HISTAMINE MODULATOR I CARE, adicionado a padrões vibracionais, auxilia na modulação da liberação da Histamina, utilizando na sua fórmula tanto fitoquímicos oriundos de diversos locais do mundo bem como frequências de medicamentos homeopáticos que também possuem ação mediadora na cascata da liberação da Histamina e no equilíbrio de Th1 e Th2. Este suplemento também contém várias vitaminas e ativos que têm ação positiva nas dermatites ou quaisquer processos que advenham de alergias. Para que possamos obter tal efeito necessitamos utilizar de um pequeno arsenal de bioativo que modulem as interleucinas pró-inflamatórias, reações importantes no metabolismo hepático, pancreático, enzimático, e também modulem a hiperatividade cerebral.
A AMLA possui compostos de ácidos fenólicos, flavonoides, taninos, entre outros derivados os quais possuem expressiva atividade anti-inflamatória e antioxidante. Os trabalhos científicos sobre esta planta mostram boa eletividade em doenças cardiovasculares, bem como em alterações neurológicas de portadores da doença de Alzheimer (rica em Embicanina A e B) e uma grande atividade antioxidante devido a presença de uma alta quantidade de vitamina C.
A Raiz da Angélica reduz significativamente a depressão, diminui a atividade cerebral, tem atividade radioprotetora, antifúngica, antiviral, além de atividade neuro protetora. antiepiléptica, anticonvulsivante, anticancerígena. antioxidante e potenciadora de memória.
A Cassia obtusifolia L. é utilizada para tratar lacrimação, dores de cabeça, tonturas, constipação, também possui a propriedade de inibir a acetilcolinesterase colaborando com a melhora do comprometimento da memória. Alguns trabalhos sugerem que essa atividade anti-inflamatória, esteja ligada também pela diminuição da expressão da enzima óxido-nítrico sintase (iNOX) e da ciclooxigenase-2 (COX-2). A Cassia também apresentou a capacidade de reduzir a liberação de ALT e AST, a permeabilidade da membrana mitocondrial relativa a Ca2++ e a atividade da CYP2E1. Através das atividades acima descritas, essa planta otimiza a capacidade de promover a limpeza/ metabolismo do fígado, melhora a visão, lubrificar, promove movimentos intestinais e, devido ao aumento dos níveis hepáticos e mitocondriais de glutationa, restaura sobremaneira as atividades das enzimas superóxido dismutase, glutationa redutase e glutationa S-transferase. A Cassia inibiu a interleucina (IL)-6 e ciclooxigenase-2 (COX-2) e reduziu a ativação da transcrição do fator nuclear kB p65 em tecidos de cólon. Adicionalmente, duas de suas antraquinonas (obtusifolina e gluco-obtusifolina) reduziram a dor neuropática e inflamatória. Esses resultados sugerem que essas duas antraquinonas estão ligadas a inibição da expressão excessiva de TNF-α, IL-1β, IL-6 e NF-kB p65 espinais com a regulação de processos neuro inflamatórios e regulação do sistema neuro imune. A Cassia também parece inibir significativamente as enzimas PTP1B e α-glucosidase, as quais estão associadas com a diabetes mellitus.
A Schizonepeta tenuifolia possui uma grande sequestrante de superóxido, excelente propriedade antieczema e coceira. Possui também atividade antibacteriana contra alguns microrganismos, em especial contra Pseudomonas aeruginosa e Mycobacterium tuberculosis.
Platycodon grandiflorus estimula a membrana mucosa do trato respiratório a aumentar a secreção de muco e a diluir o catarro, apresentando atividade imunoestimuladora aumentando o número de macrófagos. Trabalhos científicos mostram uma diminuição na expressão dos genes inflamatórios TNF-α, iNOS e COX-2, pela presença do butanol e um aumento do potencial sequestrante de radicais livres e a grande capacidade antioxidante. Tais atividades são atribuídas à presença da luteolina-7-O-glicosídeo e apigenina-7-O-glicosídeo. Esse componente também possui efeito hipoglicêmico, principalmente relacionados com a reparação parcial do pâncreas danificado. Esse efeito tem como consequência uma melhora da sensibilidade à insulina e, em virtude da presença da platicodina D, há a presença de efeito anti adipogênico, resultando em inibição significativa da ingestão de calorias e redução de peso. Outros efeitos como: hepatoprotetores, antifibróticos, otimização da microcirculação hepática, efeito analgésico, inibição de sintomas cutâneos, bem como na formação de úlceras gástricas (Platicodina D) foram constatados neste componente.
F. thunbergii apresenta efeitos farmacológicos incluindo o efeito antitússico, relaxante muscular, expectorante, relaxamento traqueobrônquico, alívio da dor, bem como efeitos anticancerígenos, antioxidantes e neuro protetores. Possui propriedades anti-inflamatórias, anticancerígenas e antimuscarínicas, pela presença de seus alcaloides peimina (C1), peiminina (C2) e ebeiedina (C8). Alguns trabalhos sugerem que estes compostos alcaloides podem estar relacionadas com a iniciação dos canais de K+ ativados pelo Ca2+ inibindo, dessa forma, as contrações induzidas pelo Ca2+. Também foram observadas propriedades antitireoidianas e gastroprotetoras.
A Triphala, medicamento Ayurvédico muito antigo, apresenta boa efetividade na constipação, muco, dor abdominal, flatulência e hiperacidez, devido ao alto nível de flavonoides, vitaminas e antioxidantes presentes.
A tão famosa vitamina C tinha que estar presente nesta fórmula por sua grande ação antioxidante e por possuir grande efetividade como cofator para algumas enzimas. Adicionalmente, a vitamina C auxilia muitos processos fisiológicos no corpo humano, incluindo na síntese e metabolismo de outras vitaminas e aminoácidos como por exemplo tirosina, ácido fólico, lisina e triptofano; promovendo além de tudo um aumento na absorção de Ferro pelo corpo através da redução de ferro no estado de oxidação 3+ (férrico) para 2+ (ferroso), atuando positivamente nas hemoglobinas e serotoninas.
A inclusão de outros ativos como: Mio-inositol, Bromelina, Nicotinamida, SAMe, Glutationa, Quercetina, PQQ, Magnésio e Cálcio de diversas formas, Cobre, vitaminas B5, B6, possuem efeitos sinérgicos e extremamente positivos na modulação das alergias em geral.
Um alergista deve sempre estar presente no acompanhamento, pois muitos pontos devem ser observados: alimentação, presença de mofo, epitélio de animais, produtos de limpeza, higiene pessoal dentre outros.
Ácido ascórbico (VITAMINA C)
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é uma vitamina solúvel em água presente em frutas cítricas e vegetais. Essa vitamina pode atuar como agente redutor e como doador antioxidante através duas oxidações (via 1 elétron) consecutivas, tal processo resulta na formação do radical ascorbato ou ácido dehidroascorbico, os quais podem ser regenerados através de reações enzimáticas especificas. O ânion ascorbato também serve como cofator para muitas enzimas (hidroxilases, dioxiganses, etc). (Du et al., 2012) A vitamina C também auxilia em vários processos fisiológicos no corpo humano e na síntese e metabolismo de outras vitaminas e amino ácidos como por exemplo tirosina, ácido fólico, lisina e triptofano. Além disso, a vitamina C também promove um aumento na absorção de ferro pelo corpo através da redução de ferro no estado de oxidação 3+ (férrico) para 2+ (ferroso). (Kontoghiorghes et al., 2020) (Attia et al., 2020)
Sem dúvida uma das maiores aplicações da vitamina C nos últimos tempos vem sendo a sua utilização no tratamento de variados tipos de câncer. (Du et al., 2012) Nessa esteira, a vitamina C atua como antioxidante degradando principalmente espécies reativas de oxigênio (ROS), as quais contém oxigênio na forma de peróxido, ânion superóxido, oxigênio na forma singleto e peróxido de hidrogênio. Essas espécies podem ter sua produção aumentada por vários fatores, incluindo estresse ambiental. A consequência desse aumento pode causar danos na membrana celular, lipídeos, proteínas e DNA, levando a mutações, apoptose e falha interna nesses sistemas. (Wattamwar et al., 2010) Além disso, o desequilíbrio entre a produção das espécies reativas de oxigênio e mecanismos de defesa anti-inflamatórios leva ao desenvolvimento ou agravamento de muitas doenças como diabetes, (Dos Santos et al., 2019) doença de Parkinson, (Dias et al., 2013) doença de Alzheimer, (Yan Zhao et al., 2013) insuficiência renal aguda, (Tomsa et al., 2019) insuficiência pulmonar, (Boukhenouna et al., 2018) e câncer. (Koltover, 2010) (Attia et al., 2020)
Nesse contexto uma revisão sistemática publicada por Cohen & Bhagavan demonstrou que uma comparação entre os dados pré-clínicos, clínicos e estudos epidemiológicos sugerem fortemente que a atuação do ácido ascórbico como inibidor da carcinogênese e maior no câncer gástrico do que no câncer do esôfago, cólon e do reto. (Marvin Cohen et al., 1995)
Em outra revisão incluindo estudos in vitro, in vivo (esses estudos incluem animais e humanos) e um estudo humano ex vivo, houve evidência de que
a vitamina C produz efeitos citotóxicos contra células orais neoplásias sem danificar células normais. (Putchala et al., 2013)
Phyllanthus emblica (AMLA)
A AMLA é uma árvore de porte pequeno nativa da Ásia tropical e cultivada como medicinal, que produz frutos.
