HORMONAL REG MASC CAPS, adicionados a padrões vibracionais, beneficia a autorregulação do eixo hormonal, desde a Hipófise, Tálamo, Hipotálamo, Tireoide, Paratireoide, Glândulas suprarrenais e Testículos. Lembrando que muitos sintomas e disfunções acabam acontecendo por alterações em algumas glândulas e ou receptores de hormônios, por estarem ocupados por toxinas, portanto disfuncionais. Assim sendo, ao utilizarmos frequências homeopáticas específicas “printadas” nos fitoterápicos com eletividade para tal, com o intuito de promover a remoção de toxinas dos receptores e estimular a absorção correta dos nutrientes, a adequação da produção x efetividade dos hormônios acaba acontecendo. Para tal, uma boa individualização na alimentação e correção da disbiose intestinal deve ser observada.
Lepidium meyenii (MACA PERUANA)
Lepidium meyenii Walp. (Maca) é uma planta da família Brassicaceae. Nos Andes (America do Sul), cresce a uma altitude de 3.500–4.000 m. A maca é chamada de “ginseng peruano” e “tesouro nacional peruano” por seu uso como alimento e para tratamentos medicinais. Os nativos dos Andes Centrais consideram o hipocótilo fresco da Maca prejudicial. No entanto, o hipocótilo seco de Maca contém vários nutrientes, como aminoácidos, lipídios, carboidratos, vitaminas e outros oligoelementos essenciais, mas também componentes bioativos, como alcaloides, glicosinolatos, isotiocianatos, polissacarídeos, polifenóis, esteróis dentre outros. (Chen et al., 2021)
O extrato aquoso de maca amarela possui uma atividade expressiva no que se refere a sua atuação na reprodução. Estudos indicam que esse extrato pode aumentar o tamanho da ninhada de camundongos fêmeas adultas e o peso uterino em animais ovariectomizados. A Maca também afeta positivamente alguns parâmetros reprodutivos, incluindo volume de ejaculação, concentrações de esperma, motilidade total e progressiva, bem como a integridade acrossômica em garanhões. (Ruiz-Luna et al., 2005)(Tafuri et al., 2019) Nessa esteira, Gonzales et al. fizeram realizaram pesquisas clínicas sobre a função sexual de nove homens normais com idades entre 22 e 44 anos. Esse trabalho indicou que o tratamento com Maca ocasionou em um aumento significativo na contagem de espermatozoides móveis, motilidade espermática, volume seminal e contagem total de espermatozoides. No entanto, os níveis séricos de hormônios não foram alterados após o tratamento com Maca. Além disso, o aumento da contagem de espermatozoides não foi relacionado à dosagem de Maca. Sugere-se através dos resultados obtidos nesse estudo que o tratamento com Maca pode melhorar a contagem de espermatozoides sem afetar o nível do hormônio folículo-estimulante. (G. F. Gonzales et al., 2001)
Além do efeito benéfico relacionado a reprodução, existem estudos relacionando o extrato aquoso de maca vermelha e a prevenção eficaz da hiperplasia prostática induzida por testosterona. Nesses casos o extrato da maca vermelha reduziu o tamanho da próstata em ratos. Um estudo adicional mostrou que a fração butanol do extrato metanólico da Maca vermelha pode reduzir o tamanho da próstata na hiperplasia prostática benigna, restaurando a expressão do receptor de estrogênio 𝛽 sem afetar os receptores de andrógeno e o receptor de estrogênio α. (Gustavo F. Gonzales et al., 2005)(Fano et al., 2017)
Resultados envolvendo estresse forçado indicam que o extrato metanólico de Maca tem efeito atenuante ou inibitório com relação as alterações da homeostase produzidas pelo estresse. Essa atividade antiestresse ocorre devido à redução ou supressão das úlceras induzidas pelo estresse, da redução da glicose, da diminuição da gordura livre ácidos no plasma, do aumento dos níveis de corticosterona e do peso das glândulas adrenais. (López-Fando et al., 2004)(Zhu et al., 2021)
De acordo com Yongzhong Zhang uma alta dose de extrato etanólico de Maca é eficaz na prevenção da perda óssea por deficiência de estrogênio após o tratamento de ratas ovariectomizadas. (Yongzhong Zhang et al., 2006)
