PULMONAR IMUNE SUPPORT CARE, adicionado a padrões vibracionais, auxilia nos tratamentos de quaisquer alterações no sistema pulmonar, pois seus bioativos promovem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Nesse contexto, o Tanaceto promove efeitos sinérgicos nas vias aéreas, também funcionando como antibacteriano e antiviral e seus fitoquímicos também tem ação auxiliar em tumores pulmonares.
Diferentemente do Tanaceto, a ação dos bioativos presentes na Copaíba, como as lactonas sesquiterpênicas, ácido gálico e epicatequina, os quais colaboram em vários aspectos de modulação inflamatória sistêmica, e em especial o ácido (-)-copálico (AC), apresentou atividade antibacteriana contra os principais microrganismos responsáveis pela cárie dentária. É digno de nota também dizer que esse composto foi o componente mais ativo contra o principal patógeno responsável pela periodontite (Porphyromonas gingivalis).
Alguns bioativos do Acônito, tem uma ação significativa na regulação do hipocampo, e na regulação dos canais de Na+, podendo auxiliar inclusive nas convulsões.
A Mutamba possui uma seletividade positiva como auxiliar em diversos tipos de tumores, além de também atuar como neuro protetor, fato atribuído à sua ação antioxidante. Essa planta também exibe uma expressiva atividade antibacteriana.
Alguns bioativos do Pacová atuam no mecanismo relacionado com o bloqueio de canais do tipo L dependentes de Ca2+, desta maneira atua positivamente no relaxamento do músculo cardíaco, sendo antiespasmódico e demonstram boa ação anti teratogênica.
A Imburana tem muitas propriedades interessantes inibitórias contra espécies multirresistentes S. aureus, assim como diversas bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos.
A raiz de Lótus tem muitas propriedades interessantes como diurética (ação no Cloro, Sódio e Potássio), além de boa atividade antioxidante na inibição da lise de eritrócitos.
O Capim Limão (Melissa) tem vários componentes bioativos presentes com ação hipoglicemiantes. Tem sido usado tanto na medicina popular quanto na Medicina ayurvédica para controlar glicose, lipídios e gorduras no soro sanguíneo, podendo ajudar a evitar obesidade e hipertensão.
O uso etnomedicinal da Pulmonária inclui uso emoliente, anti-tússico, expectorante, antimicrobiano, diurético, depurativo e anti-inflamatório, em distúrbios respiratórios e urinários, devido a sua ação forte na cadeia do ácido araquidônico (potente ação anti-inflamatória). Com a presença de microelementos hematopoiéticos (como Fe, Mn, Cu e Co) na Pulmonária, pode haver uma contribuição em sua atividade antianêmica.
O Cajueiro apresenta diversos ativos terapêuticos, com ação antioxidante, antidiabética e inibidor da enzima acetilcolinesterase, antimicrobiana (Gram positivas e Gram negativas), antifúngica, ação anti-inflamatória e cicatrizante.
CATINGA DE MULATA (tanacetum vulgare L)
De acordo com Coté et al., O óleo essencial de T. vulgare possui propriedades anti-inflamatórias e atua principalmente na inibição de óxido nitroso (NO), e na inibição da oxidação intracelular induzida por terbutil-hidroperóxido. (Coté et al., 2017)
Os extratos de T. Vulgare em clorofórmio exibiram significativa atividade cicatrizante e atividades anti-inflamatórias. De acordo com os resultados demonstrados nesse trabalho é possivel dizer que existe uma combinação sinérgica entre metabólitos primários e secundários presentes nas partes aéreas do T. Vulgare, sendo esta a provável causa reponsável pelos efeitos cicatrizantes observados. (Özbilgin et al., 2018)
O óleo essencial de T. vulgare apresentou atividade contra bactérias Gram-positivas e contra Gram-negativas (Entre as bactérias testadas, Bacillus subtilis foi a mais sensível.). (Mikulášová et al., 2021) Adicionalmente, estudos feitos com o óleo essencial de T. Vulgare revelaram ação antibactericida contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus. (Coté et al., 2017)
