MIX DE COGUMELOS CARE, adicionado a padrões vibracionais, tem uma ação bastante vasta e conhecida há séculos, onde cada Cogumelo tem suas especificidades, imunomoduladora, imunoestimulante, bem como em diversos tipos de Câncer. Trabalhos mostram efeito hepatoprotetores, por ativação de muitas enzimas em especial a Glutationa, ativando sobremaneira a ação antioxidante do corpo, além da ação positiva no metabolismo dos lipídios. Há muitos trabalhos relatando atuação no pâncreas e um bom efeito hipoglicemiante também. Pode e deve ser utilizado como auxiliar em diversas patologias.
Grifola frondosa (COGUMELO MAITAKE)
Maitake selvagem tem um bom sabor, uma textura crocante e um excelente aroma. O nome científico de Maitake, "Grifola frondosa" vem do nome de um fungo encontrado na Itália. Este nome refere-se a uma besta mítica que é meio leão e meio águia. O nome japonês "Maitake" está associado à sua forma, que alguns acreditam se assemelhar a uma ninfa dançante. Maitake é usado como um medicamento chinês chamado "Keisho". Na escritura chinesa da fitoterapia de Shen Nong há utilizações desse fungo para melhorar as doenças do baço e do estômago, acalmar os nervos e mente e tratar hemorroidas. (Mizuno et al., 1995)
Estudos mostram que os polissacarídeos de G. frondosa atuam não apenas como modificadores de resposta biológica, mas auxiliam o hospedeiro a suportar estresses biológicos adversos e a aumentar a imunidade contra o desenvolvimento de células tumorais, mas também induzem diretamente a apoptose das células tumorais. Em 1957, Byerrum et al. relataram pela primeira vez que os polissacarídeos de cogumelos possuem propriedades antitumorais. Desde então, numerosos polissacarídeos antitumorais foram isolados de cogumelos, e as atividades antitumorais dos polissacarídeos foram extensivamente investigadas. Lentinan é um dos polissacarídeos mais estudados entre eles. (Suzuki et al., 1984)(Suzuki et al., 1985)(Suzuki et al., 1987)(Takeyama et al., 1987) Destaca-se também que a adição de um sulfato de glicano de G. frondosa pode acelerar a eficácia citotóxica da ciclofosfamida ou 5-fluorouracil em células SGC-7901 de carcinoma gástrico humano e melhorar a imunocompetência danificada. (Shi et al., 2007) Nessa esteira, Nanba mostrou que a metástase do câncer foi prevenida em 91,3% pela administração oral da fração D do cogumelo maitake. Da mesma forma, o outro teste indicou a capacidade dessa fração na prevenção da carcinogênese induzida por N-nitrosodi-n-butilamina em células normais. (NANBA, 1995) Para estudos evidenciando a fração D desse cogumelo e suas atividades envolvidas na melhora do sistema imunológico ver: (Nanba et al., 1998)(Mayell, 2001)(Konno, 2009)
Lin et al. demonstraram que a fração D também pode aumentar diretamente a proliferação e diferenciação das células da medula óssea em granulócitos-macrófagos. Os resultados desses trabalhos sugerem que a fração D tem potencial para induzir a diferenciação de células hematopoiéticas e proteger essas células dos efeitos tóxicos exercidos pela quimioterapia. (Hong Lin et al., 2007)(Hong Lin et al., 2004)
Uma combinação de ensaios in vitro que se concentraram em avaliar os efeitos de eliminação de radicais demonstraram que frações purificadas dos polissacarídeos de G. frondosa possuem atividades antioxidantes eficazes. (Mao et al., 2014) (Gui Tang Chen et al., 2012)(Klaus et al., 2015)(Bum Chun Lee et al., 2003)
Foi confirmado através de trabalhos científicos que o cogumelo maitake contem substâncias com atividade antidiabética. Através desses estudos a utilização do cogumelo levou à redução do açúcar no sangue devido à atividade inibitória em relação à α-glicosidase. (Matsuura et al., 2002)(Chun Xiao, 2011)