A AMLA possui uma rica fitoquímica distribuída em diferentes seções da planta (frutos, folhas e raízes), sendo que os polifenóis compreendem o principal grupo de metabólitos e diversos compostos de ácidos fenólicos, flavonoides, taninos, entre outros compostos fenólicos e derivados. (Gul et al., 2022)
Verificou-se que os polifenóis derivados de plantas melhoram a proteção contra o câncer em uma variedade de investigações não clínicas e clínicas. (Lorenzo et al., 2018)(Munekata et al., 2021)
A fitoquímica da AMLA parece promover um efeito benéfico no contexto da inflamação apresentando uma atividade anti-inflamatória em modelo celular no estudo realizado por Wei Li et al. (Wei Li et al., 2020)
No caso de estudos in vitro, o teor de polifenóis nesta fruta também tem sido associado a alta atividade antioxidante. (Fitriansyah et al., 2018)(Sheoran et al., 2019)(Poltanov et al., 2009)
Diferentes estudos têm demonstrado os efeitos protetores da AMLA e/ou de seus constituintes contra doenças cardiovasculares. (Nambiar et al., 2015)
Ensaios clínicos também apoiam os benefícios para a saúde dos fitoquímicos da AMLA para pacientes diabéticos, onde doses diárias de até 3 g de extrato em pó de P. emblica L. reduziram os níveis de glicose no sangue em pacientes diabéticos após 21 dias do teste. (Muhammad Shoaib Akhtar et al., 2011)
Um dos efeitos potenciais dos compostos bioativos da AMLA é o potencial de inibição de cepas de Helicobacter pylori resistentes à Claritromicina in vitro, uma vez que esse microrganismo é um conhecido causador de úlceras gástricas. (Mehrotra et al., 2011)
Um dos potenciais efeitos protetores associados ao composto bioativo AMLA é a atenuação de alterações neurológicas, particularmente as alterações bioquímicas observadas em portadores da doença de Alzheimer. Por exemplo, a administração de extrato de fruta AMLA (100 mg/kg; rico em Emblicanina A e B) por 60 dias em camundongos reduziu a neurotoxicidade induzida pelo cloreto de alumínio. (Bharathi et al., 2018)
Angelica archangelica (RAIZ DE ANGÉLICA)
Angélica archangelica L. é uma planta do gênero Angélica pertencente à família Apiaceae, a qual também é conhecida como Archangelica officinalis. Suas raízes aromáticas e partes do caule são amplamente empregadas na culinária como agente aromatizante e como suplemento alimentar. Essa planta tem vários sinônimos, incluindo Canda, Kathachoraa e Chandaamshuka no sistema de medicina ayurvédica. É nativa da Síria, Islândia, Escócia, altitudes do norte da Europa e Ásia Ocidental. Além de suas aplicações na culinária, o extrato de semente e raiz de A. archangelica têm aplicação em perfumaria e cosméticos. (Kaur et al., 2021)
Essa planta possui diversas atividades farmacológicas. No sistema medicinal tradicional, tem sido implicado em distúrbios do sistema digestivo (Khayyal et al., 2006), discrasias sanguíneas, reforço da imunidade e como tônico uterino. (Forycka et al., 2019) O extrato da planta inteira (clorofórmio, acetato de etila e metanol) apresentou atividade anti ansiedade. (Kumar et al., 2012) Adicionalmente, foi demonstrado através dos trabalhos de Kaur, Garg et al. e Kaur, Singh et al. que o extrato de metanol da Angélica archangelica L. reduziu significativamente a depressão e diminuiu a atividade cerebral. (Kaur, Garg, et al., 2020)(Kaur, Singh, et al., 2020) Outras atividades presentes em seus extratos incluem atividade radioprotetora (Sally S Alam et al., 2013), antifúngica (D. Fraternale et al., 2016) e atividades neuro protetoras. (Kumar et al., 2012)
Estudos pré-clínicos também confirmaram que a Angélica archangelica L exibe atividade antiviral, antiepiléptica, antioxidante e potenciadora de memória. (Kumar et al., 2011)(Pathak et al., 2010) (Chandra et al., 2017)
Além das propriedades evidenciadas acima, trabalhos científicos evidenciaram que os óleos essenciais da Angélica archangelica L. apresentam atividade anticonvulsivante através da diminuição de convulsões induzidas em camundongos (Pathak et al., 2010) e atividade anti-inflamatória através da apoptose in vitro em células cultivadas de linfoma histiocítico humano (U937). (Daniele Fraternale et al., 2018) Para um trabalho evidenciando a atividade anticancerígena da Angélica archangelica L. presente nas suas raízes e extrato de suas folhas ver: (Oliveira et al., 2019)
Cassia obtusifolia L. (JUE MING HABU)
A Cassia obtusifolia L. é um membro do gênero Cassia (Leguminoseae) a qual é encontrada principalmente na China, Coréia, Índia e em regiões tropicais. Na Coréia suas sementes são utilizadas para se fazer chá e são consumidas na forma de refeição para promover a limpeza do fígado, melhorar a visão, lubrificar e promover movimentos intestinais. Na medicina tradicional Chinesa é utilizada para tratar lacrimação, dores de cabeça, tonturas e constipação. (Ali et al., 2021)
Muitos estudos mostraram que a C. obtusifolia L. possui uma atividade neuro protetiva significativa proveniente tanto dos extratos de suas sementes quanto de suas antraquinonas. Esses efeitos estão ligados a inibição de acetilcolinesterase, melhora do comprometimento da memória, dentre outros. Os autores desse estudo acreditam que essa atividade está interligada com a propriedade anti-inflamatória presente na C. obtusifolia L., as quais resultaram numa diminuição da expressão da enzima óxido-nítrico sintase (iNOX) e ciclooxigenase-2 (COX-2). (Dong et al., 2007)(Dong Hyun Kim et al., 2009) Para estudos evidenciando a atividade anti Alzheimer dessa planta ver: (Yi et al., 2016)(Dong et al., 2009)(Jung et al., 2016)(Shrestha et al., 2018) Também há relatos do extrato das sementes da C. obtusifolia L para prevenção da doença de Parkinson, os quais foram confirmados tanto em testes in vivo quanto in vitro. (Yi et al., 2016)
Alguns estudos demonstraram a atividade hepatoprotetora da C. obtusifolia L. através de várias técnicas experimentais. Através desses resultados evidenciou-se que a administração do extrato de sementes de C. obtusifolia L. reduziu a liberação de ALT e AST, a permeabilidade da membrana mitocrondial relativa a Ca2+ e a atividade da CYP2E1. Esse extrato também reduziu os níveis hepáticos e mitocondriais de malonatodialdeído, aumentou os níveis hepáticos e mitocondriais de glutadiona e restaurou as atividades das enzimas superóxido dismutase, glutationa redutase e glutationa S-transferase. (Qing Xie et al., 2012)
A C. Obtusifolia também exibe propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. O pré-tratamento com o extrato aquoso de C. Obtusifolia inibiu a interleucina (IL)-6 e ciclooxigenase-2 (COX-2) e reduziu a ativação da transcrição do fator nuclear kB p65 em tecidos de cólon tratados com sulfato de sódio dextran. Adicionalmente, duas de suas antraquinonas (obtusifolina e gluco-obtusifolina) reduziram a dor neuropática e inflamatória. Esses resultados sugerem que essas duas antraquinonas estão ligadas a inibição da expressão excessiva de TNF-α, IL-1β, IL-6 e NF-kB p65 espinais, com a regulação de processos neuro inflamatórios e regulação do sistema neuro imune. (He et al., 2014) Para artigos científicos demonstrando outros exemplos da ação anti-inflamatória da C. obtusifolia ver: (Feng et al., 2016)(Vadivel et al., 2012)(Hou et al., 2018)(Kwon et al., 2018)
Foi demonstrado através de vários trabalhos científicos que o extrato das sementes de C. obtusifolia é ativo contra vários micróbios (Bifidobacterium adolescenteis, B. bifidum, B. longum, B. breve, Clostridium perfringens, Escherichia coli, Lactobacillus casei). Essa inibição se dá principalmente a presença de quinonas e cromonas presentes nos extratos. (Sung et al., 2004)(Deshpande et al., 2016)(Voukeng et al., 2016)(Kitanaka et al., 1986)
Estudos mostraram que 15 antraquinonas presentes no extrato metanólico de C. Obtusifolia inibiram significantemente as enzimas PTP1B e α-glucosidase, as quais estão associadas com a diabetes mellitus. (Jung et al., 2017) Adicionalmente, em outro estudo, cinco novas antraquinonas exibiram efeito antidiabético através da constatação da inibição da proteina α-glucosidase. (Yi Long Xu et al., 2015) Demonstrou-se também que a antroquinona obtusofolina, isolada da C. Obtusifolia, possui efeito antilipidérmico uma vez que esse composto reduziu o nível de lipídios no sangue em ratos diabéticos. (Tang et al., 2014)
Além das propriedades farmacológicas relatadas acima, a C. Obusifolia também exibe atividade anticangerígena. De acordo com Shi et al., 12 compostos foram isolados de suas sementes e foram testados contra múltiplas linhagens cancerígenas exibindo citotoxicidade variada. (Shi et al., 2016)
Schizonepeta tenuifolia (JING JIE)
Jingjie é a parte aérea seca da planta Schizonepetatenuifolia(Benth.) Briq. (família Labiatae). Como características, essa planta possui aproximadamente 50 a 80 cm de comprimento e 2 a 4 mm de diâmetro. Sua superfície externa tem uma tonalidade púrpura, coberta de pelos curtos branco-acinzentados. As folhas são opostas apresentando incisões profundas formando lóbulos delgados. (Fung et al., 2002)
