químicos bioativos em pequena quantidade e monoterpenos em maior quantidade.
O óleo de Limoneno contido na pele, tem ação anti-inflamatória no TNF alfa e
NO (Dalia et al., 2016)
Segundo (Chutia et al., 2009)(Espina et al., 2011), o Citrus reticulata blanco exibe uma boa ação antimicrobiana, anti-inflamatória (Menichini et al., 2011), ação anti-câncer (Manthey et al., 2002)(Benavente-García et al., 2008)
2013) observaram uma atividade anti-fibrose pulmonar, hipoglicêmica (Aruoma
Petroselinum crispum (RAIZ DE SALSA)
Petroselinum crispum (Mill.) pertence à família Apiaceae ou Umbelliferae e o gênero Petroselinum. Acredita-se que o P. crispum seja originalmente cultivado na Sardenha (área mediterrânea) e foi cultivado a partir do século 3 aC. Linnaeus afirmou que seu habitat selvagem era a Sardenha, de onde foi trazido para a Inglaterra e aparentemente cultivado pela primeira vez na Grã-Bretanha em 1548. Porém Bentham o considerava nativo das regiões do Mediterrâneo Oriental. De acordo com De Candolle também há a possibilidade de a raiz de salsa ser nativa da Turquia, Argélia e Líbano. Desde a sua introdução nestas ilhas no séc. século foi completamente naturalizado em várias partes da Inglaterra e Escócia. (Agyare et al., 2017)
crispum exibe atividade antimicrobiana contra P. Aeruginosa. Adicionalmente, foi constatado que compostos isolados de seus extratos possuem atividade inibitória contra Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Erwinia carotovora e Listeria innocua. (Seyyedneja et al., 2007)(Aljanaby, 2013) (Manderfeld et al., 1997)
Através da utilização de vários experimentos químicos foi constatado que a P. crispum exibe uma atividade antioxidante expressiva. Possivelmente a presença de flavonoides e outros compostos no extrato aquoso e metanólico são responsáveis por essa propriedade. (Marín et al., 2016)(Haidari et al., 2011)(Wong et al., 2006)
Tunali et al. relataram que o extrato aquoso de folhas de P. crispum foi capaz de prevenir um aumento no nível de glicose no sangue em ratos usando experimentos ácidos. Extrato aquoso de folhas de P. crispum também aumentou a peroxidação e diminuição dos níveis de glutationa em danos oxidativos presentes no coração e na aorta induzidos por hiperglicemia. (Tunali et al., 1999)(Sener et al., 2003)(Bolkent et al., 2004)(Yanardaǧ et al., 2003)
Além das atividades mencionadas a raiz de salsa também exibe atividade antiplaquetária (Gadi et al., 2009)(Gadi et al., 2012); atividade anti secretora (Al-Howiriny et al., 2003); atividade analgésica (Moazedi et al., 2007); atividade antiespasmódica (Branković et al., 2010); atividade citotóxica (Farshori et al., 2013) e atividade anti-inflamatória. (Jia et al., 2014)
Taraxacum officinale (DENTE DE LEÃO)
Taraxacum officinale, comumente chamado de dente-de-leão, é uma planta perene pertencente à família Asteraceae. Esta planta é encontrada na Europa, Ásia e América do Norte e é uma erva daninha muito comum que se espalha em jardins, culturas agrícolas, pastagens e terrenos baldios. Possui cerca de 40 cm de altura e é caracterizada por flores amarelo-alaranjadas e folhas irregulares. Vale ressaltar que esta erva tem sido usada como planta medicinal desde os tempos antigos. Além da parte medicinal, as folhas dessa planta são utilizadas como alimento em saladas, bebidas e pratos vegetais, devido ao seu valor nutricional. Estudos fitoquímicos mostram que as folhas de Taraxacum officinale contêm altas concentrações de fibras, minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais. (Di Napoli et al., 2021)