A atividade anticarcinogênica da Maca é atribuída principalmente a presença de vários glicosinolatos. Os glicosinolatos na Maca podem ser degradados em isotiocianato pela mirosinase o qual é um agente antimitótico envolvido em mecanismos antitumorais. (Keum et al., 2004; Keum et al., 2005)(Okazaki et al., 2002)(Boysen et al., 2003)
Estudos demonstram que os polissacarídeos presentes na Maca exibem propriedades antioxidantes. Nesse estudo frações diferentes de polissacarídeos possuem capacidades diferentes no que se refere a eliminação de radicais. Essa diferença provavelmente se dá pelas desigualdades em peso molecular (menor viscosidade da solução da amostra) e pela composição de monossacarídeos mais complexa (efeitos aditivos ou sinérgicos na eliminação de radicais hidroxila). Nos experimentos in vivo, os polissacarídeos de extrato aquoso de raízes de maca seca alteraram positivamente o status antioxidante de ratos e camundongos durante testes de natação forçada. (Caicai et al., 2018)(Tang et al., 2017)(Yang et al., 2016) Tambem foi relatado por Lijun Zhang et al. que um polissacarídeo presente na raiz da maca (MP-1, 1067,3 kDa) apresentou atividade hepatoprotetora. (Lijun Zhang et al., 2017)
Crinum latifolium L (CRINUM)
É um membro da família Amaryllidaceae a qual é uma espécie amplamente composta por 93 gêneros e 1325 espécies. O crinum cresce naturalmente na Ásia, desde a Índia e Sri Lanka até grande parte do continente do Sudeste Asiático ao sul da China (Guangxi, Guizhou, Yunnan). Essa planta também pode ser encontrada nas Índias Ocidentais e no Arquipélago de Chagos. (Sunil Kumar Yadav et al., 2020)
Os bulbos e folhas de crinum são muito utilizados em medicamentos fitoterápicos. Essas partes da planta sao muito úteis no tratamento de problemas de saúde graves como prostatite, adenoma, aumento benigno da próstata, miomas etc. É usado para aumentar a imunidade mediada por células e atua como um T-ativador de linfócitos. (Sunil Kumar Yadav et al., 2020)
Também é usado em casos de hipóxia, inflamação, desintoxicação, regeneração de tecidos e equilíbrio hormonal. Adicionalmente, o suco da folha é usado para dor de ouvido, dor reumática e entorse. Os bulbos são usados para induzir o vômito. (Nadkarni, 1954)(Ghosal et al., 1983)(Ghosal et al., 1985)
Azizet A, et al., avaliaram in vitro Crinum latifolium Linn para atividade, anti-helmíntica, conteúdo fenólico total e atividade citotóxica e relataram que a atividade anti-helmíntica, teores de fenólicos totais foram encontrados no extrato metanólico da planta. (Aziz et al., 2014)
Nguyen HY, et al. investigaram o extrato de flavonoides total presente no crinum e demostraram que esses compostos exibem um efeito inibitório ação sobre as células cancerosas através de sua atividade antioxidante. Extratos contendo alcalóides inibiram a proliferação de células do linfoma, seja por ação direta sobre as células tumorais ou pela ativação do agente tumoricida. O extrato aquoso induziu a expressão de mRNA de fator de necrose tumoral-α (TNF-α), interleucina-1β (IL-1β) e interleucina 6 (IL-6) indicando diferenciação de macrófagos em macrófagos pró-inflamatórios polarizados M1. O extrato total de flavonoides, alcaloides e uma fração alcaloide induziram a expressão do formil receptor peptídico (FPR) na superfície dos macrófagos polarizados que podem levar à ativação de macrófagos para o fenótipo M1. Extratos aquosos e flavonoides expressão aumentada de mRNA de NADPH quinina oxido-redutase 1 (NQO1) em macrófagos que podem desempenhar um papel importante na quimioprevenção do câncer. Todas as amostras estudadas não foram tóxicas para células vivas normais e o alcaloide puro testado, 6-hidroxicrinamidina, não foi ativo em nenhum dos modelos investigados. (Nguyen et al., 2013)
