ARTICULAÇÃO SUPPORT CARE e os padrões vibracionais adicionados, compõem um “plus” na saúde articular por ajudar a drenar toxinas que, porventura, estejam depositadas nas mesmas, ajudando a desocupar receptores para que os nutrientes possam fazer a sua parte. Também possui muitos antioxidantes, polifenóis, com atividades antibactericidas, antifúngica e antivirais, bem como atividades de melhora da microcirculação e respiração mitocondrial. Todas estas propriedades devem minimizar desconfortos osteoarticulares. Pode-se associar o ARTICULARE CARE e o OSTEO HEALTH CARE para complementar os bio-estímulos e a micronutrição articular.
Smilax japecanga (JAPECANGA)
Este é um grupo de plantas nativas das regiões tropicais e subtropicais do Brasil. Possui como características folhas gabras, flores esverdeadas com frutos globosos. Observa-se que este conjunto de plantas vem sendo utilizado por muito tempo (séculos) por povos indígenas para diversos tratamentos, os quais incluem impotência sexual, reumatismo, problemas cutâneos e como fortificante natural.
Além dos usos relatados acima, há relatos que datam do século XV mencionando seu uso para purificação sanguínea, diurético, diaforético e para o tratamento de sífilis e outras doenças venéreas. (Hobbs, 1988) Observou-se através de testes clínicos realizados na China, que a eficácia da japecanga contra a sífilis foi de 90% em casos agudos e 50% em casos crônicos. (Leung et al., 1996) Essa propriedade significativa provavelmente é devido a atividade antibiótica presente nesta planta. (d’Amico, 1950)(Fitzpatrick, 1954) Ainda através de testes clínicos em seres humanos, foi comprovada sua eficácia no tratamento da lepra. (Rollier, 1959)
As atividades farmacológicas desse grupo de plantas estão relacionadas principalmente a presença de um conjunto de esteroides, bem como saponinas nos seus tecidos. (Leung et al., 1996)(Willard et al., 1991)
Juglans hindsii (NOGUEIRA NEGRA)
É uma espécie de árvore do gênero Juglans existente nos Estados Unidos. Seus grãos foram extensivamente utilizados pelos nativos norte-americanos como fonte de alimento e para fins medicinais no tratamento de diarreia, cólica e cólica biliar. (Nolan et al., 1999)
Ho et al. demonstraram a atividade antibacteriana da nogueira negra através de experimentos envolvendo seus grãos de nóz preta bem como seus compostos antibacterianos isolados (por exemplo, glansreginina A, ácido azeláico) contra uma bactéria Gram-positiva (Staphylococcus aureus RN6390. (Ho et al., 2018)
As capacidades anti-inflamatórias de outra espécie comum de Juglans, a nogueira inglesa (Juglans regia L.) foram bem estabelecidas em experimentos in vitro e in vivo. (Willis et al., 2010) (Ros, 2015)
Além dos benefícios relatados acima, Na Pan et al. demonstraram que o consumo de noz inglesa reduz o risco de diabetes tipo 2. (Pan et al., 2013)
O consumo de nogueira negra também está relacionado com a redução na incidência de eventos cardiovasculares. (2013)
Zanthoxylum tingoassuiba (TINGUACIBA)
Zanthoxylum tingoassuiba A. St.-Hil., Rutaceae, também conhecida como tinguaciba, é uma das 25 espécies endêmicas do Brasil. Essa planta é utilizada na medicina popular e era comercializada no Brasil desde 1923 como componente ativo de uma formulação fitoterápica prescrita para cãibras musculares e espasmos. Também é comercializada como um chá de ervas. (Costa et al., 2018) (Cinara Vasconcelos Da Silva et al., 2008)
De acordo com Detoni et al. a avaliação in vitro do óleo essencial de Z. Tingoassuiba exibiu atividade antimicrobiana significativa contra Gram bactérias positivas e fungos dermatófitos. Velozo et. al demonstrou que os alcaloides de benzofenantridina dihidroqueleritrina e N-metilcanadina, juntamente com outros fitoquímicos presentes na tinguaciba são responsáveis pela sua atividade antibacteriana. (C. B. Detoni et al., 2009) (Costa et al., 2017)
Estudos fitoquímicos nas raízes de tinguaciba permitiram a identificação de importantes compostos bioativos, os quais foram submetidos a testes in vitro contra T. cruzi e L. Amazonensis revelando que alguns dos compostos encontrados na espécie possuem atividade antiparasitária. (Costa et al., 2018)
O óleo essencial extraído das partes aéreas de tinguaciba foi incorporado com sucesso em multi-elipossomas unilamelares no intuito de fornecer uma alternativa para a pesquisa de terapia de glioma. (Cassia B. Detoni et al., 2012)
Curcuma zedoaria (ZEDOÁRIA)
Originária da Ásia, Índia, China e Japão, bem aclimatada no Brasil, tem como nome científico Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe, também chamada de falso açafrão. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antidispéptica, antiespasmódica, imunoestimulante, hepatoprotetora, hipolipemiante, antifúngica, antiséptica, analgésica, cicatrizante, expectorante, antitussígena e antitumoral.