Um estudo de Clare et al. mostrou que o extrato etanólico das folhas do dente de leão aumenta a frequência urinária e a excreção de líquidos em indivíduos saudáveis. Outros dois estudos mostraram um efeito positivo do extrato de Taraxacum officinale no tratamento e prevenção de doenças renais, como urolitíase. (Racz Kotilla et al., 1974)(Clare et al., 2009)(Ghale-Salimi et al., 2018)(Karakuş et al., 2017)
Estudos demonstraram que o extrato de folhas de Taraxacum officinale é capaz de prevenir e tratar a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Um estudo utilizando experimentos in vivo mostrou que o extrato de folha de planta também possui atividade hepatoprotetora contra lesão hepática induzida por dicromato de sódio. Um estudo de You et al. evidenciou que o extrato aquoso da raiz de Taraxacum officinale pode prevenir danos hepáticos induzidos pelo álcool e outro estudo mostrou que dois polissacarídeos isolados desta planta exercem efeitos protetores contra danos hepáticos em experimentos in vivo. (Colle et al., 2012) (Davaatseren, Hur, Yang, Hwang, Park, Kim, Kim, Kim, et al., 2013) (Davaatseren, Hur, Yang, Hwang, Park, Kim, Kim, Kwon, et al., 2013) (Hfaiedh et al., 2016)(You et al., 2010)(Park et al., 2010)
O extrato da raiz de Taraxacum officinale também pode exercer propriedade terapêutica na colite ulcerativa em modelos in vitro e in vivo. Outro estudo descobriu que esta planta é capaz de prevenir colite em camundongos. Neste estudo, o extrato de Taraxacum officinale mostrou um efeito mais forte do que um medicamento anti-inflamatório na prevenção da colite. Um estudo anterior descobriu que um polissacarídeo Taraxacum officinale pode melhorar a colite ulcerativa. Outro estudo demonstrou que o taraxasterol é eficaz no tratamento da colite aguda in vivo. Por fim, Chen et al. mostraram que o extrato de Taraxacum officinale é capaz de melhorar os sintomas da colite controlando o metabolismo dos ácidos graxos e a disbiose. (Ding et al., 2018)(Kyu Hyun Han et al., 2017)(Qian Wang et al., 2017)(Chen, Da, et al., 2019)(Chen, Fan, et al., 2019)
Vários estudos evidenciaram que o extrato de Taraxacum officinale melhora a imunidade, aumentando a produção de óxido nítrico (NO) e citocinas em camundongos. Outro estudo mostrou que o taraxasterol pode ativar a via de sinalização anti apoptótica Bax/Bc1-2, a qual é regulada negativamente em distúrbios autoimunes. Adicionalmente, Tan et al. descobriram que os extratos de Taraxacum officinale melhoram a resposta imune através de experimentos in vivo. (Kim et al., 1998)(Bo Ra Lee et al., 2012)(Sang et al., 2019)(Tan et al., 2017)
Um estudo de Han et al. demonstrou que o extrato aquoso de Taraxacum officinale tem atividade antiviral in vitro, inibindo a transcrição reversa e a replicação do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1). Outro estudo evidenciou que este extrato vegetal é capaz de prevenir infecções por influenza. Mais recentemente Yang et al. mostraram que o extrato de Taraxacum officinale possui atividade antiviral in vitro contra o vírus da hepatite B (HBV) e que o composto bioativo relacionado a essa ação é o taraxasterol. Outros estudos descobriram que este extrato vegetal possui atividade antiviral contra o vírus da dengue sorotipo 2 (DENV2) e o vírus da hepatite C (HCV). (Huamin Han et al., 2011)(He et al., 2011)(Yang et al., 2020)(Flores-Ocelotl et al., 2018)
