NICO CARE, medicação idealizada partindo da necessidade de se modular áreas ósseas que se encontram modificadas (principalmente as bucais), em regiões onde este osso permanece alterado ou melhor inflamado cronicamente, mantendo muitas interleucinas aumentadas com destaque para o RANTES/CCL5.
Este osso microscopicamente apresenta áreas necróticas, gordura degenerada, microcirculação comprometida, ausência de Interleucinas encontradas em processos agudos, normalmente assintomáticos, por isso passam despercebidos pela maioria dos dentistas.
É de suma importância que este local seja saneado, seja proveniente de um dente endodonticamente tratado, com ou sem lesão periapical, seja de uma área que sofreu alguma extração dentária, e por algum motivo esta cicatrização acabou não acontecendo a contento (situação de saúde deficiente, cirurgia muito traumática, excesso de anestésicos com vasoconstritores, anemias, diabetes...)
Só uma observação: a CCL5 TEM AÇÃO DELETÉRIA SISTÊMICA, e infelizmente há muitos trabalhos mostrando que os focos crônicos dentais colaboram para o “despertar” de patologias em locais à distância, bem como, estimulam a manutenção de processos degenerativos tais quais Alzeimer, Parkinson, incluindo o Câncer.
O objetivo do NICO CARE adicionado de padrões vibracionais, é auxiliar pré e pós remoção destes focos, em uma neoformação óssea mais saudável, e claro colaborar com a homeostase sistêmica imunomodulando todas as estruturas envolvidas.
Vitis vinífera L (GRAPE SEED)
Também conhecida como parreira comum, é uma espécie de planta com flores nativa da região do Mediterrâneo, da Europa Central ao sudoeste da Ásia, de Marrocos e do norte de Portugal ao sul da Alemanha e leste ao norte do Irã. Existem atualmente entre 5.000 e 10.000 variedades de uvas Vitis vinífera, embora apenas algumas sejam de importância comercial para a produção de vinho e uva de mesa. O cultivo de Vitis vinífera formam a base da maioria dos vinhos produzidos em todo o mundo
A planta Vitis vinifera é rica em compostos fenólicos, flavonoides e estilbenos. Essa gama de compostos bioativos orgânicos reflete os efeitos farmacológicos desta planta, dentre os quais se destacam a proteção de pele, efeitos antibacterianos, anticancerígenos, anti-inflamatório, antidiabéticos, hepatoprotetores, cardioprotetores e neuroprotetores. (Nassiri-Asl et al., 2016) (Rathi et al., 2014) (Fauconneau et al., 1997) (Didem Deliorman Orhan et al., 2007) (Parekh et al., 2009)
Além dos efeitos relatados acima, outros efeitos farmacológicos como a prevenção da progressão de cataratas, o aumento da qualidade óssea e efeitos protetivos contra pré-eclâmpsia foram demonstrados em ratos. (Valli Kanagarla et al., 2013)
Nadia et al. demonstraram que os extratos hidroalcoólicos dos frutos de V. vinífera apresentam potenciais efeitos analgésicos. Porém mais estudos são necessários para determinar o componente ativo responsável por esse efeito. (Nadia et al., 2017)
O extrato de semente de uva (Vitis vinífera) (GSE) a 2% administrado topicamente promove a cicatrização de feridas em coelhos. Nesses estudos foram utilizados dois grupos: grupos de tratamento com extrato de semente de uva (Vitis vinífera) (GSE) e animais com eucerina (P < 0,05). Observou-se diferenças estatisticamente significativas entre Coelhos tratados com GSE a 2%, os quais revelaram melhores resultados (cicatrização completa em 13 dias, maior teor de hidroxiprolina e maior resistência tecidual) em comparação com eucerina. (Hemmati et al., 2011)
O extrato das folhas de Vitis Vinífera em acetato de etila é rico em polifenóis e possui uma atividade anti-hiperglicêmica e antioxidante significativa equipotente com agente hipoglicemiante de referência (tolbutamida), quando avaliada em ratos diabéticos. (Nilüfer Orhan et al., 2006)
Experimentos in vitro indicam que extratos de folhas de videira, especialmente etanólicos, podem ser usados como antimicrobianos naturais. (Ceyhan et al., 2012)
Artemisia vulgaris (ARTEMÍSIA)
Artemisia vulgaris é uma espécie muito conhecida, natural de muitos países como América do Sul, Norte, África, Ásia e Europa.
