ERUPÇÃO CARE
50ml

Erupção care traz o conceito de minimizar os efeitos deletérios que acontecem quando os dentes erupcionam, tais como, diarreia, dor, agitação, febre, podendo até acontecer episódios de convulsão. As fitoterapias modulam estes sintomas, auxiliando as crianças a passarem por esta fase mais tranquilas.


Artemisia vulgaris L. (ARTEMISIA)

Artemisia vulgaris é uma espécie muito conhecida, natural de muitos países como América do Sul, Norte, África, Ásia e Europa.

Durante muitos séculos foi utilizada para tratamento ginecológicos e gastrointestinais(Barney et al., 2003)(Wichtl, 2004) porém mais recentemente, os trabalhos demonstraram que a Artemisia vulgaris tem propriedades antioxidantes hipolipidêmica (Afsar et al., 2013), hepatoprotetora, antiespasmódica, analgésica, estrogênica (Lee et al., 1998), antibacteriana, antifúngica, hipotensiva, citotóxica (ajuda no combate às células cancerígenas) e bronqueodilatadora (Temraz et al., 2008; Govindaraj et al., 2013).

Outras aplicações da Artemisia vulgares, é possível em virtude dos óleos essenciais, flavonoides (quercetina, luteolina), sesquiterpenos, lactonas, ácidos fenólicos, cumarinas, etc.

Artemisia vulgaris também é chamada de “a mãe das ervas”, e era usada para aplicações tópicas em feridas, gota, minimizar peso nas pernas e tratar febre (Stoll et al., 1992).

Outros usos antigos da A. vulgaris: nas esteatoses hepáticas e nas pancreatites (Lonitzer et al., 1703), epilepsia e neuroses(Madaus, 1979).

Segundo uma das últimas edições da Farmacopéia Européia e Francesa, a A. vulgaris está listada como utilização homeopática, indicada para usos de alterações no ciclo menstrual, menopausa, distúrbios nervosos, epilepsia, sonambulismo e ansiedade (Barney et al., 2003).

Os autores observaram efeito mediano quanto à analgesia da A. vulgaris, provavelmente induzida pela Rutosida, derivados do Ácido hidroxibenzóico e derivados do Ácido cafeico (Pires et al., 2009)

Artemisia vulgaris inibiu a enzima Monoamina oxidase (MAO) no cérebro, provavelmente pela presença dos flavonoides: jaceosina, eupafolina, luteolina, apigenina, quercetina e cumarinas (Lee et al., 2000).

A A. vulgaris, tem ação citotóxica, isto é inibição do crescimento de células tumorais MCF7, HeLa, A7R5, 293T, HL-60 e SW-480, pela presença dos componentes dos flavonoides dos óleos essenciais (Jakovljević et al., 2020; Saleh et al., 2014)

Foi observada a ação antifúngica e antibacteriana, Escherichia coli, Salmonella enteritidis, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Candida albicans e Aspergillus niger, provavelmente associada com a presença dos óleos: 1,8-cineole, α-thujone e camphene (Obistioiu et al., 2014; Blagojević et al., 2006).

Efeito antialérgico em pele e sensibilidade no olho foi descrito pelos autores com a A. vulgaris(Olsen et al., 1995).

Myristica fragrans (NOZ MOSCADA)

Até meados do século XIX a única fonte mundial de noz-moscada eram as pequenas ilhas Banda nas Molucas, Indonésia.

A noz-moscada é estimulante, carminativa, adstringente e afrodisíaca; é usada em tônicos e electuários, constituindo um componente de preparações mais prescritas para disenteria, dor de estômago, flatulência, náuseas, vômitos, malária, reumatismo, ciática e estágios iniciais da lepra.

(Grover, et al., 2002) estudaram os efeitos farmacológicos da noz moscada e descobriram uma ação efetiva com um bom efeito antidiarreico e também propriedade sedativa significativa.

Os extratos da M. fragrans, possuem efeito analgésico fraco, porém sem efeitos nocivos na pressão arterial e no ECG.(Jan, et al., 2005)

Na Índia, esta especiaria é tradicionalmente usada desde os tempos antigos, para a preservação de produtos alimentícios, pois têm propriedades antioxidantes e antissépticas (De et al., 1999)

Referências Bibliográficas

Afsar, S. K., Kumar, K. R., Gopal, J. V. and Raveesha, P., Assessment of Anti-Inflammatory Activity of Artemisia Vulgaris Leaves by Cotton Pellet Granuloma Method in Wistar Albino Rats, Journal of Pharmacy Research, vol. 7, no. 6, pp. 463–67, 2013.

