PROCESSOS DEGENERATIVOS I CAPS, adicionado a padrões vibracionais, tem como principal objetivo promover um reforço no sistema imunológico e auxiliar no tratamento de variados tipos de câncer. Esse medicamento apresenta uma mistura complexa de fitoterápicos, que atuam principalmente ativando e modulando os sistemas: imunológico, cardíaco, circulatório com foco no endotélio vascular, linfático, hepático, digestório, respiratório, urinário e nervoso. Além de promover desencadeamento ou aceleração do mecanismo de apoptose (“suicídio celular”). A presença da berberina nessa mistura atua principalmente contra o câncer de próstata impedindo a ocorrência da multiplicação das células cancerígenas e contra processos de inflamação. O Crinum, uma erva reverenciada no Vietnã, também atua na prevenção e tratamento de cânceres de próstata e ovário, além de atuar contra outras patologias presentes nesses órgãos. Outra planta presente nesse medicamento e muito utilizada contra o câncer de próstata é a Scutellaria, a qual provoca redução da massa tumoral em mais de 50%! Nessa esteira, um componente essencial desse medicamento é o cogumelo reish, causador do “estrangulamento” de tumoral através da inibição do processo de formação de novos vasos sanguíneos – responsáveis pela “alimentação” tumoral. Não podemos esquecer da presença da graviola nesse medicamento. Estudos indicam que essa planta possui uma atividade anticancerígena 10 mil vezes maior do que a droga comercial Adriamicina contra o câncer de cólon e mama. Todos esses componentes combinados com as lignanas de linhaça oferecem um poderoso coquetel para o combate não só de cânceres de próstata, cólon ou ovário, mas contra tipos gerais dessa patologia.
Phellodendron amurense (Berberina)
O Phellodebdron amurense é uma espécie de árvore da família Rutaceae, vulgarmente designada por sobreiro de Amur. É a principal fonte de huáng bò, uma das 50 ervas fundamentais usadas na medicina tradicional chinesa A Berberina é um alcaloide isolado de plantas medicinais asiáticas, que tem sido muito utilizada pois passa a barreira hematoencefálica com facilidade, sendo muito estuda em doenças neurodegenerativas e neuropsiquiátricas bem como para o tratamento de infecções bacterianas e de parasitas.
Faustino, observou o efeito da Berberina na resistência insulínica em rato com diabetes tipo 2, onde a resistência insulínica e a obesidade precedem ou potencializam o aparecimento do Diabetes tipo 2, com todas as suas complicações vasculares decorrentes.(Faustino, 2013)
Salbego, et al constataram efeito benéfico da Berberina pós Isquemias cerebrais, pois tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, e efeito Neuroprotetor da morte de neurônios por modulação da via de sobrevivência de um de seus substratos; também teve ação na modulação de TNF alfa e IL-1 beta, e redução e EROS (espécies reativas de oxigênio) que aumentam sobremaneira depois de Isquemias. (Simões Pires et al., 2014)
Cavalheiro, et al., fez um estudo sobre o efeito da Berberina em dislipidemias em humanos, tendo como resultado redução significativa do Colesterol total, Triglicérides e LDL.(Cavalheiro et al., 2021)
Takarada, et al., realizou estudo que observou propriedade Leishmanicida, um protozoário intracelular que parasita o sistema mononuclear fagocitário, isto é, foi capaz de ter efeito citotóxico para a Leishmania tanto no fígado como no Baço, com baixo nível tóxico (mesmo em doses mais altas), ação apoptótica. (Takarada, 2018)
Nexrutina, é um extrato de ervas comercialmente disponível da planta chinesa Phellodendron amurense que é amplamente utilizado para o tratamento de inflamação, gastroenterite, dor abdominal e diarréia na medicina folclórica. (Uchiyama et al., 1989)(Cuéllar et al., 2001)(Nishida et al., 2003)(Mori et al., 1995)
O Nexrutine®, um suplemento dietético derivado do extrato da casca de Phellodendron amurense, tem atividade de prevenção do câncer de próstata. (Hussain et al., 2015)
Neste estudo piloto com Phellodendron amurense, o NP 06-1 teve efeitos benéficos nos sintomas de osteoartrite do joelho medidos por meio de escores LAI e teve efeitos anti-inflamatórios medidos por meio da PCR. A administração de NP 06-1 também foi associada à perda de peso, o que pode ter sido um fator contribuinte para os demais benefícios. (Oben et al., 2009)
De acordo com o trabalho publicado por Talbott et al., a suplementação diária com uma combinação de extrato de casca de Magnólia e extrato de casca de Phellodendron amurense (Relora®) reduz a exposição ao cortisol e o estresse diário percebido, enquanto melhora uma variedade de parâmetros de estado de humor, incluindo menor fadiga e maior vigor. (Talbott et al., 2013)
O extrato de Phellodendron amurense é um remédio herbal chinês que foi recentemente estudado por suas atividades antitumorais, antimicrobianas e outras atividades biológicas. (James et al., 2011)
Curcuma longa L. (AÇAFRÃO)
A Curcuma longa L., também chamada de açafrão da terra, é originária da Índia e sudeste da Ásia. As utilizações dessa planta datam de 6.000 anos pela medicina Ayurvédica. Seu cultivo se dá em regiões tropicais e subtropicais, também possui grande importância para elaboração de fármacos e na culinária. Tem forte coloração amarela, onde os pigmentos responsáveis pertencem à classe dos deferoluilmetano, representados pela Curcumina, tendo como ação principal, atividade anti-inflamatória, antiviral, antibactericida, antioxidante, antifúngica, anticarcinogênica, entre outras.
De acordo com os trabalhos publicados por de Almeida et al. e Wang et al, o açafrão é comumente utilizada em sinusite, infecções bacterianas, alterações hepáticas, diabetes, feridas, reumatismo e anorexia. (Lucia Peret de Almeida, 2006)(Xue Wang et al., 2014)
Dentre as atividades mencionadas acima, a Curcuma longa L. Apresenta outras propriedades farmacológicas destacam suas ações antidiarreica, diurética, antiescorbútica, antiespasmódica, hepatoprotetora, (Grandi, 2014) anti-HIV, antiparasitário, inibidor da carcinogênese (Araujo et al., 2001), antibacteriana, antiviral, antifúngica e antitumoral (Bastos et al., 2009), além de suas propriedades anticonvulsivantes,(Alonso, 2004) antiartrítico, redutor do nível de colesterol (Lucia Peret de Almeida, 2006), sedativa e ação no sistema imune (Yu et al., 2002), antioxidante e neuroprotetora (Mi Hye Kim et al., 2014). Adicionalmente, a Curcuma longa L. apresenta potente ação anti-inflamatória onde o efeito é decorrente de diferentes mecanismos sobre a cascata do ácido araquidônico (cascata da inflamação)(Alonso, 2004)(Bastos et al., 2009)(Chainani-Wu, 2003) Neste contexto, a Curcumina inibe diferentes moléculas envolvidas na inflamação, são elas: fosfolipase A, LOX – lipoxigenases, COX-2 – cicloxigenases, leucotrienos, tromboxanos, prostaglandinas, TNF-α, MCP-1 (Chainani-Wu, 2003) óxido nítrico, colagenase, elastase, hialuronidase (Chainani-Wu, 2003)(Rosa, 2009) Há outras descrições sobre o mecanismo da ação anti-inflamatória da Curcuma longa L. (Góngora et al., 2002)(Rahman et al., 2006) De acordo com Góngora et al. pode ocorrer o “sequestro” e a consequente inibição de espécies reativas de oxigênio em situações de estresse oxidativo celular, fato este que pode em parte interferir no processo inflamatório (Góngora et al., 2002).
