PRÓ RESISTÊNCIA INSULÍNICA CAPS, adicionado a padrões vibracionais, possui bioativos que contribuem positivamente nos efeitos deletérios do Diabetes. A Benfotiamina (B1) por ser lipossolúvel consegue adentrar em todas as células, promovendo maior biodisponibilidade atuando de forma muito positiva nas polineurites, nas retinopatias diabéticas, proteção e regeneração da função renal e angiogênese (auxilia regeneração de feridas diabéticas). Compostos fitoquímicos do Feno grego, disogenina, gitogenina e saponinas, tem forte ação hipoglicemiante, retardo da resposta da hipersensibilidade, no índice e capacidade fagocitária dos macrófagos, e proliferação dos linfócitos. Seu efeito imunoestimulador contribui em muitas patologias incluindo diabetes, e há trabalhos mostrando que a protodioscina tem efeito apoptótico em diversos tipos de tumores, além de ativar várias enzimas hepáticas como Superoxidesmutase e Catalase, melhorando sobremaneira as funções hepáticas. Alguns fitoativos além de antioxidantes e anti-inflamatórios, diminuem o colesterol na bile e modulam as proteínas nucleantes e antinucleantes responsáveis pela cristalização do colesterol. Outros efeitos observados, ação positiva nas esteatoses hepáticas, úlceras gástricas, efeito “omeprazol like” sem os efeitos colaterais, por modular a capacidade de antioxidação da mucosa gástrica. A Canela Java possui algumas propriedades bem interessantes, como apoptóticas com ação efetiva em diversos tipos de tumor (hepatoma, cólon, línfoma, colo de útero, melanoma), excelente ação antifúngica e antibacteriana, além de prevenir isquemias cerebrais. Ativos como elagitaninos da banaba, melhoram significativamente a tolerância à glicose e albumina glicada. O ácido corsálico, promove efeito inibitório na peroxidação lipídica, ação boa como antiglicemiante, sem promover hipoglicemia, melhora processos ósseos, artrites e processos periodontais. Os fitoativos da Gymnema, tem também ação hipoglicemiante por ativar a produção da Insulina, ação antioxidante, hepatoprotetora e antimicrobiana.
BENFOTIAMINA
Essa molécula é um derivado solúvel em gordura da tiamina (vitamina B1), a qual é aprovada em alguns países como medicamento ou suplemento dietético para tratar a polineuropatia sensório-motora diabética. (González et al., 2005) (Kumar et al., 2019)(Alonso-Castro et al., 2008) Compostos derivados da tiamina foram descobertos a partir de plantas como cebola, cebolinha e alho-poró e particularmente a benfotiamina foi desenvolvida no Japão no final de 1950. Devido a sua propriedade lipossolúvel é possível que essa molécula permeie diretamente através da membrana celular, resultando em maior biodisponibilidade. (Nyirimigabo et al., 2015)(Dzhakhangirov et al., 1997)(A. Ameri, 1997) Para o perfil de segurança da benfotiamina ver: (Angela Ameri, 1997a)
De acordo com alguns estudos foi evidenciado que a benfotiamina previne a progressão de complicações diabéticas aumentando os níveis teciduais de difosfato de tiamina e subsequentemente aumentando a atividade da transcetolase, a qual converte gliceraldeído-3-fosfato e frutose-6-fosfato em xilulose-5-fosfato e eritrose-4-fosfato (Angela Ameri, 1997b)(Angela Ameri, 1997b) Nessa esteira, os principais efeitos atribuídos à benfotiamina na melhora da função renal durante o diabetes são a normalização dos níveis de glicose e a prevenção da formação da glicação avançada (AGEs) nas células endoteliais do rim, estimulando seletivamente a atividade da transcetolase renal. (Berenguer et al., 2007) (Hattori et al., 1995) Além disso, esse composto diminuiu as alterações capilares da retina em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. (Hor et al., 1995) e acelerou a cicatrização de membros diabéticos isquêmicos em camundongos através da potencialização da angiogênese mediada pela proteína quinase B/Akt e subsequente inibição da apoptose celular. (Kashiwada et al., 1992)
