O intuito do NEUTRALIZER INSETOS ÁCAROS MOFOS CARE acrescido de padrões escalares, é auxiliar no restabelecimento das funções de imunomodulação através de fitoterápicos, bem como ondas escalares de medicamentos biológicos tais como oligoelementos, homeopáticos, microimunoterapia, peptídeos específicos, que possam contribuir com a modulação das alergias/ reações à insetos, ácaros e mofos minimizando a hiperreatividade das células imunológicas, em prol da homeostase. A essensibilização das memórias leva algum tempo, portanto se indica o uso da medicação duas a três vezes por semana, durante três a quatro meses, sempre acompanhado por um profissional da saúde.
Mikania glomerata (GUACO)
Os índios brasileiros têm uma antiga tradição de usar 'guaco' para picadas de cobra. Na fitoterapia atual no Brasil, 'guaco' é usado como um broncodilatador natural eficaz, expectorante e supressor de tosse empregado para todos os tipos de problemas respiratórios superiores, incluindo bronquite, pleurisia, resfriados e gripes, tosse e asma. As folhas de guaco são comumente usadas como extrato, xarope ou infusão para tratar bronquite, asma e tosse. (Oliveira et al., 1984)
Alguns estudos demonstraram a atividade anti-inflamatória dos extratos de Mikania. (Alves et al., 2009)
O bloqueio da atividade antiulcerogênica do extrato de M. laevigata promovido pelo betanecol sugeriu um mecanismo anticolinérgico ou interrupção de eventos intracelulares que estavam ligados à secreção ácida. (Bighetti et al., 2005)
O extrato de M. glomerata apresentou efeito sinérgico com sete antimicrobianos contra S. aureus. (Betoni et al., 2006)
Atividade antiparasitária foi encontrada, em relação a M. glomerata, os resultados obtidos demonstraram 97,5% de inibição do crescimento contra as formas amastigotas de L. amazonensis, bem como 49,5% de inibição do crescimento das formas epimastigotas de T. cruzi. (Luize et al., 2005)
Os resultados obtidos demonstraram que a fosfolipase A2 atividade induzida pelo veneno de Crotalus durissus terrificus foi totalmente inibida pelos extratos aquosos de M. glomerata. (Maiorano et al., 2005)
Aristolochia triangularis (CIPÓ MIL HOMENS)
Nativa do Brasil, sendo encontrada principalmente das Guianas até os estados de Minas Gerais e São Paulo. Estudos fitoquimicos de seu caule, folhas e raízes indicam a presença de importantes compostos bioativos como: diterpenos,sesquiterpenoides, biflavonas, chalcona-flavonas e tetraflavonoides. (Carneiro et al., 2000)
Na região amazônica, a cocção das folhas é útil contra cólicas abdominais e problemas estomacais, enquanto o banho preparado com folhas em água fria é utilizado contra dores de cabeça e dores musculares. Outros usos populares indicam que a raiz é tônica, estomáquica, estimulante, antisséptica, sudorífica, diurética, anti-histérica e útil contra febres graves, catarros crônicos, disenteria e diarreia; é usada também como abortiva e contra o veneno de cobra. (Lorenzi et al., 2002) (Duke, 2008)
Além das propriedades mencionadas acima essa planta também e utilizada no tratamento de asma, febres, dispepsia, diarreia pesada, gota, hidropsia, convulsões, epilepsia, palpitações, flatulência prurido e eczemas.(Mors et al., 2000) Também existem alguns relatos de sua aplicação contra falta de apetite e desconfortos estomacais em geral (prisão de ventre, indigestão e dor de estomago), (Simões, 1998) bem como há utilizações no tratamento da falta de menstruação (amenorreia) e clorose (anemia peculiar feminina devido à perda de ferro durante o excesso de menstruação). (Mors et al., 2000) (Lorenzi et al., 2002)
Na forma de chá o cipó mil homens e utilizado para afecções gástricas, hepáticas, renais, do baco e para tensão pré-menstrual (TPM). Nesses casos, o chá e comumente ingerido duas vezes ao dia antes das principais refeições. (Lorenzi et al., 2002)
Baccharis dracuncufolia (PRÓPOLIS VERDE)
