Sem dúvida sabemos que uma dieta rica em vegetais traz inúmeros benefícios para a saúde. Porém, com uma rotina intensa, cada vez mais presente em nossas vidas, fica praticamente impossível adotar uma dieta saudável o tempo todo. Para ajudar nessas situações, desenvolvemos o MIX DE VEGETAIS, o qual apresenta em sua composição variados vegetais germinados (Microgreens) e liofilizados, os quais contém uma concentração maior ainda de vitaminas e minerais em virtude da germinação e quando liofilizados mantém todas as propriedades benéficas. Dessa maneira destacam-se efeitos que vão desde atividades hepatoprotetoras até a prevenção de câncer. Também encontramos a expressiva atividade antioxidante, a qual está presente em todos os componentes deste composto, em virtude da presença de compostos químicos polifenólicos, flavonoides dentre outros. Vale mencionar que tais efeitos associados a frequências escalares são potencializados ainda mais fazendo com que esse coquetel se torne uma arma poderosa contra vários processos patológicos. Os microgreens são brotos dos vegetais e vem sendo cada vez mais utilizados no mundo, uma vez que contém uma maior quantidade de vitaminas, minerais e outros componentes farmacológicos que o vegetal em sua forma adulta. Fazem parte deste Mix, na forma de microgreens, a couve, o brócolis, a salsa, a rúcula, o coentro, o rabanete e a cenoura. Destacamos que utilizar alimentos frescos/orgânicos que contenham uma alta concentração de vitaminas, minerais, produzidos com menos defensivos agrícolas, formam uma suplementação a qual é sempre muito bem-vinda.
Brassica oleracea var. italica (BRÓCOLIS ORGÂNICO)
O Brócolis é uma planta pertencente à família Brassicaceae. Esse vegetal e originário da Europa e possui como partes comestíveis suas folhas, flores bem como seu pedúnculo floral. Estudos fitoquímicos indicam que o brócolis possui compostos bioativos polifenólicos solúveis em água, carotenoides solúveis em lipídeos e tocoferóis (Vitamina E). Adicionalmente, uma pequena porção de extratos hidroetanólicos desse vegetal apresentou alcaloides, taninas, açúcares redutores, saponinas, terpenoides, fenóis, flavonoides e antraquinonas. (Shah et al., 2016)(Eberhardt et al., 2005)
De acordo com um estudo publicado por Shah, et al. o brócolis exibe um efeito benéfico contra diabetes mellitus tipo 2. Esse estudo utilizou ratos em seus experimentos e os resultados encontrados indicam que o tratamento de ratos diabéticos com uma dieta de brócolis melhorou o peso corporal bem como a ingestão de comida e água quando comparados com o grupo controle (ratos não tratados com brócolis). Além disso, houve atenuação da glicose sanguínea nos ratos tratados com a dieta rica em brócolis. (Shah et al., 2016)
O trabalho publicado por Rodriguez-Cantú demonstrou que esse vegetal também exibe propriedades antioxidantes. Essa propriedade foi encontrada tanto nos extratos lipofílicos quanto hidrofílicos. Tal atividade está relacionada com a inibição do estresse oxidativo por seus carotenoides e seus compostos polifenólicos. (Eberhardt et al., 2005)
Existem relatos de que os glucosinatos presentes nos brócolis estão relacionados com a prevenção de certas doenças coronárias bem como certos tipos de câncer. (Poppel et al., 1999)(Giovannucci et al., 2003) De acordo com o trabalho publicado por Jones et al., o brócolis possui tais compostos porem algumas variáveis como temperatura, umidade e tempo de cozimento podem impactar no conteúdo de glicosinatos. (Jones et al., 2006)
Na forma de microgreen tanto o brócolis quanto a couve apresentam uma variedade de minerais incluindo Ca, Mg, P, K, Na, Fe, Zn, Mn e Cu e são considerados uma boa fonte de micro e macroelementos. Além disso, de acordo com o estudo publicado por Xiao et.al. não foram encontrados metais pesados como Cd e Pb nos microgreens de brócolis. Tais dados sugerem que o consumo de brócolis na forma de microgreen pode ser uma estratégia valiosa para atender a demanda diária de minerais especialmente em crianças. (Xiao et al., 2016) Adicionalmente, altas concentrações de fitoquimicos também foram observadas, conferindo uma ação antioxidante significativa aos microgreens de brócolis. (Xiao et al., 2019)
Couve Mahara (COUVE ORGÂNICO)
É uma planta cuja descrição se torna difícil, já que as diversas variedades são bastante diferentes em termos morfológicos. Assim, pode-se considerar que é uma planta herbácea, mas há algumas variedades sublenhosas na zona da base do caule; pode ser considerada uma planta bianual, mas tem, o seu ciclo de vida pode prolongado para além dos dois anos. É uma planta originária da costa ocidental europeia.
