HISTAMINE CARE II CAPS, adicionado a padrões vibracionais, auxilia na modulação de reações de deaminação ou seja, de degradação do aminoácido Histamina através da enzima Diamina oxidase (DAO), uma enzima endógena, isto é, produzida pelo nosso corpo.
Em sua composição utilizamos a ervilha verde (Pisum sativum L.) germinada na forma de “microgreen”, a qual apresenta esta enzima DAO na forma vegetal, com atividade superior à forma atualmente encontrada no mercado (proveniente do rim de suínos). Além de ser uma fonte sustentável da DAO, a ervilha verde oferece ações antioxidantes, gastrointestinais e efeitos relacionados à regulação da pressão sanguínea.
É digno de nota mencionarmos que a ervilha verde contém lectinas e fitatos, elementos considerados fatores antinutricionais, isto é, inibem a absorção de alguns minerais importantes (cálcio, ferro, zinco) e acabam por inflamar a mucosa intestinal. Porém, ao germinar, a concentração destas proteínas diminui exponencialmente, tornando a Ervilha com todos os seus benefícios, muito mais funcional, ajudando na degradação da Histamina, por conter altas concentrações de diamina oxidases.
A Histamina está presente em uma quantidade bastante grande de alimentos (tomate, camarão, crustáceos, chocolate, mamão, amendoim, clara de ovo, carne de porco, lentilha, soja, berinjela, frutas cítricas…), os quais são comumente consumidos na dieta.
Pisum sativum L. (ERVILHA VERDE)
A ervilha verde (Pisum sativum L) está entre os legumes mais consumidos atualmente em todo mundo. Sua produção foi estimada em 13,5 de toneladas cúbicas no ano de 2018 apresentando um cultivo presente em mais de 90 países. Essa planta é uma fonte custo acessível de proteínas, carboidratos complexos, vitaminas e minerais. (Dahl et al., 2012) Além disso, a ervilha verde também possui em sua composição uma vasta gama de componentes fotoquímicos, dentre os quais podemos destacar compostos fenólicos, flavonoides, saponinas, taninos, oxalatos entre outros que estão intimamente relacionadas as atividades farmacológicas exibidas por esta planta. (Dahl et al., 2012)(Campos-Vega et al., 2010) Neste contexto, não podemos deixar de mencionar que testes clínicos em humanos mostraram que a ervilha verde exibiu efeitos positivos relacionados a manutenção da integridade dos sistemas metabólico, cardiovascular e gastrointestinal. (Dahl et al., 2012)
De acordo com um estudo publicado por Marinangelli et al., as ervilhas amarelas da espécie Pisum sativum L. quando utilizadas na forma de farinha reduziram a resposta da glicose pós-prandial em indivíduos e, dessa forma, podem apresentar um efeito positivo no controle da diabetes tipo 2. (Marinangeli et al., 2009) Em outro estudo, também publicado por Marinangelli et al., houve evidência de que a farinha de ervilha reduziu os níveis de insulina em jejum e a resistência à insulina quando comparados a grupos não tratados com a farinha de ervilha. (Marinangeli et al., 2011)
Dahl et al. demonstrou que a ingestão de 4g da fibra da casca da ervilha por dia resultou num aumento da frequência de evacuação. (Marinangeli et al., 2011) Além disso, a utilização da fibra da casca da ervilha em lanches em combinação com fibra de inulina promoveu um aumento da frequência de evacuação em crianças com constipação sem a presença de efeitos adversos. (Flogan et al., 2010) Para outros estudos se referindo aos benefícios gastrointestinais da ervilha ver: (Świa̧tecka et al., 2010)(Dominika et al., 2011)
Devido seu alto teor em compostos fenólicos e taninas a ervilha verde também apresenta propriedades antioxidantes expressivas. (Dueñas et al., 2004)(Troszyńska et al., 2002)(Hagerman et al., 1998) Além disso, a ervilha pode ser combinada com outros processos químicos para exibir uma maior capacidade antioxidante maior. (Ge et al., 2020) Outras propriedades que também podem ser encontradas na ervilha estão relacionadas a modulação intestinal e a regulação da pressão sanguínea. (Ge et al., 2020)