Durante muitos séculos foi utilizada para tratamento ginecológicos e gastrointestinais (Barney et al., 2003)(Applequist, 2005) porém mais recentemente, trabalhos científicos demonstraram que a Artemisia vulgaris possui propriedades antioxidantes, hipolipidêmicas (Afsar et al., 2013), hepatoprotetoras, antiespasmódicas, analgésicas, estrogênicas, (Sang Jun Lee et al., 1998) antibacterianas, antifúngicas, hipotensivas, citotóxicas (ajuda no combate às células cancerígenas) e bronqueodilatadoras. (Govindaraj et al., 2013)(Temraz et al., 2008)
Outras aplicações da Artemisia vulgares são possíveis em virtude da presença de, flavonoides (quercetina, luteolina), lactonas sesquiterpênicas, ácidos fenólicos, cumarinas , dentre outros compostos em seus óleos essenciais.
Artemisia vulgaris também é chamada de “a mãe das ervas”, e era usada para aplicações tópicas em feridas, gota, minimizar peso nas pernas e tratar febre.(Stoll et al., 1992)
Outros usos antigos da A. vulgaris: nas esteatoses hepáticas e nas pancreatites (Lonitzer et al., 1703), epilepsia e neuroses.(Madaus, 1979)
Segundo uma das últimas edições da Farmacopeia Europeia e Francesa, a A. vulgaris está listada como utilização homeopática, indicada para usos de alterações no ciclo menstrual, menopausa, distúrbios nervosos, epilepsia, sonambulismo e ansiedade. (Barney et al., 2003)
Pires et. al. observaram efeito mediano quanto à analgesia da A. vulgaris, provavelmente induzida pela Rutosida, derivados do Ácido hidroxibenzóico e derivados do Ácido cafeico.(Pires et al., 2009)
Artemisia vulgaris inibiu a enzima Monoamina oxidase (MAO) no cérebro, provavelmente pela presença dos flavonoides: jaceosina, eupafolina, luteolina, apigenina, quercetina e cumarinas.(Sj Lee et al., 2000)
A A. vulgaris, tem ação citotóxica, isto é inibição do crescimento de células tumorais MCF7, HeLa, A7R5, 293T, HL-60 e SW-480, pela presença dos componentes dos flavonoides dos óleos essenciais. (Jakovljević et al., 2020)(Saleh et al., 2014)
Foi observada a ação antifúngica e antibacteriana, Escherichia coli, Salmonella enteritidis, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Candida albicans e Aspergillus niger, provavelmente associada com a presença dos óleos: 1,8-cineole, α-thujone e camphene (Blagojević et al., 2006; Obistioiu et al., 2014).(Blagojević et al., 2006)(Obistioiu et al., 2014)
A atividade anti alérgica na pele da A. vulgaris também foi estudada e descrita por Olsen et. al.(Thor Olsen et al., 1995)
Echinacea purpurea (EQUINÁCEA)
A Echinacea purpurea é originária da América do Norte (planta da mesma família do girassol), onde se utiliza sua raiz e o seu rizoma.
Os principais componentes responsáveis pela imunomodulação da Echinacea purpurea, (Marriott, 2003) (Merali et al., 2003) são: alcamidas, polissacarídeos e derivados cafeico principalmente o ácido chicórico (Dalby-Brown et al., 2005)(Xue et al., 2021)
O Extrato de Echinacea purpurea atua como imunomodulador (Melchart et al., 1994) por vários mecanismos, confirmados por numerosos estudos científicos: ativação da fagocitose, estímulo dos fibroblastos e aumento da mobilidade dos leucócitos. Com isto, é amplamente utilizado como auxiliar no tratamento de gripes, resfriados, (Flannery, 1999) infecção urinária, candidíase, abcessos dentários, artrite reumatóide, doenças virais (Hepes simples e zoster) e bacterianas.