Dewan S, et al., investigou a natureza de extrato metanólico bruto de folhas de Crinum latifolium Linn. e verificou que as folhas dessa planta apresentaram potencial trombolítico. Análise fitoquímica do extrato bruto revelou a presença de alcaloides, carboidratos, glicosídeos, fenol, taninos, proteínas, gomas e mucilagens. A natureza trombolítica da planta foi significativa quando comparado com o controle negativo (água) em diferentes doses. O estudo sugere que o extrato metanólico bruto de folhas de C. Latifolium apresenta atividade trombolítica significante em experimentos in vitro; no entanto, o(s) componente(s) ativo(s) do extrato para a lise do coágulo ainda não foram descobertos. (Dewan et al., 2013)
Jenny M, et al., demonstraram que os extratos de folhas de Crinum latifolium suprimem a ativação imunológica cascatas em células mononucleares do sangue periférico e na proliferação de células tumorais da próstata. Além disso, efeitos anti-inflamatórios significativos deste extrato foram demonstrados por sua potencial atividade na supressão a degradação de triptofano mediada por indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO) em PBMC .(Jenny et al., 2011)
Zvetkova E, et al., investigaram a atividade antitumoral do extrato aquoso quente de Crinum latifolium. Os resultados desse estudo demonstraram que o extrato aquoso de crinum apresentou propriedades imunomoduladoras semelhantes aos extratos de chá verde e preto. (Zvetkova et al., 2001)
Withania somnifera (ASWAGANDHA)
A Aswagandha é cultivada em muitas regiões mais secas de Índia, sendo também encontrada no Nepal, China e Yemen. Essa planta é muito comparada com Eleutherococcus senticosus (Ginseng siberiano) e Panax Ginseng (Ginseng chinês / coreano) por suas propriedades adaptogênicas e, portanto, é popularmente conhecido como Ginseng indiano. (Narendra Singh et al., 2010)
De acordo com N. Singh et al., a Ashwagandha é indicada na prevenção de úlceras induzidas por estresse, do trato gastrointestinal. (N. Singh et al., 1982)
Através da utilização dessa planta foi observado um efeito antitumoral em Carcinoma de Ovário de Hamsters (Sumanran et al., 2007) Segundo os autores foram relatados resultados sugerindo a Aswagandha como agente antitumoral e imunomodulador. (S P Singh et al., 1979)
A Ashwagandha também é usada para melhorar o intelecto e a memória pela sua ação na cognição, também observada em crianças com déficits de memória, ou quando a memória fica comprometida após traumatismo craniano, ou uma doença prolongada e na velhice. (Udupa, 1993)
Glicowithanolides withaferin-A e sitoindosides VII–X isolados das raízes de Ashwagandha reverteram significativamente os defeitos cognitivos induzidos pelo ácido ibotênico no modelo da doença de Alzheimer. (Bhattacharya et al., 1995)
Estudos também suportam o uso de Ashwagandha como estabilizador de humor em condições clínicas de ansiedade e depressão. (Abdel-Magied et al., 2001)
De acordo com Twaij et al., a Ashwagandha pode ser considerada um analgésico, pois acalma o sistema nervoso quanto à resposta à dor. (Twaij et al., 1987)
Trifolium pratense L. (TREVO VERMELHO)
T. pratense, conhecido como vermelho, prado, rastejante ou trevo do craw e tem sido usado pelos orientais, europeus e americanos como erva medicinal para o tratamento de eczema e psoríase. Historicamente, os americanos nativos tradicionalmente valorizavam o trevo vermelho pelo tratamento de problemas externos de pele e doenças pulmonares, nervosas e do sistema reprodutivo. Adicionalmente, as isoflavonas presentes no trevo vermelho apresentam propriedades estrogênicas e acredita-se que tenham efeitos positivos sobre distúrbios da menopausa, osteoporose, fatores de risco cardíaco ou câncer. (Sabudak et al., 2009)
De acordo com vários estudos os fitoestrógenos presentes no T. pratense apresentam propriedades antioxidantes eficazes e podem ter atividade inibidora de tirosina quinase. As propriedades antioxidantes da genisteína e outros fitoestrogênios foram demonstradas em vários experimentos, como proteção de oxigênio singlete e particularmente de danos oxidativos induzidos por radiação UV ao DNA in vitro. (Bakkali et al., 2008)(Salas et al., 2005)(Dudareva et al., 2004)(Vuorinen et al., 2004) Nesse contexto, sabe-se que as enzimas antioxidantes desempenham um papel fundamental na cicatrização de feridas. Observou-se que que