Uma propriedade que também vem atraindo a atenção da comunidade cientifica é a possibilidade de se obter a enzima diamina oxidase da espécie Pisum sativum L. Um fato muito interessante sobre as diaminas oxidases obtidas da ervilha verde é que sua atividade enzimática é maior do que as diamina oxidases mais comumente utilizadas (isoladas do rim de porco). De acordo com Comas-Baste et al. a diamina oxidase obtida através do processo de liofilização dos brotos da espécie Pisum sativum L. possui uma atividade de 408,3 +- 16,4 uM/g comparada com 230,8 +-11,9 uM/g da enzima isolada de suínos. (Comas-Basté et al., 2020) Para estudos descrevendo processos de isolamento desta enzima dos brotos da ervilha verde ver: (Suresh et al., 1979), para o mecanismo de ação da diamina oxidase ver: (Cragg et al., 1990), para utilizações da diamina oxidase com intuito terapêutico ver: (Neree et al., 2020)
A enzima diamina oxidase (DAO), chamada no passado de histaminase, participa de reações catabólicas de vários substratos os quais incluem o aminoácido histamina e várias diaminas. Essa enzima é encontrada principalmente na mucosa intestinal, mas também está presente em vários tecidos. A DAO também exerce um importante papel no metabolismo de poliaminas, as quais participam de vários processos biológicos. Para entender a importância da DAO devemos compreendera importância das aminas. Foi demonstrado que poliaminas exercem o controle quase total dos processos de crescimento relacionados com a proliferação celular (Pegg et al., 1982)(Heby, 1981), dessa forma podemos afirmar que células envolvidas em processos de proliferação rápida como por exemplo células da medula óssea, da mucosa intestinal e células tumorais possuem uma alta dependência de poliaminas. Nesse contexto DAO exerce uma função de regulação nesses processos de rápida proliferação celular. Além disso DAO catalisa a reação de deaminação do aminoácido histamina e participa crucialmente da degradação da histamina em algumas espécies de animais. (Best, 1929)(Wolvekamp et al., 1994)
Em um estudo clínico publicado por Manzotti et al. 10 de 14 pacientes que utilizaram suplementação de DAO demonstraram uma melhora relacionada com os sintomas da intolerância a histamina. (Manzotti et al., 2016) Outro estudo demonstrou que a suplementação de DAO também demonstrou efeitos benéficos relacionados com a urticaria crônica espontânea (UCE), a qual apresenta histamina como elemento crucial. Nesse estudo foi evidenciado que a atividade da DAO pode ser um fator relacionado ao desenvolvimento da UCE, dessa forma a suplementação de DAO contribui para um controle mais efetivo da UCE. Porém estudos clínicos com mais pacientes são requeridos para confirmar essas observações. (Yacoub et al., 2018)
De acordo com os estudos de Izquiedo-Casas a suplementação de DAO reduz a dor de cabeça em pacientes possuindo deficiência dessa enzima. Nesse estudo clínico foram analisados 100 pacientes com deficiência em histamina, os quais foram tratados com suplementação de DAO. Os resultados demonstraram que a utilização de DAO durante um mês redução a duração das enxaquecas. Porém mais estudos envolvendo mais pessoas e a suplementação de DAO por períodos mais longos se fazem necessários para a comprovação total dos efeitos benéficos da utilização dessa enzima relacionados com a redução da enxaqueca. (Izquierdo-Casas et al., 2019)
A deficiência de DAO também está relacionada com a gravidez de alto risco. Uma revisão publicada por Maintz et al. relatou que a DAO e produzida em grandes quantidades na placenta e que supostamente age como uma barreira metabólica para prevenir a entrada excessiva de histamina originaria da placenta na circulação maternal ou fetal. Nesse contexto, o balanço entre a histamina e DAO parece ser crucial para uma gravidez sem complicações. Adicionalmente, as atividades reduzidas de DAO parecem estar relacionadas a múltiplas complicações relacionadas a gravidez como diabetes, aborto e a doença trofoblástica gestacional. (Maintz et al., 2008) Para um estudo mostrando que a diamina oxidase proveniente da ervilha verde utiliza pirroloquinolina quinona como cofator ver: (Glatz et al., 1987)