Um estudo in vitro foi estabelecido para testar a atividade de eliminação de superóxidos entre os 10 constituintes do Zemaphyte®, um medicamento comercializado e indicado para atopiceczema. Schizonepeta tenuifolia, um dos constituintes fitoterápicos da fórmula, apresentou a maior atividade sequestrante de superóxido, o que pode explicar sua atividade antieczema. (Kirby et al., 1997)
Os extratos metanólicos de 33 medicamentos fitoterápicos, incluindo Schizonepeta tenuifolia, foram investigados sobre os efeitos inibitórios de uma resposta de coceira induzida em ratos. Schizonepeta tenuifolia, na dose oral de 200 mg/kg, foi um dos seis extratos metanólicos que apresentaram efeito inibitório relativamente alto na resposta de coceira induzida e exibiu efeito inibitório de maneira dose-dependente sem afetar o aparelho locomotor dos ratos. Os autores desses trabalhos concluíram que o mecanismo do efeito inibidor de coçar desses seis extratos pode se originar da inibição da sensação de coceira ou reflexo de coçar, e não da sedação do sistema nervoso central (SNC). (Tohda et al., 2000)
A decocção de jing jie mostrou uma forte atividade antimicrobiana contra bactérias como Staphylococcus aureus e Corynebacterium diphtheriae em um estudo in vitro. Além disso, houve inibição a atividade de outros microrganismos, como Pseudomonas aeruginosa e Mycobacterium tuberculosis. (H Z Zheng et al., 1998)(You Ping Zhu et al., 1999)
Para um trabalho evidenciando os efeitos hemostáticos bem como o mecanismo relacionado a essa propriedade do jing jie ver: (A. W. Ding, 1986)(N. W. Ding et al., 1993)(A W Ding et al., 1993)
Platycodon grandiflorus (JIE GENG)
Platycodon grandiflorus (Jacq.) A. DC. é a única espécie do gênero Platycodon (Campanulaceae) a qual se distribui principalmente no nordeste da Ásia. Como fitoterápico tradicional, o Platycodon grandiflorus tem sido amplamente utilizado no tratamento de tosse, catarro excessivo, dor de garganta, entre outras doenças. Além disso, essa planta também apresenta efeitos significativos nos sistemas cardiovascular e metabólico. Nas últimas décadas, as investigações de Platycodon grandiflorus têm se concentrado em suas atividades biológicas, incluindo seus efeitos antitumorais, hepatoprotetores, imunorreguladores e antioxidantes. Esses estudos resultaram no isolamento de saponinas, flavonoides, antocianinas, fenólicos e polissacarídeos, entre outros compostos presentes nessa planta. (Le Zhang et al., 2015)
Vale ressaltar que o Platycodon grandiflorus apresenta efeitos terapêuticos significantes no sistema respiratório, principalmente na tosse, expectorante e catarro, por promover a geração de saliva e secreções brônquicas. Foi relatado que a decocção de Platycodon grandiflorus na dose de 1 g/kg aumenta a secreção de muco das vias aéreas em cães e gatos. Adicionalmente a administração oral de saponina de Platycodon grandiflorus (PGS) estimula a membrana mucosa do trato respiratório a aumentar a secreção de muco e a diluir o escarro. Em testes in vivo e in vitro, tanto a platicodina D quanto a D3 isoladas do Platycodon grandiflorus aumentaram a liberação de mucinas das vias aéreas em ratos. Nos experimentos in vitro, a produção de mucinas em células epiteliais das vias aéreas (células HTSE) mostrou aumentar em 252,7% e 370,2% para platicodina D e D3 administradas na concentração de 200 mg/L, respectivamente, e em 243% em comparação com isso de um grupo controle positivo. Nos experimentos in vivo, a platicodina D3 (20 mg/L) mostrou um aumento maior na liberação de mucina do que a droga ambroxol na concentração de 200 mg/L. (Chan et al., 2002)
Os polissacarídeos isolados das raízes de Platycodon grandiflorus (PG) apresentam atividade imunoestimuladora. Esses compostos ativaram seletivamente as células B e o número de macrófagos aumentou após a estimulação com PG nas doses de 3, 10, 30 e 100 μg/ml. (Han et al., 2001)(Yoon et al., 2003)
As raízes de Platycodon grandiflorus têm sido amplamente utilizadas para o tratamento de diversos tipos de doenças inflamatórias crônicas. (Yong Xie et al., 2008)(Weikang, 1985) Adicionalmente, os extratos aquosos de Platycodon grandiflorus mostraram um claro efeito inibitório na inflamação induzida na linhagem de células de câncer de pulmão humano A549. Essas células também apresentaram diminuição na expressão dos genes inflamatórios TNF-α, iNOS e COX-2 após tratamento com extratos aquosos de Platycodon grandiflorus. (Jun-Hyuk Lee et al., 2004)
Lee et al. isolaram e identificaram os compostos ativos e investigaram a atividade antioxidante dos extratos de Platycodon grandiflorus. Os resultados de estudos de pesquisas sugeriram que o extrato das partes aéreas de Platycodon grandiflorus contendo butanol possui maior potencial sequestrante de radicais do que os outros extratos. Os pesquisadores acreditam que essa forte atividade antioxidante está correlacionada com a presença em grande quantidade de alguns constituintes, incluindo luteolina-7-O-glicosídeo e apigenina-7-O-glicosídeo. (Ji Young Lee et al., 2004)(Chang Ho Jeong et al., 2010)(Hyung Min Jeong et al., 2010) (Ji Young Kim et al., 2006)(Takagi et al., 1972)
Para trabalhos relacionados com a atividade anticancerígena, especialmente relacionados à leucemia, do Platycodon grandiflorus ver: (Yu et al., 2010)(Mun Ock Kim et al., 2008)(Shin et al., 2009)(Ahn et al., 2006)
Vários estudos demonstraram que Platycodon grandiflorus apresenta atividade antidiabética. O efeito hipoglicêmico de um extrato de Platycodon grandiflorus em camundongos diabéticos foi estudado e os resultados mostraram que extratos etanólicos de Platycodon grandiflorus (8,4 g/kg) podem aliviar a hiperglicemia causada pela estimulação da glicose. Comparado com um grupo de controle modelo, Platycodon grandiflorus aumentou os efeitos hipoglicêmicos da insulina exógena sem estimular a secreção de insulina, indicando que a sensibilidade à insulina foi aumentada nos camundongos diabéticos. (J Zheng et al., 2006) Os estudos de Jie Zhang et al. mostraram que o extrato aquoso e o precipitado de etanol de Platycodon grandiflorus podem reparar parcialmente um pâncreas danificado, melhorando a sensibilidade à insulina em ratos, o que efetivamente melhorou o nível de tolerância à glicose. (Jie Zheng et al., 2007)
Estudos provaram que Platycodon grandiflorus possui um efeito antiobesidade ao inibir a atividade da enzima da gordura pancreática e ao inibir a absorção de gordura dietética. Além disso, a platicodina D mostrou um efeito antiadipogênico. Isso resultou em inibição significativa da ingestão de calorias e redução de peso quando ratos obesos foram tratados com Platycodon grandiflorus. (B J Xu et al., 2000)(H. L. Zhao et al., 2005)
Platycodon grandiflorus também apresenta efeitos hepatoprotetores e antifibróticos significativos. Além disso, também pode promover a recuperação de lesões hepáticas e melhorar a microcirculação hepática. (Khanal et al., 2009b)(Khanal et al., 2009a)
De acordo com o trabalho por Seong Soo Choi, o Platycodon grandiflorus também apresentou efeito analgésico. Usando experimentos analgésicos de deriva, verificou-se que o efeito analgésico da platicodina D, um composto bioativo isolado das raízes de P. Glandiflorus, era proporcional à dose do medicamento utilizado como controle. Espera-se que o principal sítio de ação nestes estudos tenha sido o sistema nervoso central. (Seong Soo Choi et al., 2002). A platicodina D também inibiu os sintomas cutâneos
Platycodon grandiflorus também mostrou um efeito de aprimoramento cognitivo no comprometimento da memória induzida por escopolamina em camundongos e um efeito inibitório na formação de úlceras gástricas induzidas pela secreção de ácido gástrico ou ácido acético em ratos. (Cha et al., 2011)(Kawashima et al., 1972)
Bulbus Fritillariae Thunbergii (ZHE BEI MU)
Os estudos do F. thunbergii e seus bulbos como tratamento para diversas enfermidades, a partir de registros antigos, têm sido utilizados como uma abordagem para impulsionar a descoberta e o desenvolvimento de novas drogas. Pesquisas modernas revelam registros de seu uso nos métodos de tratamento Zhong Hua Ben Cao (Farmacopéia Chinesa) e Zhong Yao Da Ci Dian (Grande Compêndio de Medicina Chinesa) por seus efeitos farmacológicos os quais incluem o efeito antitússico, relaxante muscular, expectorante, relaxamento traqueobrônquico, alívio da dor, bem como efeitos anticancerígenos, antioxidantes e neuro protetores. (Shan Li et al., 2011)(Hong Li et al., 2019) Os estudos fitoquímicos dessa planta revelaram ampla variedade de constituintes químicos, como peimina (C1), peimina (C2) e vários alcaloides. (Nile et al., 2021) Para uma descrição mais detalhada dos componentes químicos presentes na Fritillariae ver: (Simei Liu et al., 2020)(Zhou et al., 2019)(Ruan et al., 2016)(Ma, 2014).
Esses compostos químicos (Peimina (C1) e peiminina (C2) reverteram a resistência de várias drogas em células A549/DDP de adenocarcinoma de pulmão humano. Adicionalmente, exibiram efeitos antitumorigênicos e antimetastáticos em células de câncer de ovário e inibiram a proliferação de leucemia mieloide humana.