(Pamplona et al., 2006), constatou que os seus rizomas são ricos em terpenoides, os quais exibem muitas propriedades farmacológicas e podem ser utilizados nas funções de expectorante, diurético, colagogo, rubefaciente, hepatoprotetor, além de possuir aplicações no tratamento de gastrite e como profilático em odontologia (Rana et al., 1992).
(Yoshioka et al., 1998), obteve resultados muito interessantes em artrite crônica, pela Deidrocurdiona ser capaz de inibir a atividade da ciclooxigenase e formação de radicais livres.
(Syu et al., 1998), demonstrou que a Curcumina, Demetoxicurcumina, Curculonol e outros compostos, foram citotóxicos contra células cancerígenas de ovário humano.
(Ficker et al., 2003), encontraram resultados satisfatórios antifúngicos, frente os microrganismos, Candida albicans, Tricophyton mentagrophytes e Aspergillus niger.
Eugenia myrciantes (LARANJINHA DO MATO)
Essa planta é originária da Mata Atlântica nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Se apresenta tanto na forma Arbustiva, com até 1 metro de altura ou na forma Arvoreta, podendo alcançar até 6 metros de altura. Possui adaptação a diversos tipos de solo ou de clima, podendo facilmente crescer em vasos ou diretamente no solo.
Estudos indicaram que Eugenia myrciantes são excelentes fontes de compostos antioxidantes capazes de neutralizar radicais livres. Através de experimentos in vivo observou-se que a laranjinha do mato apresenta significante propriedades anti-inflamatórias, fato que parece estar relacionado à ação antioxidante de seus extratos etanólicos na eliminação dos radicais livres liberada por neutrófilos. Análises fitoquímicas mostraram que compostos bioativos, como por exemplo, epicatequina e ácido gálico estão presentes nessa planta em altas concentrações, os quais podem ser os responsáveis por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
(Infante et al., 2016) (LORCA et al., 1995)
Costus spicatus (CANA DO BREJO)
É uma planta de 1 a 2 m de altura. Suas folhas são grandes, de formato e suas flores são reunidas em inflorescências terminais (estróbilos) podendo ter coloração variando de vermelho à rosa claro ou branco. É encontrada comumente em áreas úmidas, como beira de rios ou lagos, mas também pode ocorrer em áreas de savana ou afloramentos rochosos.
