ANVISA - O USO DE MEDICAMENTOS A BASE DE HIPÉRICO (HYPERICUM PERFORATUM) JUNTO A ANTICONCEPCIONAIS PODE DIMINUIR SUA ATIVIDADE FAVORECENDO A OCORRÊNCIA DE GRAVIDEZ INDESEJADA
HIPERATIVIDADE CARE, adicionado a padrões vibracionais, tem ação na modulação e regulação na hiperatividade cerebral, em virtude dos bioativos existentes nesse suplemento.
O azul de metileno vem sendo estudado há bastante tempo, por sua efetividade na regulação da microcirculação dos lobos occipitais bilaterais, gânglios basais, tálamos, lóbulos parietais, giro cingulado anterior e no cerebelo. Alguns trabalhos apontam também uma melhora no desempenho da memória e em outras regiões do cérebro associadas com a memória a curto prazo também. A regulação do fluxo sanguíneo foi observada por ressonância magnética, porque o Azul de metileno leva à uma reatividade vascular cerebral.
Outros mecanismos de ação do Azul de Metileno observadas: inibição da enzima monoamina oxidase, efeito sobre a transdução de sinal neuronal, participação no metabolismo energético, na função mitocondrial e no mecanismo redox. Outra ligação é a ativação da bomba de Cálcio da Membrana Plasmática (PCMA), que está prejudicada por exemplo no Alzheimer. O Azul de metileno, inibe de maneira reversível a MAO-A e inibe de maneira mais fraca a MAO-B, podendo causar uma síndrome serotoninérgica em pacientes que estão em uso de antidepressivos inibidores da MAO. Estudos que confirmam esse achado, indicam que o uso de MB por via oral não incide riscos de síndrome serotoninérgica em pacientes em uso de medicamentos serotoninérgicos. Apesar do efeito de inibição da MAO, o efeito antidepressivo do azul de metileno não se dá por essa inibição e sim pelo efeito bioquímico de redução de compostos oxidativos. Uma vez que o azul de metileno inibe a produção exacerbada de óxido nítrico, o qual em excesso acaba produzindo muita oxidação no SNC, ocorre diminuição da quantidade de peroxinitrito e a consequente neurotoxidade destes subprodutos. Na mitocôndria onde acontece grande parte da produção de ATP da célula, o azul de metileno funciona como um aceptor de elétrons, dessa maneira há uma diminuição de espécies reativas de oxigênio dentro da célula. Esse mecanismo é uma das maneiras de neuro proteção pois diminui fatores oxidativos que geram danos celulares.
Quando há diminuição da disfunção mitocondrial, logo o aumento do inflamassoma o qual é um complexo proteico intracelular envolvido no processo inflamatório. O azul de metileno inibe parcialmente a ativação de dois inflamassomas da micróglia, induz produção de compostos reativos de oxigênio, sendo esse complexo proteico associado a condições de graves distúrbios psiquiátricos. A inibição desses inflamassomas faz com que haja uma diminuição de citocinas pró-inflamatória, como interleucina-6, interleucina-1β e fator de necrose tumoral-α, inibindo também a apoptose celular.
O azul de metileno ainda inibe a agregação da proteína tau, também observada uma diminuição de depósito e agregação da proteína β-amiloide e bloqueio do depósito de proteína tau hiperfosforilada no cérebro. Também foi observada uma ação interessante em episódios depressivos, episódios de mania e claustrofobia.
O Aconitum napelus é muito utilizado na homeopatia para tratar agitação, ansiedade, fobia, medo, pânico, sintomas psíquicos que evoluem de forma muito rápida e agravam com o frio. Quando vamos para as pesquisas dos bioativos do mesmo, é observado uma atividade cardíaca marcante dos alcaloides diterpênicos, devido ao efeito nos canais de Na+ dependentes de voltagem. Possui ação antiepiléptica, muito provavelmente por inibirem a excitabilidade do hipocampo.