De acordo com os estudos de Xiaolei Ma et al., os polissacarídeos extracelulares do micélio de G. frondosa protegem as células hepáticas da lesão induzida por CCl4. O efeito hepatoprotetor mostrou estar associado à regulação negativa da expressão do citocromo P4502E1 e TNF-α, à parada do ciclo celular e à diminuição das atividades da aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e inibição das espécies de oxigênio do ânion superóxido e ROS. (Ma et al., 2015)
Para estudos demonstrando a atividade antiviral do cogumelo Maitaki ver: (Zhao et al., 2016) (Gu et al., 2006)
Ganoderma lucidum (COGUMELO REISH)
Ganoderma lucidum e um fungo de origem oriental, o qual possui uma longa história de utilização relacionados à saúde e à longevidade na China, Japão e outros países asiáticos. Esse fungo é um cogumelo grande e escuro com um exterior brilhante e uma textura amadeirada. Na China, essa erva é considerada a “erva da potência espiritual”, simbolizando sucesso, bem-estar, poder divino e longevidade. Uma variedade de produtos comerciais de G. lucidum estão disponíveis em várias formas, como pós, suplementos dietéticos e chá, os quais são produzidos a partir de diferentes partes do cogumelo, incluindo micélio, esporos e corpo de fruto. As aplicações específicas e os benefícios de saúde atribuídos ao cogumelo reish incluem controle dos níveis de glicose no sangue, modulação do sistema imunológico, hepatoproteção, bacteriostase e muito mais. As várias crenças sobre os benefícios para a saúde do G. lucidum são amplamente baseadas em evidências anedóticas, uso tradicional e costumes culturais. No entanto, trabalhos recentes fornecem suporte científico para algumas dessas antigas alegações dos benefícios para a saúde do cogumelo reish. (John Yuen et al., 2011)
Tomasi et al. testaram a atividade anticancerígena de várias espécies de cogumelos. Neste estudo o G. lucidum demonstrou ser o mais eficaz em matar células cancerígenas. Esse cogumelo induziu parada do ciclo celular e apoptose em várias células tumorais humanas e de roedores, incluindo leucemia linfocítica murina L1210 e carcinoma de pulmão de Lewis. (Min et al., 2000)(Tomasi et al., 2004)(Shang et al., 2009)(Liu et al., 2009)(Cao et al., 2006)(J. W.M. Yuen et al., 2008) (Cao et al., 2004)(Song et al., 2004)
Ainda considerando seus efeitos anticancerígenos, Wang et al. verificaram que uma fração enriquecida com polissacarídeos de G. lucidum ativou macrófagos cultivados e linfócitos T in vitro, o que levou a um aumento de IL-1β, TNF-α e IL-6 Em outro estudo, a incubação de macrófagos e linfócitos T com um polissacarídeo resultou em aumento dos níveis de TNF-α e INF-γ. Verificou-se que este meio de cultura “condicionado” inibe o crescimento celular e induz a apoptose nas células do sarcoma 180 e HL-60. Além disso, o tratamento com soro incorporado com uma fração polissacarídica peptídica de G. lucidum inibiu marcadamente a proliferação de células de carcinoma de pulmão humano (PG), enquanto a fração pura por si só não induziu efeitos semelhantes. (Wang et al., 1997)(John Yuen et al., 2011)(Cao et al., 2004)
De acordo com alguns estudos publicados por grupos de pesquisa chineses, há evidências consideráveis no que diz respeito as atividades imunoestimulantes de G. lucidum via indução de citocinas e aumento do efetor imunológico. (Wang et al., 1997)(Zhu et al., 2006)
Vários componentes de G. lucidum, em particular polissacarídeos e triterpenoides, mostram atividade antioxidante in vitro. Provavelmente esses compostos químicos estão intimamente ligados à expressiva atividade anticancerígena desse fungo pois provavelmente ocorre a diminuição do risco de mutações, carcinogênese e proteção das células imunes. (Jong Min Lee et al., 2001)(Mau et al., 2002)