Observa-se que a cana do brejo exerce efeitos citotóxicos moderados em células cancerosas humanas, além de efeitos anti-inflamatórios e antinociceptivos moderados. (Dizaye et al., 2013)
Os extratos metanólicos de folhas de cana do brejo também demonstraram atividades inibitórias in vitro sobre α-glicosidase, formação de frutosamina, glicação e ligações cruzadas de proteínas induzidas por glicação. (Balzarini et al., 1992)
Turker et al. reportou que boa atividade anti-inflamatória foi exibida pelos compostos isolados da cana do brejo. Tal resultado está alinhado com a utilidade desta planta no tratamento tradicional e sintomas relacionados à inflamação. (Turker et al., 2008) Para resultados de atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias em roedores ver: (Sarma Kataki, 2012)
A diosgenina, uma saponina esteroidal de ocorrência natural encontrada em abundância na cana do brejo, é um precursor de alta relevância para a síntese de várias drogas esteroides amplamente utilizadas na indústria farmacêutica. Esse composto químico demonstrou propriedades anticancerígenas e efeitos apoptóticos na proliferação celular. (Testai et al., 2002) (Hajhashemi et al., 2013)
Experimentos sugeriram que o extrato da cana do brejo exibe um mecanismo central para a inibição de dor e inibir a síntese de prostaglandinas. Esses resultados estão alinhados com a tradicional administração de decocção de C. spicatus para tratar distúrbios inflamatórios, inibição de dor incluindo aqueles causados por envenenamento por Bothrops atrox. (Harput et al., 2005)
Mikania hirsutíssima DC (CIPÓ CABELUDO)
O cipó cabeludo é descrito como uma epífita reptante e/ou hemicriptófita reptante de distribuição neotropical. Pode ser encontrada como corticícola e/ou rupícola e é facilmente reconhecida por seu caule longo intensamente revestido por escamas e folhas dimorfas (as estéreis são ovadas e as férteis lanceoladas). O Microgramma vacciniifolia é conhecido popularmente como erva-silvina, erva-silveira, erva-tereza, erva-de-lagarto, cipó-peludo. Muitos relatos apontam esta espécie como um poderoso adstringente, sendo também recomendada para hemorragias, expectorações, diarreias, disenterias, cólicas intestinais e hidropsia. (Peres et al., 2009)
Foi demonstrado por Patriota et al. que a lectina de microgramma vacciniifolia é um potente agente antitumoral contra sarcoma 180 em camundongos. Os autores acreditam que o efeito antitumoral exibido pode estar ligado à atividade citotóxica da lectina através da indução de apoptose e da sua atividade antiangiogênica. Adicionalmente, a capacidade imunomoduladora da lectina também pode estar ligada a capacidades antitumorais. (Patriota et al., 2021)
Microgramma vacciniifolia (Polypodiaceae) fronde lectina (MvFL), quando administrada por via intraperitoneal, possui efeito anti-inflamatório em dois modelos de inflamação aguda. A MvFL influencia a liberação de mediadores da inflamação pelas células imunes. Destaca-se que a capacidade do MvFL de modular todos esses mediadores pode ser utilizada terapeuticamente para controlar, regular e limitar processos inflamatórios agudos para prevenir danos. (de Siqueira Patriota et al., 2022)
Além disso a miicrogramma vacciniifolia (Polypodiaceae) fronde lectina (MvFL) apresentou atividades antibacterianas e antitumorais in vivo e, portanto, pode ser considerada como uma alternativa de origem natural para o desenvolvimento de candidatos à terapia contra infecções invasivas e tratamento do câncer. (Gabriela Cavalcante da Silva et al., 2022)