Zhou e Yu mediram a capacidade antioxidante de 38 vegetais comumente consumidos usando vários métodos e relataram que a couve, juntamente com o espinafre, brócolis e ruibarbo, possuem uma atividade antioxidante significante. Além disso, Sikora et al. mediram a atividade antioxidante em couve, brócolis, couve de Bruxelas e couve-flor verde e branca e descobriram que a couve possuía atividade antioxidante muito maior do que os outros vegetais analisados. Os extratos de couve também mostraram efeito protetor in vitro na oxidação de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e baixa densidade (LDL), o que pode indicar um papel protetor contra doenças cardiovasculares. (Zhou et al., 2006)(Sikora et al., 2008)(Kural et al., 2011)(Šamec et al., 2019)
De acordo com o trabalho de Álvaro Luiz Martini et al., o potencial antigenotóxico foi confirmado em extratos de couve no estudo da variedade brasileira de couve através de vários experimentos. (Gonçalves et al., 2012)
No Brasil, a couve é comumente utilizada para o tratamento de gastrite e principalmente úlcera gástrica. Sua atividade antiúlcera foi demonstrada experimentalmente tanto em ratos quanto camundongos e seus mecanismos de proteção podem ser explicados com a estimulação da síntese de muco, aumento do pH e diminuição dos íons H+ no estômago após a ingestão de couve. (Lemos et al., 2011)
O estudo in vitro desenvolvido por Kural et al. mostraram que o extrato metanólico de couve possui efeito protetor na oxidação de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e de baixa densidade (LDL). O potencial de redução do colesterol (melhoria da aterosclerose) ou desintoxicação de metabólitos nocivos (prevenção do câncer) de frações de alimentos pode ser previsto avaliando sua ligação in vitro aos ácidos biliares. (Kural et al., 2011) Para outros estudos envolvendo colesterol e a utilização de couve ver: (Talwinder S. Kahlon et al., 2007)(T. S. Kahlon et al., 2007)(Kim et al., 2008)(Kris-Etherton et al., 2004)(Ciccone et al., 2013)
Foi demonstrado por Pereira et al. que o uso do suco da folha de couve uma vez ao dia durante 24 meses resulta na estabilização da massa óssea em mulheres após a menopausa; no entanto o estudo foi feito em um número relativamente pequeno de mulheres, (apenas 13). Além disso, o extrato de sementes de couve mostrou-se um inibidor eficaz da acetilcolinesterase, o que implica que pode ser usado em aplicações terapêuticas em doenças neurológicas, como em Doença de Alzheimer, demência senil, ataxia, miastenia gravis e doença de Parkinson. Esse efeito pode ser explicado pela presença de sinapina, um análogo da acetilcolina, o qual pode ser um inibidor da acetilcolinesterase. (Pereira et al., 2006)(Ferreres et al., 2009)(Dohi et al., 2009)
Na forma de microgreen a couve e o brócolis apresentam uma variedade de minerais incluindo Ca, Mg, P, K, Na, Fe, Zn, Mn e Cu e são considerados uma boa fonte de micro e macroelementos. Além disso, o estudo publicado por Xiao et.al. não foram encontrados metais pesados como Cd e Pb nos microgreens de couve. Tais dados sugerem que o consumo da couve na forma de microgreen pode ser uma estratégia valiosa para atender a demanda diária de minerais especialmente em crianças. (Xiao et al., 2016) Adicionalmente, altas concentrações de fitoquímicos também foram observadas, conferindo uma ação antioxidante significativa aos microgreens de couve. (Xiao et al., 2019)