Barney, J. N. and DiTommaso, A., The Biology of Canadian Weeds. 118. Artemisia Vulgaris L., Canadian Journal of Plant Science, vol. 83, no. 1, 2003. DOI: 10.4141/P01-098

Blagojević, P., Radulović, N., Palić, R. and Stojanović, G., Chemical Composition of the Essential Oils of Serbian Wild-Growing Artemisia Absinthium and Artemisia Vulgaris, Journal of Agricultural and Food Chemistry, vol. 54, no. 13, pp. 4780–89, 2006.

Govindaraj, S. and RanjithaKumari, B. D., Composition and Larvicidal Activity of Artemisia Vulgaris L. Stem Essential Oil against Aedes Aegypti., Jordan Journal of Biological Sciences, vol. 6, no. 1, 2013.

Jakovljević, M. R., Grujičić, D., Vukajlović, J. T., Marković, A., Milutinović, M., Stanković, M., Vuković, N., Vukić, M. and Milošević-Djordjević, O., In Vitro Study of Genotoxic and Cytotoxic Activities of Methanol Extracts of Artemisia Vulgaris L. and Artemisia Alba Turra, South African Journal of Botany, vol. 132, pp. 117–26, 2020.

Lee, S.-J., Chung, H.-Y., Lee, I.-K., Oh, S.-U. and Yoo, I.-D., Phenolics with Inhibitory Activity on Mouse Brain Monoamine Oxidase (MAO) from Whole Parts of Artemisia Vulgaris L (Mugwort), Food Science and Biotechnology, vol. 9, no. 3, pp. 179–82, 2000.

Lee, S.-J., Chung, H.-Y., Maier, C. G.-A., Wood, A. R., Dixon, R. A. and Mabry, T. J., Estrogenic Flavonoids from Artemisia Vulgaris L., Journal of Agricultural and Food Chemistry, vol. 46, no. 8, pp. 3325–29, 1998.

Lonitzer, A., and Uffenbach, P., Kräuter-Buch Und Künstliche Conterfeyungen Der Bäumen, Stauden, Hecken, Kräuter, 1703

Madaus, G., Lehrbuch Der Biologischen Heilmittel, Georg Olms Verlag, 1979.

Obistioiu, D., Cristina, R. T., Schmerold, I., Chizzola, R., Stolze, K., Nichita, I. and Chiurciu, V., Chemical Characterization by GC-MS and in Vitro Activity against Candida Albicans of Volatile Fractions Prepared from Artemisia Dracunculus, Artemisia Abrotanum, Artemisia Absinthium and Artemisia Vulgaris, Chemistry Central Journal, vol. 8, no. 1, pp. 1–11, 2014.

Olsen, O. T., Frølund, L., Heinig, J., Jacobsen, L. and Svendsen, U. G., A Double-Blind, Randomized Study Investigating the Efficacy and Specificity of Immunotherapy with Artemisia Vulgaris or Phleum Pratense/Betula Verrucosa., Allergologia et Immunopathologia, vol. 23, no. 2, pp. 73–78, 1995.

Pires, J. M., Mendes, F. R., Negri, G., Duarte‐Almeida, J. M. and Carlini, E. A., Antinociceptive Peripheral Effect of Achillea Millefolium L. and Artemisia Vulgaris L.: Both Plants Known Popularly by Brand Names of Analgesic Drugs, Phytotherapy Research: An International Journal Devoted to Pharmacological and Toxicological Evaluation of Natural Product Derivatives, vol. 23, no. 2, pp. 212–19, 2009.

Saleh, A. M., Aljada, A., Rizvi, S. A. A., Nasr, A., Alaskar, A. S. and Williams, J. D., In Vitro Cytotoxicity of Artemisia Vulgaris L. Essential Oil Is Mediated by a Mitochondria-Dependent Apoptosis in HL-60 Leukemic Cell Line, BMC Complementary and Alternative Medicine, vol. 14, no. 1, pp. 1–15, 2014

Stoll, U. and Ohlmeyer, A., Das Lorscher Arzneibuch, Wissenschaftliche Verlagsgesellschaft mbH, 1992.

Temraz, A. and El-Tantawy, W. H., Characterization of Antioxidant Activity of Extract from Artemisia Vulgaris., Pakistan Journal of Pharmaceutical Sciences, vol. 21, no. 4, 2008.

Wichtl, M., Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals: A Handbook for Practice on a Scientific Basis., Medpharm GmbH Scientific Publishers, 2004.