A ação antibacteriana, antiviral, antifúngica e antitumoral da Curcumina foram descritas por Rahman et al. (Rahman et al., 2006), bem como o fato da mesma inibir a ativação do fator de transcrição AP-1, atuar em etapas que precedem a fosforilação do IKB-α, bloquear NF-κB, podem estar relacionadas ao efeito anti-inflamatório da Curcuma longa L. (Góngora et al., 2002)
(Pérez et al., 2008) mostraram que a curcumina atua na redução da peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes e a neutralização de radicais livres. Os seus compostos curcuminoides e bisdemetoxicurcumina presentes no rizoma da Curcuma longa L, atua no controle e liberação da proteína ᵦ-amiloide. Esta proteína induz o estresse oxidativo e favorece a deterioração neural observada na doença de Alzheimer (Park et al., 2002).
A Curcuma longa L. apresenta atividade em Sistema Nervoso Central (SNC). (Alonso, 2004) Dentre os efeitos no SNC observa-se a ação antidepressiva em estudos performados com ratos. Essas pesquisas mostraram que os efeitos da Curcuma longa L. em dosagens entre 280 a 560 mg/kg foram mais efetivas do que o medicamento de referência (fluoxetina). Os autores sugerem que este efeito antidepressivo está relacionado com a atividade inibitória da Monoamina Oxidase (MAO), sendo que a atividade da enzima MAO-A foi inibida com dose de 140 mg/kg e a MAO-B necessitou de uma dose de 560mg/kg. Em ambos os casos a utilização da Curcuma longa foi do tipo dose-dependente. Através desses estudos sugere-se que a Curcuma longa L. além de desempenhar papel sobre a depressão clínica pode ainda apresentar ação sobre desordens neurológicas e neurodegenerativas como a doença de Parkinson. (Yu et al., 2002).
A ação neuro protetora da Curcuma longa L. está relacionada aos compostos da Curcumina. Estudos em ratos mostraram que a Curcumina apresentou importante papel na prevenção de alterações cerebrais (efeito neuro protetor). Neste estudo, houve preservação da integridade da membrana do cérebro de ratos contra efeitos adversos do álcool. Sugere-se que este efeito ocorreu através de sua ação antioxidante a qual é estabelecida pelo aumento dos níveis de glutationa e pela redução da peroxidação lipídica nas membranas neuronais. (Rajakrishnan et al., 1999).
Os curcuminoides aplicados em ratas idosas inibiram o efeito deletério do envelhecimento sobre a disfunção mitocondrial, assim, minimizando e/ou bloqueando os distúrbios neurodegenerativos associados ao envelhecimento (Rastogi et al., 2014). A ação neuro protetora da curcumina suprime o dano oxidativo, inibe peroxidases responsáveis por grande parte das citopatologias do Alzheimer. (Muniz et al., 2013)
A curcumina tem características hidrofóbicas que permite atravessar a barreira hematoencefálica e apresentar ação em tecido cerebral. Por meio desta descrição, juntamente a ação neuro protetora a partir dos efeitos antiamiloidogênico, anti-inflamatório, antioxidante e quelante. a curcumina também foi considerada bastante atraente como potencial terapêutico para doença de Alzheimer. Entretanto, apresenta baixa biodisponibilidade, pouca solubilidade em água e estabilidade em solução, além de rápida passagem pelo intestino e metabolização hepática, fatos que levam a necessidade de novas pesquisas, elaboração de métodos, a fim, de elucidar as lacunas do uso da Curcumina em doenças neurodegenerativas (Chin et al., 2013).
Convolvulus prostratus (SHANKHPUSHPI)
C. prostratus é encontrada na India e na Birmânia, e utilizada há milênios pela Medicina Ayurvédica.
C. prostratus (CP) contém óleos voláteis; ácidos graxos; flavonoides, kaempferol, ácido hidroxi cinâmico, β-sitosterol e carboidratos como glicose, ramnose, sacarose etc., conferindo à esta planta capacidades nootrópicas. (Sethiya et al., 2010)
O extrato de C. prostratus também apresentou atividade antioxidante evidente e elevou os níveis de glutationa redutase, superóxido dismutase e glutationa reduzida dentro do córtex e hipocampo, indicando atividade Neuroprotetora (Kulkarni et al., 2012)
Os extratos etanólicos e clorofórmios isolados das partes aéreas do C.prostratus mostraram atividade ansiolítica significativa conforme registrado pelo teste do labirinto em cruz elevado em camundongos experimentais. (Bhalerao et al., 2014)
O mecanismo fundamental por trás dessa evidente atividade anticonvulsivante da Schankhpushpi pode ser a presença de cumarinas e triterpenóides (Quintans et al., 2008)
O C. prostratus mostrou atividade antidepressiva (Bhalerao et al., 2014) e atividade anti-inflamatória. (Agarwal et al., 2014) (Rathee et al., 2009)
Polifenóis, flavonoides e vitamina E presentes na planta, atuam como sequestradores de espécies reativas de oxigênio (ROS) e também melhoram a peroxidação lipídica, atribuindo assim a atividade antioxidante do CP (Nasri et al., 2015)
O extrato etanólico de CP na dose de 750 mg/Kg apresentou atividade analgésica estatisticamente significante em relação aos analgésicos padrão, como o sulfato de morfina, quando testados no método da placa quente e nos ensaios de tail-flick em ratos. (Agarwal et al., 2014)
A atividade sedativa dos extratos etanólico e aquoso das partes aéreas do CP mostraram potencialização estatisticamente significativa do tempo de sono em ratos induzidos com tiopental sódico. (Siddiqui et al., 2014)
QUERCETINA
“Um pouco sobre os flavonoides”
Flavonoides são substâncias pertencentes a uma classe de produtos naturais que atualmente podem ser consideradas micronutrientes, e estão presentes na dieta humana rica em vegetais e frutas.
Os polifenóis e em particular os flavonoides possuem estrutura ideal para o sequestro de radicais, sendo antioxidantes mais efetivos que as vitaminas C e E. A atividade antioxidante dos flavonoides depende da sua estrutura e pode ser determinada por cinco fatores:
1. reatividade como agente doador de H e elétrons, estabilidade do radical flavanoil formado;
2. reatividade em frente a outros antioxidantes, capacidade de quelar metais de transição e solubilidade
3. interação com as membranas (Barreiros et al., 2006)
De modo geral, quanto maior o número de hidroxilas, maior a atividade como agente doador de H e de elétrons, assim sendo flavonoides monohidroxilados apresentam atividade muito baixa, por exemplo, a 5-hidroxiflavona tem atividade não-detectável. (Guohua Cao et al., 1997)
Entre os flavonoides dihidroxilados, destacam-se aqueles que possuem o sistema catecol (3’,4’-diidroxi) no anel B.