O óleo essencial de T. vulgare foi ligeiramente citotóxico contra a linhagem de células humanas saudáveis WS1 enquanto α-humuleno e óxido de cariofileno foram moderadamente citotóxicos contra o carcinoma de pulmão humano A-549, adenocarcinoma de cólon humano DLD-1 e fibroblastos de pele humana WS1. (Coté et al., 2017)
Rosselli et al. Investigou a atividade citotóxica de lactonas sesquiterpênicas isoladas de um extrato de T. Vulgaris em testes in vitro contra carcinoma de pulmão humano. Os resultados desse trabalho indicaram que cinco lactonas dessa classe, possuindo o esqueleto de eudesmane, induziram efeitos citotóxicos dependentes do tempo e da concentração. (Rosselli et al., 2012)
De acordo com Petrov et al., o extrato das folhas secas de T. Vulgare em metanol foi usado para estabelecer efeito antiviral contra CMV e PVY em plantas de tomate. (Petrov et al., 2016)
Copaifera langsdorffii (COPAÍBA)
A oleorresina das árvores de Copaifera tem sido amplamente utilizada como medicamento tradicional nas regiões Neotropicais há milhares de anos e continua sendo um tratamento popular para uma variedade enorme de doenças. Nesta esteira, suas oleoresinas mostraram atividade antiparasitária in vitro contra promastigotas de Leishmania amazonenses. (Adriana O. Santos et al., 2008)
A oleorresina de copaíba tem demonstrado atividade antibacteriana contra diversas cepas, em particular, Bacillus subtilis Gram-positivo e Staphylococcus aureus. (Pacheco et al., 2006) As oleorresinas de copaíba também exibiram atividades antiproliferativas de bactérias gram-positivas in vitro e in vivo (Bardají et al., 2016) e atividade anti-inflamatória. (Veiga et al., 2007)
O ácido caurenóico, um diterpeno de Copaifera langsdorffii (Leguminaceae), foi avaliado na colite induzida por ácido acético em ratos e demonstrou potencial anti-inflamatório na colite induzida por ácido acético. (Paiva et al., 2002)
Vários compostos químicos isolados da copaíba, em particular o ácido (-)-copálico (AC), apresentaram atividade antibacteriana contra os principais microrganismos responsáveis pela cárie dentária: Streptococcus salivarius, S. sobrinus, S. mutans, S. mitis, S. sanguinis e Lactobacillus casei. (Souza, Martins, et al., 2011)
Observou-se a ausência de efeitos genotóxicos e a promissora atividade quimiopreventiva do extrato de copaíba utilizada no estudo de Ozelin et al. Esses resultados demonstraram que o extrato de copaíba é seguro para o consumo humano. (Ozelin et al., 2021)
O extrato hidroalcoólico das folhas de copaíba mostrou um efeito citoprotetor promissor contra a exposição a elementos químicos tóxicos (metais pesados). (Aldana et al., 2020)
O óleo-resina de copaíba também apresenta discreta ação antilipoperoxidante, intensa ação antioxidante e atividade antiinflamatória, reduzindo a produção ou neutralizando a ação dos radicais livres. (De Lima Silva et al., 2009)
Esses efeitos podem estar associados com a capacidade do extrato de diminuir a secreção gástrica e aumentar a produção de muco. (Paiva et al., 1998) (Lemos et al., 2015)
O fruto da copaíba apresentou alto teor de polifenóis e capacidade antioxidante. Foram identificados na polpa da Copaíba: compostos fenólicos, como ácido gálico, galato de epicatequina, catequina, epicatequina e isoquercitrina. Apesar da capacidade antioxidante, a utilização de altas doses de copaíba não apresentou efeitos antimutagênicos em estudos in vivo. Nessa esteira a dose que apresentou atividade antimutagênica foi da ordem de 100 mg kg−1. (Batista et al., 2016)
Após três aplicações anuais, o verniz de copaíba demonstrou atividade antimicrobiana significativa contra S. Mutans por até 12 meses em crianças com alto risco de cárie.(Rocha Valadas et al., 2021)
O ácido (−)-copálico (AC) isolado da oleorresina de Copaifera langsdorffii foi o composto mais ativo contra o principal patógeno responsável pela periodontite (Porphyromonas gingivalis). Além disso, o uso de extratos padronizados à base de óleo-resina de copaíba com alto teor de ácido copálico pode ser uma importante estratégia no desenvolvimento de novos produtos para higiene bucal. (Souza, De Souza, et al., 2011)