Sloboda, et al. fizeram um estudo em infecção de placenta em equinos, que pode levar ao aborto, com E. purpurea, pensando na ação modulatória da mesma sobre TNF alfa e VEGF (vascular endothelial growth factor), tendo resultados positivos em infecções em placentas equinas. (Sloboda et al., 2016)
Um estudo clínico realizado com 120 pacientes com infecção aguda do trato respiratório foi registrada a melhora significativa dos seus sintomas com a utilização da Echinacea purpurea, quando comparado com o grupo tratado com placebo. (Hoheisel, 1997) (Brinkeborn et al., 1999)
E. purpurea tem se mostrado com uma atividade na regeneração de tecidos injuriados, sejam com presença de infecção onde ela tem uma ação muito positiva, seja pela promoção de angiogênese (ação interessante na regeneração dos infartos do miocárdio). (Kapai et al., 2011)
O ácido clorogênico, um fitocomponente da E. purpurea, tem ação inibitória importante na protease 3CLpro (inibidor da expressão gênica viral, SARS-CoV-2)), podendo ser uma boa ferramenta para o tratamento da síndrome respiratória aguda do Coronavírus 2. (Sanjay et al., 2021)
Abelmonem et al. demonstraram que o tratamento com E. purpurea, no final de 14 dias induziu efetivamente a mobilização das células de regeneração do miocárdio em ratos possuindo infarto induzido. (Abdelmonem et al., 2015)
Copaifera langsdorffii (COPAÍBA)
A oleorresina das árvores de Copaifera tem sido amplamente utilizada como medicamento tradicional nas regiões Neotropicais há milhares de anos e continua sendo um tratamento popular para uma variedade enorme de doenças.
Óleos de oleorresina de Copaifera mostraram atividade antiparasitária in vitro contra promastigotas de Leishmania amazonenses. (Adriana O. Santos et al., 2008)
A oleorresina de copaíba tem demonstrado atividade antibacteriana contra diversas cepas, em particular, Bacillus subtilis Gram-positivo e Staphylococcus aureus. (Pacheco et al., 2006) As oleorresinas de copaíba também exibiram atividades antiproliferativas de bactérias gram-positivas in vitro e in vivo(Bardají et al., 2016) e atividade anti-inflamatória.(Veiga et al., 2007)
O ácido caurenóico, um diterpeno de Copaifera langsdorffii (Leguminaceae), foi avaliado na colite induzida por ácido acético em ratos e demonstrou potencial anti-inflamatório na colite induzida por ácido acético. (Paiva et al., 2002)
Vários compostos quimicos isolados da copaíba, em particular o ácido (-)-copálico (AC), apresentaram atividade antibacteriana contra os principais microrganismos responsáveis pela cárie dentária: Streptococcus salivarius, S. sobrinus, S. mutans, S. mitis, S. sanguinis e Lactobacillus casei.(Souza, Martins, et al., 2011)
A ausência de efeitos genotóxicos e a promissora atividade quimiopreventiva do extrato de copaíba foram utilizadas no estudo de Ozelin et al. Esses resultados demonstraram que o extrato de copaíba é seguro para o consumo humano. (Ozelin et al., 2021)
O extrato hidroalcoólico das folhas de copaíba mostrou um efeito citoprotetor promissor contra a exposição a elementos químicos toxicos (metais pesados). (Aldana et al., 2020)
O óleo-resina de copaíba também apresenta discreta ação antilipoperoxidante, intensa ação antioxidante e atividade antiinflamatória, reduzindo a produção ou neutralizando a ação dos radicais livres. (De Lima Silva et al., 2009)
Os efeitos da óleo-resina obtida da casca do caule de Copaifera langsdorffii apresentam efeito gastroprotetor em lesões gástricas induzidas por etanol, indometacina e hipotermia em ratos. Esses efeitos podem estar associados com a capacidade do extrato de diminuir a secreção gástrica e aumentar a produção de muco. (Paiva et al., 1998) (Lemos et al., 2015)