Os flavonoides com múltiplas hidroxilas como a quercetina, miricetina, luteolina, fustina, eriodictiol e taxifolina possuem forte atividade antioxidante, quando comparados ao α-tocoferol, ácido ascórbico, β-caroteno. (Yang et al., 2001)
A interferência da glicosilação na atividade anti-inflamatória focaliza quercetina, seu glicosídeo rutina, o flavonol morina e o glicosídeo hesperidina (hesperetina-7- O-rutinosídeo) frente à formação de edema na pata de camundongo induzido por carragenina. (Rotelli et al., 2003)
Di Carlo et al. observaram que as agliconas (quercetina e morina) apresentaram melhores resultados, enquanto os flavonoides glicosilados não apresentaram atividade significativa (rutina e hesperidina). (Di Carlo et al., 1999)
Anteriormente, Moroney et al., em estudo comparativo entre pares glicosídeo/aglicona também observaram que a adição de resíduos de açúcar reduz significativamente a atividade anti-inflamatória. (MORONEY et al., 1988)
Quercetina é um composto natural da familia dos flavonoides da Glycose rutin (Gansukh et al., 2017) e tem sido isolada de mais de 20 plantas, de diversos países. Suas principais ações são: anti-inflamatória (Delgado et al., 2014), antioxidante (Gansukh et al., 2016), antibacteriana, (Mingyu Li et al., 2008) anticâncer (Atashpour et al., 2015), neuro protetora (Dajas, 2012), hepatoproterota (Ying et al., 2013) e antiviral (Jian Xin Li et al., 2013)(Mehrbod et al., 2021) A Quercetina apresenta ação em diferentes áreas no ciclo do vírus: na entrada do vírus na célula, e dentro do citoplasma (ação indireta). Choi et al.,2009, demonstrou que a Quercetina 3 rhamnoside (Q3R) teve ação antiviral contra Influenza A/WS/33 vírus in vitro.(Choi et al., 2009)
A Quercetina apresenta ação em diferentes áreas no ciclo do vírus: na entrada do vírus na célula, e dentro do citoplasma (ação indireta). Choi et al.,2009, demonstrou que a Quercetina 3 rhamnoside (Q3R) teve ação antiviral contra Influenza A/WS/33 vírus in vitro.(Choi et al., 2009)
Estudos feitos com a Quercetina oriunda da Schinopsis brasiliensis, mostraram um amplo efeito na diarréia, influenza e como anti-inflamatório (de Albuquerque et al., 2007)(C. F.C.B.R. De Almeida et al., 2005)
Lembrando da ação da Quercetina bem como da Rutina nos vírus, cabe aqui uma nota de suma importância como auxiliar no processo do SARS-COV-2; assim sendo a Quercetina foi apontada como um dos cinco mais potentes compostos contra o SARS-COV-2 e família, que se liga ao receptor da Proteína Spike S (Smith et al., 2020)Em modelos de estudo em cobaias usando Tetracloreto de carbono causando cirrose hepática (alteração na via do metabolismo do citocromo P450, foi utilizada a Quercetina como protetor hepático/ antioxidante, onde foi observado um decréscimo da fibrose, aumento dos níveis de NO (óxido nítrico), quando comparado ao grupo controle. (Bona, 2010)
Em modelos de estudo em cobaias usando Tetracloreto de carbono causando cirrose hepática (alteração na via do metabolismo do citocromo P450, foi utilizada a Quercetina como protetor hepático/ antioxidante, onde foi observado um decréscimo da fibrose, aumento dos níveis de NO (óxido nítrico), quando comparado ao grupo controle. (Bona, 2010)
Glycyrrhiza glabra (ALCAÇUZ)
É uma planta florida da família Fabaceae, a qual cresce em solos bem drenados em vales profundos que contenham considerável exposição ao sol. Atualmente os países que produzem licorice Índia, Irã, Itália, Afeganistão, China, Paquistão, Iraque, Azerbaijão, Uzbequistão, Turcomenistão e Turquia. Seus extratos são atualmente usados nas indústrias farmacêuticas e de alimentos (Zhao et al., 2016) (Zhao et al., 2016)
O alcaçuz possui propriedades relacionadas a atividade neuro protetiva, sedativa, antidepressiva, estrogênica, efeitos da pele, antiviral, anticancerígena, antimicrobiana, antioxidante, hepatoprotetiva, antiulcera e anti-inflamatória. (Xiaofei Shang et al., 2010) (Im et al., 2005) Além dessas propriedades, a Glycyrrhiza glaba (também conhecida com licorice) é um inibidor de trombina. (Mu et al., 2011)
A atividade imunomoduladora do extrato aquoso de licorice foi demonstrado por experimentos in vitro por Feng Wang et al. Nesses experimentos foi demonstrado o aumento da produção de macrófagos e linfócitos em granulócitos humanos quando em contato com a raiz de licorice. (Feng Wang et al., 2008)
Qing Zhao demonstrou que o pré-tratamento com licorice atenua significantemente reperfusão isquêmica através de um melhoramento da condição antioxidante do coração. (Limanaqi et al., 2020) (Zhao et al., 2016)
Licorice também vem sendo usada no tratamento de ossos, contribuindo dessa forma para o tratamento de osteoporose, fraturas, defeitos ósseos, osteomalácia, osteogênese imperfeita e doenças periodontais. (Schinella et al., 2002)
Estudos realizados por Zhonghong Gao et al., em ratos, demonstraram que licorice, quando integrado como suplemento alimentar, pode reduzir a suscetibilidade da lipoproteína de baixa densidade a efeitos oxidativos. (Gao et al., 1999
Estudos focados no extrato metanólico dessa planta demonstraram que ela possui atividade antiartrítica em ratos machos. De acordo com os pesquisadores, tal atividade ocorre através da inibição de migração de leucócitos, produção de autoantígenos e atividade antiproteinase. (Hui Hung Wang et al., 2000)
O ácido 18β-glicirretínico extraído do alcaçuz atenuou a inflamação das vias aéreas em comundongos asmáticos utilizados como modelo experimental. De acordo com os autores desse trabalho científico, esse ácido pode ser classificado como um novo componente terapêutico para o tratamento da asma alérgica. (Gaire et al., 2014)
De acordo com Yazhen Shang et al., G. glabra inibe efetivamente a adipogênese das células 3T3-L1. (Yazhen Shang et al., 2005)
Scutellaria baicalensis Georgi (SCUTELLARIA)
Radix scutellaria, é originária da China, Japão, Coréia e Rússia, usado na medicina tradicional Chinesa há milênios, atualmente cultivada em grande escala em províncias da China. (GU et al., 2013) Zhao Q et al., constataram um total de 56 flavonoides presentes nessa planta, sendo os mais abundantes o Wogonin, Oroxylina e a bacaleína, os quais têm ação anticancerígena, extremamente bem estudada em diversos tipos de tumores (Zhao et al., 2018) (Li-Weber, 2009)(Chan et al., 2000)