Aconitum napellus (ACÔNITO)
Aconitum L. é um grande gênero da família Ranunculaceae, consistindo em mais de 300 espécies distribuídas por todo o mundo. A maioria dessas espécies cresce naturalmente em grandes altitudes no hemisfério norte além de serem tradicionalmente utilizadas na medicina popular. Outras espécies de Acônito comuns para fins medicinais incluem: Aconitum coreanum (Levl.) Rapaics (Guanbaifu), Aconitum bullatifolium Levl. var. homotrichum W. T. Wang., Aconitum japonica Thunb., Aconitum alboviolaceum Kom. (Baihuawuto), Aconitum paniculigerum var. wulingense (Nakai) W. T. Wang (Wulingwutou), Aconitum brachypodum Diels. (Xueshangyizhihao), Aconitum pendulum Busch. (Tiebangchui), Aconitum subrosulatum Hand.-Mazz (Xuanweiwutou) e Aconitum lycoctonum L. (Langduwutou). (Solanke et al., 2019)
Dentre os estudos realizados no acônito, observa-se que essa planta possui efeitos antiepilépticos significativos, o qual pode ser devido ao número de substituintes aromáticos presentes em seus constituintes isolados tais como: C 6-benzoil-heteratisina, 1-benzoilnapelina, lappaconidina e 14 benzoiltalatisamina. Esse grupo de compostos químicos provocaram inibição da excitabilidade hipocampal em ratos mais fortemente do que heteratisina, napelina, lappaconidina e talatisamina, respectivamente. (Huang et al., 2014) (Nagao et al., 2007) (Koch et al., 2019)(Shashank Kumar et al., 2013)
O Acônito também possui atividade cardíaca marcante devido a presença de alcaloides diterpênicos. Essa atividade ocorre principalmente nos canais de Na+ dependentes de voltagem. Dependendo do seu mecanismo de ação os alcaloides diterpênicos presentes no Acônito podem ser subdivididos em alcaloides arritmogênicos e antiarrítmicos. (Prasanth et al., 2019)
De acordo com experimentos antiprotozoários in vitro, vários alcaloides diterpênicos do tipo atisina isolados do Acônito demonstraram efeitos antiproliferativos em experimentos in vitro contra Leishmania infantum. Esses alcaloides foram testados nos estágios extracelular e intracelular do parasita. Dentre os compostos testados, três alcaloides inibiram o crescimento de L. infantum de forma semelhante ao medicamento utilizado como referência. Adicionalmente, esses compostos não demonstraram toxicidade para as células hospedeiras. (Xu et al., 2018)
Guazuma ulmifolia (MUTAMBA)
Guazuma plum. Adans (sterculiaceae) é um pequeno gênero de árvores nativas da América tropical. Esse gênero é encontrado em países da América Latina, incluindo o Brasil e é cultivado na Índia há 100 anos. É uma pequena árvore de porte moderado, com casca desigual marrom e galhos dispersos, cultivada em jardins e como árvore de sombra à beira da estrada nas partes mais quentes da Índia. Cresce até 30m de altura e possui 30-40 cm de diâmetro. (Neha S Kumar et al., 2019)
Os extratos de folhas de Guazuma ulmifolia foram estudados e demonstraram efeitos hepatoprotetores. (Alonso-Castro et al., 2008)
O extrato de casca contendo frações de procianidina (PCF) foi usado para testar a sua atividade anti-hipertensiva em experimentos tanto in vitro e in vivo, a qual foi evidenciada utilizando como modelo ratos hipertensos alimentados com açúcar. O resultado revelou declínio tanto na pressão sistólica quanto na frequência cardíaca. (Berenguer et al., 2007)
Os efeitos gastroprotetores de uma suspensão aquosa do extrato etanólico de folhas e flores de Guazuma ulmifolia foi relatado em um modelo de úlcera gástrica aguda induzida. (Hattori et al., 1995)
Hor et al. investigou a atividade neurológica de Mutamba. O autor relatou que a planta tem efeito protetor contra a morte neuronal retardada induzida por isquemia transitória por reduzir o dano oxidativo aos neurônios. (Hor et al., 1995)