Trigonella foenum-graecum (FENO GREGO)
O feno-grego é uma erva anual ereta com folhas trifoliadas atingindo uma altura de 0,3 a 0,8 m. Suas vagens contêm sementes marrons que são conhecidas e utilizadas para uso medicinal. No antigo sistema de medicina tradicional indiano, a medicina Ayurvédica, o feno-grego foi sugerido como um medicamento importante para ser empregado no tratamento uma variedade de condições digestivas. A semente de feno-grego tem sido tradicionalmente usada como agente carminativo, emoliente, expectorante, laxante e estomacal. Os estudos fitoquímicos da semente de feno-grego madura revelou muitos componentes químicos bioativos, como aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e saponinas, como disogenina, gitogenina, neogitogenina, saponaretina homoorientina, neogigogenina e trigogenina, além de fibras, flavonoides, polissacarídeos e alguns alcaloides. (Yadav et al., 2014)
O efeito hipoglicemiante do feno-grego é bem conhecido em indivíduos diabéticos incluindo animais e humanos. No entanto, um estudo publicado por Abdel-Barry et al. sugere que o extrato aquoso de folhas de Trigonella administrado por via oral ou intraperitoneal possui um efeito hipoglicêmico em ratos com níveis glicêmicos normais. Em outro estudo, quando extratos de sementes de feno grego foram administrados oralmente a camundongos normais, produziu um efeito hipoglicêmico e reduziu os níveis de glicose no sangue. Esses estudos sugerem que a Trigonella pode ser usada como suplemento alimentar para regular a glicemia mesmo em indivíduos não diabéticos em dieta rica em calorias. (Abdel-Barry et al., 1997) (Bordia et al., 1997)(Sharma et al., 1990) Para outros estudos evidenciando a atividade anti diabetica do feno grego ver: (Baquer et al., 2011)(Annida et al., 2005)(Hannan et al., 2007) (Morani et al., 2012) (Annida et al., 2004)(Hannan et al., 2003)(Raju et al., 2006)(Raju et al., 2001)(Yadav et al., 2004)(Stark et al., 1993)
Bin-Hafeez et al. demonstraram que o extrato da planta de feno-grego possui efeitos imunomoduladores em camundongos. Esse estudo revelou que o tratamento com extrato de feno grego provocou um aumento provocou um retardado significativo na resposta de hipersensibilidade, índice fagocitário e capacidade fagocitária dos macrófagos, bem como no ensaio de proliferação de linfócitos. Esses resultados sugerem um efeito imunoestimulador do feno-grego o qual pode contribuir positivamente na prevenção de várias doenças incluindo diabetes, câncer, artrite e outras patogêneses alérgicas e autoimunes. (Bin-Hafeez et al., 2003)
Embora o feno-grego seja contraindicado na gravidez pois acredita-se que cause aborto de acordo com a tradição ayurvédica, as mulheres no pós-parto são encorajadas a comer uma pasta adoçada contendo sementes de feno-grego para aumentar a lactação, pois essa planta apresenta propriedades galactagogas. (Brinker, 1998)(Passano, 1995)
Além das propriedades relatadas acima, Hibasami et al. demonstraram que o composto derivado do feno-grego chamado protodioscina exibe um efeito inibitório do crescimento contra células HL-60, induzindo alterações apoptóticas. Num outro estudo, Amin et al. também mostraram que o extrato de semente de feno-grego inibiu significativamente a hiperplasia mamária induzida por 7,12-dimetilbenz-(α)-antraceno e diminuiu sua incidência em ratos. Nesse último estudo os autores sugerem que os efeitos protetores anticâncer de mama do feno-grego podem ser devidos ao aumento da apoptose. Além disso, extratos alcoólicos de plantas inteiras de feno-grego mostraram citotoxicidade in vitro contra diferentes linhagens celulares de câncer humano, como IMR-32, uma linhagem celular de neuroblastoma, e HT29 (uma linhagem