A Baccharis dracunculifolia é popularmente conhecida como “vassourinha”, “alecrim do campo” ou “alecrim de vassoura”, e está espalhada pelas regiões sul do Brasil, mas também em países como Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Essa planta é pertencente ao gênero Baccharis, uma subtribo Baccharidinae (Asteraceae) e está amplamente difundida na América do Sul, possuindo cerca de 500 espécies. A polinização dessas árvores é realizada principalmente por abelhas Apis mellifera. (Moise et al., 2020)
Os extratos de folhas de Baccharis dracunculifolia possuem efeito anti-inflamatório, antibacteriano, imunomodulador, antigenotóxico e antimutagênico. Os principais compostos quimicos bioativos isolados desta planta são a bacarina, artepillina C e ácido cumárico os quais são responsáveis por efeitos anticancerígenos, relacionados contra o câncer de mama e próstata. (Akao et al., 2003) (Filho et al., 2010) (Menezes, 2005) (Lemos et al., 2010) (Bachiega et al., 2013) (Endo et al., 2014) (Pereira et al., 2016) (Roberto et al., 2016) (Penning, 2017) (de Figueiredo-Rinhel et al., 2019) (Menezes, 2005)
De acordo com Lemos et al. o extrato hidroalcóolico obtido de partes aéreas de B. dracunculifolia é eficaz para o tratamento de úlcera. Os resultados desse trabalho mostraram que doses de 50, 250 e 500 mg/kg de extrato bruto de B. dracunculifolia diminuíram significativamente o índice de lesão, a área total da lesão e a porcentagem da lesão em comparação com os grupos controle. Utilizando o modelo de secreção gástrica, esse estudo revelou reduções no volume de suco gástrico e acidez total, além do aumento do pH gástrico. Esses resultados levaram os autores a concluir que B. dracunculifolia poderia ser um ingrediente potencial em preparações fitoterápicas para o tratamento de úlceras gástricas. (Lemos et al., 2010)
De acordo com Osés et al., os polifenóis, uma das principais classes de compostos bioativos presentes na própolis, possuem uma estrutura química capaz de eliminar efetivamente os radicais livres. Nessa esteira, os flavonóides da própolis tambem foram identificados como poderosos antioxidantes, capazes de eliminar os radicais livres e, assim, proteger as membranas celulares contra a peroxidação lipídica. (Osés et al., 2016)
A própolis também apresenta importante atividade antibacteriana e antifúngica, as quais independem de sua origem geográfica. A ocorrência dessa propriedade se dá principalmente pela presença de complexos efeitos sinérgicos entre os flavonoides, ácidos fenólicos e seus derivados.(Sawaya et al., 2004)(Koru et al., 2007)
A influência de extratos de própolis verde tendo B. dracunculifolia, B. erioclada e Myrceugenia euosma como principal origem vegetal foram testados em células de rim canino de Madin-Darby (MDCK) propagadas pelo vírus influenza A/PR/8/34 (H1N1) e fêmeas Ratos DBA/2 Cr. Os resultados desse trabalho mostraram a redução da perda de peso corporal de camundongos infectados. Adicionalmente, os mesmos autores testaram três tipos de própolis verde brasileira colhidas em diferentes áreas do Brasil. Esses extratos foram examinados quanto à sua eficácia anti-HSV-1 em um modelo de infecção cutânea em camundongos. Observou-se nesse caso que que os três extratos de própolis aliviaram moderadamente os sintomas de infecção cutânea herpética. (Shimizu et al., 2008) (Kurokawa et al., 2011)
Hori et al. demonstraram a eficiência do extrato de própolis verde na redução da secreção de IL-1β em macrófagos de camundongos e esta redução foi correlacionada com uma diminuição na ativação da protease caspase-1. Nesse mesmo trabalho os autores verificaram que a quantidade utilizada do extrato (30 μg/mL) não foi considerada tóxica para as células mesmo após 18 horas de tratamento. Esses resultados sugerem que o extrato de própolis verde brasileiro, rico em Artepillin C, tem um papel na regulação dos inflamassomas (uma grande plataforma molecular formada no citosol celular em resposta a sinais de estresse, toxinas e infecções microbianas).(Hori et al., 2013) Outros resultados importantes em relação à artepillina C foram encontrados por Kimoto et al., que demonstraram seu efeito antileucêmico. (Kimoto et al., 2001)