Alguns triterpenos de G. lucidum também foram relatados como tendo um efeito inibitório contra a atividade da protease do vírus da imunodeficiência humana (HIV)-1. Em outro estudo, um ácido ganodérico isolado de G. lucidum apresentou efeitos inibitórios sobre a replicação do vírus da hepatite B (HBV) em células HepG2215 (linhagem celular produtora de HepG2-HBV) ao longo de 8 dias (El-Mekkawy et al., 1998)(Min et al., 1998)(Li et al., 2006) Para um trabalho evidenciando a atividade antiviral do G. lucidium contra vírus herpes específicos ver: (Eo et al., 1999)(Oh et al., 2000) (Hijikata et al., 1998)
Para avaliar os efeitos antibacterianos presentes neste cogumelo, foram realizados vários estudos em animais in vitro e in vivo. Observou-se que camundongos injetados com extrato de G. lucidum (2 mg/camundongo) 1 dia antes da injeção com Escherichia coli mostraram taxas de sobrevivência marcadamente melhoradas (> 80% em comparação com 33% nos controles). Em um estudo in vitro, um extrato de clorofórmio de G. lucidum foi investigado por seu efeito antibacteriano em bactérias gram-positivas (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis) e bactérias gram-negativas (E. coli, Pseudomonas aeruginosa). Os resultados mostraram que o extrato teve efeitos inibidores do crescimento em duas das bactérias gram-positivas com uma concentração inibitória mínima (CIM) de 8 mg/mL para S. aureus e B. subtilis. (Ohno et al., 1998)(Keypour et al., 2008)
Componentes de G. lucidum demonstraram ter um efeito hipoglicemiante em animais. A administração de ganoderanos A e B (dose de 100 mg/kg), dois polissacarídeos isolados de extratos aquosos desse cogumelo diminuiu significantemente concentrações plasmáticas de glicose em camundongos diabéticos normais e induzidos por aloxana (em até 50%). Adicionalmente, o efeito hipoglicêmico ainda era evidente após 24 horas. (Hikino et al., 1985)
Estudos indicaram que os extratos de água quente e água-éter do corpo de fruto de G. lucidum possuem um expressivo efeito hepatoprotetor na lesão hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) administrado por via oral e intraperitoneal a ratos. Os marcadores medidos para lesão hepática incluíram aspartato e alanina transaminases (AST e ALT) e lactato desidrogenase (LDH) como A. Nesse estudo evidenciou-se que o ácido ganoderênico, um composto ativo do extrato o qual foi separado e identificado, possui um potente efeito inibitório sobre a β-glicuronidase. Os autores também sugerem que esse efeito inibitório pode ter mediado a hepatoproteção observada quando esse composto isolado foi administrado. Adicionalmente, a proteção também foi relatada em um estudo no qual um extrato de água quente de G. lucidum foi administrado oralmente a camundongos 30 minutos antes da administração de etanol. Verificou-se que o extrato tem um efeito inibitório contra a formação de malondialdeído (MDA), um produto de degradação de peróxidos lipídicos, no fígado de camundongos e no homogenato renal, com evidência de uma resposta à dose observada. (Jer Min Lin et al., 1995)(Dong Hyun Kim et al., 1999)(Shieh et al., 2001) Para outros trabalhos relacionados a atividade hepatoprotetora do G. Lucidum ver: (Lakshmi et al., 2006)
O fungo G. lucidum também possui atividade antiúlcera conforme evidenciado por Yihuai Gao et al. Nesse trabalho úlceras gástricas foram induzidas em ratos por ácido acético, e o tratamento com G. lucidum por 14 dias acelerou significativamente a cicatrização da úlcera em em 40%. O tratamento com 1,0 g/kg de extrato de G. lucidum também restaurou significativamente os níveis de muco e prostaglandina em comparação com o grupo controle analisado. (Gao et al., 2004)
Trametes versicolor (COGUMELO TURKEY TAIL)
O Cogumelo-cauda-de-peru (Trametes versicolor), também conhecido como Coriolus versicolor e Polyporus versicolor é um cogumelo políporo muito comum, o qual pode ser encontrado por todo o mundo. Esse cogumelo é reconhecido como cogumelo medicinal na medicina chinesa sob o nome de yun zhi. Na China, Japão e vários países da Europa, o polissacarídeo-K obtido de T. versicolor é usado como adjuvante imunitário no tratamento de cancro.