O fruto da copaíba apresentou alto teor de polifenóis e capacidade antioxidante. Foram identificados na polpa da copaíba: compostos fenólicos, como ácido gálico, galato de epicatequina, catequina, epicatequina e isoquercitrina. Apesar da capacidade antioxidante, a utilização de altas doses de copaíba não apresentou efeitos antimutagênicos em estudos in vivo. Nessa esteira a dose que apresentou atividade antimutagênica foi da ordem de 100 mg kg−1.(Batista et al., 2016)
Após três aplicações anuais, o verniz de copaíba demonstrou demonstrou atividade antimicrobiana significativa contra S. Mutans por até 12 meses em crianças com alto risco de cárie.(Rocha Valadas et al., 2021)
O ácido (−)-copálico (AC) isolado da oleorresina de Copaifera langsdorffii foi o composto mais ativo contra o principal patógeno responsável pela periodontite(Porphyromonas gingivalis). Além disso, o uso de extratos padronizados à base de óleo-resina de copaíba com alto teor de ácido copálico pode ser uma importante estratégia no desenvolvimento de novos produtos para higiene bucal. (Souza, De Souza, et al., 2011)
Cinnamomum cassia (CANELA JAVA)
Cinnamomum cassia (também conhecido como Cinnamomum arromaticum, canela chinesa ou cássia chinesa) pertence à família Laurel (Lauraceae) do reino vegetal. É colhida da casca de sua árvore e é usada como agente aromatizante na culinária asiática. Essa planta é comumente cultivada na Índia, China, Uganda, Vietnã, Bangladesh e Paquistão Recentemente, vários estudos relataram o uso medicinal desta erva em diferentes condições de doença, como diabetes mellitus, úlceras pépticas e vários tipos de câncer. (Legssyer et al., 2002)(You et al., 2014)
Além das propriedades mencionadas acima, a C. cassia demonstrou ter propriedades antimicrobianas contra vários patógenos. O extrato etanólico de C. cassia mostrou ter forte atividade contra Pseudomonas aeruginosa. Relatou-se tambem que o cinamaldeído e seus extratos oleosos são eficazes contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus e Salmonella typhymurium. (G. R. Li et al., 1989)(XU et al., 1986) Adicionalmente, a canela java também demonstrou possuir atividade antifúngica contra quatro espécies de Candida; Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata e Candida krusei (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995)
O extrato etanólico de C. cassia exibe uma ação antioxidante significativa. O mecanismo de tal propriedade provavelmente inclui a inibição da produção de NO, um potente radical livre, via inibição do NF-κB pelo cinamaldeído. (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995)(Mehta et al., 2013) (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
A canela tem sido extensivamente estudada por sua ação antiproliferativa e apoptótica para câncer colorretal, leucemia promielocítica humana, hepatoma, câncer do colo do útero, linfoma e melanoma em experimentos in vitro. (Jae-Joon Lee et al., 2006)(Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Em um modelo de rato in vivo experimental, a canela java exibiu efeito anti-isquêmico prevenindo infarto cerebral. Nesse caso, IL-1β (interleuchina-1β) e TNF-α, potente inflamatório, mediadores inflamatórios são suprimidos enquanto as citocinas IL-10 e IL-10 as quais negam a inflamação relacionada são expressas consideravelmente. (Du et al., 2010) Para um trabalho relacionado com o tratamento de doenças alérgicas relacionadas a mastócitos da mucosa com cinamaldeído ver: (Jiang et al., 2010) (World Health Organization, 1999)
Moringa oleifera (MORINGA)
M. oleifera é uma árvore de folha caduca de crescimento rápido que pode atingir uma altura de 10 a 12 metros (33 a 39 pés. Sua casca possui uma cor cinza-esbranquiçada e é cercada por cortiça grossa. Observa-se que as flores dessa árvore são perfumadas e hermafroditas e possuem cerca de 1–1,5 cm (3⁄8–5⁄8 in) de comprimento e 2 cm (3⁄4 in) de largura.