O efeito protetor gástrico e a atividade antiúlcera do extrato hidroalcoólico da própolis verde brasileira foram demonstrados utilizando modelos de lesões gástricas agudas induzidas por etanol, indometacina e estresse em ratos. Os animais pré-tratados com extrato bruto hidroalcoólico de própolis (50, 250 e 500 mg/kg) apresentaram redução significativa no índice de lesão, na área total afetada e no percentual de lesão, cujos resultados foram semelhantes aos obtidos para extratos vegetais de B. dracunculifolia. Na maior dose testada (500 mg/kg), o extrato de própolis verde demonstrou significativa proteção antiúlcera ao reduzir os parâmetros avaliados na ulceração gástrica. O pré-tratamento de 250 e 500 mg/kg de extrato de própolis verde apresentou atividade antissecretora, reduzindo o volume de suco gástrico, acidez total e pH. Todos esses resultados sugerem que os extratos de folhas de B. dracunculifolia, assim como a própolis verde brasileira, apresentam boa atividade antiúlcera, sendo sua incorporação em produtos de tratamento de úlcera plenamente possível após sua validação farmacológica. (de Barros et al., 2007)(Lemos et al., 2010)
Syzygium aromaticum (CRAVO DA ÍNDIA)
O cravo da índia pertence à família Myrtaceae e nativo das ilhas Maluku, Indonésia, porém, recentemente, devido a processos de cultivo, essa planta pode ser encontrada em várias partes do globo. (El-Saber Batiha et al., 2020)(Cortés-Rojas et al., 2014)(Batiha, Beshbishy, Tayebwa, Shaheen, et al., 2019) De acordo com estudos fitoquímicos, há nessa planta a presença de compostos fenólicos, flavonoides, derivados de ácido gálico como taninas hidrolisáveis, ácidos, ácidos hidroxicinamicos, eugenol (seu maior constituinte), entre outros. (Cortés-Rojas et al., 2014)(Shan et al., 2005)(Neveu et al., 2010) 18% de seu óleo essencial está contido nas suas flores, o qual possui em sua composição eugenol, acetato de eugenol e β-cariofileno. (Jirovetz et al., 2006)
O extrato etanólico do cravo da índia exibiu atividade hepatoprotetora em um estudo envolvendo dano causado por paracetamol. (Nassar et al., 2007) Além disso o extrato também exibiu atividade antimicrobiana contra vários microorganismos, em especial Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis. (Essawi et al., 2000) De acordo com o estudo publicado por Jirovetz et al., o extrato das flores dessa planta demonstrou atividade antibacteriana contra Bacillus e Sarratia marcencens, (Jirovetz et al., 2006) a qual está relacionada aos vários constituintes bioativos presentes no cravo da índia com destaque para o eugenol, timol, carvacrol e cinamaldeído. (Nejad et al., 2017)(Pei et al., 2009)
Também foi relatado que o óleo essencial do cravo da índia possui efeitos afrodisíacos, antipiréticos, hipnóticos, ansiolíticos, antieméticos, analgésicos, decongestantes, antiepilépticos, miorelaxantes, anti-inflamatórios, expectorantes e contra desordem trófica. (Han et al., 2017)(Elwakeel et al., 2007) As taninas, ácido elágico, ácido gálico, flavonoides e seus glicosídeos isolados dos extratos alcoólicos e aquosos possuem efeitos antitrombóticos, antiprotozoários, hipoglicêmicos, anti-inflamatórios, gastroprotetores, e eficácia afrodisíaca. (Beshbishy et al., 2019)(Batiha, Beshbishy, Tayebwa, Adeyemi, et al., 2019)(Ahmad et al., 2004)(Issac et al., 2015)(Johannah et al., 2015) Adicionalmente, o cravo da índia vem sendo utilizado para o tratamento de flatulência, indigestão e diarreia. (Hochenegg, 2010)
Vitex negundo (NIRGUNDI)