Muitas substâncias bioativas foram isoladas deste cogumelo, como polissacaropeptídeos (PSP), aminoácidos, proteínas, dentre outros. O PSP é considerado o componente mais biologicamente ativo desse fungo, podendo ser isolado do micélio ou do caldo de fermentação desse cogumelo. Estudos indicam que os β-glicanos encontrados nesse fungo são componentes expressivamente importantes pois atuam na ativação algumas células do sistema imunológico, dentre ela: células NK (natural killer), neutrófilos, monócitos, macrófagos e células dendríticas. (WA et al., 2020)(Cui et al., 2003)(Chan et al., 2009)
Além disso, o PSP proveniente do cogumelo turkey tail vem sendo usado na China como um medicamento para o tratamento da hepatite. Estudos mostram que a combinação do PSP com outros drogas hepatoprotetoras como, Mujimixture, Xinganbao cápsula, partículas de Yiganle, bem como multivitaminas, leva a melhor tratamento em comparação com os resultados de qualquer medicamento único tratamento. (W Zhang et al., 1994)(S X Chen, 2013)(Chan et al., 2009)
Estudos em animais também mostram que o PSP é capaz de limpar radicais em camundongos com lesão hepática (induzido por tetracloreto de carbono). PSP aumenta a atividade de enzimas antioxidantes e glutationa (GSH) resultando na aceleração da eliminação de radicais livres e na redução da atividade do óxido nítrico sintase (NOS) e do teor de óxido nítrico (NO), potencializando, dessa forma, a capacidade antioxidante do organismo. Um efeito sinérgico na eliminação de radicais livres na lesão hepática também foi notado quando PSP foi combinado com vitamina E. (S Z Sun et al., 2008)(Chang et al., 2017)
O PSP também pode ser usado no tratamento da hiperlipidemia diminuindo níveis altos de alguns ou todos os lipídios séricos e lipoproteínas, incluindo lipoproteínas de baixa densidade, colesterol e triglicerídeos. Ensaios clínicos mostraram que a administração de PSP reduziu a níveis lipídicos significativamente 240 pacientes. Demonstrou-se também que o PSP aumenta a lipoproteína de alta densidade em camundongos com hiperlipidemia. Recentemente, o PSP foi identificado como tendo efeito antiaterosclerose através do controle do nível de lipídios séricos. (Rao et al., 2007)(Dou et al., 2019)
Outros estudos indicaram que a PSP apresenta toxicidade aguda mínima. Nessa esteira, os testes de toxicidade crônica demonstraram que não há toxicidade crônica visível quando as doses orais de PSP são usadas em ratos e macacos (as doses nesse caso sao aumentadas 200 e 100 vezes o da dose clínica). Nesses trabalhos o PSP também não se revelou possuindo efeitos mutagênico nem efeitos teratogênicos nos modelos animais usados. (Dou et al., 2019)(Cheng et al., 2008)
Hericium erinaceus (COGUMELO LION’S MANE)
Hericium erinaceus pertence à família Hericiaceae. Esse cogumelo possui uma longa história de uso na medicina tradicional chinesa. O Hericium erinaceus é considerado como um saprotrófico ou parasita fraco, o qual ocorre mais frequentemente em madeira morta, mas as pode ser encontrado em nós ou rachaduras de madeira. Em 2003, esse cogumelo foi incluído na lista vermelha em 13 dos 23 países europeus porque seus habitats naturais estão começando a desaparecer. (Thongbai et al., 2015)
Os polissacarídeos brutos do cogumelo H. erinaceus soluveis em água mostraram atividade anticancerígena contra linhas de células tumorais in vitro. Nesse estudo observou-se a atividade anticancer contra hepatócitos malignos (HepG2), carcinoma mamário (MCF-7), linfoma (EL4) e câncer de esôfago (EC109). Os resultados desse trabalho indicaram um efeito antitumoral dos polissacarídeos de H. erinaceus via ativação de diferentes células imunes, como a expressão de citocinas (IL-1ß e TNF-ß) e pela ativação da produção de óxido nítrico (NO). Esses experimentos também revelaram uma forte atividade antitumoral mediada pela ativação das quinases c-Jun-N-terminais (JNKs) que estão envolvidas na apoptose (morte celular programada), além de aumentar a sinalização apoptótica mediada por doxorrubicina intracelular via supressão de atividade do fator kappa B (NF-κB). (Jong Seok Lee et al., 2010) Para outros trabalhos relacionados a atividade anticancerígena do cogumelo H. Erinaceus ver: (Sung Phil Kim et al., 2011)(Sung Phil Kim et al., 2013)(Sung Phil Kim et al., 2014)
Vários estudos demonstraram efeitos anti-hiperglicêmicos e anti-hiperlipidêmicos significativos do cogumelo H. Erinaceus quando ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina são alimentados com metanol e extratos aquosos de H. erinaceus. Observaram-se taxas de elevação significativamente mais baixas do nível de glicose no sangue e aumento do nível de insulina sérica ocorreram em ratos alimentados com o extrato metanólico de H. Erinaceus, em comparação com grupos de controle não tratados. (Jinn et al., 2005)(Liang et al., 2013) Nesse contexto, de acordo com Hiwatashi et al. demonstrou que extratos etanólicos de H. erinaceus mostraram ação hipoglicêmica em camundongos possuindo diabetes mellitus. (Hiwatashi et al., 2010)