celular de câncer). (Hibasami et al., 2003)(Amin et al., 2005) Ainda nesse contexto, num experimento in vivo, o extrato de semente de Trigonella mostrou um efeito antineoplásico. Observou-se que a administração intraperitoneal do extrato alcoólico da semente de feno-grego em camundongos diminuiu o crescimento de células tumorais em mais de 70% em comparação com o controle não tratado com o extrato. Para os detalhes desses experimentos ver: (Sur et al., 2001) As propriedades antioxidantes da semente de feno-grego e sua capacidade de modular o estresse oxidativo hepático estão implicadas no câncer de cólon induzido por 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em ratos Wistar. Uma dieta contendo pó de sementes de feno-grego reduziu a incidência de tumores de cólon e LPO em ratos tratados com DMH e aumentou as atividades de GPx, GST, SOD e catalase no fígado. (Devasena et al., 2007) Para outro estudo evidenciando a atividade anticancerígena do feno-grego ver: (Feng Li et al., 2010)
De acordo com Raghunatha R. L. Reddy et al. a suplementação de feno-grego diminui: colesterol, proteína total, glicoproteína, peróxidos lipídicos, o índice de saturação de colesterol na bile, aumenta a taxa de fluxo biliar e o tempo de nucleação do colesterol. Além disso, o feno-grego também aumentou significativamente a quantidade de fosfolipídios biliares e o ácido biliar total, indicando que o efeito antilitogênico benéfico do feno-grego na dieta pode ser devido à diminuição do teor de colesterol da bile e modulação das proteínas nucleantes e antinucleantes, as quais são conhecidas por regular a cristalização do colesterol. (Reddy et al., 2011)
Os extratos de feno-grego também possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes as quais parecem estar intimamente relacionadas a sua atividade antiartrítica. (Kawabata et al., 2011)(Suresh et al., 2012). Outros estudos indicam que o feno-grego pode ser uma importante fonte de compostos biologicamente ativos úteis para o desenvolvimento de drogas antifúngicas. (HAOUALA et al., 2008)(O’Mahony et al., 2005)(Randhir et al., 2004)(Randhir et al., 2007)(Mercan et al., 2007)
Em um modelo animal possuindo dano hepático induzido por H2O2 (peróxido de hidrogênio) e CCl4 (tetracloreto de carbono), o extrato etanólico de folhas de Trigonella mostrou um efeito hepatoprotetor significativo, evidenciado pela diminuição dos níveis de enzimas antioxidantes enzimáticas e não enzimáticas. O extrato também apresentou efeitos antiperoxidantes significativos in vitro, além de exibir atividade significativa na eliminação de radicais. Raju et al. mostraram que o nível de triglicerídeos hepáticos e as formas solúvel e ligada da proteína TNF-α diminuíram significativamente em comparação ao controle em ratos alimentados com dietas suplementadas com feno-grego. Esses resultados sugerem que a suplementação de feno-grego poderia reduzir o acúmulo de triglicerídeos no fígado, uma característica marcante da esteatose hepática. (Meera et al., 2009)(Raju et al., 2006)
Thirunavukkarasu et al. demonstraram que o efeito das sementes de feno-grego é comparável ao omeprazol, um conhecido bloqueador da bomba de prótons usado no tratamento de problemas gastrointestinais, como doença do refluxo gastroesofágico, ulceração gástrica e duodenal e gastrite. (Thirunavukkarasu et al., 2006) Nesse contexto, o extrato aquoso e uma fração de gel isoladas de sementes de feno-grego mostraram efeitos protetores significativos da úlcera sendo atribuídos à sua ação antissecretória, bem como uma atuação nas glicoproteínas da mucosa. Além disso, a peroxidação lipídica induzida pelo etanol e a subsequente lesão da mucosa são prevenidas pelo extrato de semente de feno-grego, presumivelmente aumentando o potencial antioxidante da mucosa gástrica. (Thirunavukkarasu et al., 2006)