Eruca vesicaria (RÚCULA ORGÂNICO)
A rúcula pertence à família Brassicaceae e é originária da região da costa mediterrânea. Essa planta possui uma aplicação grande na culinária e na medicina popular para o tratamento de várias doenças. (Jaafar et al., 2019) Estudos fitoquímicos indicam que essa planta possui uma variedade de ácidos graxos, terpenos, compostos fenólicos, carboidratos, alcaloides, saponinas, esteroides entre outros distribuídos nas suas folhas e sementes. (Somos et al., 2007)(Lalit Kishore et al., 2017)(Shaban et al., 2016)(Baeshen, 2016)(AHMED, n.d.)(Gulfraz et al., 2011) Para a lista detalhada dos compostos identificados nesses estudos ver: (Jaafar et al., 2019)
Através de vários experimentos envolvendo a geração de radicais foi observado que a rúcula exerce forte ação antioxidante através da inibição dessas espécies reativas. O alto teor de compostos fenólicos presentes principalmente nas sementes dessa planta está intimamente ligado a essa propriedade. (L Kishore et al., 2016)(Koubaa et al., 2015) O extrato da semente também exibe atividade antibacteriana contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Tal fato comprova a utilização das sementes dessa planta para o tratamento de infecções de pele, febre e diarreia. Observou-se que o ácido erúcico e compostos pertencentes a classe dos isotiocianatos são os responsáveis por essa propriedade. (Barillari et al., 2005)(Khoobchandani et al., 2010)
Desde tempos antigos a rúcula foi utilizada como afrodisíaco. Estudos em ratos confirmaram que a rúcula induz a produção de esteroides responsáveis pela espermatogênese, dessa forma observou-se um aumento nos níveis do hormônio testosterona e na atividade do esperma além de uma diminuição na morte dos espermas. (Ansari et al., 2014) O aumento da atividade dos espermas está relacionado a presença de saponinas e alcaloides. (Hadi et al., 2017)(Hussein, 2013)
Outras propriedades da rúcula envolvem efeitos hepatoprotetivos (Alqasoumi, 2010)(Salem et al., 2001) efeitos hiperlipidermicos (Shattat, 2015)(Uzun et al., 2016)(El-Gengaihi et al., 2004), efeitos anti-hipertensivos (Seham et al., 2015)(Amjad, 2015), efeitos antidiabéticos (Salma et al., 2018)(Melchini et al., 2010)(El-Missiry et al., 2000), efeitos antifúngicos (Ali et al., 2014) e efeitos antiplaquetários (Fuentes et al., 2014).
A rúcula na sua forma de broto, igualmente denominada “microgreeen”, vem sendo muito utilizada por seus altos teores de vitaminas (A, C, K), lipídeos essenciais, carotenoides, e nutrientes minerais. (Pinto et al., 2015)(di Noia, 2014). Vale mencionar que os microgreens são plantas colhidas logo após o processo de germinação por apresentar, nesse estágio específico, altas concentrações de fitoquímicos de alto valor como ácido ascórbico, uma variedade de vitaminas se destacando α-tocoferol (vitamina E) e filoquinona (vitamina K) bem como muitos minerais. (Mooradian, 2006)(Kyriacou et al., 2016)(Pinto et al., 2015).