O Vitex negundo, comumente chamado Nirgundi, pertence à família Verbenaceae e vem sendo extensivamente utilizado na medicina Ayurvédica por séculos devido a suas propriedades terapêuticas. Nesta esteira, o nirgundi possui uma variedade de constituintes químicos que estão intimamente relacionados com suas atividades bioativas. De acordo com estudos fitoquímicos, observa-se que estão presentes na folha do nirgundi vários flavonoides (que compreendem flavonas, luteolina-7, iridoide, casticina, glicosideos entre outros), vitamina C, ácido benzoico, B-sinosterol, o alcaloide nishindina dentre outros compostos. Em suas sementes podem-se encontram hidrocarbonetos, B-sitosterol, ácido benzoico e ácido ftálico. Nas suas cascas estão presentes ácidos graxos, B-sitosterol, ácido vanílico luteolina e ácido parabenzoico. Adicionalmente, na casca do caule estão presentes leucoantocianidinas. Essa planta já foi encontrada em vários países (Afeganistão, Índia, Paquistão, Sri Lanka, Tailandia, Malásia, Leste da África e Madagascar), porém pode ser encontrada em plantações, com intuito comercial, na Europa, América do Norte e Índias Ocidentais. (Sharda Senior Scientist et al., 2018)(Kaldera et al., 2015)
Uma das propriedades mais difundidas do Nirgundi se refere a sua atividade anti-inflamatória. Neste contexto, um dos principais responsáveis por essa atividade e o flavonoide luteolina. Esse composto atua na atenuação de tanto inflamações agudas quanto crônicas através da deativação da síntese de prostaglandina. Neste contexto, há inibição dos processos inflamatórios de duas formas: através da síntese de receptores relacionados a dor ou/e através da diminuição da síntese de histamina. Este efeito contrário a síntese de histamina leva a diminuição da presença das enzimas COX-1 (presente na maioria das células de tecido) e COX-2 (estimulante da ação de endotoxinas e citoquinas). Adicionalmente, há a produção de um efeito de sequestro de espécies reativas de oxigênio e redução dos danos teciduais. (Sharda Senior Scientist et al., 2018)(Gautam et al., 1970) (Aziz et al., 2018)(Chattopadhyay et al., 2012) (Rabeta et al., 2013)
Dentre os fitoquímicos presentes no nirgundi devemos mencionar a vitedoina A. Estudos indicam que essa molécula possui mais efeitos antioxidantes do que a L-cisteina e que a vitamina E. ((Ono et al., 2004) Adicionalmente, um trabalho utilizando experimentos in vivo mostrou que o extrato da folha do nirgundi reduziu os níveis de catalase, superoxidase dismutase, e glutationa peroxidase em ratos contendo artrite induzida. (Renuka Devi et al., 2007) Outros estudos mostram que devido a presença de vitamina C, flavononas e caroteno presentes nos extratos de nirgundi, há a redução da peroxidação lipídica e como consequência uma diminuição no estresse oxidativo. ((V. Tandon et al., 2005)
As moléculas Negundoside e Agundoside presentes nos extratos de nirgundi possuem efeitos hepatoprotetores. Segundo o trabalho publicado por Venkateswarlu et. al. Esses compostos provocam uma melhoria nas funções do fígado e reduzem marcadores como a bilirrubina sérica, alanina aminotransferase, fosfatos alcalinos, aspartato, aminotransferase e os níveis totais de proteína nos danos presentes no fígado. (Venkateswarlu, 2012) Outros estudos também evidenciaram que o extrato das folhas do nirgundi apresenta atividade hepatoprotetora contra o dano hepático induzido por d-galatosamina, (Yang et al., 1987) tetracloreto de carbono e drogas antituberculares. (Vishal R. Tandon et al., 2008) Adicionalmente, o extrato etanólico das folhas dessa planta exibiram um efeito protetor das células hepáticas contra danos induzidos por doses induzidas por paracetamol em ratos. (Ladda et al., 2022)
Outras propriedades do nirgundi compreendem atividade bactericida (Vishal R. Tandon et al., 2006)(Triveni et al., 2016), como analgésico (Gupta et al., 1997), como potencializador dos efeitos de drogas anti-inflamatórias, (Vishal Ramprakash Tandon et al., 2006) analgésicas, (V. R. Tandon et al., 2005) sedativas/hipnotizantes, (Gupta et al., 1997) anticonvulsivas. (V. R. Tandon et al., 2005), como inseticida (Hebbalkar et al., 1992) e como antipirético. (Raama Murthy et al., 2010)