Cinnamomum cassia (CANELA JAVA)
Cinnamomum cassia (também conhecido como Cinnamomum arromaticum, canela chinesa ou cássia chinesa) pertence à família Laurel (Lauraceae) do reino vegetal. É colhida da casca de sua árvore e é usado como agente aromatizante na culinária asiática. Essa planta é comumente cultivada na Índia, China, Uganda, Vietnã, Bangladesh e Paquistão. Recentemente, vários estudos relataram o uso medicinal desta erva em diferentes condições de doença, como diabetes mellitus, úlceras pépticas e várias câncer. (Legssyer et al., 2002)(You et al., 2014)
Além das propriedades mencionadas acima, a C. cassia demonstrou ter propriedades antimicrobianas contra vários patógenos. O extrato etanólico de C. cassia mostrou ter forte atividade contra Pseudomonas aeruginosa. Relatou-se também que o cinamaldeído e seus extratos oleosos são eficazes contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus e Salmonella typhymurium. (G. R. Li et al., 1989)(XU et al., 1986) Adicionalmente, a canela java também demonstrou possuir atividade antifúngica contra quatro espécies de Candida; Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata e Candida krusei (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995)
O extrato etanólico de C. cassia exibe uma ação antioxidante significativa. O mecanismo de tal propriedade provavelmente inclui a inibição da produção de NO, um potente radical livre, via inibição do NF-κB pelo cinamaldeído. (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995)(Mehta et al., 2013) (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
A canela tem sido extensivamente estudada por sua ação antiproliferativa e apoptótica para câncer colorretal, leucemia promielocítica humana, hepatoma, câncer do colo do útero, linfoma e melanoma em experimentos in vitro. (Jae-Joon Lee et al., 2006)(Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Em um modelo de rato in vivo experimento, a canela java exibiu efeito anti-isquêmico prevenindo infarto cerebral. Nesse caso, IL-1β (interleucina-1β) e TNF-α, potentes mediadores inflamatórios são suprimidos enquanto as citocinas IL-10 e IL-10 as quais negam inflamações são expressas consideravelmente. (Du et al., 2010) Para um trabalho relacionado com o tratamento de doenças alérgicas relacionadas a mastócitos da mucosa com cinamaldeído ver: (Jiang et al., 2010) (World Health Organization, 1999)
Cinnamomum verum (CANELA EM PAU)
Cinnamomum burmannii é um arbusto comumente conhecido como cássia indonésia, Batavia cassia e Padang cassia, e é um membro da família Lauraceae. Essa planta é distribuída no sudeste da Ásia e é cultivada em partes da Indonésia e Filipinas. A canela em pau possui folhas oblongo-elípticas, de 4 a 14 cm de comprimento, verde brilhante, dispostas de forma oposta e um fruto ovoide de 1 cm de comprimento. Sua casca seca é encontrada no mercado na forma de rolos e penas, que é usada para cozinhar e aromatizar. (Barnes et al., 2010)
O extrato de C. Burmannii demonstrou atividade antibacteriana, contra cinco bactérias patogênicas comuns de origem alimentar (Bacillus cereus, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella anatum). Adicionalmente, os principais constituintes do extrato foram identificados por cromatografia gasosa-espectro de massa e cromatografia líquida-espectro de massa, sendo o (E)-cinamaldeído o componente volátil mais predominante do óleo, juntamente com outros polifenóis proantocianidinas e (epi) catequinas. O extrato apresentou atividade antibacteriana significativa, e tanto (E)-cinamaldeído quanto proantocianidinas contribuíram significativamente para essa atividade. (Vazirian et al., 2014)
Khatib et al. examinaram 20 diferentes ervas medicinais tradicionais da Indonésia, incluindo C. Burmannii com a finalidade de constatar sua atividade anti-inflamatória. Entre todos os extratos analisados nesse estudo o C. burmannii indica a maior atividade anti-inflamatória. (Raso et al., 2010)