Daucus carota (CENOURA ORGÂNICO)
A Daucus carota, conhecida popularmente como cenoura, é uma planta cultivada mundialmente a qual está entre os top 10 vegetais cultiváveis no mundo. Muito de sua importância se dá pelo fato da possibilidade de ser consumida como produto fresco ou processado. (Dawid et al., 2015) Estudos fitoquímicos indicam que essa planta possui flavonoides, compostos fenólicos, carotenoides, poliacetilenos, terpenoides e vitamina C. (B K Singh et al., 2018)(Ahmad et al., 2019)
A cenoura contém entre 42% e 62% de compostos fenólicos, os quais estão relacionados com as atividades anti-inflamatórias, antioxidantes, antienvelhecimento. (Sharma et al., 2012) Nesse contexto, as antocianinas presentes na cenoura preta inibiram com sucesso o crescimento de celular cancerígenas do tipo HT-29 e HL-60.(Jing et al., 2008)(Netzel et al., 2007)(Akhtar et al., 2017) O extrato em etanol das antocianinas também foram utilizadas no tratamento de câncer do colón, de mama e de próstata em humanos. Esse tipo de cenoura também demonstrou atividade contra doenças cardiovasculares através da redução de colesterol e glicose. Nesse caso a produção de colesterol no fígado foi diminuída pela inibição de enzimas relacionadas a esse processo. Outras propriedades da cenoura preta como ativação de linfócitos, inibição da proliferação celular, efeitos anti-inflamatórios dentre outros também ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares. (Wright et al., 2013)(Li-Shu Wang et al., 2008)
Compostos carotenoides também estão presentes na cenoura e estão representados pelo β-caroteno, α-caroteno, luteína, β-criptoxantina, licopeno e zeaxantina. Esses componentes estão relacionados com a proteção do DNA, proteínas e lipídeos de processos oxidativos bem como a regulação do sistema imunológico e visão. (Søltoft et al., 2011)(Mustafa et al., 2012)(Elvira-Torales et al., 2019)(Olejnik et al., 2016)
Outra classe de compostos químicos presentes na cenoura são os poliacetilenos. Tais compostos estão relacionados com várias propriedades farmacológicas demonstrando efeitos anticancerígenos, antibacterianos, anti-inflamatórios e serotoninérgicos. 12 compostos dessa classe foram isolados na cenoura os quais são derivados da molécula falcarinol. Em um estudo realizado por Kjellenberg et al. foi demonstrado que tais moléculas ativaram a diferenciação celular em mamíferos e podem ser utilizados como agentes antidiabéticos pois iniciam o processo de absorção da glicose basal e da glicose dependente de insulina. (Kjellenberg et al., 2012)(El-Houri et al., 2015)
A cenoura na forma de “microgreen” apresenta um alto teor de minerais, proteínas e fibras além de apresentar excelentes níveis de ácido ascórbico, o qual provê uma excelente atividade antioxidante. Vale mencionar que os microgreens são plantas colhidas logo após o processo de germinação por apresentar, nesse estágio específico, altas concentrações de fitoquímicos de alto valor como ácido ascórbico, uma variedade de vitaminas se destacando α-tocoferol (vitamina E) e filoquinona (vitamina K) bem como muitos minerais. (Mooradian, 2006)(Kyriacou et al., 2016)(Pinto et al., 2015).
Raphanus sativum (RABANETE ORGÂNICO)
O rabanete e originário da Europa e Asia e é pertencente à família das Cruciferae. Essa planta prefere climas temperados e altitudes entre 190 e 1240m para o seu crescimento. De acordo com estudos fitoquímicos alcaloides, amino ácidos, proteínas, cumarinas, enzimas, giberelinas, glicosinolatos, ácidos orgânicos, compostos fenólicos, polissacarídeos, proteoglicanos, vitamina C e β-sitosterol. Essa composição de compostos pertencentes a diferentes classes químicas está intimamente relacionada com as propriedades farmacológicas exibidas por essa planta. (Gutiérrez et al., 2004)
O suco obtido do rabanete inteiro mostrou atividade antimicrobiana através da inibição de: Eschirichia coli, Pseudomonas pyocyaneus, Salmonella typhi e Bacillus subtilis em experimentos in vitro. Adicionalmente, peptídeos ricos em cisteina (Rs-AFP1 e Rs-AFP2), isolados durante a fase de germinação das sementes do rabanete, (Terras et al., 1995) exibiram uma expressiva propriedade antifúngica. (Abdou et al., 1972) Observou-se que tais peptídeos inibiram o crescimento de Candida albicans, Saccharomyces cerevisiae e Fusarium culmorium. (Park et al., 2001)(Hans et al., 1997). Além dos peptídeos citados acima, o ácido cafeico bem como o ácido ferúlico também exibiram atividade antifúngica contra vários tipos de fungos em experimentos in vitro e contra algumas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. (Gutiérrez et al., 2004)(Gao et al., 2022)
As raízes do rabanete exibem propriedades antioxidantes conforme demonstrado através de vários experimentos envolvendo a geração de espécies reativas de oxigênio (ânion superóxido e oxigênio singleto). Além das raízes, os brotos do rabanete também exibiram atividade antioxidante através da inibição do radical hidroxila. Vale notar que essa atividade foi 1.8 vezes maior quando comparada com a inibição causada pelo ácido L-ascórbico. Tal propriedade pode estar relacionada ao teor de flavonoides, ésteres derivados do ácido sinapínico (Mohammed et al., 2018) e com a presença de compostos polifenólicos (Beevi et al., 2012) presentes nessa planta.