O hipérico tem uma atividade leve a moderada como antidepressivo, sem efeitos colaterais, ansiolítico, neuropatias, insônia, em virtude de dois bioativos, a hiperforina, com ação nos receptores dos neurotransmissores do SNC, tendo a capacidade de inibir a recaptação da Serotonina, Dopamina, Noradrenalina, L-glutamato e GABA; e a Hipericina, com ação nas fendas pré-sinápticas, inibir a Monoamino oxidase (MAO) tendo também interação com a Dopamina e receptores opioides. Outros bioativos são encontrados no hipérica, flavonoides, rutina, quercetina, isoquercetrina, trazendo com isto uma grande atividade antioxidante e quelação de metais. Com tudo isto tem uma ação neuro protetora principalmente contra agressões tóxicas. O hipérico tem também atividade antibacteriana (Staphylococcus aureus e bactérias gram positiva), antifúngica, antiviral, anticarcinogênica e pro-apoptótica. Outra ação muito boa do Hypericum, sua ação no citocromo P450, pela sua grande ação de induzir a excreção de toxinas do organismo. O hipérico contém também bioatraquinonas, flavonol, isoflavonas, glicosídeos, kaempferol, biapigenina, os quais inibem significativamente a peroxidação lipídica do peptídeo beta amiloide, e células em geral cerca de 59%. Outra ação do hipérico é a inibição da butirilcolinesterase e da acetilcolinesterase, cerca de 50%, que auxilia a não degeneração cerebral. A biapegenina outro bioativo do hipérico, diminui a habilidade da mitocôndria acumular cálcio dentro (modula a permeabilidade), diminuindo assim a excitotoxicidade.
Aconitum napellus (ACÔNITO)
Aconitum L. é um grande gênero da família Ranunculaceae, consistindo em mais de 300 espécies distribuídas por todo o mundo. A maioria dessas espécies cresce naturalmente em grandes altitudes no hemisfério norte além de serem tradicionalmente utilizadas na medicina popular. Outras espécies de acônito comuns para fins medicinais incluem: Aconitum coreanum (Levl.) Rapaics (Guanbaifu), Aconitum bullatifolium Levl. var. homotrichum W. T. Wang., Aconitum japonica Thunb., Aconitum alboviolaceum Kom. (Baihuawuto), Aconitum paniculigerum var. wulingense (Nakai) W. T. Wang (Wulingwutou), Aconitum brachypodum Diels. (Xueshangyizhihao), Aconitum pendulum Busch. (Tiebangchui), Aconitum subrosulatum Hand.-Mazz (Xuanweiwutou) e Aconitum lycoctonum L. (Langduwutou). (Solanke et al., 2019)
Dentre os estudos realizados no acônito, observa-se que essa planta possui efeitos antiepilépticos significativos. O qual pode ser devido ao número de substituintes aromáticos presentes em seus constituintes isolados tais como: C 6-benzoil-heteratisina, 1-benzoilnapelina, lappaconidina e 14 benzoiltalatisamina. Esse grupo de compostos químicos provocaram inibição da excitabilidade hipocampal em ratos mais fortemente do que heteratisina, napelina, lappaconidina e talatisamina, respectivamente. (Huang et al., 2014) (Nagao et al., 2007) (Koch et al., 2019)(Kumar et al., 2013)
O acônito também possui atividade cardíaca marcante devido a presença de alcaloides diterpênicos. Essa atividade ocorre principalmente nos canais de Na+ dependentes de voltagem. Dependendo do seu mecanismo de ação os alcaloides diterpênicos presentes no Acônito podem ser subdivididos em alcaloides arritmogênicos e antiarrítmicos. (Prasanth et al., 2019)
De acordo com experimentos antiprotozoários in vitro, vários alcaloides diterpênicos do tipo atisina isolados do acônito demonstraram efeitos antiproliferativos em experimentos in vitro contra Leishmania infantum, esses alcaloides foram testados nos estágios extracelular e intracelular do parasita. Dentre os compostos testados, três alcaloides inibiram o crescimento de L. infantum de forma semelhante ao medicamento utilizado como referência. Adicionalmente, esses compostos não demonstraram toxicidade para as células hospedeiras. (Xu et al., 2018)
Cloreto de metiltionínio (AZUL DE METILENO)
O azul de metileno e um composto químico que tem seu nome oficial (IUPAC): 3,7-bis (Dimethylamino)- phenothiazin-5-ium chloride. De acordo com o trabalho publicado por Rafael S. Costa et al., esse composto atua na diminuição da incidência e na gravidde da síndrome vasoplégica em pacientes de alto risco (Costa et al., 2017) Nessa esteira, estudos evidenciaram a diminuição da mortalidade em pacientes vasoplégicos após cirurgia cardíaca com azul de metileno em comparação com placebo. (Costa et al., 2018)(Cassia B. Detoni et al., 2012) Adicionalmente, o azul de metileno - um potente inibidor da guanilato ciclase mostrou-se muito eficaz na melhora da pressão arterial e da função cardíaca no choque séptico. (Razis et al., 2014) (C. B. Detoni et al., 2009) (Bennett et al., 2003)