Além da atividade anti-inflamatória descrita, os extratos de canela são conhecidos por melhorar a tolerância à glicose. Os autores desse estudo observaram que o extrato aquoso (100 μg/mL) da planta aumentou os níveis de mRNA de GLUT1 em ~2, 4 e 7 vezes em comparação ao controle após 2, 4 e 16 h de administração, respectivamente. Além disso, o extrato também reduziu a expressão de outros genes que codificam proteínas da via de sinalização de insulina (GSK3B, IGF1R, IGF2R e PIK3R1). As conclusões desse trabalho sugerem que o extrato de C. burmannii pode regular a expressão de múltiplos genes em adipócitos. (Clifford et al., 2002)
De acordo com Zoutewelle et al., os extratos de C. burmannii inibiram a liberação de óxido nítrico em macrofagos RAW264.7 induzida por lipopolissacarídeos mostrando clara atividade antioxidante nas células utilizadas. (Zoutewelle et al., 1990) Para outro estudo evidenciando a atividade antioxidante do C. Burmannii ver: (Woelkart et al., 2005)
Uma preparação compreendendo pelo menos um extrato vegetal de um grupo de plantas incluindo C. burmannii demostrou uma significativa inibição da formação de placa dentária e doença periodontal. (Tsai, Chiu, et al., 2012) O C. Burmannii também foi utilizado para prevenção do tratamento de caries e periodontite. (Tsai, Chiou, et al., 2012)
Lagerstroemia speciosa (BANABA)
O banaba é cultivada no Sudeste Asiático, Índia, Bangladesh e Filipinas. Também é amplamente cultivada como planta ornamental em áreas tropicais e subtropicais. Suas folhas são amplamente utilizadas nas Filipinas, Taiwan e Japão como preparação de chá e para a redução de glicose no sangue. Alguns estudos indicam que os elagitaninos em frações solúveis em água podem ser responsáveis por pelo menos parte da atividade semelhante à insulina da banaba, (Selim et al., 2015)(Picanço et al., 2016) Para um estudo relacionando a atividade antidiabética do banaba à presença de compostos chamados elagitaninos solúveis em água ver: (Quintans Júnior et al., 2010) Outros estudos indicam que o ácido corosólico também exerce efeitos benéficos em relação à glicose no sangue e regulação lipídica. (Ansari et al., 1991)
Num estudo conduzido por Wison et al., foi observado que o extrato de banaba exibiu uma diminuição significativa da glicemia de jejum em indivíduos possuindo glicemia de jejum superior a 110 mg/dL. Após 6 meses e 1 ano, melhorias significativas foram observadas em relação à tolerância à glicose e albumina glicada após o tratamento com o extrato de banaba. Adicionalmente, o extrato de banaba não causou hipoglicemia. Nenhuma alteração nas características hematológicas ou bioquímicas e nenhum efeito adverso foram observados ao longo de 1 ano do estudo. (Wilson et al., 2005)
O extrato de água quente de folhas de banaba suprimiu a elevação da glicose no sangue após a administração de amido, mas não após a administração de glicose em ratos. Esse trabalho demonstrou que o extrato inibiu as atividades de várias enzimas hidrolíticas, incluindo α-amilase, glicoamilase, isomaltase, maltase e sacarase. Porém os constituintes da banaba responsáveis por essas atividades inibitórias da enzima não foram determinados. (Gupta S et al., 2003) Para outros estudos relacionados com a atividade antidiabética do banaba ver: (De Fátima Navarro et al., 2002) (Pamplona et al., 2006)
Num estudo publicado por Gupta S et al., foi evidenciado que, além de suas propriedades contra diabetes, o ácido corsólico também exerce atividade anti-inflamatória significante. (Gupta S et al., 2003)