Dois estudos anteriores descobriram que oligossacarídeos e polissacarídeos isolados de Taraxacum officinale apresentam efeito antibacteriano contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Bacillus subtilis. Kenny et al. mostraram que o extrato de raiz de Taraxacum officinale tem atividade antibacteriana contra Staphylococcus aureus e Bacillus cereus. Também foi evidenciado que o extrato de folhas de Taraxacum officinale tem fortes propriedades antibacterianas contra Staphylococcus aureus e atividade antibacteriana moderada contra Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis. (Qian et al., 2014)(Hong Bin Wang, 2014)(Jianzhi Zhang et al., 2019)(Díaz et al., 2018). Adicionalmente, Yinku Liang et al. mostraram que o Taraxacum officinale pode inibir a Candida albicans ao romper a parede celular. (Liang et al., 2020)
Dois estudos anteriores descobriram que compostos isolados de Taraxacum officinale exibem efeitos hipoglicemiantes através da inibição de α-glicosidase e α-amilase. Outro trabalho científico mostrou que essa planta possui propriedades hipoglicemiantes em modelos animais o qual melhora a secreção de insulina das células β das ilhotas pancreáticas. Outro estudo descobriu que o extrato de folhas de Taraxacum officinale reduz o nível de glicose no sangue em jejum e a resistência à insulina in vivo. Hussain et al. também mostraram que o extrato de Taraxacum officinale aumenta a secreção de insulina das células β pancreáticas in vitro. (Janggyoo Choi et al., 2018)(Guo et al., 2019) (Davaatseren, Hur, Yang, Hwang, Park, Kim, Kim, Kwon, et al., 2013)(Zakir Hussain et al., 2004)
Estudos anteriores mostraram que Taraxacum officinale exerce efeitos hipolipemiantes in vivo e in vitro. De acordo com Zhang et al., o Taraxacum officinale pode inibir a lipase pancreática in vivo e in vitro e pode ter um efeito antiobesidade. (Racz Kotilla et al., 1974)(Davaatseren, Hur, Yang, Hwang, Park, Kim, Kim, Kwon, et al., 2013)(Ung Kyu Choi et al., 2010)(García-Carrasco et al., 2015)(Jian Zhang et al., 2008)
Vários estudos mostraram que Taraxacum officinale tem atividade anticancerígena em diferentes tipos de câncer. Os extratos de Taraxacum officinale bloqueiam a proliferação e a invasão de células de câncer de mama e próstata. Um estudo de Saratale et al. evidenciou que Taraxacum officinale exerce efeitos de citotoxicidade em células cancerígenas hepáticas humanas. Adicionalmente, estudos in vivo e in vitro mostraram que os extratos desta planta induzem a morte celular programada em diferentes categorias de células cancerígenas, como células de leucemia humana, colorretal, próstata e pâncreas. (Sigstedt et al., 2008) (Nassan et al., 2018) (Saratale et al., 2018)(Nguyen et al., 2019)(P. Ovadje et al., 2011)(Pamela Ovadje et al., 2012)(Pamela Ovadje et al., 2016)
Além de todas as propriedades farmacológicas expostas acima, o dente de leão exibe atividade antiartrítica por inibição de inflamação. Tal efeito foi constatado em experimentos in vivo e essa atividade é creditada ao composto taraxasterol presente nesta planta. (Shasha Wang et al., 2016)
Arctostaphylos uva-ursi (UVA DE URSO)
A Uva-de-urso (Arctostaphylos uva-ursi) é uma erva medicinal também conhecida como uva ursina, búxilo, buxulo, medronheiro, ursina, Uva-de-urso e uva dos ursos. Possui como habitat principais regiões montanhosas, e é uma das diversas espécies referidas como Amoras de urso. Sua atividade terapêutica mais conhecida é seu efeito no aparelho geniturinário, geralmente essa planta apresenta efeitos diuréticos, nefrolíticos e antibacterianos. Estudos científicos mostraram que um extrato de Arctostaphylos uva-ursi impediu o desenvolvimento de um possível risco fatores de nefrolitíase, como pH ácido da urina,aumento da excreção urinária de íons cálcio, fosfato íon e íon citrato. (Grases et al., 1994)