O azul de metileno atua reagindo dentro das hemácias para formar o azul de leucometileno, que é um agente redutor da hemoglobina oxidada, convertendo o íon férrico (Fe3+) de volta ao seu estado ferroso transportando oxigênio (Fe2+). (Hamza, 2010)
O azul de metileno já era usado há cerca de 100 anos contra a malária, mas desapareceu quando a cloroquina (CQ) e outras drogas entraram no mercado. No entanto, estudos recentes mostraram a eficácia do Azul de Metileno como um agente antimalárico eficaz e barato. (Fahey, 2005) O azul de metileno também foi considerado para prevenir a metemoglobinemia - uma complic
ação grave da anemia da malária. (Mbikay, 2012)
Pesquisas recentes sugerem que o azul de metileno e outros cicladores redox induzem a apoptose seletiva de células cancerígenas por geração biorredutora dependente de NAD (P) H: quinina oxidorredutase (NQO1) de estresse oxidativo celular. Assim, o azul de metileno está sendo investigado para o tratamento fotodinâmico do câncer. (Shaban et al., 2012)
Outra utilização menos conhecida do Azul de Metileno é a sua utilidade no tratamento da neurotoxicidade da ifosfamida. Um metabólito tóxico da ifosfamida, o cloroacetaldeído, rompe a cadeia respiratória mitocondrial, levando ao acúmulo de nicotinamida adenina dinucleotídeo hidrogênio (NADH). O azul de metileno atua como um aceptor alternativo de elétrons e reverte a inibição do NADH da gliconeogênese hepática, ao mesmo tempo em que inibe a transformação da cloroetilamina em cloroacetaldeído, além de inibir múltiplas atividades da amina oxidase, impedindo a formação de cloroacetaldeído. (Francis et al., 2004)
De acordo com Sreelatha et al., o azul de metileno tem sido usado para tratar o priapismo de alto fluxo por injeção intracavernosa, que é conhecido por antagonizar o fator de relaxamento derivado do endotélio. (Sreelatha et al., 2009)
A relação entre o azul de metileno e a doença de Alzheimer atraiu recentemente cada vez mais atenção científica. Guevara et al. demonstraram que o azul de metileno que atenua nas formações de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares e reparação parcial de deficiências na função mitocondrial e no metabolismo celular. (Guevara et al., 1999)
Apesar de ainda ser relativamente pouco estudado, o azul de metileno é um composto químico muito interessante para tratamentos de patologias neurais devido suas propriedades antioxidantes e habilidade de atravessar a barreira hematoencefálica o tornam um neuro protetor significante. De acordo com a revisão sistemática publicada por Pereira Guerra et. al. existem resultados favoráveis a utilização do azul de metileno na terapia relacionada com transtornos mentais e principalmente com doenças neurodegenerativas. Existem evidencias de que o azul de metileno produz ações benéficas em pacientes com Alzheimer e Parkinson porém quando utilizado como tratamento complementar. Neste contexto, pesquisas cientificas relacionadas com inibição de óxido nítrico (NO) neuronal, acepção de elétrons através da respiração celular, inibição da agregação da proteína tau, oxidação de proteínas Aβ e ativação de PCMA deverão ser realizadas para que se tenha uma melhor noção da atuação e mecanismos do azul de metileno relativos a suas propriedades neurológicas. (Guerra, P. H. P. et. al., 2021)
Hypericum perforatum (HIPÉRICO)
O hipérico também chamado de erva de São Joao e uma pequena erva encontrada tanto na Asia quanto na Europa e América. Suas tinturas e óleos tem sido extensamente utilizado para o tratamento de uma grande quantidade de desordens físicas e psicológicas, as quais incluem infecção externa, inflamações, depressão e ansiedade. No que diz respeito a depressão, o hipérico foi comprovadamente útil para o tratamento de formas amenas e moderadas dessa enfermidade, levando a uma expansão significativa de sua utilização. Nesse contexto, a Alemanha, por exemplo, constatou que o hipérico ultrapassa as vendas de antidepressivos convencionais como o Prozac (Wise et al., 2019) possivelmente devido ao seu custo-benefício. (Solomon et al., 2013) Para um trabalho evidenciando evidências atuais e os potenciais mecanismos de ação com relação a doenças psiquiátricas e desordens neurodegenerativas ver: (Zirak et al., 2019)
Sem dúvida a atividade antidepressiva do hipérico está entre suas propriedades mais bem estudadas. Nesse contexto vários trabalhos científicos foram publicados no intuito de elucidar os componentes químicos relacionados com tal atividade, levando a conclusão de que a propriedade antidepressiva está relacionada com a alta concentração de hipericina naftodiantrona e hiperforina prenilada. (Ramezani et al., 2017)(Soelberg et al., 2007) Porém como a hiperforina e o único composto capaz de cruzar a barreira hematoencefálica e interagir com neurotransmissores, esta molécula e creditada como a principal responsável pelos efeitos antidepressivos observados. (Wise et al., 2019) Para um trabalho mostrando a composição química e a avaliação farmacológica de extratos do hipérico ver: (Sloley et al., 2000)