Estudos in vitro e in vivo com a planta têm recomendado sua eficácia no tratamento de inflamação, hiperlipidemia e hiperglicemia. (Razis et al., 2014) (Bennett et al., 2003) (Fahey, 2005) (Mbikay, 2012)
Foi demonstrado que o tratamento com Moringa estimula efeitos hepatoprotetores contra lesões hepatocelulares bloqueando o aumento de dois soros, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), ambos indicadores das condições de saúde do fígado. (Hamza, 2010)
Verma et. al demonstrou que o efeito ulcerogênico total foi reduzido em úlceras gástricas induzidas por estresse e aspirina, mostrando uma atividade antiulcerogênica de forma dose-dependente pelo extrato etanólico da folha a 50%. O extrato diminuiu a secreção de ácido-pepsina e também exibiu propriedades protetoras da úlcera. (Shaban et al., 2012)
Ajit et al. confirmou a atividade hipoglicêmica da Moringa oleifera, a qual demonstrou atividade significativa de redução da glicose no sangue. O extrato de metanol de pó de frutas secas produziu compostos possuindo a função orgânica carbamato e benzilo os quais atuam no desencadeamento significativo de insulina das células beta pancreáticas de roedores. Além disso possuem atividades inibitórias da enzima ciclooxigenase e da peroxidação lipídica. (Francis et al., 2004)
De acordo com Sreelatha et al., os extratos de Moringa oleifera de folhas maduras e tenras exibem forte atividade antioxidante contra os radicais livres. O extrato previne danos oxidativos às principais biomoléculas e confere proteção significativa contra danos oxidativos. (Sreelatha et al., 2009)
O composto chamado niazimicida, presente na Moringa oleifera, foi alvo de testes carcinogênicos em testes in vivo na pele de camundongos. Esse composto químico diminuiu a incidência de tumores de camundongos portadores de papiloma em 80% durante 10 semanas e 17% em 20 semanas de utilização e também retardou a formação de novos tumores. (Guevara et al., 1999)
Extratos de Moringa, bem como sua saponina isolada exibiram efeitos antioxidantes contra danos oxidativos induzido por PAH 7(12-dimetilbenz(a) antraceno (DMBA)). (Sharma et al., 2012)
Scutellaria baicalensis Georgi (SCUTELLARIA)
Radix scutellaria, é originária da China, Japão, Coréia e Rússia, usado na medicina tradicional Chinesa há milênios, atualmente cultivada em grande escala em províncias da China.(GU et al., 2013) Zhao Q et al., constataram um total de 56 flavonoides presentes nessa planta, sendo os mais abundantes o Wogonin, Oroxylina e a bacaleina, os quais têm ação anticancerígena, extremamente bem estudada em diversos tipos de tumores (Zhao et al., 2018) (Li-Weber, 2009)(Chan et al., 2000)
Foi demonstrado que a Scutellaria auxilia na desintoxicação hepática ou hepatoprotetora (Huifen Wang et al., 2016), melhora sistema imunológico, Anti-apoptótico, anti-tumoral (David Y. Zhang et al., 2003).; antiviral, anti H1N1, (Ji et al., 2015), anti-influenza A (Hour et al., 2013) (Wong et al., 2009). Além dessas propriedades farmacológicas, a scutellaria possui também ação anti-fúngica oral, segundo Wong e Tsang, quanto à Candida albicans e anti-microbiana, segundo Tsao, et al., 1982, do Streptococcus sanguis II, S. salivarius, Actinomyces viscosus, A. odontolyticus, Bacteroides melaninogenicus, Fusobacterium nucleatum e Actinobacillus actinomycetemcomitans. (Wong et al., 2009)
Qian, et al., verificou que a Baicalina tem um efeito sinérgico positivo significativo, quando associado à Amoxicilina e Penicilina. (Qian et al., 2015) Adicionalmente, a Baicalina, reduziu a mortalidade em ratos de 80% para 28%, por infecção (pneumonia) por Staphylococcus aureus.(Qiu et al., 2012)
Hong et al. mostrou que o extrato do S. baicalensis, mostrou potente atividade anti-inflamatória, por inibir NF-k Beta. (Hong et al., 2013)
Segundo Kim, et al., a bacaleina mostrou efeito anti-inflamatório, inibindo NO, citocinas, chemoquinas e fator de crescimento via retículo endoplasmático stress- CHOP/STAT.(Young Jin Kim et al., 2018)
A atividade antioxidante do extrato da S. baicalensis, foi observada in vitro, em células de músculo cardíaco, de moderada hipóxia/ isquemia, de 47-49% (Shao et al., 1999), e decréscimo de morte celular, de 52,3% para 29,4%(Shao et al., 2002)(Cao et al., 2016)