A dilinoleoil-fosfatidiletanolamina (DLPE) isolada de H. erinaceus parece reduzir o estresse e a toxicidade do peptídeo amiloide-β (A-β) ao diminuir a morte celular neuronal através da via da proteína quinase C. Outro composto fortemente bioativo denominado 3-hidroxihericenona F, isolado desse fungo mostrou atividade protetora contra a morte celular neuronal. (Nagai et al., 2006)(Ueda et al., 2008)
Hericium erinaceus apresenta também apresenta ação sobre o tecido de mielina no ensaio in vitro. Os extratos desse fungo mostraram habilidades para promover o desenvolvimento normal de células do cerebelo cultivadas. Também foi evidenciado um efeito regulador no processo de gênese da mielina. (Kolotushkina et al., 2003)
Alguns trabalhos também relataram a atividade antimicrobiana do H. erinaceus contra como fungos e protozoários, bem como várias bactérias patogênicas gram-positivas e gram-negativas. (Lindequist et al., 2005)(Wong et al., 2009) (Dong-Myong Kim et al., 2000)
Xu et al. também descobriram que os β-glucanos provenientes do H. erinaceus exibiram propriedades antienvelhecimento da pele significativas em ratos idosos. Provavelmente essa propriedade está relacionada à inibição das atividades de metaloproteinase de matriz (MMP)-1 e dos inibidores teciduais de metaloproteinases. (Hui Xu et al., 2010)
Cordyceps sinensis (COGUMELO CORDYCEPS)
O fungo parasita conhecido como Cordyceps tem sido cobiçado como uma medicina tradicional chinesa exótica por sua vasta lista de propriedades farmacológicas. Mais de 400 espécies do gênero Cordyceps foram relatadas, tornando a classificação uma tarefa bastante tediosa. O fungo conhecido como Cordyceps sinensis (Berk) Sacc. destaca-se como a espécie mais documentada de Cordyceps com relatos de médicos tibetanos que datam do final do ano 1400. (Peter Xin Chen et al., 2013)
O efeito dos extratos de C. sinensis no dano gástrico foi explorado em experimentos in vivo utilizando ratos que receberam indometacina, uma droga anti-inflamatória não esteroide. Nesse estudo foi observado que em média, o extrato aquoso de C. sinensis estimulou a proliferação celular em três vezes, a migração celular aumentou em 69%. (Marchbank et al., 2011) Para outro estudo evidenciando aos efeitos protetores do extrato de C. Sinensis em ratos contendo danos gástricos ver: (Belo et al., 2006)
O extrato do cogumelo cordyceps em acetato de etila também exibiu efeitos inibitórios contra várias linhagens de células cancerígenas. Também se observou atividade antitumoral in vivo em camundongos. (Wu et al., 2007) Para outro estudo mostrando a atividade terapêutica do extrato do cogumelo cordyceps em acetato de etila ver: (Qiaoxia Zhang et al., 2004)
Inonotus obliquus (COGUMELO CHAGA)
Inonotus obliquus é encontrado mais comumente na Região Circumbórea do Hemisfério Norte, onde é distribuído em florestas de bétulas.
O esclerócio preto tem grandes concentrações de melanina. (Babitskaya et al., 2002)(Jung Han Lee et al., 2014). Chaga contém concentrações extremamente altas de oxalato, 2800-11200 mg de oxalatos totais/100 g de esclerócio, uma das mais altas relatadas em qualquer organismo. (Kikuchi et al., 2014)
Um efeito anticancerígeno de tinturas de I. oblíquo foi estudado também por (Burczyk et al., 1996)(Park et al., 2006)(Nomura et al., 2008)(Youn et al., 2008)(Nakajima et al., 2009)(Chung et al., 2010) Nos trabalhos citados, uma ação antitumoral positiva de I. obliquus foi demonstrada em hepatoma, leucemia, cólon e carcinomas cervicais.
A atividade de modulação imunológica da tintura de água de I. obliquus foi revelada em experimentos em células de suspensão. (Young Ook Kim et al., 2005)
O efeito antimutagênico da tintura do Cogumelo chaga foi demonstrado em um exemplo de mutagênese induzida de Salmonella typhimurium. (Ham et al., 2009) Esses dados apresentam resultados importantes também em oncologia e terapia, pois consideram os componentes de I. obliquus como tendo certas propriedades de proteção gênica.
Foi demonstrado que os polissacarídeos de I. obliquus são capazes de reduzir os níveis de glicose, triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol no sangue. Além disso, especialistas em histologia sugeriram uma regeneração do tecido pancreático por polissacarídeos encontrados em I. obliquus. (Jun En Sun et al., 2008)(Xin Xu et al., 2010)
(AM, 2010)(Sharikov et al., 2010) revelaram que metabólitos não divulgados de I. obliquus demonstram um claro efeito bactericida em uma variedade de cepas de Mycobacterium smegmatis e Francisella tularensis.