De acordo com os estudos de Larsson et. al., o aquoso de uva-ursina como agente terapêutico adjuvante possui atividade contra a cistite bacteriana recorrente em mulheres. (Larsson et al., 1993) Nessa esteira, Cybulska et. al., mostraram que um extrato obtido de folhas de uva-ursina suprimiu o crescimento de culturas resistentes de N. gonorrhoeae com uma concentração inibitória mínima intervalo de 0,25-32 microgramas/ml. É importante notar que N. gonorrhoeae resistentes a uma ampla gama de drogas antibacterianas, incluindo: tetraciclina, β-lactâmicos, estreptomicina, eritromicina, azitromicina e ciprofloxacina. (Cybulska et al., 2011) Para outro trabalho evidenciando a atividade antibacteriana da uva de urso ver: (Holopainen et al., 1988)
Um estudo de Kubo et. al. mostrou que o uso de 50% de extrato etanólico de folhas de uva de urso reduziu significativamente a fase exsudativa da reação inflamatória relacionada à pele. Ao mesmo tempo, a eficácia do extrato da uva de urso foi ligeiramente inferior à do efeito da prednisona, porém teve sua atividade potencializada quando usado em combinação. (Kubo et al., 1990)
Swanston-Flatt et. al., realizaram um estudo examinando a possibilidade de aplicar uma abordagem fitoterápica ao tratamento de diabetes mellitus experimental em camundongos. Como resultado, verificou-se que a adição de um extrato de folhas de uva-ursina na dieta desses animais contribui para diminuição da polidipsia, hiperfagia e da concentração de glicose no sangue. (Swanston-Flatt et al., 1989)
De acordo com Amarowicz e Pegg, o extrato de folha de uva-ursina exibe propriedades antiproliferativas em humanos culturas de células de carcinoma. Neste estudo, frescas folhas de uva-ursina foram extraídas usando 80% de etil álcool. Os dados obtidos mostraram que o extrato inibiu a proliferação de cinco células de carcinoma humano: MCF-7-mama, HT-29-colon, DU-145-próstata, pele SK-MEL-5 e pele MDA-MB-435 carcinomas. Os autores associaram essa atividade antiproliferativa com os galotaninos presentes em folhas de uva-ursina e indução de uma cascata de reações apoptóticas. (Amarowicz et al., 2013)
Outras aplicações da uva de urso incluem atividades antioxidantes (Azman et al., 2016) e contra fungos. (H. Matsuda et al., 1992)(Hideaki Matsuda et al., 1996) (Shamilov et al., 2021)
Juniperus communis (RAIZ DE ZIMBRO)
A planta Juniperus communis L., denominada “zimbro” é um arbusto ou pequena árvore perene. Essa planta está espalhada globalmente, sendo encontrada nas regiões árticas da Ásia e América do Norte. Na Europa, é encontrada em algumas partes dos Alpes, Escandinávia, Polônia, planícies do noroeste da Europa e regiões montanhosas do Mediterrâneo. A ampla distribuição geográfica é a principal razão para a notável variação nas características morfológicas e na composição química dos metabólitos secundários. (Gonçalves et al., 2022)
A atividade antimicrobiana e antiparasitária do zimbro pode ser dividida de acordo com a natureza do extrato empregado. Trabalhos científicos concluíram que o extrato com composição mais balanceada em seus componentes (α-pineno, β-pineno, p-cimeno ou limoneno, entre outros) apresentou maior efeito antibiótico contra às seguintes espécies de bactérias isoladas: Staphylococcus aureus, Serratia marcescens, Enterobacter cloace, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii e Listeria monocytogenes, bem como em Candida albicans. Neste trabalho evidenciou-se que a atividade antibacteriana proveniente do extrato de zimbro é devida a uma interação sinérgica entre todos os componentes presentes no extrato e não a um composto químico somente. (Raina