a mistura de extratos de Trifolium pretense e Ocimum basilicum possui um potencial antioxidante aumentado levando à cicatrização de feridas in vitro. Outro aspecto que levou a outros estudos relacionados a aplicações da mistura de extratos de Trifolium pretense e Ocimum basilicum é que no processo de cicatrização de feridas, a mistura de ambos os extratos revelou efeito anti-inflamatório significante. (Ali Khan et al., 2020)(Habibi Zadeh et al., 2020) Para referencias levando em consideracao o processo regenerativo dermico e a mistura de Trifolium pretense e Ocimum basilicum ver: (Kurahashi et al., 2015)(Antonescu et al., 2021)
Estudos sobre as propriedades antimicrobianas do Trifolium pratense incluíram uma comparação das ações de diferentes extratos (usando solventes como etanol, metanol, água, éter). Nesses estudos foram examinados os seguintes patogenos: bactérias gram-positivas (Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus), bactérias gram-negativas (Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli) e fungos (Candida albicans). Identificou-se que todos os patógenos foram inibidos pelo extrato metanólico, o qual foi declarado como tendo o maior atividade antibacteriana e antifúngica dentre todos testados. (Harlow et al., 2020)(Miere (Groza) et al., 2021)(Loing et al., 2013)
A atividade anticancerígena do Trifolium pratense é dada pela capacidade do extrato de determinar a regeneração celular. Os ingredientes ativos do Trifolium pratense podem ser utilizados como adjuvantes no tratamento do câncer em combinação com outras plantas medicinais na forma de infusão interna ou tintura. O extrato de álcool etílico a 95% do Trifolium pratense inibiu significativamente o metabolismo de células cancerígenas e diminuiu o nível de ligação de benzopireno ao DNA em 30 a 40%. (Chauhan, 2018)(Finley, 2005)
Renda et al. descreveram os efeitos de cicatrização de feridas in vivo de extratos aquoso-metanólicos de 13 espécies de Trifolium. Os efeitos dos extratos de Trifolium em animais foram comparados com o medicamento de referência Madecassol, cuja atividade foi considerada 100%. As propriedades de cicatrização de feridas mais eficazes foram da espécie Trifolium canescens e a segunda mais eficaz foi o extrato de Trifolium pratense. (Renda et al., 2013)
Trigonella foenum-graecum (FENO GREGO)
O feno-grego é uma erva anual ereta com folhas trifoliadas atingindo uma altura de 0,3 a 0,8 m. Suas vagens contêm sementes marrons que são conhecidas e utilizadas para uso medicinal. No antigo sistema de medicina tradicional indiano, a medicina Ayurvédica, o feno-grego foi sugerido como um medicamento importante para ser empregado no tratamento uma variedade de condições digestivas. A semente de feno-grego tem sido tradicionalmente usada como agente carminativo, emoliente, expectorante, laxante e estomacal. Os estudos fitoquímicos da semente de feno-grego madura revelou muitos componentes químicos bioativos, como aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e saponinas, como disogenina, gitogenina, neogitogenina, saponaretina homoorientina, neogigogenina e trigogenina, além de fibras, flavonoides, polissacarídeos e alguns alcaloides. (Umesh C.S. Yadav et al., 2014)
O efeito hipoglicemiante do feno-grego é bem conhecido em indivíduos diabéticos incluindo animais e humanos. No entanto, um estudo publicado por Abdel-Barry et al. sugere que o extrato aquoso de folhas de Trigonella administrado por via oral ou intraperitoneal possui um efeito hipoglicêmico em ratos com niveis glicemicos normais. Em outro estudo, quando extratos de sementes de feno grego foram administrados oralmente a camundongos normais, produziu um efeito hipoglicêmico e reduziu os níveis de glicose no sangue. Esses estudos sugerem que a Trigonella pode ser usada como suplemento alimentar para regular a glicemia mesmo em indivíduos não diabéticos em dieta rica em calorias. (Abdel-Barry et al., 1997) (Bordia et al., 1997)(Sharma et al., 1990) Para outros estudos evidenciando a atividade antidiabética do feno grego ver: (Baquer et al., 2011)(Annida et al., 2005)(Hannan et al., 2007) (Morani et al., 2012) (Annida et al., 2004)(Hannan et al., 2003)(Raju et al., 2006)(Raju et al., 2001)(Umesh C.S. Yadav et al., 2004)(Stark et al., 1993)