A Mutamba exibiu efeitos de citotoxicidade contra células tumorais humanas incluindo melanoma maligno, carcinoma de pulmão, adenocarcinoma ileocecal, carcinoma epidermóide, linhagens celulares malignas de melanoma e meduloblastoma. Citotoxicidades seletivas contra as células de melanoma também foram observadas contra strictinina, peduncularis, eugeniin, elaeocarpusin, punicacorteína C, casuarinina, sanguiína h-6, procianidina b-2 3, 3'-di-o-galato, procianidina C-1 3,3',3"-tri-o-galato e cinamtanino B1. (Heinrich et al., 1992)
Tanto a casca, folha quanto o fruto de Guazuma ulmifolia apresentam atividade antibacteriana. Observou-se que seus extratos etanólicos mostraram atividade antibactericida significante contra bactérias como S. aureus, B. cereus, B. subtilis, M. luteus, N. gonorréia, E. coli, P.aeruginosa, S. dysenteriae, S. typhosa, S. pneumoniae e S.pyogenes. (BARROS et al., 1970)
Alpinia Speciosa (PACOVÁ)
A Alpinia Speciosa é uma planta pertencente à família Zingiberaceae. Essa planta é originária da Ásia e é vastamente conhecida por suas propriedades terapêuticas principalmente relacionadas com atividades diuréticas, anti-hipertensivas, anti-ulcerogênicas e sedativas. Essas e muitas outras propriedades medicinais dessa planta estão intimamente relacionadas com o teor de flavonoides, terpenos, catequinas, taninas, fenóis e alcaloides presentes tanto em suas folhas quanto em seu óleo essencial. (MAIA, 2011) (Mendonça et al., 1991) Para uma completa descrição sobre os constituintes fitoquímicos da A. Speciosa ver: (Devi et al., 2014)
De acordo com Mendonça et al, o extrato alcoólico da A. Speciosa causou o abaixamento da pressão arterial em ratos e cachorros. Como demonstrado pelos experimentos presentes neste trabalho, o extrato revelou-se mais eficiente quando comparado com o chá de A. Speciosa. Esses dados confirmam a utilização dessa planta na medicina popular como hipotensivo. (Mendonça et al., 1991) O extrato alcoólico também exibe propriedades analgésicas, antinocépticas, antipiréticas e anti-inflamatórias de acordo com os estudos de Thenmozhi et. al. (Thenmozhi et al., 2013) Os autores concluíram que essas atividades são provavelmente devidas ao teor de flavonoides presentes no óleo. (Thenmozhi et al., 2013)(Pinto et al., 2009)
Foi demonstrado por Santos et. al. que o óleo essencial da A. Speciosa possui também efeitos relacionados às contrações isométricas e à frequência cardíaca. De acordo com os resultados desse trabalho, o óleo essencial de A. Speciosa diminuiu a força de contração do átrio esquerdo em ratos de forma significante. Os autores acreditam que o mecanismo por trás dessa propriedade está relacionado com o bloqueio de canais do tipo L dependentes de Ca2+. (B. A. Santos et al., 2011) O óleo essencial dessa planta também exibe efeitos miorrelaxantes e antipasmódicos em ratos. (Bezerra et al., 2000) e possui atividade protetora contra os danos causados por peróxido de hidrogênio em leucócitos humanos. (Cavalcanti et al., 2012) Adicionalmente, atividade anti teratogênica foi encontrada no extrato de acetona das sementes, rizomas, caule, folhas, flores e pericarpos da A. Speciosa.
Recentemente foi demonstrado que os compostos fenólicos presentes nos rizomas da A. Speciosa, na forma de chá são uma fonte natural antioxidante. (Chompoo et al., 2012) Além disso, o extrato aquoso dos rizomas demonstrou possuir atividades dermatológicas e um efeito grande contra colagenase, catalase, hialuronidase e atividades enzimáticas relacionadas a tirosinase. (Indrayah et al., 2009)
Para uma descrição de estudos envolvendo diversos extratos dessa planta ver: (Devi et al., 2014)
Commiphora leptophloeos (IMBURANA)
É uma árvore que possui de 6 a 9m de altura, ramos tortuosos contendo espinhos. Conforme a sua idade, a cor de sua casca varia do verde (quando jovem) a laranja-avermelhada (quando idosa) e plúmbea nos períodos de secas ou em árvores próximas de morrer.