Os efeitos neuro protetores presentes no hipérico também são alvo de muitos grupos de pesquisa e tem atraído a atenção da comunidade cientifica por vários anos. Neste contexto, Altun et. al. demonstrou que vários extratos (em acetato de etila, em metanol e em água) dessa planta demonstraram inibição de acetilcolinesterase e butilcolinesterase. De acordo com os autores, essa propriedade está relacionada com a atividade antioxidante significante exibida pela presença de compostos fenólicos nos extratos. Esse resultado indica que a utilização do hipérico em pacientes com depressão e patologias neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. (Zirak et al., 2019) (Altun et al., 2013)
Além dos efeitos psicológicos relatados, o hipérico exibiu efeito benéfico relacionado aos sintomas físicos e comportamentais da síndrome da tensão pré-menstrual. (Canning et al., 2010) Outro estudo mostrou que o hipérico também em exibe atividade anti-inflamatória, a qual é devida à presença de flavonoides. Esses compostos também atuam em atividades relacionadas a limpeza de radicais e exercem atividade hepatoprotetora. (Canning et al., 2010)
Pterodon emarginatus (SUCUPIRA)
As plantas do gênero Pterodon (Fabaceae/Leguminosae), conhecidas popularmente como "sucupira branca" ou "faveira", encontram-se distribuídas pela região central do Brasil e são frequentemente utilizadas na medicina popular por suas propriedades antirreumáticas, analgésicas e anti-inflamatórias. Tanto seus extratos quanto seus metabólitos puros têm sido investigados em modelos experimentais in vivo e in vitro. Nessa planta encontram-se flavonoides, triterpenos, esteroides os quais estão relacionados às suas atividades farmacológicas (Hansen et al., 2010)
Na medicina popular, as infusões de vinho em que estão presentes sementes do gênero Pterodon possuem efeito benéfico no tratamento da artrite reumatoide. Os resultados, in vitro e in vivo, dessa pesquisa demonstraram que a administração de doses extremamente altas do óleo de sementes de P. pubescens são não mutagênicas, não tóxicas e não citotóxicas para células mononucleares do sangue humano. Outros trabalhos mostram que efeitos tóxicos subagudos não foram observados com extrato hidroalcoólico em estudos hematológicos, histopatológicos, clínicos e bioquímicos em camundongos artríticos. Adicionalmente observa-se que efeitos antinociceptivos dos extratos etanólicos de sementes de P. pubescens, os quais confirmam seu uso na medicina popular. (Cardoso et al., 2008)(Sabino, Castro, et al., 1999)(Marsen Garcia P. Coelho et al., 2004)(Sabino, Gayer, et al., 1999)(Pinto Coelho et al., 2001)(Silva et al., 2010)(Luciana Pontes Coelho et al., 2005)
Dutra et al. estudaram o teor de compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante de sementes de P. emarginatus. Observou-se que as frações butanólicas e metanólicas das sementes de P. emarginatus demonstraram um acentuado efeito sequestrador do radical DPPH (hidrato de 2,2-difenil-2-picrilhidrazila). (Dutra et al., 2008) Outros estudos demonstraram o potencial efeito tripanocida contra Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, do extrato etanólico oleaginoso de sementes de P. pubescens e suas frações. (Menna-Barreto et al., 2008)(Ulian Araújo et al., 2005)(Hansen et al., 2007)
Ainda na área de parasitosis observou-se que o óleo essencial do fruto de P. pubescens inibiu a penetração das cercárias de Schistosoma mansoni. Um dos compostos identificados como componente deste óleo foi o 14,15-epoxigeranilgeraniol, molécula isolada por Mors et al., a qual se mostrou eficaz como agente quimioprofilático na esquistossomose. (Dos Santos F et al., 1972)(Santos Filho et al., 1987)(Mors et al., 1967)(Mahajan et al., 1973)(Fascio et al., 1976)
Foi demonstrado numa tese de doutoramento que o óleo obtido das sementes de P. pubescens apresentou atividade antimicrobiana expressiva em experimentos in vitro. (NETO, 1976)
Considerando a espécie P. polygalaeflorus, observou-se que o extrato etanólico das sementes apresentou atividade larvicida significativa contra o mosquito Aedes aegypti. Adicionalmente, foi relatado que o extrato hidroalcoólico foi o broncodilatador mais ativo comparado com plantas amplamente utilizadas no nordeste brasileiro para doenças do trato respiratório. (Nunan et al., 1982)(Duarte et al., 1996)(De Omena et al., 2006)(Leal et al., 2000)