Bin-Hafeez et al. demonstraram que o extrato da planta de feno-grego possui efeitos imunomoduladores em camundongos. Esse estudo revelou que o tratamento com extrato de feno grego provocou um aumento provocou um retardado significativo na resposta de hipersensibilidade, índice fagocitário e capacidade fagocitária dos macrófagos, bem como no ensaio de proliferação de linfócitos. Esses resultados sugerem um efeito imune estimulador do feno-grego pode modular o sistema imunológico e contribuir positivamente na prevenção de várias doenças incluindo diabetes, câncer, artrite e outras patogêneses alérgicas e autoimunes (Bin-Hafeez et al., 2003)
Embora o feno-grego seja contraindicado na gravidez pois acredita-se que cause aborto de acordo com a tradição ayurvédica, as mulheres no pós-parto são encorajadas a comer uma pasta adoçada contendo sementes de feno-grego para aumentar a lactação, pois essa planta apresenta propriedades galactogogas. (Brinker, 1998)(Passano, 1995)
Além das propriedades relatadas acima Hibasami et al. demonstraram que o composto derivado do feno-grego chamado protodioscina exibe um efeito inibitório do crescimento contra células HL-60, induzindo alterações apoptóticas. Num outro estudo, Amin et al. também mostraram que o extrato de semente de feno-grego inibiu significativamente a hiperplasia mamária induzida por 7,12-dimetilbenz(α)antraceno e diminuiu sua incidência em ratos. Nesse último estudo os autores sugerem que os efeitos protetores anticâncer de mama do feno-grego podem ser devidos ao aumento da apoptose. Além disso, extratos alcoólicos de plantas inteiras de feno-grego mostraram citotoxicidade in vitro contra diferentes linhagens celulares de câncer humano, como IMR-32, uma linhagem celular de neuroblastoma, e HT29 (uma linhagem celular de câncer). (Hibasami et al., 2003)(Amin et al., 2005) Ainda nesse contexto, num experimento in vivo, o extrato de semente de Trigonella mostrou um efeito antineoplásico. Observou-se que a administração intraperitoneal do extrato alcoólico da semente de feno-grego em camundongos diminuiu o crescimento de células tumorais em mais de 70% em comparação com o controle não tratado com o extrato. Para os detalhes desses experimentos ver: (Sur et al., 2001) As propriedades antioxidantes da semente de feno-grego e sua capacidade de modular o estresse oxidativo hepático estão implicadas no câncer de cólon induzido por 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em ratos Wistar. Uma dieta contendo pó de sementes de feno-grego reduziu a incidência de tumores de cólon e LPO em ratos tratados com DMH e aumentou as atividades de GPx, GST, SOD e catalase no fígado. (Devasena et al., 2007) Para outro estudo evidenciando a atividade anticancerígena do feno-grego ver: (Li et al., 2010)
De acordo com Raghunatha R. L. Reddy et al. a suplementação de feno-grego diminui: colesterol, proteína total, glicoproteína, peróxidos lipídicos, o índice de saturação de colesterol na bile, aumenta a taxa de fluxo biliar e o tempo de nucleação do colesterol. Além disso, o feno-grego também aumentou significativamente a quantidade de fosfolipídios biliares e o ácido biliar total, indicando que o efeito antilitogênico benéfico do feno-grego na dieta pode ser devido à diminuição do teor de colesterol da bile e modulação das proteínas nucleantes e antinucleantes, as quais são conhecidas por regular a cristalização do colesterol. (Reddy et al., 2011)
Os extratos de feno-grego também possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes as quais parecem estar intimamente relacionadas a sua atividade antiartrítica. (Kawabata et al., 2011)(Suresh et al., 2012). Outros estudos indicam que o feno-grego pode ser uma importante fonte de compostos biologicamente ativos úteis para o desenvolvimento de drogas antifúngicas. (HAOUALA et al., 2008)(O’Mahony et al., 2005)(Randhir et al., 2004)(Randhir et al., 2007)(Mercan et al., 2007)