Evidências mostram que a peiminina (C2) suprime a migração e a capacidade de invasão das células A549 do câncer de pulmão humano, sugerindo a modulação da atividade da via PI3K/Akt/mTOR e supressão da transição epitelial-mesenquimal. Estudos farmacológicos in vitro e in vivo destacaram que a peimina (C1) e a peiminina (C2) possuem propriedades anti-inflamatórias, anticancerígenas e antimuscarínicas com efeitos de relaxamento traqueobrônquico e supressão da dor. (Meng et al., 2015)(Bao Qin Lin et al., 2006)(Dongdong Wang et al., 2011)(Shan Li et al., 2013)(Zhi Dan Ding et al., 2019)(Hong Li et al., 2019)(Jianwei Xu et al., 2016) Para uma descrição semelhante à apresentada acima porem considerando o extrato de F. thunbergii e alcaloides isolados ver: (Hong Li et al., 2019)(Cui et al., 2021)(Shan Li et al., 2013)(Wei Liu et al., 2015)(W Liu et al., 2015)
Trabalhos científicos revelaram que F. Thunbergii Bulbus e seus alcaloides, incluindo peimina (C1), peiminina (C2), ebeiedina (C8) e puqietinona possuem propriedades efetivas de relaxamento traqueobrônquico. O mecanismo da atividade de relaxamento traqueobrônquico de F. Thunbergii Bulbus e seus alcaloides podem estar relacionados com a iniciação dos canais de K+ ativados por Ca2+ porque alcaloides como peimina (C1), peiminina (C2) e ebeiedina (C8) exibiram inibição das contrações induzidas por Ca2+. (Wu et al., 2018)(Hong Li et al., 2019)
O Bulbus F. Thunbergii também apresenta outros efeitos incluindo supressão da dor, propriedades antitireoidianas, antimuscarínicas, antidiarreicas, gastroprotetivas e neuro protetoras, além de sua capacidade de regular os aspectos reológicos do sangue. (Hong Li et al., 2019)(Hong Li et al., 2019) Para um trabalho descrevendo o mecanismo provável para a supressão da dor efetuada pelo Zhe Bei Mu veja: (Rush et al., 2006)(Jianwei Xu et al., 2016)
QUERCETINA
“Um pouco sobre os flavonoides”
Flavonoides são substâncias pertencentes a uma classe de produtos naturais que atualmente podem ser consideradas micronutrientes, e estão presentes na dieta humana rica em vegetais e frutas.
Os polifenóis e em particular os flavonoides possuem estrutura ideal para o sequestro de radicais, sendo antioxidantes mais efetivos que as vitaminas C e E. A atividade antioxidante dos flavonoides depende da sua estrutura e pode ser determinada por cinco fatores:
1. reatividade como agente doador de H e elétrons, estabilidade do radical flavanoil formado;
2. reatividade em frente a outros antioxidantes, capacidade de quelar metais de transição e solubilidade
3. interação com as membranas (Barreiros et al., 2006)
De modo geral, quanto maior o número de hidroxilas, maior a atividade como agente doador de H e de elétrons, assim sendo flavonoides monohidroxilados apresentam atividade muito baixa, por exemplo, a 5-hidroxiflavona tem atividade não-detectável. (Cao et al., 1997)
Entre os flavonoides dihidroxilados, destacam-se aqueles que possuem o sistema catecol (3’,4’-diidroxi) no anel B.
Os flavonoides com múltiplas hidroxilas como a quercetina, miricetina, luteolina, fustina, eriodictiol e taxifolina possuem forte atividade antioxidante, quando comparados ao α-tocoferol, ácido ascórbico, β-caroteno. (Yang et al., 2001)
A interferência da glicosilação na atividade anti-inflamatória focaliza quercetina, seu glicosídeo rutina, o flavonol morina e o glicosídeo hesperidina (hesperetina-7- O-rutinosídeo) frente à formação de edema na pata de camundongo induzido por carragenina. (Rotelli et al., 2003)
Di Carlo et al. observaram que as agliconas (quercetina e morina) apresentaram melhores resultados, enquanto os flavonoides glicosilados não apresentaram atividade significativa (rutina e hesperidina). (Di Carlo et al., 1999)
Anteriormente, Moroney et al., em estudo comparativo entre pares glicosídeo/aglicona também observaram que a adição de resíduos de açúcar reduz significativamente a atividade anti-inflamatória. (MORONEY et al., 1988)
Quercetina é um composto natural da família dos flavonoides da Glycose rutin (Gansukh et al., 2017) e tem sido isolada de mais de 20 plantas, de diversos países. Suas principais ações são: anti-inflamatória (Delgado et al., 2014), antioxidante (Gansukh et al., 2016), antibacteriana, (Mingyu Li et al., 2008) anticâncer (Atashpour et al., 2015), neuro protetora (Dajas, 2012), hepatoproterota (Ying et al., 2013) e antiviral (Jian Xin Li et al., 2013)(Mehrbod et al., 2021)
A Quercetina apresenta ação em diferentes áreas no ciclo do vírus: na entrada do vírus na célula, e dentro do citoplasma (ação indireta). Choi et al.,2009, demonstrou que a Quercetina 3 rhamnoside (Q3R) teve ação antiviral contra Influenza A/WS/33 vírus in vitro. (Hwa Jung Choi et al., 2009)
Estudos feitos com a Quercetina oriunda da Schinopsis brasiliensis, mostraram um amplo efeito na diarreia, influenza e como anti-inflamatório (de Albuquerque et al., 2007)(De Almeida et al., 2005)
Lembrando da ação da Quercetina bem como da Rutina nos vírus, cabe aqui uma nota de suma importância como auxiliar no processo do SARS-COV-2; assim sendo a Quercetina foi apontada como uma entre os cinco mais potentes compostos contra o SARS-COV-2 e sua família, que se liga ao receptor da Proteína Spike S. (Micholas Dean Smith et al., 2020)
Em modelos de estudo em cobaias usando Tetracloreto de carbono causando cirrose hepática (alteração na via do metabolismo do citocromo P450, foi utilizada a Quercetina como protetor hepático/ antioxidante, onde foi observado um decréscimo da fibrose, aumento dos níveis de NO (óxido nítrico), quando comparado ao grupo controle. (Bona, 2010)
ZINCO QUELATO
A onipresença do zinco em humanos (2,5 g por pessoa) é uma evidência do papel crítico que esse metal desempenha na saúde e no desenvolvimento. O zinco é especialmente prevalente na epiderme (71 μg/g peso seco), onde é necessário devido à natureza altamente proliferativa desse tecido. A importância do zinco para a saúde da pele é demonstrada pela manifestação proeminente do zinco induzido pela dieta ou geneticamente deficiências como anormalidades dermatológicas. Baixos níveis séricos de zinco geralmente acompanham penfigoide bolhoso e úlceras de decúbito. A incapacidade genética de absorver zinco do intestino resulta em acrodermatite enteropática (AE), a qual se manifesta como dermatite grave. (Schwartz et al., 2005)
Observa-se que o elemento zinco e o zinco na forma quelato possuem propriedades funcionais diferentes no organismo. O zinco quando associado a outras moléculas, geralmente aminoácidos é denominado zinco quelato, o qual possui absorção aumentada no intestino. A forma quelada também inibe que o zinco interaja com outros compostos químicos presentes no corpo e confere uma maior estabilidade ao elemento em questão.
De acordo com vários estudos ocorre uma melhora na cicatrização de feridas com a exposição ao zinco. Porém, essa atividade não se limita à suplementação oral: os compostos de zinco aplicados topicamente também são eficazes. Por exemplo, óxido de zinco aplicado topicamente melhora úlceras de perna e tem efeitos benéficos em curativos oclusivos. Estudos também mostraram que o zinco absorvido topicamente de feridas promove a fase inicial de cicatrização de feridas em ratos e que o óxido de zinco tópico promove a limpeza de feridas. (STRÖMBERG et al., 1984)(Agren, 1991)(Hallmans et al., 1985)(Agren, 1990) Para outro estudo relacionando a atividade benéfica do zinco com relação a cicatrização de feridas ver: (Springman et al., 1995)
A terapia oral com zinco demonstrou ser eficaz no tratamento das condições inflamatórias da acne, alopecia, artrite reumatoide, colite, doença de Crohn e artrite psoriática. O zinco fornecido por vias não orais, isto é, injeção subcutânea ou intraperitoneal, também reduz a resposta inflamatória. A injeção intraperitoneal de cloreto de zinco reduziu a pleurisia induzida por carragenina em um modelo de inflamação pleural em ratos. A suplementação com zinco em dietas deficientes desse elemento também resultou em uma resposta inflamatória reduzida. (Michaëlsson et al., 1977)(Lutz et al., 1990)(Satsangi et al., 1987)(Frigo et al., 1989)(Kjærheim et al., 1996)(Skaare et al., 1997)(Ching Chang Lee et al., 2020)(Milanino et al., 1986)(Tasaki et al., 1993)(Leupold et al., 1976)
De acordo com um estudo publicado por NI et al., há evidência de que o zinco quelado como um análogo da metionina diminuiu a acumulação de cádmio nos rins e fígado. Dessa forma, pode-se dizer que esse complexo de zinco pode ser muito útil potencialmente para reverter a acumulação de metais tóxicos em seres humanos e animais.