Foi demonstrado que a Scutellaria auxilia na desintoxicação hepática ou hepatoprotetora (Huifen Wang et al., 2016), melhora sistema imunológico, Anti-apoptótico, antitumoral (David Y. Zhang et al., 2003).; antiviral, anti H1N1, (Ji et al., 2015), anti-influenza A (Hour et al., 2013) (Wong et al., 2009). Além dessas propriedades farmacológicas, a scutellaria possui também ação anti-fúngica oral, segundo Wong e Tsang, quanto à Candida albicans e anti-microbiana, segundo Tsao, et al., 1982, do Streptococcus sanguis II, S. salivarius, Actinomyces viscosus, A. odontolyticus, Bacteroides melaninogenicus, Fusobacterium nucleatum e Actinobacillus actinomycetemcomitans. (Wong et al., 2009)
Qian, et al., verificou que a Baicalina tem um efeito sinérgico positivo significativo, quando associado à Amoxicilina e Penicilina. (Qian et al., 2015) Adicionalmente, a Baicalina, reduziu a mortalidade em ratos de 80% para 28%, por infecção (pneumonia) por Staphylococcus aureus. (Qiu et al., 2012)
Hong et al. mostrou que o extrato do S. baicalensis, mostrou potente atividade anti-inflamatória, por inibir NF-k Beta. (Hong et al., 2013)
Segundo Kim, et al., a bacaleína mostrou efeito anti-inflamatório, inibindo NO, citocinas, chemoquinas e fator de crescimento via retículo endoplasmático stress- CHOP/STAT.(Young Jin Kim et al., 2018)
A atividade antioxidante do extrato da S. baicalensis, foi observada in vitro, em células de músculo cardíaco, de moderada hipóxia/ isquemia, de 47-49% (Shao et al., 1999), e decréscimo de morte celular, de 52,3% para 29,4%(Shao et al., 2002)(Yanjing Cao et al., 2016)
Segundo Cao, et al., o extrato de S. baicalensis, protegeu os animais do experimento de isquemia global cerebral, e Parkinson induzida por toxinas específicas in vitro. (Yanjing Cao et al., 2016)
Lapchak, et al., observou uma proteção significativa do Hipocampo de ratos, quanto à sobrevivência das células após injúria provocada de 50%. (Lapchak et al., 2007)
A ação da S. baicalensis, como neuro protetora na prevenção da doença de Alzeimer, Parkinson, derrames e outras desordens neurológicas, deve ser observada (Cho et al., 2004)(F. Q. Li et al., 2005)(Cheng et al., 2008)
Segundo Wang, et al., a baicalina poderia proteger contra a hiperglicemia induzida em más formações cardiovasculares em embriões de galinha, de 32% para 16%, por regular SOD (superoxide dismutase), GSH-Px (glutatione peroxidase e GABA (ácido gama aminobutírico). (Guang Wang et al., 2018)
S. baicalensis, em especial a fração Wogonin, tem uma ação interessante como condroprotetora, pois inibe a produção de ROS e suprime marcadores catabólicos. (Bei et al., 2020)(Shi et al., 2021)(Khan et al., 2021)(Chen et al., 2017)
Chen, et al.; Zhang GW, et al., observaram que a Baicalein poderia ter uma ação positiva na diferenciação osteogênica das células do ligamento periodontal (hPDLCs), em medula óssea derivada de células mesenquimais tronco (rBMSC), aumentando a ação da atividade da ALP (alkaline phosphatase), aumentando a formação óssea. (Chen et al., 2017)(Guangwei Zhang et al., 2017)
Echinacea purpurea (EQUINÁCIA)
A Echinacea purpurea é originária da América do Norte (planta da mesma família do girassol), onde se utiliza sua raiz e o seu rizoma.
Os principais componentes responsáveis pela imunomodulação da Echinacea purpúrea, (Marriott, 2003) (Merali et al., 2003) são: alcamidas, polissacarídeos e derivados cafeico principalmente o ácido chicórico. (Dalby-Brown et al., 2005)(Xue et al., 2021)
O Extrato de Echinacea purpurea atua como imunomodulador (Melchart et al., 1994) por vários mecanismos, confirmados por numerosos estudos científicos: ativação da fagocitose, estímulo dos fibroblastos e aumento da mobilidade dos leucócitos. Com isto, é amplamente utilizado como auxiliar no tratamento de gripes, resfriados, (Flannery, 1999) infecção urinária, candidíase, abcessos dentários, artrite reumatoide, doenças virais (Hepes simples e zoster) e bacterianas.
Sloboda, et al. fizeram um estudo em infecção de placenta em equinos, que pode levar ao aborto, com E. purpurea, pensando na ação modulatória da mesma sobre TNF alfa e VEGF (vascular endothelial growth factor), tendo resultados positivos em infecções em placentas equinas. (Sloboda et al., 2016)
Um estudo clínico realizado com 120 pacientes com infecção aguda do trato respiratório foi registrada a melhora significativa dos seus sintomas com a utilização da Echinacea purpurea, quando comparado com o grupo tratado com placebo. (Hoheisel, 1997) (Brinkeborn et al., 1999)
E. purpurea tem se mostrado com uma atividade na regeneração de tecidos injuriados, sejam com presença de infecção onde ela tem uma ação muito positiva, seja pela promoção de angiogênese (ação interessante na regeneração dos infartos do miocárdio). (Kapai et al., 2011)
O ácido clorogênico, um fitocomponente da E. purpurea, tem ação inibitória importante na protease 3CLpro (inibidor da expressão gênica viral, SARS-CoV-2)), podendo ser uma boa ferramenta para o tratamento da síndrome respiratória aguda do Coranavirus 2. (Sanjay et al., 2021)
Abelmonem et al. demonstraram que o tratamento com E. purpurea, no final de 14 dias induziu efetivamente a mobilização das células de regeneração do miocárdio em ratos possuindo infarto induzido. (Abdelmonem et al., 2015)
RUTINA
Também chamada de vitamina P, foi descoberta em 1936. É obtida de vegetais folhosos, frutas cítricas, trigo-sarraceno, uncária e o fruto da árvore brasileira fava-d’anta.
Possui atividade antioxidante, principalmente relacionada com a limpeza de radicais livres, e propriedades preventivas contra doenças coronarianas, hepatoprotetivas, anti-inflamatórias, anticancerígenas e antivirais. (Kumar et al., 2013)
Estudos científicos também apontam que alto consumo de flavonoides e suas subclasses estão associados com a diminuição do risco de diabete tipo 2 mellitus. (Xu et al., 2018)
Citrus reticulata Blanco (BERGAMOTA ORGÂNICA LIOFILIZADA)
As “peles” brancas dos cítricos são vastamente utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa para tosse e alterações respiratórias. Observa-se que nessas peles existem muitos compostos químicos bioativos em pequena quantidade e monoterpenos em maior quantidade.