Segundo Cao, et al., o extrato de S. baicalensis, protegeu os animais do experimento de isquemia global cerebral, e Parkinson induzida por toxinas específicas in vitro. (Cao et al., 2016)
Lapchak, et al., observou uma proteção significativa do Hipocampo de ratos, quanto à sobrevivência das células após injúria provocada de 50%.(Lapchak et al., 2007)
A ação da S. baicalensis, como neuroprotetora na prevenção da doença de Alzeimer, Parkinson, derrames e outras desordens neurológicas, deve ser observada (Cho et al., 2004)(F. Q. Li et al., 2005)(Cheng et al., 2008)
Segundo Wang, et al., a baicalina poderia proteger contra a hiperglicemia induzida em malformações cardiovasculares em embriões de galinha, de 32% para 16%, por regular SOD (superoxide dismutase), GSH-Px (glutatione peroxidase e GABA (ácido gama aminobutírico). (Guang Wang et al., 2018)
S. baicalensis, em especial a fração Wogonin, tem uma ação interessante como condroprotetora, pois inibe a produção de ROS e suprime marcadores catabólicos. (Bei et al., 2020)(Shi et al., 2021)(Khan et al., 2021)(Chen et al., 2017)
Chen, et al.; Zhang GW, et al., observaram que a Baicalein poderia ter uma ação positiva na diferenciação osteogênica das células do ligamento periodontal (hPDLCs), em medula óssea derivada de células mesenquimais tronco (rBMSC), aumentando a ação da atividade da ALP (alkaline phosphatase), aumentando a formação óssea. (Chen et al., 2017)(Guangwei Zhang et al., 2017)
Cymbopogon citratus (CAPIM LIMÃO)
Também conhecido por capim-santo ou erva cidreira, o capim limão é uma planta herbácea da família Poaceae, nativa das regiões tropicais da Ásia, especialmente da Índia. No Brasil é muito comum que esta planta seja chamada de "erva-cidreira", que é um nome popular também dado à espécie Melissa officinalis.
Os componentes citral (geranial) e citral (renal), isolados do capim limão apresentam atividade antibacteriana tanto contra bactérias gram-negativas quanto gram-positivas. (Orhan et al., 2009)
Stanisavljević et al. demonstraram que o óleo essencial de Cymbopogon citratus possui propriedades antinociceptivas significativas. Tal atividade foi evidenciada utilizando três modelos experimentais distintos de nocicepção (placa aquecida, ácido acético-contorções induzidas e testes de formalina. (Stanisavljević et al., 2009)
Observa-se que os extratos de metanol, MeOH/água, a infusão e a decocção de Cymbopogon citratus possuem efeitos na eliminação de radicais livres. (Thompson, 1998)
A concentração de colesterol foi significativamente reduzida em ratos, quando tratada com extrato etanólico de folhas de Cymbopogon citratus. Contudo esta diminuição mostrou-se dependente da dosagem administrada. (Clifford et al., 2002)
O Citral derivado de C. citratus inibe a inflamação mediadores significativamente e pode ser usado como ingrediente em loções e pomadas para tratar a inflamação tópica. (You et al., 2014)
Os óleos essenciais de capim-limão demonstraram resistência substancial a células fúngicas patogênicas que causam problemas com a produção de micotoxinas no armazenamento de alimentos. As ações inibitórias e sinérgicas também foram observadas contra fungos como pé de atleta, micose, coceira na virilha e infecções fúngicas limitando o desenvolvimento de fungos filamentosos por inativação de células de levedura. (Li et al., 1989) (XU et al., 1986) (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995)
Os seus extratos etanólicos demonstraram alta atividade antiplasmodial contra dois P.cepas falciparum (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995)
O Capim Limão também é um componente presente em medicamentos hipoglicemiantes. Tem sido usado tanto na medicina popular quanto na Medicina ayurvédica para controlar glicose, lipídios e gorduras no soro sanguíneo, podendo ajudar a evitar obesidade e hipertensão. (Mehta et al., 2013)
Na forma de sabão de ervas observou-se o tratamento efetivo de coceira e pele inchada com Cymbopogon citratus. (Lee et al., 2006)
O talo e a folha de capim-limão, quando cozidos juntos, podem ser utilizados contra diarréia. (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
O extrato etanólico de capim-limão mostrou efeito antimutagênico contra mutações induzidas em Salmonella yphimurium. (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Extratos aquosos de folhas de Cymbopogon citratus possuem atividade anti-hepatotóxica contra danos hepáticos induzidos por cisplatina em ratos. (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