TIAMINA
Também conhecida como vitamina B1 e um micronutriente que atua como cofator, na sua fosforilada, em importantes reações metabólicas as quais envolvem a quebra da glicose, amino ácidos e o metabolismo de lipídeos, porém não é sintetizada pelo corpo. (Ross et al., 2010)(Bemeur et al., 2014) Para um trabalho descrevendo o papel das tiaminases, biossíntese de antagonistas da tiamina bem como seus mecanismos de ação e a biotransformação das formas farmacológicas da tiamina ver: (Aleshin et al., 2019)
Essa vitamina é encontrada em grãos integrais, legumes, carne e peixe e pode ser encontrada na forma de suplemento alimentar. De acordo com Zangen et al., a deficiência da tiamina pode levar a ataques cardíacos. (Zangen et al., 1997) Além disso a deficiência de tiamina pode levar a perda de peso, anorexia, perda de memória de curto prazo, fraqueza muscular e sintomas cardiovasculares semelhantes aos sintomas encontrados nas situações em que o coração se encontra dilatado. (Thiamin, 1998) A falta de tiamina também está relacionada com o desenvolvimento da doença de Alzheimer, uma vez que a falta de tiamina causa uma redução do metabolismo de glicose no cérebro. (Gibson et al., 2016) Adicionalmente, a falta de tiamina pode causar encefalopatia de Wernicke. (Oudman et al., 2019)
De acordo com o trabalho publicado por Hirsch J.A et al., a tiamina possui um papel neuro modulador distinto de suas funções como cofator nos processos metabólicos. Esse estudo também elucidou o papel da oxitiamina, o antagonista metabólico da tiamina, no que diz respeito à liberação de acetilcolina do cérebro. Os resultados observados indicaram que a oxitiamina aumentou a liberação de potássio através da acetilcolina em 60%, porém esse aumento foi observado somente quando cálcio estava presente no meio. Esses dados confirmam outros resultados publicados, nos quais a oxitiamina está presente na transmissão sináptica mediada por cálcio da acetilcolina. (Hirsch et al., 2012)
Outra propriedade importante da tiamina foi descrita no trabalho de Caram-Salas et al. Nesse estudo evidenciou-se que a tiamina e piridoxina bem como as combinações das vitaminas B com dexametasona são capazes de reduzir a alodinia táctil em ratos. Tais resultados sugerem um uso potencial da tiamina para o tratamento de dores neuropáticas em humanos. Porém estudos clínicos são necessários para validar totalmente essa hipótese. (Caram-Salas et al., 2006)
RIBOFLAVINA
A riboflavina é um composto químico solúvel em água o qual consiste numa flavina isoaloxazina. Essa molécula orgânica também e conhecida como vitamina B2 e pode ser encontrada numa variedade de fontes naturais como por exemplo leite, fígado de bezerro, ovos, nozes, arroz, cogumelos, vegetais que possuem folhas verde escuro, levedura, cerveja, queijo, produtos dietéticos e certas frutas e legumes. (Buehler, 2011)(Cardoso et al., 2012) Esse composto vem sendo utilizado com suplemento alimentar e para o tratamento de doenças inflamatórias como queillite angular, sepse, glossite, cataratas e enxaquecas. (Powers, 2003)(Toyosawa et al., 2004a)(Toyosawa et al., 2004b)(Buehler, 2011)
De acordo com alguns estudos científicos, a riboflavina promove a ativação da síntese da matriz extracelular e reduz os níveis de produção de espécies reativas de oxigênio no ceratocone. (Cheung et al., 2014) Nessa esteira, a riboflavina também exibiu efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios no fígado isquêmico protegendo as células do parênquima hepático de danos causados por isquemia/reperfusão. (Sanches et al., 2014) Essa molécula exerce um papel importante relacionado ao status antioxidante dentro de sistemas celulares, também é parte da glutationa redutase e do sistema da xantina oxidase. Na sua forma de flavina adenina dinucleotideo (FAD), a riboflavina e crucial para a enzima glutationa redutase fazer a conversão da glutationa oxidada para sua forma reduzida. (Pompella et al., 2003) Adicionalmente, a riboflavina mostrou efeitos neuro protetivos contra isquemia cerebral (Tripathi et al., 2014) e efeitos cardioprotetores em cardiomiócitos isolados de coelho, reduzindo, dessa forma, a elevação da mioglobina induzida pelo dano de reoxigenação cardíaca. (Mack et al., 1995)
Foi demonstrado que a riboflavina em conjunto com Cloroquina quando utilizados contra a infecção causada pela malária aumentou os níveis de hemoglobina, aumentou o volume globular e reduziu a peroxidação lipídica, mantendo a integridade celular relacionada a processos envolvendo oxidação/redução e protegendo as células da formação de espécies reativas de oxigênio durante o processo inflamatório. (Kulkarni et al., 2003)(George et al., 2009)
Com relação ao sistema imunológico a riboflavina ativa a atividade de neutrófilos, macrófagos e estimula a multiplicação neutrófilos e monócitos. (ARAKI et al., 1995) Para trabalhos relacionando a atividade da riboflavina no sistema imune e mecanismos de sua atuação nos processos inflamatórios ver: (Mazur-Bialy et al., 2013)(Qureshi, Reis, et al., 2011)(Verdrengh et al., 2005)(Iwanaga et al., 2007)(Qureshi, Tan, et al., 2011)(Bertollo et al., 2006)(Dorothéa S França et al., 2001)(Mazur-Bialy et al., 2011)(Mazur et al., 2008)(Mazur-Bialy et al., 2012)
Para trabalhos evidenciando as propriedades benéficas da riboflavina relacionadas à síndrome pré-menstrual ver: (Mazur-Bialy et al., 2012), à osteoporose ver: (Neto et al., 2010), à neuropatia ver: (Ogunleye et al., 1989), à diabetes mellitus ver: (Guoguang Wang et al., 2011)(Md Maroof Alam et al., 2015), à hipertensão ver: (Lopez et al., 2006)(Lawes et al., 2008)(Camille Feitoza França et al., 2010)
GLUTAMINA
A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no corpo e está envolvido como intermediário em vários processos metabólicos incluindo a estimulação e degradação da síntese de proteínas. (Robert J Smith et al., 1990) Estudos demonstram que a glutamina pode ser sintetizada em grandes quantidades pelo corpo. Contudo esse amino ácido se esgota devido processos catabólicos como infecções, ferimentos entre outros. Do ponto de vista nutricional a glutamina pode ser vista como uma droga ou como um nutriente uma vez que a quantidade necessária desse amino ácido em dietas normais e diferentes da quantidade requerida em pacientes sob situação de estresse. (Labow et al., 2000)
De acordo com Wernerman, a falta de glutamina é refletida na diminuição da concentração de plasma, a qual é um fator prognóstico para um resultado desfavorável em infecções generalizadas (sepse). Adicionalmente, células que passam por um processo de divisão rápido sofrem com a diminuição de glutamina durante doenças graves pois a glutamina é um precursor para a síntese de nucleotídeos. Dessa forma, a produção endógena de glutamina pode se tornar insuficiente em pacientes com doenças graves, sendo necessário que uma suplementação extra desse aminoácido se torne necessária. Esse estudo mostra que a suplementação de glutamina nesses casos (pacientes com doenças graves, pacientes com hematologia e pacientes com câncer) possui validação clínica e que não foram encontrados efeitos negativos ou adversos relacionados com a sua suplementação. (Wernerman, 2008) Nos casos em que a glutamina não pode ser obtida, os seus peptídeos precursores podem ser adicionados em pacientes que sofreram cirurgia, tratamento com radiação ou transplante de medula óssea na intenção de manter o balanço de nitrogênio, massa muscular e integridade estomacal. (Calder et al., 1999)
Numa revisão publicada por Calder &Yagoob há a descrição de que a glutamina é utilizada numa taxa rápida nas células do sistema imunológico e é crucial para uma proliferação ótima de linfócitos bem como a produção de citoquinas por linfócitos e macrófagos. Adicionalmente, o processo de fagocitose mediada por macrófagos depende a disponibilidade da glutamina. Essa revisão também evidencia que a inclusão de glutamina na dieta aumenta as chances de sobrevivência contra bactérias em animais, além de uma descrição detalhada dos efeitos benéficos da glutamina relacionados ao sistema imune. (Calder et al., 1999)
Outra revisão publicada por Souba evidencia que um vasto número de estudos indica que vários tipos de tumores são ávidos consumidores de glutamina (tanto em experimentos in vivo quanto in vitro), causando, consequentemente, um abaixamento nos níveis ótimos desse aminoácido. Esse consumo de glutamina ocorre porque o tumor se comporta como uma “armadilha para glutamina”. Os estudos em animais e humanos relatados nessa revisão sugerem que a suplementação de glutamina em pacientes com câncer pode ser beneficial. (Souba, 1993)
Além dos efeitos descritos, estudos utilizando animais como modelos experimentais mostraram que a glutamina promove regeneração do tecido gastrointestinal. (Robert J Smith et al., 1990)(McRae, 2017)
BROMELINA
A bromelina é um conjunto de enzimas proteolíticas (atuam na quebra de ligações peptídicas) que podem ser obtidas comercialmente do abacaxi. (Pavan et al., 2012) Essa mistura enzimática é composta por endopeptidases contendo o grupo funcional químico “tiol” e outros componentes como fosfatases, glucosidases, peroxidases, celulases e vários inibidores de proteases. (Pavan et al., 2012) A bromelina também possui uma capacidade alta de ser absorvida pelo corpo sem perder sua função proteolítica e sem produzir efeitos colaterais. (Pavan et al., 2012)