De acordo com um estudo publicado por Jahan &Rahmtullah, o extrato metanólico das partes aéreas do rabanete demonstraram atividades tanto anti-hiperglicêmicas quanto antinocicépticas (redução da dor) em ratos. Os resultados desse estudo mostraram que a administração do extrato metanólico reduziu os níveis de glicose sanguínea (efeito anti-hiperglicêmico) comparado com animais utilizados como grupo controle bem como as contrações abdominais induzidas (efeito antinocicéptico) nos animais testados. (Sharmin et al., 2014)
Assim como a rúcula, o rabanete na sua forma de microgreen também apresenta um alto teor de clorofila, compostos poli fenólicos, carotenoides, antocianinas, ácido ascórbico, açúcares totais e redutores. (Marchioni et al., 2021) Essa combinação resulta, dentre outros, num poderoso efeito antioxidante. Vale mencionar que os microgreens são plantas colhidas logo após o processo de germinação por apresentar, nesse estágio específico, altas concentrações de fitoquímicos de alto valor como ácido ascórbico, uma variedade de vitaminas se destacando α-tocoferol (vitamina E) e filoquinona (vitamina K) bem como muitos minerais. (Mooradian, 2006)(Kyriacou et al., 2016)(Pinto et al., 2015).
Petroselinum crispum (FOLHA DE SALSA ORGÂNICO)
Petroselinum crispum (Mill.) pertence à família Apiaceae ou Umbelliferae e o gênero Petroselinum. Acredita-se que o P. crispum seja originalmente cultivado na Sardenha (área mediterrânea) e foi cultivada a partir de c. século 3 aC. Linnaeus afirmou que seu habitat selvagem era a Sardenha, de onde foi trazido para a Inglaterra e aparentemente cultivado pela primeira vez na Grã-Bretanha em 1548. Porém Bentham o considerava nativo das regiões do Mediterrâneo Oriental. De acordo com De Candolle também há a possibilidade da raiz de salsa ser nativa de Turquia, Argélia e Líbano. Desde a sua introdução nestas ilhas no séc. século foi completamente naturalizado em várias partes da Inglaterra e Escócia. (Agyare et al., 2017)
O extrato de água quente de folhas de P. crispum exibe atividade antimicrobiana contra P. Aeruginosa. Adicionalmente, foi constatado que compostos isolados de seus extratos possuem atividade inibitória contra Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Erwinia carotovora e Listeria innocua. (Seyyedneja et al., 2007)(Aljanaby, 2013)(Manderfeld et al., 1997)
Através da utilização de vários experimentos químicos foi constatado que a P. crispum exibe uma atividade antioxidante expressiva. Possivelmente a presença de flavonoides e outros compostos no extrato aquoso e metanólico são responsáveis por essa propriedade. (Marín et al., 2016)(Haidari et al., 2011)(Wong et al., 2006)
Tunali et al. relataram que o extrato aquoso de folhas de P. crispum foi capaz de prevenir um aumento no nível de glicose no sangue em ratos usando experimentos ácidos. Extrato aquoso de folhas de P. crispum também aumentou a peroxidação e diminuição dos níveis de glutationa em danos oxidativos presentes no coração e na aorta induzidos por hiperglicemia. (Tunali et al., 1999)(Sener et al., 2003)(Bolkent et al., 2004)(Yanardaǧ et al., 2003)
Além das atividades mencionas a raiz de salsa também exibe atividade antiplaquetária (Gadi et al., 2009)(Gadi et al., 2012); atividade antissecretora (Al-Howiriny et al., 2003); atividade analgésica (Moazedi et al., 2007); atividade antiespasmódica (Branković et al., 2010); atividade citotóxica (Farshori et al., 2013) e atividade anti-inflamatória. (Jia et al., 2014)
Coriandrum sativum (COENTRO)
O extrato bruto de C. sativum demonstrou diminuir os níveis de triacilglicerol (TCA) e colesterol total (TC), indicando seu potencial em diminuir o perfil lipídico do sangue em ratos. (Ramadan et al., 2008)
Outro potencial efeito cardioprotetor do C. sativum é sua propriedade anti-hipertensiva. (Hussain et al., 2018)
A atividade antiarrítmica do extrato de semente de C. sativum foi avaliada em um estudo de (Rehman et al., 2016), que resultou na redução da frequência de pulso, bem como na normalização dos padrões de eletrocardiograma (ECG) e níveis de biomarcadores, que incluem lactato desidrogenase (LDH), creatina quinase-MB fração (CK-MB), aspartato transaminase (AST) e alanina transaminase (ALT).