Além de suas propriedades antidiabéticas e anti-inflamatórias o banaba também apresenta atividade antioxidante. Tal propriedade foi evidenciada no extrato aquoso dessa planta através da utilização de vários experimentos envolvendo a geração de radicais livres. Nesse trabalho foi mostrado que o extrato aquoso também inibiu a peroxidação lipídica em fígados de rato. (Matsuda et al., 1998) O extrato aquoso também exibiu atividade antifúngica. Porém mais estudos devem ser realizados no intuito de identificar os componentes responsáveis por tal atividade. (Daduang et al., 2005)
Adicionalmente, o extrato aquoso também bloqueou a ativação do fator nuclear (NF)-κB pelo fator de necrose tumoral (TNF) de uma maneira dependente da dose e do tempo em linhas celulares de cardiomiócitos H9c2. (Sangvanich et al., 2007) Nessa esteira, Saetung et al. mostrou que o ácido corosólico, presente no extrato do banaba participa da ativação da proteína quinase estimulada por mitógeno (MAPK), NF-κB e proteína-1 ativadora. Tais resultados sugerem que o ácido corosólico pode ser útil em conjunto com doenças ósseas, como osteoporose e periodontite. (Saetung et al., 2005)
Com base em usos medicinais populares para o tratamento da dor, a atividade antinociceptiva de um extrato clorofórmio da casca de banaba foi avaliada em camundongos. Nesse estudo, uma dose de 500 mg do extrato/kg de peso corporal produziu uma redução de 51% na incidência de dor em comparação com uma redução de 38% quando 200 mg aspirina/kg foi administrado. Porém os autores não determinaram a identidade do(s) constituinte(s) ativo(s). (Seo et al., 2005)
Gymnema sylvestris (GIMENA)
Gymnema sylvestre é uma videira perene nativa da Ásia (incluindo a Península Arábica), África e Austrália e vem sendo utilizada na medicina ayurvédica por muitos anos. As folhas e extratos contêm ácidos gimnêmicos, os quais são os principais constituintes bioativos que interagem com os receptores gustativos na língua para suprimir temporariamente o sabor da doçura. O extrato etanólico de G. sylvestre foi apresentou efeitos antidiabéticos em extrato de hipófise normal e anterior induzida ratos hiperglicêmicos. Os resultados desse trabalho indicaram uma redução insignificante do açúcar no sangue em ratos normais, enquanto houve uma redução significativa em ratos hiperglicêmicos. (GUPTA et al., 1962)(GUPTA, 1963) O extrato alcoólico de gimena também estimulou a liberação de insulina de acordo com o trabalho publicado por Persaud et al. (Persaud et al., 1999)
O extrato alcoólico da gimena também reduziu os triglicerídeos séricos elevados, colesterol total, VLDL e LDL-colesterol de forma dose-dependente quando administrado em ratos possuindo alto teor de gordura. (Bishayee et al., 1994) (Shigematsu et al., 2001)(Shivaprasad et al., 2006). Em outro estudo esse extrato demonstrou atividade hipoglicemiante e antioxidante. Foi evidenciado que os niveis de glicose no sangue em diabéticos ratos alimentados com extrato de G. sylvestre diminuíram para níveis normais e que varios experimentos mostraram forte atividade antioxidante. (Kang et al., 2012)
Além dos efeitos demonstrados acima o extrato etanólico das folhas de G. sylvestre mostrou atividade antimicrobiana contra Bacillus pumilis, B. subtilis, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus e inatividade contra Proteus vulgaris e Escherichia coli num estudo in vitro. (Satdive et al., 2003)(Venkatesan Gopiesh Khanna et al., 2011). Esse extrato também exibiu propriedades hepatoprotetoras em ratos. (Rana et al., 1992)
O Gymnemagenol, uma saponina isolada de o extrato metanólico das folhas de gimena mostrou citotoxicidade em um experimento in vitro de com atividade dependente da dose utilizada. Nesse trabalho foram utilizadas células de HeLa (carcinoma cervical humano). (Venkatesan Khanna et al., 2009)
Amophorphallus konjac (GLUCOMANNAN)