Muitos estudos demonstram que a bromelina possui várias propriedades farmacológicas, demonstrando efeitos significativos relacionados com a circulação e o sistema cardiovascular. Foi demonstrado que a bromelina minimiza os sintomas da angina e do ataque isquêmico transitório (AIT). Essa mistura pode também ser usada no tratamento de tromboflebite e no controle do colesterol, uma vez que promove quebra das placas de colesterol. Adicionalmente, foi constatado que a bromelina exerce uma atividade fibrinolítica expressiva e que uma combinação da bromelina com outros nutrientes foi capaz de proteger o musculo esquelético contra lesões de isquemia/reperfusão. (Pavan et al., 2012)(Neumayer et al., 2006) Outros estudos demonstram que a suplementação de bromelina pode diminuir fatores de risco que levam ao desenvolvimento de doenças cardíacas. (Secor Jr et al., 2005)(Juhasz et al., 2008)
Também foi demonstrado que uma combinação de bromelina, tripsina e rutina exerceu um efeito comparável ao diclofenaco em 103 pacientes possuindo osteoartrite no joelho. Nesse estudo foi demonstrado que após 6 semanas houve uma redução na dor e inflamação. (Naseer M Akhtar et al., 2004) Para outros trabalhos relacionados ao efeito contra artrite ver: (Brien et al., 2004)(Mojcik et al., 1997)(Bodi, 1966)(Kumakura et al., 1988)(A Cohen et al., 1964)
A bromelina também possui um efeito positivo na coagulação sanguínea e tanto experimentos in vitro quanto in vivo evidenciaram que a bromelina é um agente fibrinolítico efetivo o qual estimula a conversão de plasminogênio para plasmina. Esse processo num aumento de fibrinólise através da degradação de fibrina. (De-Giuli et al., 1978)(Steven J Taussig et al., 1988)
Essa mistura enzimática também age contra patógenos intestinais como Vibrio cholera e Escherichia Coli. Nesses casos e sugerido que a bromelina interage com secretores intestinais e sinalizadores dependentes de cálcio. (TRACEY L Mynott et al., 1997) Outros estudos utilizando somente a bactéria Escherichia Coli sugerem que a bromelina exerce esse efeito por outro mecanismo, o qual previne a bactéria de se ligar a receptores de glicoproteína específicos localizados na mucosa intestinal. (Chandler et al., 1998)(T L Mynott et al., 1996)
Estudos recentes também mostram que a bromelina possui a capacidade de modificar caminhos relacionados à malignidade de tumores. De acordo com Chobotova et al. a atividade anticancerígena da bromelina e devido a modulação do sistema imune, inflamatório, homeostático bem como um impacto direto das células cancerígenas e seu microambiente. (Chobotova et al., 2010) Para estudos mais detalhados sobre os efeitos anticancerígenos da bromelina ver: (Báez et al., 2007)(S J Taussig et al., 1985)(Tysnes et al., 2001)(Mantovani et al., 2008)(Ferris et al., 2007)(Perwez Hussain et al., 2007)(Man-Tzu Wang et al., 2007)
Para outras propriedades da bromelina e detalhes relacionados aos seus mecanismos de ação ver: (Pavan et al., 2012)
NICOTINAMIDA
Também chamada de Niacinamida, a nicotinamida é a forma fisiológica da niacina, correspondente a amida do ácido carboxílico da niacina (vitamina B3). Esse composto é obtido através da conversão do ácido nicotínico no fígado ou através da hidrólise de NAD+. Uma vez obtida, a nicotinamida possui a função de precursor para a coenzima β-nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+). (Faqi Li et al., 2004)(Maiese et al., 2003) Adicionalmente, a nicotinamida e um componente essencial para a síntese da nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP+). (Jackson et al., 1995) A falta de nicotinamida pode levar ao surgimento de sintomas relacionados a fatiga, perda de apetite, úlceras orais, erupções cutâneas pigmentadas. Além disso, a falta severa de nicotinamida leva ao surgimento de pelagra, a qual é caracterizada por erupções cutâneas, úlceras orais, dificuldades gastrointestinais e perda cognitiva. (Maiese et al., 2009) A falta de nicotinamida também pode ser consequência do consumo excesso de álcool em conjunto com uma dieta deficiente em nutrientes. (Maiese et al., 2009)
De acordo com vários estudos científicos a nicotinamida é um protetor celular robusto durante eventos de stress oxidativo. A utilização de nicotinamida durante a anoxia (privação de oxigênio-glicose no cérebro) e durante a exposição de radicais livres previne a exposição dos resíduos contendo fosfatidilserina presentes na membrana celular, prevenindo dessa forma a ativação de mecanismos de inflamação celular e inibindo a destruição do DNA genômico. (Faqi Li et al., 2004)(Zhao-Zhong Chong et al., 2005)(Zhao Zhong Chong, Lin, et al., 2002)(Shi-Hua Lin et al., 2000)(Kiuchi et al., 2002) Além disso a nicotinamida previne o risco de doenças cardiovasculares através da diminuição da exposição da fosfatidilserina presente na membrana celular, uma vez que a externalização dos resíduos de fosfatidilserina presentes em células vasculares pode levar a hipercoagulação e inflamação celular. (Bombeli et al., 1997)(Zhao Zhong Chong, Kang, et al., 2002)(Maiese et al., 2008) Para outros estudos relacionados a atuação benéfica da nicotinamida em situações de estresse oxidativo ver: (Maiese et al., 2009)
Além de sua atuação em eventos inflamatórios a nicotinamida também exerce um papel crucial no gerenciamento de energia a nível celular uma vez que pode ser utilizada para a realização da síntese de NAD+ (Maiese et al., 2003)(Maiese, 2008)(Faqi Li et al., 2006) Outra função da nicotinamida está relacionada com o metabolismo energético através do ciclo de Krebs (ciclo do ácido tri carboxílico) através da utilização de NAD+ na respiração mitocondrial com o intuito de gerar moléculas de ATP, síntese de DNA bem como reparos no DNA. (Magni et al., 2004)(Hageman et al., 2001)(Su-Ju Lin et al., 2003) A manutenção dos níveis de NAD+ gerado pela presença da nicotinamida também resulta numa função citoprotetora em tecidos previamente danificados (Sadanaga-Akiyoshi et al., 2003) e durante a neuropatia axonal a nicotinamida pode oferecer neuro proteção através de mecanismos dependentes de NAD+. (Jing Wang et al., 2005) Para mais trabalhos relacionados como a função energética da nicotinamida a nível celular ver: (Maiese et al., 2009) Adicionalmente, a nicotinamida também possui uma relação com a prevenção de desordens metabólicas como por exemplo a diabetes mellitus. Vários estudos indicam que a nicotinamida reduz o dano em nervos periféricos durante a presença elevada de glicose. (Stevens et al., 2007) Nessa esteira, a nicotinamida também levou a remissão de diabetes mellitus em camundongos quando utilizada em conjunto com L-acetilcarnitina (Cresto et al., 2006) e pode inibir rotas oxidativas que levam a apoptose. (Hara et al., 2007)(Zhao-Zhong Chong et al., 2005) (Ieraci et al., 2006)(Chlopicki et al., 2007) Outros estudos recentes também mostram que a nicotinamida está envolvida numa variedade de rotas sinalizadoras intracelulares. (Maiese et al., 2009)
MIO-INOSITOL
O mio Inositol é um derivado no Inositol, uma molécula orgânica caracterizada como um poliol cíclico. Esse composto é utilizado com frequência como uma vitamina do complexo B (Anastassakis, 2022) e é um componente da membrana celular bem como um nutriente essencial para o crescimento e sobrevivência celular. (Carlomagno et al., 2011) Vários estudos científicos relatam que sua utilização pode ser caracterizada como um “agente sensibilizador de insulina” o qual produz efeitos positivos em pacientes com diabetes tipo 2. (Bloomgarden et al., 2001) Nessa esteira, estudos mais recentes destacam expressivamente a aplicação do mio-inositol no tratamento da síndrome do ovário policístico. (Kamenov et al., 2020)
No que se refere ao metabolismo da glicose, o mio-inositol atua inibindo a absorção de glicose no duodeno e reduzindo o aumento de glicose no sangue. (Bevilacqua et al., 2018)(Chukwuma et al., 2016)(Cammarata et al., 1992)(Kollros et al., 1990)(Unfer et al., 2016)(Facchinetti et al., 2020)
O Inositol e seus isômeros, mio-inositol e D-quiro-inositol são moléculas abundantes no ovário bem como no fluido folicular atuando dessa forma no desenvolvimento folicular e nas vias de sinalização de insulina. O mio-inositol estimula as vias de sinalização do hormônio folículo estimulante (FSH) como um mensageiro secundário enquanto D-quiro-inositol é responsável pela síntese de andrógenos mediados por insulina e pode atuar como inibidor de aromatase. O balanço entre esses dois compostos leva ao funcionamento normal da secreção hormonal e da função ovariana. (Unfer et al., 2014)(Facchinetti et al., 2016) Logo, a deficiência em mio-inositol leva a vários problemas com relação a função ovariana normal. (Kamenov et al., 2020)
ASCORBATO DE CÁLCIO
O ascorbato de cálcio é um composto químico inorgânico o qual é caracterizado por ser a forma ativa da vitamina C (ânion ascorbato), muito utilizado para pacientes que possuem níveis baixos dessa vitamina. Nessa esteira, o ascorbato de cálcio é utilizado como antioxidante agindo da mesma forma que a vitamina C. (Weight et al., n.d.)(Johnson, 1995)(Mittu et al., 2022) Porém esse composto é absorvido mais rapidamente do que a vitamina C. (Bush et al., 1987)
Num estudo publicado por Rowe et al., evidenciou-se que a utilização de ascorbato de cálcio em conjunto com metabolitos da vitamina C aumentou a produção de nódulos mineralizados e de proteínas colagenosas. Os autores indicam que entender os mecanismos que facilitam a formação de tecidos mineralizados possuem um enorme potencial para a utilização clínica pois podem facilitar processos de cicatrização e regeneração óssea. (Rowe et al., 1999)
ASCORBATO DE MAGNÉSIO