O extrato salino e a fração rica em lectina (MvRL) derivados de M. vacciniifolia, apresentaram atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias em camundongos. Ambos os extratos inibiram tanto a dor periférica como a dor central e foram eficazes contra a inflamação induzida termicamente e quimicamente, reduzindo a migração celular e a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Os resultados também indicaram o envolvimento de receptores opioides e canais K+-ATPase. (Cavalcante da Silva et al., 2021)
Siparuna apiosyce (Mart.) A. DC (LIMÃO BRAVO)
O limão (Citrus Limonia) é uma árvore perene nativa da Ásia. Seus frutos possuem coloração amarelada e são usados para diversos fins, incluindo culinária e limpeza. O sabor azedo, devido a presença de cerca de 5% a 6% de ácido cítrico, característico do suco de limão, o torna um ingrediente chave em bebidas e alimentos. Os limões são fonte de vitamina C, fornecendo 64% do valor diário em uma porção de 100 g. Os limões também contêm numerosos fitoquímicos, incluindo polifenóis e terpenos. (Hla Soe, 2020)
Os limões exibem atividade anticancerígena e antibacteriana em extratos rudimentares do seu caule, raiz, folhas e flor (Dhanavade et al., 2011) (Masson et al., 2016) Foi demonstrado que o limão possui atividade antioxidante devido a presença de flavonoides (hesperidina e hesperetina). Adicionalmente, foi evidenciado que a vitamina C previne a formação de radicais livres e protege o DNA contra mutações. Estudos também mostraram uma redução na peroxidação lipídica em convulsões em ratos adultos. (Parhiz et al., 2015)(Xavier et al., 2007)
Vários estudos in vitro e in vivo conduzidos nos metabólitos do limão bravo, exibiram efeitos anti-inflamatórios. (Parhiz et al., 2015) O óleo essencial de C. limon (30 ou 10 mg/kg p.o.) também exibiu efeitos anti-inflamatórios em camundongos. Esses efeitos também foram obtidos com quantidades semelhantes de D-limoneno puro. Dessa forma pode-se concluir que o efeito anti-inflamatório do óleo essencial de C. limon é provavelmente devido à alta concentração de D-limoneno (Amorim et al., 2016) para resultados em comparação com a indometacina ver: (Tsujiyama et al., 2013)
Extratos de acetona de frutos de C. limon mostraram atividade inibitória contra as bactérias Gram-positivas (Enterococcus faecalis) e Bacillus subtilis e Gram-negativas (Salmonella typhimurium e Shigella sonnei). (Otang et al., 2016)
Estudos realizados por Mohanapriya et al. mostraram que houve redução na glicose no sangue, redução no tempo de cicatrização de feridas, além de um aumento na taxa de crescimento de tecido, na síntese de colágeno e nos níveis de proteína e hidroxiprolina em ratos diabéticos. (Mohanapriya et al., 2013)
Estudos mostraram que o D-limoneno presente no limão aumenta a motilidade gástrica e causa redução da náusea, neutralização dos ácidos estomacais e alívio do refluxo gástrico. (Millet, 2014)
Estudos in vitro e in vivo utilizando coelhos como modelo confirmaram que o suco de C. limon tem um impacto significativo na pressão arterial e nos fatores de coagulação e anticoagulação. Nesses experimentos o tempo de sangramento e o tempo de trombina foram significativamente prolongados, além de provocar um aumento nos níveis de proteína C e do complexo trombina-antitrombina. (Riaz et al., 2014)
Estudos também mostraram que o principal composto do óleo essencial de C. limon – D-limoneno, quando administrado a camundongos por inalação, exibe um efeito calmante e ansiolítico significativo ao ativar os receptores de serotonina e dopamina. Além disso, o D-limoneno tem um efeito inibitório sobre os receptores da dor, semelhante ao da indometacina e da hioscina. (Lima et al., 2013)
Persea americana (ABACATEIRO)
O abacateiro, é uma árvore de aproximadamente 20 m, nativa da América Central.