O óleo de Limoneno contido na pele, tem ação anti-inflamatória no TNF alfa e NO (Dalia et al., 2016)
Segundo (Chutia et al., 2009)(Espina et al., 2011), o Citrus reticulata blanco exibe uma boa ação antimicrobiana, anti-inflamatória (Menichini et al., 2011), ação anticâncer (Manthey et al., 2002)(Benavente-García et al., 2008)
Jian Xin Li et al, (Jian Xin Li et al., 2013) observaram uma atividade anti-fibrose pulmonar, hipoglicêmica (Aruoma et al., 2012) e inseticida na citrus reticulata blanco. (Jayaprakasha et al., 1997)
Withania somnifera (ASWAGANDHA)
A Aswagandha é cultivada em muitas regiões mais secas de Índia, sendo também encontrada no Nepal, China e Yemen. Essa planta é muito comparada com Eleutherococcus senticosus (Ginseng siberiano) e Panax Ginseng (Ginseng chinês / coreano) por suas propriedades adaptogênicas e, portanto, é popularmente conhecido como Ginseng indiano. (Narendra Singh et al., 2010)
De acordo com N. Singh et al., a Ashwagandha é indicada na prevenção de úlceras induzidas por estresse, do trato gastrointestinal. (N. Singh et al., 1982)
Através da utilização dessa planta foi observado um efeito antitumoral em Carcinoma de Ovário de Hamsters (Sumanran et al., 2007) Segundo os autores foram relatados resultados sugerindo a Aswagandha como agente antitumoral e imunomodulador. (S P Singh et al., 1979)
A Ashwagandha também é usada para melhorar o intelecto e a memória pela sua ação na cognição, também observada em crianças com déficits de memória, ou quando a memória fica comprometida após traumatismo craniano, ou uma doença prolongada e na velhice. (Udupa, 1993)
Glicowithanolides withaferin-A e sitoindosides VII–X isolados das raízes de Ashwagandha reverteram significativamente os defeitos cognitivos induzidos pelo ácido ibotênico no modelo da doença de Alzheimer. (Bhattacharya et al., 1995)
Estudos também suportam o uso de Ashwagandha como estabilizador de humor em condições clínicas de ansiedade e depressão. (Abdel-Magied et al., 2001)
De acordo com Twaij et al., a Ashwagandha pode ser considerada um analgésico, pois acalma o sistema nervoso quanto à resposta à dor. (Twaij et al., 1987)
Piper nigrum (PIMENTA PRETA)
A pimenta-preta (Piper nigrum), também conhecida como pimenta-redonda e, no Brasil, como pimenta-do-reino, é uma das mais antigas e conhecidas especiarias. Esse pode ser considerado o produto agrícola de maior influência em eventos históricos podendo ser traçado um paralelo com a importância do petróleo nos tempos modernos. Os seus grãos, secos e moídos, são muito usados na culinária de diversos países. Tem um sabor forte, levemente picante, proveniente de um composto químico chamado piperina
Os usos medicinais de P. nigrum incluem antibacteriano, antifúngico, antiapoptótico, antidepressivo, antidiarreico, anti-inflamatório, antimutagênico, antioxidante, antipirético, antiespasmódico, antitumoral, para melhorar o apetite e poder digestivo, anti-frio, anti-tosse, dispnéia, para cura de doenças da garganta, anti-febre intermitente, anti-cólica e anti-disenteria.(Abdallah, 2018)
Laminaria japônica (KELP IODINE)
Jia et al. relataram que polissacarídeos de laminaria japonica (LJP) tiveram efeitos hipoglicêmicos e hipolipidêmicos em camundongos com diabetes induzida por aloxana. Vinte e oito dias de administração de LJP preveniram a perda de peso corporal, diminuíram os níveis de glicose e aumentaram os níveis de insulina. A LJP também melhorou as alterações induzidas por aloxana no metabolismo lipídico.(Jia et al., 2014)
Li et al. demonstraram o efeito hipoglicemiante de LJP em um modelo de camundongo de DM tipo 2. Eles sugeriram que LJP pode recuperar parcialmente a função secretora das células das ilhotas, levando a uma melhor regulação do metabolismo da glicose. Duas semanas de administração oral de LJP reduziram significativamente os níveis de glicose em jejum e aumentaram os níveis séricos de insulina e amilina em camundongos com DM induzido por aloxana. (Xiaodan Li et al., 2012)(In-Seon Lee et al., 2022)
Long et al. relataram o efeito hipoglicêmico da alga marinha (LJP) em ratos modelo de DM induzido por aloxana. Duas semanas de administração oral de algas reduziram a glicemia de jejum (FBG), malondialdeído (MDA) e óxido nítrico (NO). A forma e a estrutura das células das ilhotas melhoraram com a regulação positiva da superóxido dismutase (SOD) e a regulação negativa da sintase do óxido nítrico induzível (iNOS) no grupo tratado com algas. Kelp pode ajudar a recuperar a função secretora das células das ilhotas e diminuir o nível de FBG através de seu efeito antioxidante. (Long et al., 2012)
Wang et al. investigaram os efeitos anti-inflamatórios, antitrombose e de revascularização do LMWF extraído de LJP em ratos diabéticos com doença arterial periférica. O LMWF exibiu um efeito terapêutico na isquemia dos membros posteriores em ratos diabéticos, provavelmente melhorando a disfunção da NOS endotelial e aumentando a revascularização. (Zhiqiang Wang et al., 2018)
Kang et al. investigaram o efeito antidiabético e o possível mecanismo de LJP usando modelos in vitro e dieta de alta alimentação in vivo. Dezesseis semanas de administração oral de LJP induziu proteínas relacionadas à sinalização de insulina, como a fosforilação da proteína quinase B no músculo esquelético. A LJP também afeta a homeostase da glicose inibindo a atividade da α-glicosidase, aumentando a captação muscular de glicose e regulando as citocinas inflamatórias nas células do músculo esquelético. (Kang et al., 2018)
Oh e outros. relataram que LJP teve efeitos antiobesidade e anti-inflamatórios em camundongos alimentados com dieta rica em gordura (HFD). O tratamento foi continuado por 16 semanas e o LJP foi suplementado com 5% da dieta. LJP reduz os níveis de glicose no sangue, leptina e citocinas circulantes. (Ji Hyun Oh et al., 2016)Shang et ai. relataram que fucoidan em LJP teve um efeito benéfico na MetS induzida por dieta em camundongos alimentados com HFD. No experimento de 16 semanas, 200 mg/kg de LJP foram administrados oralmente a camundongos. Fucoidan reduziu os níveis de colesterol total (TC), triacilglicerídeos (TAG) e glicemia de jejum. (Qingsen Shang et al., 2017)
Zhang et al. relataram que a fibra dietética insolúvel de LJP melhorou as características relacionadas à obesidade em camundongos alimentados com HFD e desempenhou um papel na disbiose da microbiota intestinal e na proteção contra lesão hepática induzida por HFD. Foi demonstrado que a fibra reduziu os níveis séricos de glicose, CT, alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) e restaurou os níveis de acetato, propionato e ácido graxo de cadeia curta (AGCC). (Yiping Zhang et al., 2021)
Li et al. relataram que os polissacarídeos de LJP poderiam combater a obesidade aumentando a p-AMPK e diminuindo os níveis de ácido graxo sintase (FAS) e fator de necrose tumoral (TNF)-α. De acordo com o experimento, camundongos com alto teor de gordura administrados com polissacarídeos LJP experimentaram efeitos hipoglicêmicos, perfis lipídicos séricos melhorados e danos intestinais melhorados. (Nannan Li et al., 2020)