O glucomannan ou glucomanano é um polissacarídeo, isto é, é uma fibra vegetal não digerível, solúvel em água a qual é extraída da raiz de Konjac - uma planta medicinal chamada cientificamente de Amorphophallus konjac, muito consumida no Japão e na China. Essa planta é encontrada na China, Japão e no Vietnã. Na China e no Japão, o Amorphophallus konjac é cultivado como fonte de farinha e utilizado como fonte de alimento. Supostamente, o konjac ajuda a limpar as toxinas do corpo. Estudos indicam que a planta é útil no controle de peso, além de ter propriedades medicinais propriedades para o controle da constipação, pressão alta, hipoglicemia e outras condições. (Murti et al., 2010)
Foi demonstrado por alguns trabalhos científicos que o Amorphophallus konjac promove a perda de peso quando usado em conjunto com um normal dieta calórica ou hipocalórica. Os mecanismos de ação do konjac glucomanano (KGM) para perda de peso ocorrem provavelmente pela promoção da saciedade via indução de sinais da fase cefálica/ gástrica, esvaziamento gástrico retardado e tempo de trânsito intestinal retardado devido ao aumento da viscosidade do conteúdo gastrointestinal, bem como a redução da taxa de absorção de alimentos no intestino delgado levando a picos de glicose e insulina pós-prandiais atenuados. (Keithley et al., 2005)(Kraemer et al., 2007)
A fibra do konjac mostrou-se eficaz no tratamento da constipação. O mecanismo responsável pelos efeitos laxativos das fibras alimentares inclui o aumento da conteúdo que leva à propulsão colônica que promove a defecação e a estimulação da motilidade do cólon por fibras. (Chen et al., 2006)(Chen et al., 2008)
Pesquisas recentes também se concentraram nos efeitos terapêuticos do glucomanato para o tratamento de doenças atópicas como dermatite atópica, asma e rinite alérgica. Foi relatado que o desenvolvimento de inflamação da pele e produção de hiper-IgE foram suprimidos em camundongos alimentados apenas com a dieta de glucomanato pulverizado (PKGM), através da regulação sistêmica de IFN-α, uma citocina reguladora positiva da inflamação da pele atópica. (Onishi et al., 2004)
Silybum marianum (CARDO MARIANO)
O silybum marianum comumente chamado de cardo mariano e uma planta pertencente ao gênero Silybum da família Leucantemum. Suas sementes e frutas vem sendo utilizadas por muito tempo (mais de 2000 anos) devido aos efeitos hepatoprotetores. De acordo com a medicina Chinesa o cardo mariano é uma planta utilizada para processos envolvendo detoxificação. Suas sementes possuem flavonolignanas as quais possuem uma variedade de propriedades farmacológicas tais como efeitos hepatoprotetores, anti-inflamatórios e antioxidantes. Estudos fitoquímicos realizados nessa erva indicam que seus componentes químicos podem ser divididos em duas grandes classes: flavonoides e ácidos graxos. Nesse contexto as flavolignanas são os componentes ativos principais do cardo mariano incluindo as moléculas silibinina, isosilibinina e silicristina. Porém foram identificados outros flavonoides como taxifolina e quercetina. Sua mistura de ácidos graxos e composta principalmente de ácido oleico, linoleico e palmítico. (Xin Wang et al., 2020) (Abenavoli et al., 2018)(Stolf et al., 2017)(AbouZid et al., 2016)
Vários estudos demonstraram as propriedades antimicrobianas expressivas da silibinina. Tais trabalhos demonstraram que essa molécula promove a inibição do crescimento de Candida albicans e provoca redução em sua virulência através de interferência e desestabilização de biofilmes e secreção de hidrolases. (Janeczko et al., 2019)(Wonjong Lee et al., 2018)(Yun et al., 2017a)(Yun et al., 2017b)(Yun et al., 2016). Foi também constatado que a silibinina reduz a viabilidade de Plasmodium falciparum através de danos causados na sua membrana (Mina et al., 2020), Leishmania (Olías-Molero et al., 2018) e Esquistomase. (Mata-Santos et al., 2010).