A observação no estudo das folhas do abacateiro, confirma o uso desta planta na prática etnomédica, para o controle do diabetes. (Antia et al., 2005)
Os resultados do estudo feito por Kooti et. al. sugerem que a folha de abacateiro pode ser usada como remédio complementar natural na hipertensão essencial e em certos casos de disfunções cardíacas. (Kooti et al., 2016)
A decocção das folhas de abacateiro, teve efeito na diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica em pacientes hipertensos. (Fibriana et al., 2018)
Os resultados do trabalho publicado por Castro-López mostraram claramente que os compostos da Persea americana possuem poderosa atividade antioxidante. (Castro-López et al., 2019)
Os resultados obtidos por Adeyemi et al. indicam que o extrato da folha do abacateiro, possui efeitos analgésicos e anti-inflamatórios interessantes. (Adeyemi et al., 2002)
De acordo com pesquisas feitas por Ojewole et al., observa-se que o extrato aquoso da folha de Persea americana, possui uma propriedade anticonvulsivante sugerindo uma credibilidade farmacológica aos usos etnomédicos sugeridos da planta no manejo de convulsões e epilepsia na infância. (Ojewole et al., 2006)
Quillaja saponaria (QUILAIA)
Quillaja saponaria Molina é uma árvore nativa do Chile. O crescimento dessas árvores é regionalmente limitado. Com base em requisitos climáticos específicos, as árvores nativas Quillaja saponaria crescem apenas entre as latitudes 30° S e 38° S conforme referenciado por Schlotterbeck et. al. O nome Quillaja vem da palavra chilena quillean, que significa lavar, e se relaciona à atividade detergente das saponinas de Quillaja. O primeiro extrato de saponina enriquecido de Quillaja saponaria Molina foi obtida por Dalsgaard (1978), que posteriormente denominou este extrato Quil A. Desde então, a demanda por saponinas Quillaja para aplicações industriais aumentou muito devido à sua ampla aplicabilidade nas indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. (Reichert et al., 2019)
Foi observado que a quilaia exibiu uma alta atividade hemolítica e requereram baixas concentrações inibitórias mínimas (0,1 mg/mL) contra Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium e Escherichia coli. (Hassan et al., 2010)
As atividades anti-inflamatórias de extratos de Quillaja ou de seus componentes individuais foram determinados em estudos in vivo com camundongos pré-inflamados por ácido araquidônico ou acetato de 12-O-tetradecanoilforbol-13. O extrato aquoso de saponinas da quilaia administrado aos camundongos mostrou uma eficiência anti-inflamatória apenas ligeiramente menor do que o comumente administrado pela droga indometacina. (Sarkhel, 2016)(Rodríguez-Díaz et al., 2011)
A sua atividade antiviral foi relatada em uma concentração de 0,01 mg/mL. O extrato de saponinas de quilaia causou, por exemplo, a inativação de 50% do vírus vaccinia em células humanas. Uma taxa de morte celular de 50% foi determinada para células humanas quando 0,9 mg/mL do extrato de saponina Quilaia foi adicionado. Os autores deste trabalho concluíram que o extrato de saponina de Quilaia interrompeu o envelope e as proteínas do capsídeo viral e, portanto, forneceu as atividades antivirais observadas em baixas concentrações (abaixo dos níveis humanos de toxicidade celular). (Roner et al., 2007)
Dixit et al e Chapagain et al. descreveram atividade antifúngica moderada de saponinas da casca de Q. saponaria contra diferentes espécies de fungos: Alternaria solani (47,5%), Pythium ultimum (59,12%), Fusarium oxysporum (56,11%) e Verticillium dahliae (35,92%), mas não para espécies de Colletotrichum coccodes. (Dixit et al., 2010)(Chapagain et al., 2007)
Foi observado que as saponinas das cascas de Q. saponaria apresentaram atividade antiparasitária, in vitro, num sistema de fermentação ruminal. (Holtshausen et al., 2009)