Os flavonoides, terpenoides e o extrato fenólico da planta de coentro são comprovadamente antidiabéticos. (Al-Rowais, 2002)
Ocimum tenuiflorum (Manjericão sagrado)
Médicos tradicionais têm amplamente utilizado as plantas medicinais na prática do dia a dia para a cura várias doenças usando diferentes partes (folhas, caule, flor, raiz, sementes e até planta inteira). O Ocimum sanctum Linn. tem sido recomendado para a cura de disenteria, diarreia, bronquite, artrite, picadas de insetos, malária, doenças de pele, doenças oculares e assim por diante. Outros estudos também informaram ações antidiabéticas, cardioprotetoras, antimicrobianas, antiespasmódicas, anti-fertilidade, antifúngicas, ações anticancerígenas, adaptogênicas e analgésicas. O seu principal constituinte Eugenol (1-hidroxi-2-metoxi-4-alilbenzeno) influencia amplamente o valor terapêutico de O. sanctum L. (Hanumanthaiah et al., 2020)
Ocimum tenuiflorum é muito conhecido como Krishna Tulsi, a erva mais sagrada da Índia, possui várias propriedades medicinais curativas para a vida humana. Isso foi evidenciado com o uso de muitas partes destas plantas como caules, folhas, flores no tratamento de várias doenças nomeadamente tosse, constipação, febre, inchaço, vômitos, doenças de pele etc. Os Constituintes químicos listados em Ocimum tenuiflorum são metil cinamato, eugenol, timol e cânfora. Estudos descreveram sua utilização antimicrobiana, anticancerígena, antifúngica, propriedades antiespasmódicas, antivirais, analgésicas, imunoestimulantes e anti-inflamatórias. (Hanumanthaiah et al., 2020)(Ravi et al., 2012)
O extrato aquoso de O. tenuiflorum foi comparado com omeprazol num modelo de ulceração induzida por indometacina. Grupo separado de ratos administrados com O. sanctum (200 mg/kg ou 400 mg/kg) ou omeprazol (10 mg/kg) resultou em O. tenuiflorum com efeito protetor significativo (p < 0,05) contra úlcera gástrica induzida por indometacina quando comparado ao controle. A dose citada para este efeito gastroprotetor foi comparável com a dose de omeprazol devido ao seu efeito inibitório da 5-lipoxigenase, atividade mucoprotetora e seu efeito antissecretor. (Mirje et al., 2014)
Vinte e quatro estudos relataram efeitos terapêuticos em distúrbios metabólicos, doenças cardiovasculares, imunidade e neurocognição. Todos os estudos relataram resultados clínicos favoráveis sem relatar quaisquer eventos adversos significativos. Os estudos revisados reforçam os usos tradicionais e sugerem Tulsi pode ser utilizado como um tratamento eficaz para doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida, incluindo diabetes, doenças metabólicas síndrome e estresse psicológico. Mais estudos são necessários para explorar os mecanismos de ação,esclarecer a dosagem e a forma de dosagem e determinar as populações com maior probabilidade de se beneficiarem do Tulsi e de seus efeitos terapêuticos. (Hanumanthaiah et al., 2020)
A exibição de atividade anticancerígena de extratos de folhas de Tulsi após uso em culturas de células tumorais é relatado por Sridevi e seus colegas. Este benefício preventivo do câncer é de fato reconhecido como eugenol, um flavonóide potencial, incluindo extrato metanólico de extrato de folha de Tulsi. Vantagens de folha de Tulsi e câncer são relatados usando camundongos em vez de humanos que o seu uso também pode beneficiar contra envenenamento por radiação. Esses achados suportam que, adicionalmente, a presença de flavonoides no Tulsi foi capaz de proteger as células do tecido normal dos efeitos nocivos da radiação, incluindo propriedades anticancerígenas. (Sridevi et al., 2016)(N Singh et al., 2012)
Beta L (BETERRABA ORGÂNICA)