O ascorbato de magnésio, de forma idêntica ao ascorbato de cálcio pois possui a forma ativa da vitamina C – ascorbato. Logo, pode ser utilizado com antioxidante da mesma forma que a vitamina C. Porém o ascorbato de magnésio possui uma solubilidade maior do que a solubilidade de cálcio em água. (Mishelevich et al., 2008) Além disso, o ascorbato de magnésio é uma fonte de íons magnésio, os quais participam de vários processos biológicos, sendo que a deficiência desse mineral está associada com hipertensão, isquemia cardíaca, arritmia, pre-eclâmpsia, e outras doenças graves. (Touyz, 2004)(Wacker et al., 1968) Nessa esteira, de acordo com o estudo publicado por Constantinescu et al., o ascorbato de magnésio possui um efeito cardioprotetor pronunciado. (Laky et al., 1984) Outros estudos indicam que a terapia com magnésio e indicada para arritmias graves e taquicardia ventricular. (Shechter, 2010)(Arsenian, 1993)(Kolte et al., 2014)(Chakraborti et al., 2002)
Outros efeitos da suplementação de magnésio estão relacionados com a prevenção de fraturas e com o aumento da densidade óssea. (Sojka, 1995) Além disso o magnésio produz uma redução pequena, porém clinicamente importante, da pressão sanguínea. (Kass et al., 2012)(Jee et al., 2002) Adicionalmente, o magnésio possui um papel significante relacionado com o treinamento de força em humanos. (Brilla et al., 1992)
Além dos efeitos relatados acima, foi demonstrado que o magnésio é efetivo para o tratamento de depressão leve e moderada em adultos. (Tarleton et al., 2017)
Piridoxal-5-fosfato (VITAMINA B6)
O piridoxal-5-fosfato e uma molécula orgânica caracterizada por ser a forma ativa da vitamina B6. Esse composto é uma coenzima que atua numa variedade de reações enzimáticas em amino ácidos, glicose e metabolismo de lipídeos. (Hideyuki Hayashi et al., 1990) Os níveis inadequados dessa coenzima estão intimamente relacionados com várias patologias neurológicas como por exemplo a doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esquizofrenia, epilepsia e autismo. (di Salvo et al., 2012)
De acordo um estudo publicado por Hartman et al., o piridoxal-5-fosfato (vitamina B6) está associado com a prevenção de câncer de pulmão. Nesse estudo, indivíduos possuindo altos níveis séricos de vitamina B6 demonstraram uma diminuição no risco associado ao desenvolvimento do câncer de pulmão. Outras vitaminas (folato, vitamina B12 e homocisteína) também foram investigadas, porém não demonstraram nenhuma correlação com a diminuição do risco de desenvolvimento do câncer de pulmão. (Hartman et al., 2001)
Uma revisão publicada por Paul et al. evidenciou que o piridoxal-5-fosfato possui um efeito positivo contra inflamações. Os estudos recentes compilados nessa revisão mostraram que a correlação inversa entre o piridoxal-5-fosfato presente no plasma e a inflamação pode ser o fator responsável pela mobilização dessa coenzima para o site da inflamação desencadeando um efeito imunomodulador por reações dependentes de piridoxal-5-fosfato. Tal fato faz com que a demanda do piridoxal-5-fosfato presente no plasma aumente durante processos inflamatórios. Contudo uma maior quantidade de estudos em animais ou culturas celulares deve ser realizado no intuito de investigar os detalhes associados com a resposta imune causada por essa coenzima. (Paul et al., 2013) Outro estudo publicado por Dhalla et al. mostrou que o piridoxal-5-fosfato também possui efeitos cardioprotetores. Foi evidenciado nesse trabalho que essa propriedade está associada com a diminuição da ocorrência da sobrecarga de íons Ca2+ através do bloqueio de receptores purinérgicos pelo piridoxal-5-fosfato. (Dhalla et al., 2013) Para uma revisão de literatura recente evidenciando os efeitos cardioprotetores da vitamina B6 ver: (Kumrungsee et al., 2021)
Ácido Pantotênico (VITAMINA B5)
O ácido pantotênico e uma vitamina essencial que serve como precursor para a síntese da coenzima A (CoA). (Sanvictores et al., 2021) Assim como a vitamina B6 o ácido pantotênico participa numa ampla gama de reações metabólicas envolvendo lipídeos, proteínas e carboidratos. (Miller et al., 2020) Essa vitamina pode ser encontrada em vários alimentos tanto de origem vegetal quanto animal, fazendo com que sua deficiência seja rara em humanos. Para referências evidenciando a importância da CoA para o funcionamento celular normal dentre outras funções ver: (Miller et al., 2020) A deficiência do ácido pantotênico é uma causa potencial de perturbação metabólica e neuro degeneração na doença de Huntington (Patassini et al., 2019) e está relacionada com a neuro degeneração e demência na doença de Alzheimer. (Jingshu Xu et al., 2020)
De acordo com os estudos de Aprahamian et al., a suplementação de ácido pantotênico acelerou o processo de cicatrização em coelhos. Nesse estudo foi evidenciado que a suplementação pré e pós operativa de ácido pantotênico aumentou a aponeurose após a cirurgia. Além disso, a quantidade de fibroblastos nas cicatrizes também aumentou significantemente após a utilização da suplementação. A aceleração do processo de cicatrização observado nesse estudo pode estar relacionada com o aumento da multiplicação celular durante o primeiro período pós-operatório. Contudo o mecanismo detalhado para tal função ainda requer estudos mais aprofundados. (Aprahamian et al., 1985) Outro estudo publicado por Wen et al. mostrou que a suplementação de ácido pantotênico provocou um aumento no crescimento de peixes bem como um aumento a atividade enzimática intestinal. (Z‐P Wen et al., 2009) Ainda nessa esteira, Jaroenporn et al., demonstraram que a suplementação desse ácido estimula a secreção de corticosterona e progesterona pelas células adrenais em ratos machos. Nesse estudo a presença de ácido pantotênico também induziu a hiper resposta adrenal após estimulação. (Jaroenporn et al., 2008)
S-ADENOSIL-L-METIONINA (SAMe)
A S-adenosil-L-metionina e uma molécula orgânica a qual possui a função de cofator enzimático envolvido na síntese de glutationa além de ser responsável por reações de transferência de grupos metila para ácidos nucleicos, proteínas e lipídios em mais de 40 reações. (Cantoni, 1952) Essa molécula é formada pela adenosina trifosfato (ATP) e por metionina através da enzima metionina transferase. (Anstee et al., 2012) A maior parte de sua produção e consumo ocorre no fígado.
Essa molécula vem sendo intensamente estudada nos últimos anos por sua atuação benéfica com relação a doenças hepáticas. (Anstee et al., 2012)(Tkachenko et al., 2016) Estudos clínicos demonstraram que a utilização de SAMe no tratamento de colestase intra-hepática. (Gonzalez‐Correa et al., 1997) Nesse contexto, o tratamento com SAMe demonstrou redução dos índices bioquímicos referentes a colestase (Fiorelli et al., 1999) bem como diminuição de sintomas de fatiga e prurido (coceira). (Mario Frezza et al., 1990)(Manzillo et al., 1992)(B Qin et al., 2000)(Hardy et al., 2002). Para outros estudos clínicos utilizando a SAMe no tratamento de colestase da gravidez ver: (Nicastri et al., 1998) (Ribalta et al., 1991)(M Frezza et al., 1990)(Mario Frezza et al., 1984)(Floreani et al., 1996)(Lafuenti et al., 1988)(Lafuenti et al., 1988) De acordo com os resultados publicados por Tkachenko et al., a utilização de SAMe em conjunto com prednisolona apresenta melhores resultados no tratamento de hepatite alcoólica comparado com o uso de SAMe individualmente. (Tkachenko et al., 2016)
Além dos efeitos relatados acima, outros trabalhos científicos também indicam que SAMe também e aplicado no tratamento da depressão. Porém tal afirmação ainda carece de dados mais profundos e um corpo de pesquisa maior para a total validação e aplicação de SAMe no tratamento clínico de tal desordem. (Papakostas et al., 2003)(Galizia et al., 2016) Outro efeito marcante do SAMe está relacionado com o tratamento de osteoartrite. De acordo com o trabalho de Soeken et al., a utilização dessa substância reduz a dor relacionada e aumenta a funcionalidade em pacientes com essa desordem. Deve-se ressaltar que esse tratamento não apresentou efeitos adversos. (Soeken et al., 2002)
Pirroquinolina Quinona (PQQ)
A Pirroquinolina quinona, pqq, é uma molécula orgânica solúvel em água pertencente a classe das quinonas a qual possui características químicas do ácido ascórbico, riboflavina e da vitamina B6. Esse composto é um cofator da enzima dehidrogenase, um catalisador da enzima amina oxidase e um antioxidante poderosos devido sua habilidade de reagir com radicais livres. (Stites et al., 2000)(McIntire, 1998)(Jonscher et al., 2021) Uma característica marcante dessa molécula é sua habilidade de possuir uma eficiência da ordem de 100 a 1000 maior do que o ácido ascórbico, isoflavonoides, menadiona e compostos polifenólicos. (Stites et al., 2000)
A suplementação de PQQ reduziu reatividade da proteína C-reativa, dos níveis de interleucina-6 e dos níveis de malonaldeídos no plasma. (Harris et al., 2013) A biogênese mitocondrial, a função cognitiva e a memória também foram aumentadas em humanos. (Hwang et al., 2020)(Hao Wen et al., 2020)(Nakano et al., 2016)(Shiojima et al., 2021)
Outros estudos clínicos indicam que a suplementação com PQQ atenuou a nefrotoxicidade induzida em ratos. Nesses trabalhos foi sugerido que o PQQ tem como alvo o fator eritroide 2 relacionado o qual está associado com doenças renais. (Xinhui Lin et al., 2020)(Ziqiang Wang et al., 2019) Além disso, foi demonstrado que a suplementação de PQQ provoca atenuação da inflamação tanto em experimentos in vivo quanto in vitro. (Xinhui Lin et al., 2020)(Ziqiang Wang et al., 2019) Para trabalhos evidenciando a atividade do PQQ no que diz respeito a diminuição da inflamação hepática em ratos obesos ver: (Devasani et al., 2020) Para diminuição de danos hepáticos causados por cadmio e mercúrio ver: (Raghuvanshi et al., 2016)