Experimentos realizados com os extratos da casca de C. Leptophloeos indicaram que essa planta possui propriedades inibitórias contra espécies multirresistentes S. aureus, assim como diversas bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. (Pereira et al., 2017)
De acordo com Trentin et al., tanto o extrato aquoso da casca quanto do caule dessa planta exibe atividade antimicrobiana contra Staphylococcus epidermidis. Neste trabalho foi relatado que não houve nenhum crescimento bacteriano no teste de crescimento planctônico a 4 mg/mL e também se obteve uma taxa baixa da formação de biofilmes. (Trentin et al., 2011)
relatou que quando Nasutitermes é cultivado em C. Leptophloeos ocorre um efeito sinérgico ou aditivo com o antibiótico gentamicina e neomicina no combate contra Escherichia coli. (Coutinho et al., 2009)
Testes realizados por Navarro et. al., 2003 revelaram que o óleo essencial de Commiphora leptophloeos possui atividade larvicida contra A. Aegypti. (Navarro et al., 2003) (Autran et al., 2009) Para estudos envolvendo a atividade dissuasiva relacionados ao A aegypti ver: (Khandagle et al., 2011) (Galdino et al., 2012) (Joélio Pereira da Silva et al., 2022)
Nelumbo nucifera (RAIZ DE LOTUS)
É uma planta nativa da Ásia possuindo flores que variam coloração entre rosada ou branca. Um fato interessante sobre a raiz de lótus diz respeito à longevidade das suas sementes, as quais que podem germinar após um longo tempo (séculos)
Estudos demonstram que os extratos de folhas, raízes, sementes e flores possuem várias propriedades terapêuticas significativas. (You et al., 2014) (Li et al., 1989)
De acordo com Xu et al., a raiz fresca de lótus contém amido e minerais abundantes, incluindo cálcio, cobre, ferro, magnésio e zinco. (XU et al., 1986)
De acordo com Mukherjee, Das et al., o extrato metanólico dos rizomas de Nelumbo nucífera Gaertn (FINN), foi testado em experimentos in vivo e exibiu propriedades antidiarréicas. Os animais tratados com o extrato mostraram atividade inibitória significativa contra a diarréia induzida pelo óleo de mamona. Dentre os resultados observados houve também mostrou a significativa na motilidade gastrointestinal em ratos. (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995) Ainda considerando extratos dos rizomas de Nelumbo nucífera Gaertn (FINN) foram observadas atividades antibacterianas contra Staphylococcus aureus ATCC 29737, Escherichia coli ATCC 10536, Bacillus subtilis ATCC 6633, Bacillus pumilis ATCC 14884 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619. (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995) (Mehta et al., 2013)
De acordo com Jae-Joon Lee et al., o extrato etanólico de raiz de lótus exerce efeito hipocolesterolêmico ao reduzir a concentração de colesterol sérico em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta de alto teor em colesterol. (Lee et al., 2006)
Os resultados do trabalho realizado por Pulok Kumar Mukherjee, Pal et al. indicaram que o extrato metanólico do rizoma possui atividade hipoglicemiante favorável em animais hiperglicêmicos (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Foi demonstrado por Du et al. que o extrato de água quente de raiz de lótus tanto sozinho quanto combinado com taurina (na forma de suplemento) exibe atividade antioxidante em experimentos tanto in vivo quanto in vitro. Foi possível observar que o extrato de água quente de raiz de lótus combinado com suplementação de taurina também demonstra efeitos hepatoprotetores em ratos obesos. (Du et al., 2010)
De acordo com os resultados publicados por Pulok K. Mukherjee, Pal, et al., o extrato metanólico dos rizomas de Nelumbo nucífera induziu significativamente a diurese em ratos albinos. Efeitos dependentes da dose foram observados no volume urinário e também foi relatado que houve um aumento significativo de atividade natriurética e clorurética, mas a caliurese foi menor que a natriurese. (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
Y. Jiang et al. realizou um estudo envolvendo vários vegetais para a determinação de suas atividades antioxidantes através da inibição da lise de eritrócitos induzida por radicais peroxil e inibição da peroxidação lipídica. Neste trabalho a raiz de lótus exibiu a atividade antioxidante mais forte comparada com as espécies analisadas. (Jiang et al., 2010)
Cymbopogon citratus (CAPIM LIMÃO)
Também conhecido por capim-santo ou erva cidreira, o capim limão é uma planta herbácea da família Poaceae, nativa das regiões tropicais da Ásia, especialmente da Índia. No Brasil é muito comum que esta planta seja chamada de "erva-cidreira", que é um nome popular também dado à espécie Melissa officinalis.