O extrato bruto de capim-limão exibe atividade anti-helmíntica de maneira dependente de dose. (Jiang et al., 2010)
Omar et. al. demonstrou que o capim-limão exibe atividade anti-ácaro contra as seguintes espécies de ácaros:Dermatophagoides farinae (D. farinae) e Dermatophagoides pteronyssinus (D. teronyssinus). (World Health Organization, 1999)
Vazirian et al. demonstrou que beta-mirceno, um componente chave do capim-limão (Cymbopogon citratus) causa analgesia em ratos. (Vazirian et al., 2014)
Cinnamomum Burmanni (CANELA EM PAU)
Cinnamomum burmannii é um arbusto comumente conhecido como cássia indonésia, Batavia cassia e Padang cassia, e é um membro da família Lauraceae. Essa planta é distribuída no sudeste da Ásia e é cultivada em partes da Indonésia e Filipinas. A canela em pau possui folhas oblongo-elípticas, de 4 a 14 cm de comprimento, verde brilhante, dispostas de forma oposta e um fruto ovóide de 1 cm de comprimento. Sua casca seca é encontrada no mercado na forma de rolos e penas, que é usada para cozinhar e aromatizar. (Barnes et al., 2010)
O extrato de C. Burmannii demonstrou atividade antibacteriana, contra cinco bactérias patogênicas comuns de origem alimentar (Bacillus cereus, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella anatum). Adicionalmente, os principais constituintes do extrato foram identificados por cromatografia gasosa-espectro de massa e cromatografia líquida-espectro de massa, sendo o (E)-cinamaldeído o componente volátil mais predominante do óleo, juntamente com outros polifenóis proantocianidinas e epicatequinas. O extrato apresentou atividade antibacteriana significativa, e tanto (E)-cinamaldeído quanto proantocianidinas contribuíram significativamente para essa atividade. (Vazirian et al., 2014)
Khatib et al. examinaram 20 diferentes ervas medicinais tradicionais da Indonésia, incluindo C. Burmannii com a finalidade de constatar sua atividade anti-inflamatória. Entre todos os extratos analisados nesse estudo o C. burmannii indica a maior atividade anti-inflamatória. (Raso et al., 2010)
Além da atividade anti-inflamatória descrita, os extratos de canela são conhecidos por melhorar a tolerância à glicose. Os autores deste estudo observaram que o extrato aquoso (100 μg/mL) da planta aumentou os níveis de mRNA de GLUT1 em ~2, 4 e 7 vezes em comparação ao controle após 2, 4 e 16 h de administração, respectivamente. Além disso, o extrato também reduziu a expressão de outros genes que codificam proteínas da via de sinalização de insulina (GSK3B, IGF1R, IGF2R e PIK3R1). As conclusões deste trabalho sugerem que o extrato de C. burmannii pode regular a expressão de múltiplos genes em adipócitos. (Clifford et al., 2002)
De acordo com Zoutewelle et al., os extratos de C. burmannii inibiram a liberação de óxido nítrico em macrofagos RAW264.7 induzida por lipopolissacarídeos mostrando clara atividade antioxidante nas células utilizadas. (Zoutewelle et al., 1990) Para outro estudo evidenciando a atividade antioxidante do C. Burmannii ver: (Woelkart et al., 2005)
Uma preparação compreendendo pelo menos um extrato vegetal de um grupo de plantas incluindo C. burmannii demonstrou uma significativa inibição da formação de placa dentária e doença periodontal. (Yu Ling Tsai, Chiu, et al., 2012) O C. Burmannii tambem foi utilizado para prevencao do tratamento de cáries e periodontite. (Yu Ling Tsai, Chiou, et al., 2012)
Equisetum arvense (CAVALINHA)
A planta está distribuída na Ásia, Europa e América do Norte (Canadá e Estados Unidos). Há relatos da utilização dessa planta para tuberculose, como hematostático para menstruação profusa, para hemorragias nasais, para tratamentos pulmonares e gástricos, para unhas quebradiças e queda de cabelo, para doenças reumáticas, gota, feridas mal cicatrizadas e úlceras, e para inchaço e fraturas. (Raso et al., 2010)\
O extrato aquoso e etanólico das porções do topo e do corpo da cavalinha de campo foram testadas quanto à atividade antioxidante usando quatro métodos diferentes. Observou-se que as frações do extrato etanólico de cada porção são mais ricas em componentes fenólicos totais do que os extratos aquosos e que as frações testadas apresentaram atividades antioxidantes notáveis, semelhantes às do ácido ascórbico 5 mM. (Clifford et al., 2002) Para outr trabalho evidenciando a atividade antioxidante da cavalinha ver: (Zoutewelle et al., 1990)