As saponinas provenientes da Quilaia também são descritas como agentes terapêuticos para o tratamento e prevenção de doenças cancerígenas. Um dos primeiros estudos a demonstrar o potencial antitumoral das saponinas foi realizado com Quil-A®, onde a fração da planta prolongou a sobrevivência de camundongos com leucemia. Como as saponinas interagem com o colesterol das membranas celulares e, consequentemente, causam danos à membrana, lise celular e necrose, pode-se concluir que as saponinas apresentam alta toxicidade para ser utilizada clinicamente. Contudo, esses efeitos tóxicos podem ser revertidos pela conversão de frações de Q. saponaria em nanopartículas estáveis, ligando-as ao colesterol. (Wang, 2005) (Ebbesen et al., 1976) (Hu et al., 2010)
A. V. Rao et al. demonstrou que o efeito hepatoprotetor da saponina da casca de Quilaia é provavelmente devido à melhora do estresse oxidativo e supressão da expressão da NOS, mantendo a integridade e o funcionamento dos hepatócitos. Nesse contexto, a diminuição dos níveis séricos de TG e TC pode ser explicada pela diminuição da absorção intestinal de colesterol e pela redução dos níveis de colesterol, acompanhada pelo aumento da atividade da HMG-CoA redutase e dos níveis de receptores de LDL no fígado. (Rao et al., 2000)
Urtica dioica L (URTIGA)
A urtiga é uma planta herbácea perene que cresce em regiões temperadas e áreas de deserto tropical no mundo todo. Devido a suas propriedades farmacológicas, a urtiga está entre as principais plantas da farmacopeia europeia desde os tempos antigos. (Asgarpanah et al., 2012) (Joshi et al., 2014)
Tanto o extrato hidroalcóolico quanto o extrato metanólico mostraram atividade antioxidante significativa. Destaca-se que o extrato aquoso também atua na eliminação de radicais livres, de ânions superóxido, na eliminação de peróxido de hidrogênio e em atividades quelantes de metais. (Gülçin et al., 2004) (Asgarpanah et al., 2012) (Mavi et al., 2004) (Harput et al., 2005)
Adicionalmente, de acordo com os resultados publicados por Bnouham et al., o extrato aquoso de urtiga mostrou um efeito na redução de glicose significativa contra ratos diabéticos. (Bnouham et al., 2003) O extrato aquoso de urtica dioica também exibiu efeito inotrópico associado a uma diminuição acentuada da frequência sem afetar a pressão cardíaca. (Legssyer et al., 2002)
O extrato da urtiga mostrou atividade hepatoprotetora significativa em hepatócitos isolados de rato (in vitro) e em coelhos (in vivo) atuando contra a degeneração hepatocelular e alterações necróticas. (Kanter et al., 2005)
A urtiga também possui atividade anti-hiperlipidêmica muito potente reduzindo os níveis de lipídios e lipoproteínas no sangue. Experimentos utilizando o seu extrato administrado por 30 dias a ratos alimentados com dieta normal ou hiperlipídica melhorou os níveis de lipídios no sangue. Também provocou a diminuição significativa do colesterol total e as taxas de densidade/colesterol de alta densidade (LDL/HDL) por meio de concentrações mais baixas de LDL. (Daher et al., 2006) Ainda considerando o extrato aquoso da planta inteira, Dizaye relatou a presença de atividade diurética e natriurética em coelhos. (Dizaye et al., 2013)
Turker et al. mostraram que o extrato metanólico da urtiga possui atividade bactericida contra E. coli, P. aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pyogenes, S. Aureus, S. Epidermidis, S. pyogenes, S. aureus e S. Epidermidis. (Turker et al., 2008) O extrato metanólico da planta também exibiu inibição de espasmos abdominais induzidos por ácido acético e edema de pata induzido por carragenina (Hajhashemi et al., 2013) e atividade anti-helmíntica (Sarma Kataki, 2012)
Nelumbo nucifera (RAIZ DE LÓTUS)
É uma planta nativa da Ásia possuindo flores que variam de coloração entre rosadas ou brancas. Um fato interessante sobre a raiz de lótus diz respeito à longevidade das suas sementes, as quais que podem germinar após um longo tempo (séculos)
Estudos demonstram que os extratos de folhas, raízes, sementes e flores possuem várias propriedades terapêuticas significativas. (You et al., 2014) (Li et al., 1989)
De acordo com Xu et al., a raiz fresca de lótus contém amido e minerais abundantes, incluindo cálcio, cobre, ferro, magnésio e zinco. (XU et al., 1986)