Os componentes citral (geranial) e citral (renal), isolados do capim limão, apresentam atividade antibacteriana tanto contra bactérias gram-negativas quanto gram-positivas. (Orhan et al., 2009)
Stanisavljević et al. demonstraram que o óleo essencial de Cymbopogon citratus possui propriedades antinociceptivas significativas. Tal atividade foi evidenciada utilizando três modelos experimentais distintos de nocicepção (placa aquecida, ácido acético-contorções induzidas e testes de formalina. (Stanisavljević et al., 2009)
Observa-se que os extratos de metanol, MeOH/água, a infusão e a decocção de Cymbopogon citratus possuem efeitos na eliminação de radicais livres. (Thompson, 1998)
A concentração de colesterol foi significativamente reduzida em ratos, quando tratada com extrato etanólico de folhas de Cymbopogon citratus. Contudo esta diminuição mostrou-se dependente da dosagem administrada. (Clifford et al., 2002)
O Citral derivado de C. citratus inibe a inflamação mediadores significativamente e pode ser usado como ingrediente em loções e pomadas para tratar a inflamação tópica. (You et al., 2014)
Os óleos essenciais de capim-limão demonstraram resistência substancial a células fúngicas patogênicas que causam problemas com a produção de micotoxinas no armazenamento de alimentos. As ações inibitórias e sinérgicas também foram observadas contra fungos como pé de atleta, micose, coceira na virilha e infecções fúngicas limitando o desenvolvimento de fungos filamentosos por inativação de células de levedura. (Li et al., 1989) (XU et al., 1986) (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995)
Os seus extratos etanólicos demonstraram alta atividade antiplasmodial contra duas P. cepas falciparum. (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995)
O Capim Limão também é um componente presente em medicamentos hipoglicemiantes. Tem sido usado tanto na medicina popular quanto na Medicina ayurvédica para controlar glicose, lipídios e gorduras no soro sanguíneo, podendo ajudar a evitar obesidade e hipertensão. (Mehta et al., 2013)
Na forma de sabão de ervas observou-se o tratamento efetivo de coçeira e pele inchada com Cymbopogon citratus. (Lee et al., 2006)
O talo e a folha de capim-limão, quando cozidos juntos, podem ser utilizados contra diarreia. (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
O extrato etanólico de capim-limão mostrou efeito anti-mutagênico contra mutações induzidas em Salmonella yphimurium. (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Extratos aquosos de folhas de Cymbopogon citratus possuem atividade anti-hepatotóxica contra danos hepáticos induzidos por cisplatina em ratos. (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
O extrato bruto de capim-limão exibe atividade anti-helmíntica de maneira dependente de dose. (Jiang et al., 2010)
Omar et. al. demonstrou que o capim-limão exibe atividade antiácaro contra as seguintes espécies de ácaros: Dermatophagoides farinae (D. farinae) e Dermatophagoides pteronyssinus (D. teronyssinus). (World Health Organization, 1999)
Vazirian et al. demonstrou que beta-mirceno, um componente chave do capim-limão (Cymbopogon citratus) causa analgesia em ratos. (Vazirian et al., 2014)
Pulmonaria officinalis L. (PULMONÁRIA)
A pulmonária é uma planta medicinal que, como seu nome indica, é excelente para a saúde pulmonar e respiratória. Ela é nativa da Europa e geralmente é colhida durante a primavera, quando sua coloração atinge lindos tons de vermelho ou azul. A pulmonária é conhecida por seu uso para doenças pulmonares na medicina popular sem o conhecimento de seus mecanismos de ação precisos. O uso etnomedicinal da pulmonária inclui uso emoliente, antitússico, expectorante, antimicrobiano, diurético, depurativo, antilitiático e anti-inflamatório, bem como em distúrbios respiratórios e urinários. (Leporatti et al., 2003) (Tiţǎ et al., 2009)
A propriedade antioxidante da pulmonária (Pulmonaria) pode ser considerada uma de suas propriedades mais importantes, pois pode ser responsável pelo resultado positivo em uma série de doenças como artrite, câncer, inflamação e diabetes. A atividade antioxidante de P. officinalis foi explorada em diferentes estudos com diversos métodos. Pela primeira vez, o potencial antioxidante do extrato da folha de P. officinalis, preparado na forma de chá, foi analisado em um estudo realizado em diferentes plantas medicinais búlgaras. O ensaio de descoloração radicalar ABTS (2,2'-azinobis (ácido 3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico) foi utilizado para determinar o potencial antioxidante do extrato em água em termos de capacidade antioxidante equivalente a Trolox (TEAC). P. officinalis estava entre as sete espécies com atividade antioxidante considerável (>2 mM) com valores de TEAC. (Ivanova et al., 2005)