O consumo de beterraba de mesa modificou as vias celulares induzidas pelo estresse oxidativo beneficamente. Com base nesses dados, sugere-se que a beterraba de mesa pode proteger todo o corpo dos danos oxidativos causados pela isquemia-reperfusão do fígado. (Swanston-Flatt et al., 1990)
De acordo com os estudos publicados por Boué et al. o extrato etanólico da raiz de beterraba batida (BVEE) demonstrou um efeito protetor na nefrotoxicidade induzida por gentamicina. O tratamento com BVEE reduziu significativamente a quantidade de caspase clivada 3 e Bax além de aumentar a expressão da proteína Bcl-2. Adicionalmente, o tratamento com BVEE também melhorou a extensão da lesão histológica e reduziu a infiltração inflamatória nos túbulos renais. Esses resultados sugerem que o tratamento com BVEE atenua a disfunção renal e danos estruturais através da redução do estresse oxidativo, inflamação e apoptose no rim. (Boué et al., 2003)
Yanar et al. demonstraram que os extratos da Beta vulgaris cicla BVc) e Beta vulgaris rubra (BVr) possuem propriedades anti-hipertensivas e hipoglicemiantes e uma excelente atividade antioxidante. Para um outro trabalho demonstrando atividade antioxidante da beterraba ver: (Zhao et al., 1993) (De Leo et al., 1998) Adicionalmente os flavonoides apigenina, nomeadamente vitexina, vitexina-2-O-ramnosídeo e vitexina-2-O-xilosídeo, os quais apresentam atividade antiproliferativa em linhagens de células cancerígenas foram encontrados no extrato de BVc. Por outro lado, o extrato de BVr contém metabólitos secundários, chamados betalaínas, oa quais são utilizados como corantes naturais e na indústria alimentícia. Esses metabólitos também apresentam efeitos anticancerígenos. Sob esse prisma, BVc e BVr podem ser considerados alimentos funcionais e podem ser utilizados como potenciais agentes anticancerígenos. (Yanar et al., 2008).
Seguindo os estudos de Avato et al., a beterraba de mesa afeta inúmeras reações bioquímicas, enzimas e síntese metabólica. De acordo com experimentos o consumo moderado e permanente de produtos de beterraba de mesa afeta favoravelmente a expectativa de vida dos pacientes com câncer; no entanto, devido aos valores crescentes de EGF, o controle médico é necessário para pacientes com câncer de próstata tratados por quimioterapia. (Avato et al., 2006)
Linum usitatissimum L. LINHAÇA DOURADA (GERMINADA)
O gênero Linum é um grande grupo com cerca de 230 espécies, o qual e dividido em cinco seções, Linum, Linastrum, Cathartolinum, Dasy-linum e Syllinum, com base no número de cromossomos, morfologia floral e compatibilidade interespecífica. A origem do linho está no sul da Europa, no Oriente Próximo ou na Ásia Central. Há evidências do uso do linho em culturas neolíticas como fonte de fibra. A fibra de linho foi identificada na pré-história locais em Israel e na Síria. O linho foi cultivado em Egito entre 4.500 e 4.000 aC e chegou à Suíça por volta de 3.000 aC.(Hall et al., 2016)
A linhaça contém muitos nutrientes, incluindo fibra dietética, ácidos graxos ômega-3, proteínas e fitoquímicos que podem melhorar a saúde. Nesse contexto tanto a fibra quanto o óleo de linhaça exibem teores consideráveis de compostos fenólicos, flavonoides e potentes atividades antioxidantes. Notavelmente, os teores médios de teores de fenólicos e flavonoides totais, juntamente com a atividade antioxidante total entre fibra e óleo de linhaça não foram significativamente diferentes, mesmo a atividade antioxidante celular da fibra de linhaça foi superior à da linhaça oleaginosa. (Hong Wang et al., 2017)