A atividade antiproliferativa de diferentes extratos de cavalinha (Equisetum arvense) foi estudada nas linhas celulares de câncer humano HeLa, HT-29 e MCF7. Nesse estudo observou-se que a atividade antiproliferativa dos extratos é dependente da linhagem celular, tipo de extrato e concentração do extrato.O extrato de acetato de etila exibiu o efeito antiproliferativo mais proeminente, sem induzir qualquer estimulação do crescimento celular em linhas de células tumorais humanas. (Woelkart et al., 2005) Para outros estudos descrevendo a ação inibidora de certas células cancerígenas da cavalinha ver: (Pacher et al., 2006)(Yu Ling Tsai, Chiu, et al., 2012) Para um trabalho correlacionando a atividade citotóxica da cavalinha e sua acao antioxidante ver: (Yu Ling Tsai, Chiou, et al., 2012)
O extrato metanólico das partes aéreas da cavalinha apresentou atividade antibacteriana contra Escherichia coli em alta concentração (1g/ml). Também foi observada atividade antimicrobiana contra Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli bem como atividade antifúngica contra Aspergillus niger e Candida albicans. Nesse trabalho a diluição 1:10 do óleo essencial de Equisetum arvense possuía amplo espectro e atividade antimicrobiana muito forte contra todas as bactérias e fungos testados. (I. Orhan et al., 2009) Para outro trabalho relacionado com a atividade antibacteriana da cavalinha ver: (Stanisavljević et al., 2009)
A eficácia da aplicação tópica da pomada Equisetum arvense 3% na cicatrização de feridas, redução de inflamação e alívio da dor após a episiotomia foi estudado em mães nulíparas. Um ensaio clínico foi realizado em 108 mães nulíparas pós-parto (54 mulheres no grupo cavalinha e 54 mulheres no grupo placebo grupo). Cerca de 5 ± 1 e 10 ± 1 dias após o parto, os resultados primários da episiotomia (cicatrização e intensidade da dor) foram avaliados com base na vermelhidão, edema, equimose, corrimento e aproximação das bordas escala e uma escala visual analógica (VAS). De acordo com os resultados publicados, a pomada de cavalinha a 3% promoveu a cicatrização de feridas e aliviar a dor durante o período de 10 dias após episiotomia. (Asgharikhatooni et al., 2015) Para outro estudo demonstrando a atividade anti-inflamatoria da cavalinha bem como seu efeito antinociceptivo ver: (Fabrício Hoffmann Martins Do Monte et al., 2004)
O extrato metanólico da cavalinha (50, 100, 250 e 500 mg/kg diariamente por 5 semanas) exibiu atividade anti-diabética em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. Os resultados desse trabalho mostraram que diferentes doses de extrato metanólico reduziram significativamente a glicose no sangue. Estudos histológicos simultâneos do pâncreas desses animais mostraram regeneração comparável por extrato metanólico que foram anteriormente necrosados por estreptozotocina. (Soleimani et al., 2007)(Safiyeh et al., 2007)
De acordo com Carneiro et al., o extrato seco de Equisetum arvense (900mg/dia) produziu um efeito diurético mais forte do que o do controle negativo utilizado e foi equivalente ao da hidroclorotiazida sem causar alterações significativas na eliminação de eletrólitos. Apenas eventos adversos menores foram relatados. (Carneiro et al., 2014)
De acordo com os estudos de Hyuncheol Oh et al., a onitina e a luteolina isoladas do extrato metanólico de Equisetum arvense possuem propriedades hepatoprotetoras em células Hep G2 derivadas de fígado humano, exibindo valores de EC50 de 85,8 ± 9,3 microM e 20,2 ± 1,4 microM, respectivamente, enquanto a Silybin, usada como controle positivo, apresentou valor EC50 de 69,0 ±3,3 microM. (Hyuncheol Oh et al., 2004)
Os efeitos do extrato hidrometanólico de Equisetum arvense foram avaliados na osteoclastogênese humana em vitro. O extrato reduziu o desenvolvimento e a função dos osteoclastos humanos, tanto em culturas de células precursoras de osteoclastos e em coculturas de células osteoclásticas e osteoblásticas. Ao estudar o efeito do extrato hidrometanólico sobre comportamento de células da medula óssea humana para modulação osteoblástica in vitro, o extrato promoveu resposta, evitando o risco de infecção na interface biomaterial/osso pelo sistema de entrega local. (Bessa Pereira et al., 2012)