Yao et al. relataram que um extrato de alga marinha obtido com ácido cítrico em vez de água reduziu significativamente a possibilidade de aterosclerose pela atividade de eliminação de radicais ABTS (ácido 2,2'-azino-bis-(3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico). Ratos obesos administrados com o extrato de ácido cítrico LJP experimentaram efeitos hipolipidêmicos e antioxidantes e diminuíram a incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. (Yao et al., 2017)
Li et al. relataram que os polissacarídeos LJP podem combater a aterosclerose, diminuindo várias enzimas e receptores no soro. Além disso, o estudo elucidou uma relação causal entre o LJP e o aumento da resistência à insulina, explicando o aumento do número de células caliciformes intestinais e a diminuição da bactéria Akermansia no soro de camundongos com alto teor de gordura após a ingestão de LJP. Em um modelo de camundongo no qual uma dieta rica em colesterol produziu aterosclerose, Zha et al. examinaram o efeito anti-aterosclerótico. Eles descobriram que 14 semanas de administração oral de polissacarídeos derivados de LJP (50 e 200 mg/kg/dia) tiveram benefícios hipolipidêmicos e anti-ateroscleróticos significativos, modulando o sistema de sinalização da insulina hepática. (Qiang Ming Li et al., 2021)(Zha et al., 2017)
Zhang et al. relataram que a macroalga LJP (MLJ) era um tratamento potencial para hiperlipidemia, pois camundongos com alto teor de gordura foram capazes de sofrer efeitos hipolipidêmicos após serem administrados com MLJ. O mecanismo subjacente a esta eficácia foi o aumento da SOD e da glutationa peroxidase (GSH-Px)(Qing Zhang et al., 2020)
Zhang et al. relataram que o LJP fermentado com Lactobacillus brevis FZU0713 (FLJ) teve um efeito benéfico em ratos hiperlipidêmicos. De acordo com um estudo anterior, a administração oral de FLJ regulava os níveis de mRNA hepático do gene, reduzindo assim os níveis séricos de TC e TG e aumentando os níveis fecais de acetato ácido, propionato e isobutirato. (Qing Zhang et al., 2021)
Alguns trabalhos avaliaram o efeito de um programa de controle de peso corporal que incluiu 20 g de LJP por dia. Eles descobriram que consumir LJP reduziu o peso corporal, a massa gorda, a relação cintura-quadril e o índice de massa corporal e melhorou a qualidade de vida e o funcionamento físico. Os resultados desse trabalho devem ser interpretados com cautela, pois o programa incorporou exercícios e educação nutricional, e a diminuição dos níveis de colesterol no sangue foi insignificante. (You et al., 2009)
(Nishimura et al., 2019) conduziram um estudo clínico para apoiar o efeito do LJP na gordura corporal, sintomas gastrointestinais e medições de sangue. Eles descobriram que o pó de LJP jovem seco melhorou os sintomas gastrointestinais, incluindo diminuição da passagem de fezes. O perfil lipídico não melhorou, embora tenha reduzido a gordura corporal e os níveis séricos de triglicérides (naqueles com níveis séricos de triglicérides excessivamente elevados). (Nishimura et al., 2019)
Nishiumi et ai. estudaram os perfis lipídicos e moleculares séricos em participantes com níveis de triglicerídeos séricos excessivamente altos antes e depois de consumir LJP. Eles descobriram que o LJP assado melhorou os sintomas gastrointestinais; um exemplo é a diminuição da passagem das fezes. Reduziu a gordura corporal e os níveis séricos de triglicérides apenas em pacientes com níveis séricos de triglicérides excessivamente elevados. Eles reanalisaram os dados e descobriram que fosfatidilcolinas com ligações diacil, lisofosfatidilcolina/dienolamina com ligações acil e ácidos graxos livres foram melhorados após o uso de LJP. (Nishiumi et al., 2019)(Nishiumi et al., 2020)
Aoe, et al. conduziram um ensaio clínico duplo-cego empregando pó de LJP com redução de iodo e descobriram que reduziu significativamente o percentual de gordura corporal sem afetar a função da tireoide. (Aoe et al., 2021)
O consumo de LJP fermentado por quatro semanas diminuiu os níveis séricos de GGT e malondialdeído e aumentou as atividades da catalase (CAT) e SOD. Esses resultados sugerem que o LJP fermentado possui propriedades antioxidantes e hipolipemiantes. O efeito do LJP na microbiota intestinal em participantes saudáveis foi explorado por Ko et al., No entanto, não foram observadas alterações significativas no número de microbiomas, sintomas gastrointestinais, função intestinal ou qualidade de vida. Apenas aqueles que receberam LJP juntamente com probióticos (bactérias do ácido lático) mostraram alterações significativas em seu microbioma. (Ko et al., 2014)
Hoi et al. investigaram os efeitos do FLJ no crescimento muscular relacionado ao fator neurotrófico derivado do cérebro, lipólise e massa magra total em participantes do sexo feminino de meia-idade. Eles descobriram que 8 semanas de consumo de LJP diminuíram significativamente a massa gorda total e os triglicerídeos na composição corporal, bem como aumentaram significativamente o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), enzima conversora de angiotensina, hormônio de crescimento humano, fator de crescimento semelhante à insulina. 1, e massa magra total, bem como melhorias no trabalho total, extensão e flexão do joelho, o que implica que LJP pode ter propriedades antiobesidade e aumentar a liberação de hormônios de crescimento relacionados ao músculo. (Saklayen, 2018)
Annona muricata (GRAVIOLA)
Annona muricata L. pertence à família das Annonaceae e possui ampla distribuição pantropical. Possui tamanho pequeno e se encontra distribuída pelo continente americano. O fruto de Annona muricata Linn. é comestível e são utilizados comercialmente para a produção de sucos, doces e sorvetes. Essa árvore possui uma grande presença de acetogeninas, as quais demonstram diversas propriedades farmacológicas, como atividades antitumorais, citotóxicas, antiparasitárias e pesticidas. (Gajalakshmi et al., 2012)
Os extratos de hexano, acetato de etila e metanol de Annona muricata exibiram atividade antiparasitaria contra Leishmania braziliensis e L. panamensis promastigotas e também contra a linhagem celular U 937 em testes in vitro. (Padma et al., 1998)
De acordo com Alvarez-Gonzalez et al., o extrato etanólico de Annona muricata possui potencial anti-herpético. Nessa pesquisa demonstrou-se que o extrato de graviola realiza inibição contra Herpes simplex vírus-1. (Alvarez-Gonzalez et al., 2008)
A atividade cicatrizante do extrato alcoólico do caule e da casca de Annona muricata foi demonstrada através de experimentos em atos albinos. Os resultados desse trabalho mostraram que o extrato de graviola reduz a área da ferida através de aceleração do processo de cicatrização. (Prachi, 2010)
Trabalhos científicos demonstram que a Annnona muricata é utilizada no tratamento de várias infecções bacterianas, doenças infecciosas, como pneumonia, diarreia, trato urinário infecção e até mesmo alguma doença de pele. O extrato de Annona muricata contém um amplo espectro de atividade contra um grupo de bactérias que são responsáveis pelas doenças bacterianas mais comuns. O efeito antibacteriano do extrato metanólico e aquoso das folhas de Annona muricata foi testado contra várias bactérias cepas como Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Proteus vulgaris, Streptococcus pyogenes, Bacillus subtilis, Salmonella typhimurium, Klebsiella pneumonia e Enterobacter aerogenes. (Jaramillo-Flores et al., 2000)