Considerando a falta de estudos comparativos de bioatividade do extrato de diferentes espécies do gênero Pulmonária, a atividade anti-inflamatória foi estudada tanto para P. obscura quanto para P. officinalis. Um dos alvos de drogas mais importantes, a ciclooxigenase-2 (COX-2), foi usado para estudar a propriedade inibitória de extratos de P. obscura e P. officinalis. A inibição da COX-2 foi estudada usando dois métodos diferentes, ou seja, ELISA envolvendo o metabolismo do ácido araquidônico catalisado pela COX e avaliando a atividade enzimática do componente peroxidase da COX, responsável pela oxidação do N,N,N' ,N'-tetrametil-p-fenilenodiamina substrato cromogênico. O efeito anti-inflamatório da indometacina foi utilizado como controle positivo. Os resultados desse estudo indicaram que o extrato de P. officinalis apresentou maior potencial anti-inflamatório que P. obscura em ambos os métodos. (Krzyżanowska-Kowalczyk et al., 2021)
O potencial de inibição enzimática de extratos etanólicos e aquosos de P. officinalis. demonstrou que o extrato aquoso e etanólico de P. officinalis apresentou efeito inibitório sobre a acetilcolinesterase de 72,24 ± 2,35% e 87,72 ± 2,35%, respectivamente. (Neagu et al., 2018)
Um extrato aquoso de P. officinalis exibiu um efeito inibitório na tirosinase de 56,96 ± 5,21% e o extrato etanólico de P. officinalis apresentou efeito inibitório sobre a tirosinase de 71,69 ± 8,23%. O extrato etanólico apresentou atividade inibitória contra a tirosinase mais pronunciada do que os extratos aquosos, com valores de inibição > 70% na concentração máxima de 3 mg/mL. (Neagu et al., 2018)
O extrato de P. officinalis pode ser considerado um antibacteriano contra Staphylococcus de acordo com estudos in vitro, como a inibição da adesão microbiana, atividade da sortase A e secreção de α-toxina. Essas propriedades podem ser benéficas para pacientes com fibrose cística, mas são necessários mais estudos in vivo para confirmar o resultado e o desenvolvimento do extrato de P. officinalis como suplemento para pacientes com FC e/ou como agente antimicrobiano. (Sadowska et al., 2019)
De acordo com Kruglov, a presença de microelementos hemopoiéticos (como Fe, Mn, Cu e Co) na pulmonária pode estar associada à sua atividade antianêmica (Kruglov, 2007)
O extrato de P. officinalis foi testado como componente de hidrogéis bioativos para curativos de feridas. O hidrogel foi feito a partir de extrato aquoso da parte seca das plantas, incluindo P. officinalis, Agropyron repens e Equisetum arvense. A mesma quantidade de extrato foi usada de cada uma dessas plantas e diferentes concentrações de ácido algínico foram usadas para preparar o hidrogel. O curativo feito de hidrogel tinha propriedades absorventes únicas. Os hidrogéis com ácido algínico foram capazes de absorver íons de cálcio de forma intensiva. O curativo do hidrogel preparado também foi capaz de diminuir o nível de glicação do colágeno em um experimento de espectrofotometria. Essa redução na glicação do colágeno pode ser considerada o efeito protetor do hidrogel na cicatrização de feridas. (Pielesz et al., 2012)
Anacardium occidentale (CAJUEIRO)
É originária da região nordeste do Brasil. Apresenta diversas atividades terapêuticas, dentre elas, antioxidante, antidiabética e inibidor da enzima acetilcolinesterase (Jackeline G da Silva et al., 2007), antimicrobiana (Gram positivas e Gram negativas), antifúngica, ação anti-inflamatória e cicatrizante (Alberto Jorge da Rocha Silva et al., 2005; de Sousa Almeida et al., 2006).
(Mota, 1982) descreve uma ação anti-inflamatória dos taninos obtidos da casca do cajueiro de cerca de cinco vezes maior que a do ácido acetilsalicílico.
(Jackeline G da Silva et al., 2007) demonstrou in vitro, ação antibacteriana de Proteus morgani, Psudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Salmonella typhi e algumas espécies de Strptococcus sp. (de Brito et al., 2007) relatou ações significativas anti-inflamatórias, hemostáticas e adstringentes, em diabéticos