et al., 2019) (Xavier et al., 2021) Num trabalho publicado por Darwish et al., o qual relacionou a composição volátil e outros constituintes do gênero Juniperus, mostrou que pode existir uma relação entre a quantidade de hidrocarbonetos sesquiterpênicos e hidrocarbonetos aromáticos oxigenados, encontrados principalmente no extrato de J. communis, e sua eficácia contra bactérias Gram-positivas. A análise da fração volátil dos óleos essenciais de J. communis apresentou resultados semelhantes aos observados em óleos essenciais e extratos ricos em compostos fenólicos, os quais possuem intensa atividade contra bactérias Gram-positivas como S. aureus, mas não contra Gram-negativas como E. coli. (Darwish et al., 2020)
Os óleos essenciais de agulhas de J. communis (var. alpina) também mostraram efeitos expressivos na inibição do crescimento de numerosos fungos dermatófitos (Epidermophyton floccosum, Microsporum canis, M. gypseum, Trichophyton mentagrophytes, T. mentagrophytes var. interdigitale, T. rubrum , e T. verrucosum), com concentrações ativas variando entre 0,32 a 2,5 µL/mL (vs. valores de inibição de 16 e 128 µg/µL para o antifúngico fluconazol). (Cabral et al., 2012)
Além das aplicações relacionadas acima, o zimbro também exibiu propriedades antimicrobianas (Ferrazzano et al., 2013), antioxidantes (Živić et al., 2019)(Brodowska et al., 2015)(Fejér et al., 2020), anti-inflamatórias (Mascolo et al., 1987), antidiabéticos (De Medina et al., 1994) (Nilüfer Orhan et al., 2014), anticancerígenas (Ching Chang Lee et al., 2020) (Gao et al., 2019), hepatoprotetoras (Ved et al., 2017)(Manvi, 2010), e gastroprotetoras (Pramanik et al., 2007). Também é digno de se notar sua atuação contra patologia neurológicas com Parkinson e Alzheimer (Bais et al., 2015) (Bais et al., 2014)
Ocimum basilicum (ALFAVACA)
A alfavaca é pertencente ao gênero Ocimum, o qual possui mais de 30 espécies catalogadas. Este gênero é natural da Ásia, África e das américas central e do sul. Possui uma grande variabilidade em sua morfologia, cor das suas flores, habitats de crescimento, folhas, caule bem como sua composição química. Estudos fitoquímicos constataram que seu óleo essencial é composto por terpenos, álcoois, aldeídos e fenilpropanóides. Os flavonoides glicosídeos e ácidos fenólicos são os componentes predominantes da classe dos compostos fenólicos. A alfavaca também possui em sua composição de ácidos graxos o ácido esteárico, oleico, palmítico, linoleico, laurílico, cárpico dentre outros. Tais compostos possuem influência direta em sua propriedade antioxidante. Nessa planta os compostos químicos antioxidantes de maior importância são: os ácidos cafeico, vanílico e rosmarínico, a quercetina, rutina, apigenina, cloroêenica e o ácido para-hidroxibenzóico. Os componentes de seu óleo essencial incluem α-pineno, β-pineno, ocimeno, borneol, geraneol, eugenol, cinamato e o β-cariofileno. Tal gama de compostos químicos são cruciais para a constituição das propriedades farmacológicas exibidas por essa planta. (Shahrajabian et al., 2020)(ANTIĆ et al., 2019)(Javanmardi et al., 2002) (Kivilompolo et al., 2007)(Castronuovo et al., 2019)(Teofilović et al., 2017)(Taie et al., 2010)
Na medicina tradicional do continente asiático, as sementes de Alfavava possuem utilização em sobremesas e bebidas como fonte de fibras. Na medicina tradicional Chinesa é muito utilizada para o tratamento de câncer principalmente devido ao seu teor de polissacarídeos. (Zhan et al., 2020)