Em um modelo animal possuindo dano hepático induzido por H2O2 (peroxido de hidrogenio) e CCl4 (tetracloreto de carbono), o extrato etanólico de folhas de Trigonella mostrou um efeito hepatoprotetor significativo, evidenciado pela diminuição dos níveis de enzimas antioxidantes enzimáticas e não enzimáticas. O extrato também apresentou efeitos antiperoxidantes significativos in vitro, além de exibir atividade significativa na eliminação de radicais. Raju et al. mostraram que o nível de triglicerídeos hepáticos e as formas solúvel e ligada da proteína TNF-α diminuíram significativamente em comparação ao controle em ratos alimentados com dietas suplementadas com feno-grego. Esses resultados sugerem que a suplementação de feno-grego poderia reduzir o acúmulo de triglicerídeos no fígado, uma característica marcante da esteatose hepática. (Meera et al., 2009)(Raju et al., 2006)
Thirunavukkarasu et al. demonstraram que o efeito das sementes de feno-grego é comparável ao omeprazol, um conhecido bloqueador da bomba de prótons usado no tratamento de problemas gastrointestinais, como doença do refluxo gastroesofágico, ulceração gástrica e duodenal e gastrite. (Thirunavukkarasu et al., 2006) Nesse contexto, o extrato aquoso e uma fração de gel isoladas de sementes de feno-grego mostraram efeitos protetores significativos da úlcera sendo atribuídos à sua ação antissecretora, bem como uma atuação nas glicoproteínas da mucosa. Além disso, a peroxidação lipídica induzida pelo etanol e a subsequente lesão da mucosa são prevenidas pelo extrato de semente de feno-grego, presumivelmente aumentando o potencial antioxidante da mucosa gástrica. (Thirunavukkarasu et al., 2006)
Porphyra yezoenzis (ALGA NORI)
As algas marinhas são um grupo diversificado de organismos que vem sendo amplamente explorados nas últimas décadas como fontes potenciais de novos produtos naturais bioativos. Com base em sua coloração, as algas são amplamente classificadas em três grupos, como algas marrons (Phaeophyceae), algas vermelhas (Rhodophyceae) e algas verdes (Chlorophyceae). O gênero Porphyra é uma macroalga vermelha pertencente à divisão Rhodophyta, classe Rhodophyceae, ordem Bangiales e família Bangiaceae. As espécies de Porphyra estão distribuídas por todo o mundo e algumas espécies mais comuns são Porphyra yezoensis, Porphyra tenera e Porphyra haitanensis.
Uma pesquisa metabólica em larga escala entre as algas marrons, verdes e vermelhas demonstraram diferenças claras no conteúdo metabólico das algas, o que significa sua classificação taxonômica. Essas diferenças são destacadas pela composição dos aminoácidos, derivados de aminoácidos e metabólitos peptídicos. (Venkatraman et al., 2019)
As proteínas e peptídeos bioativos extraídos de Porphyra possuem propriedades antioxidantes. A ficoeritrina extraída da digestão in vitro de Porphyra mostrou atividade antioxidante 2 a 7 vezes maior do que os extratos brutos das algas. Além disso, os compostos fenólicos no extrato metanólico aumentaram a atividade antioxidante. (Yabuta et al., 2010)(Cian et al., 2014) Para outros trabalhos evidenciando a atividade antioxidante da alga nori ver: (Parimelazhagan et al., 2017)(Torres et al., 2018)(Gacesa et al., 2018)
Shin et al. descobriram que uma glicoproteína de P. yezoensis tinha a capacidade de proteger macrófagos RAW 264.7 do estresse oxidativo induzido por LPS e, eventualmente, reduziu a produção de oxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS). Da mesma forma, a fração proteica de Porphyra demonstrou efeitos imunomoduladores em macrófagos e linfócitos os quais parecem ser predominantemente anti-inflamatórios via produção de IL-10 regulada positivamente. Subprodutos de proteínas hidrolisadas enzimaticamente de Porphyra mostraram efeitos imunossupressores em esplenócitos de ratos, pois aumentaram a produção de IL-10 enquanto a produção de TNF-α e IFN-γ foi inibida. (Shin et al., 2011)(Cian et al., 2012)(Yanagido et al., 2018)