Outras propriedades do PQQ demonstradas cientificamente incluem suas atividades relacionadas com a proteção cardíaca e muscular (Bauerly et al., 2011)(Tao et al., 2007)(Bo-qing Zhu et al., 2006)(Bo-qing Zhu et al., 2004)(Lixia Liu et al., 2021) e atividades neuro protetoras contra a doença de Parkinson, derrame, e traumatismo craniano. (Qi Zhang et al., 2020)(Q I Zhang et al., 2016)(Jiaojiao Qin et al., 2015)(Lu et al., 2018)(Chowanadisai et al., 2010)(Cheng et al., 2021) Para estudos baseados em testes clínicos evidenciando os benefícios da utilização do PQQ para neuro proteção em humanos ver: (Nakano et al., 2016)(Yonghua Zhang et al., 2006)
COBRE QUELATO
O composto denominado cobre quelado e a combinação do elemento cobre, na forma Cu2+, com aminoácidos. Diferentemente dos sais de cobre, no caso do cobre quelado ocorre uma absorção muito maior desse elemento pelo corpo. Tal característica é fundamentalmente igual a outros compostos que se ligam a amino ácidos como por exemplo o zinco. A deficiência desse elemento no organismo pode ocasionar três patologias: doença de Menke, doença de Wilson e a síndrome do corno occipital, as quais podem ser tratadas utilizando a suplementação de cobre quelado no intuito de atingir os níveis normais da homeostase de cobre no organismo. (Kodama et al., 2012)(Hordyjewska et al., 2014) O cobre quelado em conjunto com zinco e ferro são conhecidos por regular funções neuronais. Dessa forma compostos de cobre quelado podem ser considerados como drogas potenciais para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Porém os mecanismos de ação dessa classe de compostos ainda precisam ser investigados a fundo. (Lanza et al., 2018)(Hordyjewska et al., 2014)
Cherny et al., demonstraram que cobre e zinco, ambos quelados, podem ser utilizados como uma terapia potencial para a doença de Alzheimer. Esse resultado está intimamente associado com a inibição da acumulação da proteína β-amiloide neocortical, os quais foram solubilizados por cobre e zinco, ambos quelados, em experimentos in vitro. (Cherny et al., 2001) Adicionalmente, esse estudo demonstrou que a utilização de cobre e zinco quelados provocou uma estabilidade maior nos parâmetros gerais de peso corporal e da saúde geral dos animais testados. (Cherny et al., 2001)
Os compostos de cobre quelado também são alvo de intensas investigações relacionadas com terapias anticâncer. Nesse contexto os compostos de cobre quelado inibem a angiogênese tanto em experimentos in vivo quanto in vitro. Nessa esteira, vários experimentos utilizando animais e testes clínicos apoiam a hipótese da utilização de compostos contendo cobre quelado como agentes antiangiogênicos. (Camphausen et al., 2004)(Pan et al., 2002)(Wei-Qun Ding et al., 2005)(Masanobu Hayashi et al., 2007)(Pan et al., 2002)(Khan et al., 2002)(Moriguchi et al., 2002)(YOSHIDA et al., 1995)(Steven S Brem et al., 1990)(Pan et al., 2002)(Steven Brem et al., 2005)(Brewer et al., 2000)
GLUTATIONA
A glutationa é um tripeptídeo composto pela cisteína, glicina e ácido glutâmico. A glutationa desempenha papéis importantes na defesa antioxidante, metabolismo de nutrientes e regulação de eventos celulares (expressão gênica, síntese de DNA e proteínas, proliferação e apoptose celular, transdução de sinal, produção de citocinas e resposta imune e glutationilação de proteínas). (Dalle-Donne et al., 2009) Sua deficiência contribui para o estresse oxidativo, que desempenha um papel fundamental no envelhecimento e na patogênese de muitas doenças (incluindo, convulsão, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, doença hepática, fibrose cística, anemia falciforme, HIV, AIDS, câncer, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e diabetes). (Wu et al., 2004)
A glutationa na sua forma reduzida (GSH) é um antioxidante intracelular crítico que ajuda a limitar o impacto do estresse oxidativo e a proteger os componentes celulares vitais (lipídios, proteínas, DNA) contra a peroxidação prejudicial. Os efeitos antioxidantes do GSH dependem da presença do grupo sulfidril livre como uma fonte pronta de equivalentes redutores para extinguir espécies de radicais. Além de atuar como um eliminador “sacrificial” direto de espécies reativas de oxigênio (ROS) potencialmente prejudiciais. O GSH fornece equivalentes redutores para apoiar a atividade antioxidante das peroxidases de GSH, uma poderosa defesa contra peróxidos (R–OOH, por exemplo, peróxido de hidrogênio, HO–OH). (Pompella et al., 2015)
A glutationa também é necessária para a biossíntese de leucotrienos e prostaglandinas. Adicionalmente, esse composto desempenha um papel no armazenamento de cisteína e aumenta a função da citrulina como parte do ciclo do óxido nítrico. É também um cofator e atua na glutationa peroxidase. (Ha et al., 1999)(Grant, 2001)
TRIPHALA
A triphala é a combinação dos frutos secos de três espécies de plantas nativas do subcontinente indiano: Emblica officinalis pertencente à família Euphorbiaceae; Terminalia bellerica pertencente à família Combretaceae e Terminalia chebula também pertencente à família Combretaceae. Essa mistura e vastamente utilizada na medicina ayurvédica por mais de 1000 anos e suas propriedades estão relacionadas a promoção de longevidade e rejuvenescimento em pacientes de todas as idades. (Peterson et al., 2017) Estudos fitoquímicos contém diversos polifenóis e taninas. Essas classes de compostos estão intimamente ligadas às propriedades farmacológicas exibidas por essa mistura. (Gowda et al., 2012)
De acordo com a medicina ayurvédica, o uso da triphala é crucial para o tratamento gastrointestinal. Estudos com animais mostraram que os extratos aquosos e alcoólicos previnem a diarreia. (Y S Biradar et al., 2008) Em ratos possuindo úlcera induzida por estresse essa mistura exibiu um efeito gastroprotetivo. (Nariya et al., 2011) Num estudo envolvendo testes clínicos em humanos evidenciou-se que o tratamento com triphala reduziu a constipação, muco, dor abdominal, flatulência e hiperacidez em pacientes com desordens gastrointestinais. Adicionalmente, nesse estudo foi observado que houve uma melhora na frequência, consistência e na quantidade de fezes. Essa propriedade significante da triphala é creditada ao alto nível de flavonoides presentes nessa mistura. (Mukherjee et al., 2006)(Rayudu et al., 2014)
Vários outros estudos indicam que triphala possui efeitos benéficos com relação a redução de estresse e ansiedade. Estudos em animais apresentam vários efeitos positivos na utilização da triphala com relação a tais desordens. (Dhanalakshmi et al., 2007)(Ramasundaram Srikumar et al., 2006) Porém estudos clínicos em humanos são necessários no intuito de avaliar tais propriedades. Assim como as propriedades gastrointestinais, essa redução de estresse está relacionada ao efeito antioxidante dessa mistura. (Ramasundaram Srikumar et al., 2006)(Carlsen et al., 2010)(Kumari et al., 2009)(Rasool et al., 2007)
Estudos clínicos também evidenciam que a triphala possui propriedades antiobesidade e antidiabéticas. O tratamento com a triphala diminuiu a porcentagem de gordura corporal e peso corporal. Adicionalmente, essa mistura diminuiu o nível de colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas de baixa densidade. No que diz respeito a seu efeito antidiabético, a triphala exibe ações similares as drogas farmacêuticas comercializadas mundialmente, as quais inibem enzimas digestivas e diminuem a absorção de glicose através da inibição de enzimas glicolíticas, dessa forma reduzindo os níveis de glicose no sangue. Um estudo demonstrou que a triphala inibe as enzimas pancreáticas alpha-amilase e alfa-glicosidase, responsáveis por quebrar polissacarídeos em moléculas de glicose. (Gurjar et al., 2012) Para outros estudos evidenciando as propriedades farmacológicas da triphala ver: (Patel et al., 2012)(Rajan et al., 2008)(Yang et al., 2013)(Ganeshpurkar et al., 2015)
Essa mistura também possui propriedades benéficas relacionadas a doenças cardiovasculares através da diminuição dos níveis de colesterol total, ácidos graxos, lipoproteína de baixa densidade em ratos. (Saravanan et al., 2007)(Maruthappan et al., 2010) Outra propriedade presente nessa mistura diz respeito aos seus efeitos antimicrobianos contra bactérias isoladas do vírus da imunodeficiência humana e contra outras bactérias. (R Srikumar et al., 2007)(Yogesh S Biradar et al., 2008)(Tambekar et al., 2011)(Gautam et al., 2012)(Prakash et al., 2014)(Srinagesh et al., 2012)(KL Shanbhag, 2015)(Pradeep et al., 2016)(Mamgain et al., 2017)(Bhattacharjee et al., 2015)(Naiktari et al., 2014)(Shakouie et al., 2014)
Além das propriedades evidenciadas acima, vários outros estudos indicam que a triphala possui propriedades radio protetivas, atuando na prevenção de mutações do DNA e mutagênese. (Baliga et al., 2013)(Sandhya et al., 2006)(S Kaur et al., 2002)(Naik et al., 2005); propriedades antineoplásicas em várias células cancerígenas incluindo células do câncer de mama, próstata, colón e pâncreas. (Swayamjot Kaur et al., 2005)(Shi et al., 2008)(Vadde et al., 2015); propriedades antioxidantes devido a presença de várias vitaminas e flavonoides. Tal propriedade também está relacionada com a manutenção da saúde dos olhos. (Gupta et al., 2010); propriedades anti-inflamatórias (Kumari et al., 2009)(Kalaiselvan et al., 2015b)(Kalaiselvan et al., 2015a)(Kalaiselvan et al., 2016)(Reddy et al., 2009); propriedades antienvelhecimento (Varma et al., 2016) dentre outros. (Peterson et al., 2017)