De acordo com alguns trabalhos científicos, essa planta também atua no tratamento de ansiedade, febre, infecções, picadas de insetos, dor de estômago, tosse, dores de cabeça e constipação. (Seung-Joo Lee et al., 2005)(Twilley et al., 2018)(Seung-Joo Lee et al., 2005) Também existem estudos que mostram sua propriedade anti diabética através do controle e diminuição da glicose presente no sangue. (Ahmad et al., 2016)(Mousavi et al., 2018)(Twilley et al., 2018)(Widjaja et al., 2019) Vários outros estudos também elucidaram suas propriedades antibactericidas, antifúngicas e antioxidantes. (Ahmed et al., 2019)(Stanojevic et al., 2017)(Devi et al., 2010)(Šimović et al., 2014)
Foi demonstrado que o óleo essencial das folhas da alfavaca possui alcaloides, taninas, flavonoides e saponinas. (Singh et al., 2018)(Złotek et al., 2017)(Shafqatullah et al., 2013)(Kadian et al., 2012)(Bansod et al., 2008)(Dharmagadda et al., 2005) Tais compostos são cruciais para o desempenho das atividades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. (Miguel, 2010)(Lv et al., 2013)(Uma Devi et al., 2000)(Vieira et al., 2000)(Koroch et al., 2017)(Elansary et al., 2016)
Hydrangea macrophylla (RAIZ DE HORTÊNSIA)
A Hortênsia também conhecida pelos nomes de novelão, hidrângea e hidranja é um arbusto que cresce em forma de buquê possuindo muitas flores de diferentes colorações (azul, vermelha, branca, lilás, rosado). A diferença de coloração de suas flores se dá em função do pH do solo: Quanto mais ácido, mais azuis serão suas flores/ quanto mais alcalino, as flores tenderão ao tom rosado. De acordo com estudos fitoquímicos essa planta possui vários compostos químicos os quais podemos citar: zeorina, botulina, ácido butílico, uridina, timidina, adenosina, nicotinamida, hidrangenol, entre outros. Tais compostos estão diretamente relacionados com as atividades farmacológicas observadas nessa planta. (Zhi-Bin Wang et al., 2013)
De acordo com os estudos de Zhang et al., o ácido hidrângeo, um composto existente nas folhas da hortênsia, pertencente a classe dos estilbenos, promoveu adipogênese de células do tipo 3T3-L1. Esse composto também diminuiu expressivamente os níveis da glicose presente no sangue, triglicerídeos e ácidos graxos livres após sua utilização regular pelo período de duas semanas numa dosagem específica (200 mg/kg/dia) em ratos. (Hailong Zhang et al., 2009)
O extrato aquoso da Hydrangea macrophylla também diminui a expressão de mediadores pró-inflamatórios como por exemplo o ácido nítrico, prostaglandinas e o fator-α de necrose tumoral (TNF-α). Nesse estudo observou-se também que o extrato aquoso também inibe os genes regulatórios do óxido nítrico sintase (NOS), da ciclooxigenase-2 (COX-2) sem apresentar citotoxicidade. (Dilshara et al., 2013) Nessa esteira, a hortência causou um aumento na contenção crônica na ansiedade induzida pelo estresse em ratos. Os autores deste trabalho sugerem que a hortênsia seja utilizada como alimento funcional e como medicamento para desordens psicológicas causadas induzidos por estresse. (Jihye Lee et al., 2022)
Outro estudo detalhou que a hortência apresenta propriedade hepatoprotetora em danos causados por oxidação 3 tanto em experimentos in vivo quanto in vitro. A hortênsia atenuou a geração de radicais livres, restaurou a fisiologia hepática e reduziu a apoptose dependente de mitocôndrias. Nesse estudo foi exposto que essa atividade pode ocorrer através da modulação de caminhos de sinalização da proteína quinase e do fator de transcrição pós-apoptose caspase-3. Os autores sugerem que a hortênsia é um agente terapêutico promissor para o tratamento de desordens hepáticas através de sua atuação contra o estresse oxidativo. (Akanda et al., 2017)