O corpo de estudos relacionados com a atividade anticâncer do cardo mariano também é vasto. Relatou-se que essa planta exerce efeitos contra câncer de próstata, gástrico, hepatocarcinomas, carcinoma laríngico, câncer de pulmão, glioblastoma, câncer de mama, vários mielomas, gliomas, câncer colorretal, melanomas malignos, câncer de bexiga, câncer de pele, entre outros. (Frassová et al., 2017)(Hosseinabadi et al., 2019)(Oufi, 2018) A maioria dessa atividade e creditada a silibinina. (El Mesallamy et al., 2011) (Kauntz et al., 2012) Adicionalmente, que essa molécula causa inibição de vários tipos de câncer devido a modulação da apoptose e os caminhos de sinalização relacionados. (Bosch-Barrera et al., 2017)(Hegde et al., 2022)(McBride et al., 2012)
Uma outra propriedade muito estudada dessa planta e sua atividade hepatoprotetora. A silibinina atua na inibição da acumulação de lipídeos nas células do fígado através da atenuação da expressão da proteína ligada ao transporte de ácidos graxos. Outros compostos como a silimarina e a isosilibinina-A também mostram efeitos hepatoprotetivos. (Pferschy-Wenzig et al., 2014)(Dhami-Shah et al., 2018) Adicionalmente, foi demonstrado que a silimarina inibe a morte de células neurais do hipocampo e a progressão da neuro degeneração em modelos contendo isquemia. (Hirayama et al., 2016)(Raza et al., 2011)
Alguns estudos também descrevem atividades cardioprotetoras as quais estão intimamente relacionadas com a atuação direta da silibinina e da 2,3-dihidrosilibinina. (Zhou et al., 2007)(Gabrielová et al., 2015)
Outros estudos demonstram que alguns componentes presentes no cardo mariano também possuem efeitos relacionados a proteção da pele (Svobodová et al., 2006)(Hu et al., 2020)(Vostálová et al., 2019) e efeitos antidiabéticos. (García-Ramírez et al., 2018)(Rezabakhsh et al., 2018)(Palomino et al., 2017)
PICOLINATO DE CROMO
O picolinato de cromo e um complexo inorgânico formado pelo elemento cromo no seu estado de oxidação +3 e ácido picolínico. Nesse composto existem 3 moléculas de ácido picolínico para 1 átomo de cromo, o qual está ligado aos átomos de nitrogênio e oxigênio provenientes do ácido picolínico. Esse composto e vastamente utilizado como suplemento nutricional para uma função ótima da insulina. Vários estudos clínicos demonstraram que pacientes contendo diabetes apresentaram efeitos benéficos após o tratamento com picolinato de cromo. Vários dados coletados mostraram que a utilização do picolinato de cromo reduziu expressivamente a hiperglicemia e hiperinsulinemia quando o picolinato de cromo foi utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2 mellitus. (Broadhurst et al., 2006) Para uma descrição dos experimentos e mecanismos prováveis relacionados a atuação do cromo no que diz respeito a diabetes ver a seguinte referência e as referências que os autores utilizaram. (Broadhurst et al., 2006) Para um trabalho sugerindo a aplicação de picolinato de cromo para o tratamento de desordens metabólicas resistentes a insulina ver: (Yi‐Qun Wang et al., 2009)
De acordo com um estudo publicado por Press et al., o picolinato de cromo é eficaz na redução de lipídeos em humanos. Nesse estudo foi observado que indivíduos que utilizaram esse complexo inorgânico apresentaram diminuição dos níveis de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade, colesterol e apolipoproteina B. Também foi observado que a apolipoproteina A-I, principal proteína da fração contendo lipoproteína de alta densidade (LAD) aumentou substancialmente. Porém o nível de colesterol de alta densidade não aumentou significantemente durante o tratamento.
O picolinato de cromo também exibe propriedades cardioprotetoras. De acordo com os estudos de Abebe et al., o tratamento com essa molécula mostrou uma melhora no fluxo coronário e uma recuperação da habilidade de contração e relaxação do miocárdio após uma indução de isquemia-reperfusão. Observou-se também que a utilização do picolinato de cromo não alterou a pressão sanguínea e causou um aumento do vasorelaxamento associado a produção e liberação de oxido nítrico em ratos hipertensos. (Abebe et al., 2010)