Linum usitatissimum L. LINHAÇA DOURADA (GERMINADA)
O gênero Linum é um grande grupo com cerca de 230 espécies, o qual e dividido em cinco seções, Linum, Linastrum, Cathartolinum, Dasy-linum e Syllinum, com base no número de cromossomos, morfologia floral e compatibilidade interespecífica. A origem do linho está no sul da Europa, no Oriente Próximo ou na Ásia Central. Há evidências do uso do linho em culturas neolíticas como fonte de fibra. A fibra de linho foi identificada na pré-história locais em Israel e na Síria. O linho foi cultivado em Egito entre 4.500 e 4.000 aC e chegou à Suíça por volta de 3.000 aC.(Hall et al., 2016)
A linhaça contém muitos nutrientes, incluindo fibra dietética, ácidos graxos ômega-3, proteínas e fitoquímicos que podem melhorar a saúde. Nesse contexto tanto a fibra quanto o óleo de linhaça exibem teores consideráveis de compostos fenólicos, flavonoides e potentes atividades antioxidantes. Notavelmente, os teores médios de teores de fenólicos e flavonoides totais, juntamente com a atividade antioxidante total entre fibra e óleo de linhaça não foram significativamente diferentes, mesmo a atividade antioxidante celular da fibra de linhaça foi superior à da linhaça oleaginosa. (Hong Wang et al., 2017)
Muitos estudos sobre as atividades antioxidantes do óleo de linhaça in vitro mostram que o óleo de linhaça possui atividades antioxidantes, anti-hiperglicêmicas e hipolipidêmicas significativas, o que pode ser devido à presença de ALA e seus metabólitos EPA e DHA. (Kaithwas et al., 2012)
Alguns estudos indicaram que vários lipídios vegetais ricos em ALA, como óleo de linhaça e óleo de soja, possuem atividade anti-inflamatória significativa. (Kaithwas et al., 2013)
A alimentação com ALA pode fazer com que os ratos tenham efeito anti-inflamatório, diminuindo os níveis plasmáticos de proteína C-reativa. Outro estudo mostrou que, em ratos diabéticos, a dieta com óleo de linhaça regulou positivamente a catalase hepática (CAT) (atividade e expressão), a superóxido dismutase (SOD) (atividade e expressão), a expressão da glutationa peroxidase (GPx) e regulou negativamente a expressão dos genes inflamatórios hepáticos TNF-α, IL-6, MCP-1, INF-γ e NF-κB. Assim, a dieta com óleo de linhaça ajuda a prevenir lesões teciduais e aliviar o diabetes em ratos diabéticos. (Kaithwas et al., 2013)(Ren et al., 2016)(Jangale et al., 2013)
De acordo com Monk et al., óleo de linhaça exerce um efeito anti-quimiotático e anti-inflamatório e pode mitigar a obesidade. (Monk et al., 2016)
Foi confirmado que o óleo de linhaça pode reduzir o dano hepático em hamsters hiperlipidêmicos através da atenuação do fígado gorduroso não alcoólico, diminuindo os níveis de colesterol hepático e triacilglicerol, depleção de glutationa e a expressão e atividade do gene MMP-9. (Shun Fa Yang et al., 2009)
Crinum latifolium L (CRINUM)
É um membro da família Amaryllidaceae a qual é uma espécie amplamente composta por 93 gêneros e 1325 espécies. O crinum cresce naturalmente na Ásia, desde a Índia e Sri Lanka até grande parte do continente do Sudeste Asiático ao sul da China (Guangxi, Guizhou, Yunnan). Essa planta também pode ser encontrada nas Índias Ocidentais e no Arquipélago de Chagos. (Yadav et al., 2020)
Os bulbos e folhas de crinum são muito utilizados em medicamentos fitoterápicos. Essas partes da planta são muito úteis no tratamento de problemas de saúde graves como prostatite, adenoma, aumento benigno da próstata, miomas etc. É usado para aumentar a imunidade mediada por células e atua como um T-ativador de linfócitos. (Yadav et al., 2020)
Também é usado em casos de hipóxia, inflamação, desintoxicação, regeneração de tecidos e equilíbrio hormonal. Adicionalmente, o suco da folha é usado para dor de ouvido, dor reumática e entorse. Os bulbos são usadas para induzir o vômito. (Nadkarni, 1954)(Ghosal et al., 1983)(Ghosal et al., 1985)
Azizet A, et al., avaliaram in vitro Crinum latifolium Linn para atividade, anti-helmíntica, conteúdo fenólico total e atividade citotóxica e relataram que a atividade anti-helmíntica, teores de fenólicos totais foram encontrados no extrato metanólico da planta. (Aziz et al., 2014)
Nguyen HY, et al. investigaram o extrato de flavonoides total presente no crinum e demostraram que esses compostos exibem um efeito inibitório ação sobre as células cancerosas através de sua atividade antioxidante. Extratos contendo alcaloides inibiram a proliferação de células do linfoma, seja por ação direta sobre as células tumorais ou pela ativação do agente tumoricida. O extrato aquoso induziu a expressão de mRNA de fator de necrose tumoral-α (TNF-α), interleucina-1β (IL-1β) e interleucina 6 (IL-6) indicando diferenciação de macrófagos em macrófagos pró-inflamatórios polarizados M1. O extrato total de flavonoides, alcaloides e uma fração alcaloide induziram a expressão do formil receptor peptídico (FPR) na superfície dos macrófagos polarizados que podem levar à ativação de macrófagos para o fenótipo M1. Extratos aquosos e flavonoides expressão aumentada de mRNA de NADPH quinina oxido-redutase 1 (NQO1) em macrófagos que podem desempenhar um papel importante na quimioprevenção do câncer. Todas as amostras estudadas não exibiram toxicidade para células normais. Adicionalmente, o alcaloide puro testado, 6-hidroxicrinamidina, não foi ativo em nenhum dos modelos investigados. (Nguyen et al., 2013)
Dewan S, et al., investigou a natureza de extrato metanólico bruto de folhas de Crinum latifolium Linn. E verificou que as folhas dessa planta apresentaram potencial trombolítico. Análise fitoquímica do extrato bruto revelou a presença de alcaloides, carboidratos, glicosídeos, fenol, taninos, proteínas, gomas e mucilagens. A natureza trombolítica da planta foi significativa quando comparado com o controle negativo (água) em diferentes doses. O estudo sugere que o extrato metanólico bruto de folhas de C. Latifolium apresenta atividade trombolítica significante em experimentos in vitro; no entanto, o(s) componente(s) ativo(s) do extrato para a lise do coágulo ainda não foram descobertos. (Dewan et al., 2013)
Jenny M, et al., demonstraram que os extratos de folhas de Crinum latifolium suprimem a ativação imunológica cascatas em células mononucleares do sangue periférico e na proliferação de células tumorais da próstata. Além disso, efeitos anti-inflamatórios significativos deste extrato foram demonstrados por sua potencial atividade na supressão a degradação de triptofano mediada por indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO) em PBMC. (Jenny et al., 2011)
Zvetkova E, et al., investigaram a atividade antitumoral do extrato aquoso quente de Crinum latifolium. Os resultados desse estudo demonstraram que o extrato aquoso de crinum apresentou propriedades imunomoduladoras semelhantes aos extratos de chá verde e preto. (Zvetkova et al., 2001)
Arachis hypogaea L. (AMENDOIM)
Conhecido amplamente, cresce no México, América Central e América do sul. A luteolina um flavonoide presente no amendoim possui propriedades antioxidantes, com capacidade para impedir algumas das ações pró-oxidativas pelo peptídeo endógeno Angiotensina II em tecido vascular.