Muitos estudos sobre as atividades antioxidantes do óleo de linhaça in vitro mostram que o óleo de linhaça possui atividades antioxidantes, anti-hiperglicêmicas e hipolipidêmicas significativas, o que pode ser devido à presença de ALA e seus metabólitos EPA e DHA. (Kaithwas et al., 2012)
Alguns estudos indicaram que vários lipídios vegetais ricos em ALA, como óleo de linhaça e óleo de soja, possuem atividade anti-inflamatória significativa. (Kaithwas et al., 2013)
A alimentação com ALA pode fazer com que os ratos tenham efeito anti-inflamatório, diminuindo os níveis plasmáticos de proteína C-reativa. Outro estudo mostrou que, em ratos diabéticos, a dieta com óleo de linhaça regulou positivamente a catalase hepática (CAT) (atividade e expressão), a superóxido dismutase (SOD) (atividade e expressão), a expressão da glutationa peroxidase (GPx) e regulou negativamente a expressão dos genes inflamatórios hepáticos TNF-α, IL-6, MCP-1, INF-γ e NF-κB. Assim, a dieta com óleo de linhaça ajuda a prevenir lesões teciduais e aliviar o diabetes em ratos diabéticos. (Kaithwas et al., 2013)(Ren et al., 2016)(Jangale et al., 2013)
De acordo com Monk et al., óleo de linhaça exerce um efeito anti-quimiotático e anti-inflamatório e pode mitigar a obesidade. (Monk et al., 2016)
Foi confirmado que o óleo de linhaça pode reduzir o dano hepático em hamsters hiperlipidêmicos através da atenuação do fígado gorduroso não alcoólico, diminuindo os níveis de colesterol hepático e triacilglicerol, depleção de glutationa e a expressão e atividade do gene MMP-9. (Yang et al., 2009)
SALVIA HISPÂNICA (CHIA GERMINADA)
As sementes de Chia são as sementes comestíveis de Salvia hispanica , uma planta da família das mentas (Lamiaceae) nativa do centro e sul do México, ou da Salvia columbariae encontrada no sudoeste dos Estados Unidos e no México.
A Chia possui grandes propriedades nutricionais incluindo altos conteúdos de ácido linolênico (ômega 3), ácido linoleico (ômega 6), fibras, antioxidantes, fibras dietéticas e proteínas. (Peiretti et al., 2009)
A composição proteica da Chia, é interessantíssima, pois contém TODOS os aminoácidos essenciais necessários para a nutrição humana. (Rupflin et al., 2010)
As sementes da Chia possuem inúmeros compostos antioxidantes, como vitaminas, polifenóis e peptídeos. Esses compostos podem inibir a ativação do fator de transcrição NF-κ Beta in vitro, reduzindo assim os processos inflamatórios e carcinogênicos. (Aggarwal et al., 2006) (Ellulu, 2017) (Ullah et al., 2016)
O consumo da semente da Chia tem se mostrado promissor na redução dos níveis de colesterol sérico, pois possui altas concentrações de fibra alimentar e ácidos graxos ômega-3 insaturados (da Silva et al., 2017).
Alguns estudos mostraram um potencial promissor das sementes da Chia para reduzir a pressão arterial em adultos hipertensos, fazendo um consumo de 35 g/dia de farinha da Chia por três meses, além de reduzir a pressão arterial, a peroxidação lipídica e as concentrações plasmáticas de nitrito. (Toscano et al., 2015) (Chicco et al., 2008)
Devido à composição da Chia, rica em fibras alimentares e pobre em carboidratos, esta semente demonstrou a capacidade de aumentar a saciedade e reduzir a vontade de comer. (Vuksan et al., 2007) (Ayaz et al., 2017)
Em um estudo feito por Vuksan et. al., adultos saudáveis que consumiram 25 g de chia moída, juntamente com um desafio de glicose, tiveram uma redução da glicose no sangue mais rápido que o grupo que não utilizou. (Vuksan et al., 2007)
Chicco et al., investigando os benefícios da Chia sobre a Dislipidemia e resistência insulínica induzida em ratos, observou que a Chia impediu o início da dislipidemia, da resistência insulínica e a glicemia não alterou. (Chicco et al., 2008)