Diniz et al., observaram a atividade antitumoral e inibitória da Topoisomerase II alfa, da Luteolina. (Diniz et al., 2022)
A Luteolina é amplamente encontrada também na salsa, no manjericão e na alcachofra, tendo uma ação na cognição, proteção das células medicante as citocinas inflamatórias, diminui IL 6 (inflamatória), memória, modulação do sistema imune e Câncer
Ganoderma lucidum (COGUMELO REISH)
Ganoderma lucidum e um fungo de origem oriental, o qual possui uma longa história de utilização relacionados à saúde e à longevidade na China, Japão e outros países asiáticos. Esse fungo é um cogumelo grande e escuro com um exterior brilhante e uma textura amadeirada. Na China, essa erva é considerada a “erva da potência espiritual”, simbolizando sucesso, bem-estar, poder divino e longevidade. Uma variedade de produtos comerciais de G. lucidum estão disponíveis em várias formas, como pós, suplementos dietéticos e chá, os quais são produzidos a partir de diferentes partes do cogumelo, incluindo micélio, esporos e corpo de fruto. As aplicações específicas e os benefícios de saúde atribuídos ao cogumelo reish incluem controle dos níveis de glicose no sangue, modulação do sistema imunológico, hepatoproteção, bacteriostase e muito mais. As várias crenças sobre os benefícios para a saúde do G. lucidum são amplamente baseadas em evidências anedóticas, uso tradicional e costumes culturais. No entanto, trabalhos recentes fornecem suporte científico para algumas dessas antigas alegações dos benefícios para a saúde do cogumelo reish.(John Yuen et al., 2011)
Tomasi et al. testaram a atividade anticancerígena de várias espécies de cogumelos. Neste estudo o G. lucidum demonstrou ser o mais eficaz em matar células cancerígenas. Esse cogumelo induziu parada do ciclo celular e apoptose em várias células tumorais humanas e de roedores, incluindo leucemia linfocítica murina L1210 e carcinoma de pulmão de Lewis. (Min et al., 2000)(Tomasi et al., 2004)(Dejing Shang et al., 2009)(Liu et al., 2009)(Qi Zhen Cao et al., 2006)(J. W.M. Yuen et al., 2008) (Qi Zhen Cao et al., 2004)(Song et al., 2004)
Ainda considerando seus efeitos anticancerígenos, Wang et al. verificaram que uma fração enriquecida com polissacarídeos de G. lucidum ativou macrófagos cultivados e linfócitos T in vitro, o que levou a um aumento de IL-1β, TNF-α e IL-6 Em outro estudo, a incubação de macrófagos e linfócitos T com um polissacarídeo resultou em aumento dos níveis de TNF-α e INF-γ. Verificou-se que este meio de cultura “condicionado” inibe o crescimento celular e induz a apoptose nas células do sarcoma 180 e HL-60. Além disso, o tratamento com soro incorporado com uma fração polissacarídica peptídica de G. lucidum inibiu marcadamente a proliferação de células de carcinoma de pulmão humano (PG), enquanto a fração pura por si só não induziu efeitos semelhantes. (Sheng Yuan Wang et al., 1997)(John Yuen et al., 2011)(Qi Zhen Cao et al., 2004)
De acordo com alguns estudos publicados por grupos de pesquisa chineses, há evidências consideráveis no que diz respeito as atividades imunoestimulantes de G. lucidum via indução de citocinas e aumento do efetor imunológico. (Sheng Yuan Wang et al., 1997)(Zhu et al., 2006)
Vários componentes de G. lucidum, em particular polissacarídeos e triterpenoides, mostram atividade antioxidante in vitro. Provavelmente esses compostos químicos estão intimamente ligados à expressiva atividade anticancerígena desse fungo pois provavelmente ocorre a diminuição do risco de mutações, carcinogênese e proteção das células imunes. (Jong Min Lee et al., 2001)(Mau et al., 2002)
Alguns triterpenos de G. lucidum também foram relatados como tendo um efeito inibitório contra a atividade da protease do vírus da imunodeficiência humana (HIV)-1. Em outro estudo, um ácido ganodérico isolado de G. lucidum apresentou efeitos inibitórios sobre a replicação do vírus da hepatite B (HBV) em células HepG2215 (linhagem celular produtora de HepG2-HBV) ao longo de 8 dias(El-Mekkawy et al., 1998)(Min et al., 1998)(Yan Qun Li et al., 2006) Para um trabalho evidenciando a atividade antiviral do G. lucidium contra vírus herpes específicos ver: (Eo et al., 1999)(Ki Wan Oh et al., 2000) (Hijikata et al., 1998)
Para avaliar os efeitos antibacterianos presentes neste cogumelo, foram realizados vários estudos em animais in vitro e in vivo. Observou-se que camundongos injetados com extrato de G. lucidum (2 mg/camundongo) 1 dia antes da injeção com Escherichia coli mostraram taxas de sobrevivência marcadamente melhoradas (> 80% em comparação com 33% nos controles). Em um estudo in vitro, um extrato de clorofórmio de G. lucidum foi investigado por seu efeito antibacteriano em bactérias gram-positivas (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis) e bactérias gram-negativas (E. coli, Pseudomonas aeruginosa). Os resultados mostraram que o extrato teve efeitos inibidores do crescimento em duas das bactérias gram-positivas com uma concentração inibitória mínima (CIM) de 8 mg/mL para S. aureus e B. subtilis. (Ohno et al., 1998)(Keypour et al., 2008)
Componentes de G. lucidum demonstraram ter um efeito hipoglicemiante em animais. A administração de ganoderanos A e B (dose de 100 mg/kg), dois polissacarídeos isolados de extratos aquosos desse cogumelo diminuiu significantemente concentrações plasmáticas de glicose em camundongos diabéticos normais e induzidos por aloxana (em até 50%). Adicionalmente, o efeito hipoglicêmico ainda era evidente após 24 horas. (Hikino et al., 1985)
Estudos indicaram que os extratos de água quente e água-éter do corpo de fruto de G. lucidum possuem um expressivo efeito hepatoprotetor na lesão hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) administrado por via oral e intraperitoneal a ratos. Os marcadores medidos para lesão hepática incluíram aspartato e alanina transaminases (AST e ALT) e lactato desidrogenase (LDH). como A. Nesse estudo evidenciou-se que o ácido ganoderênico, um composto ativo do extrato o qual foi separado e identificado, possui um potente efeito inibitório sobre a β-glicuronidase. Os autores também sugerem que esse efeito inibitório pode ter mediado a hepatoproteção observada quando esse composto isolado foi administrado. Adicionalmente, a proteção também foi relatada em um estudo no qual um extrato de água quente de G. lucidum foi administrado oralmente a camundongos 30 minutos antes da administração de etanol. Verificou-se que o extrato tem um efeito inibitório contra a formação de malondialdeído (MDA), um produto de degradação de peróxidos lipídicos, no fígado de camundongos e no homogenato renal, com evidência de uma resposta à dose observada. (Lin et al., 1995)(Dong Hyun Kim et al., 1999)(Shieh et al., 2001) Para outros trabalhos relacionados a atividade hepatoprotetora do G. Lucidum ver: (Lakshmi et al., 2006)
O fungo G. lucidum também possui atividade antiúlcera conforme evidenciado por Yihuai Gao et al. Nesse trabalho úlceras gástricas foram induzidas em ratos por ácido acético, e o tratamento com G. lucidum por 14 dias acelerou significativamente a cicatrização da úlcera em 40%. O tratamento com 1,0 g/kg de extrato de G. lucidum também restaurou significativamente os níveis de muco e prostaglandina em comparação com o grupo controle analisado. (Yihuai Gao et al., 2004)