De acordo com Mukherjee, Das et al., o extrato metanólico dos rizomas de Nelumbo nucífera Gaertn (FINN), foi testado em experimentos in vivo e exibiu propriedades antidiarreicas. Os animais tratados com o extrato mostraram atividade inibitória significativa contra a diarreia induzida pelo óleo de mamona. Dentre os resultados observados, o extrato estudado também mostrou a significativa na motilidade gastrointestinal em ratos. (P. K. Mukherjee, Das, et al., 1995) Adicionalmente, foram observadas atividades antibacterianas contra Staphylococcus aureus ATCC 29737, Escherichia coli ATCC 10536, Bacillus subtilis ATCC 6633, Bacillus pumilis ATCC 14884 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619. (P. K. Mukherjee, Balasubramanian, et al., 1995) (Mehta et al., 2013)
De acordo com Jae-Joon Lee et al., o extrato etanólico de raiz de lótus exerce efeito hipocolesterolêmico ao reduzir a concentração de colesterol sérico em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta de alto teor em colesterol. (Lee et al., 2006)
Os resultados do trabalho realizado por Pulok Kumar Mukherjee, Pal et al. indicaram que o extrato metanólico do rizoma possui atividade hipoglicemiante favorável em animais hiperglicêmicos. (Pulok Kumar Mukherjee, Pal, et al., 1995)
Foi demonstrado por Du et al. que o extrato de água quente de raiz de lótus tanto sozinho quanto combinado com taurina (na forma de suplemento) exibe atividade antioxidante em experimentos tanto in vivo quanto in vitro. Foi possível observar que o extrato de água quente de raiz de lótus combinado com suplementação de taurina também demonstra efeitos hepatoprotetores em ratos obesos. (Du et al., 2010)De acordo com os resultados publicados por Pulok K. Mukherjee, Pal, et al., o extrato metanólico dos rizomas de Nelumbo nucífera induziu significativamente a diurese em ratos albinos. Efeitos dependentes da dose foram observados no volume urinário e foi relatado que houve um aumento significativo de atividade natriurética e clorurética, mas a caliurese foi menor que a natriurese. (Pulok K. Mukherjee et al., 1996)
Y. Jiang et al. realizou um estudo envolvendo vários vegetais para a determinação de suas atividades antioxidantes através da inibição da lise de eritrócitos induzida por radicais peroxil e inibição da peroxidação lipídica. Nesse trabalho a raiz de lótus exibiu a atividade antioxidante mais forte comparada com as espécies analisadas. (Jiang et al., 2010)
Moringa oleifera (MORINGA)
M. oleifera é uma árvore de folha caduca de crescimento rápido que pode atingir uma altura de 10 a 12 metros (33 a 39 pés. Sua casca possui uma cor cinza-esbranquiçada e é cercada por cortiça grossa. Observa-se que as flores dessa árvore são perfumadas e hermafroditas e possuem cerca de 1–1,5 cm (3⁄8–5⁄8 in) de comprimento e 2 cm (3⁄4 in) de largura.
Estudos in vitro e in vivo com a planta têm recomendado sua eficácia no tratamento de inflamação, hiperlipidemia e hiperglicemia. (Razis et al., 2014) (Bennett et al., 2003) (Fahey, 2005) (Mbikay, 2012)
Foi demonstrado que o tratamento com Moringa estimula efeitos hepatoprotetores contra lesões hepatocelulares bloqueando o aumento de dois soros, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), ambos indicadores das condições de saúde do fígado. (Hamza, 2010)
Verma et. al demonstrou que o efeito ulcerogênico total foi reduzido em úlceras gástricas induzidas por estresse e aspirina, mostrando uma atividade antiulcerogênica de forma dose-dependente pelo extrato etanólico da folha a 50%. O extrato diminuiu a secreção de ácido-pepsina e exibiu propriedades protetoras da úlcera. (Shaban et al., 2012)
Ajit et al. confirmou a atividade hipoglicêmica da Moringa oleifera, a qual causou uma redução significativa da glicose no sangue. Além disso houve inibição da enzima ciclooxigenase e da peroxidação lipídica. (Francis et al., 2004)
De acordo com Sreelatha et al., os extratos das folhas de Moringa oleifera exibem forte atividade antioxidante contra os radicais livres. O extrato previne danos oxidativos às principais biomoléculas e confere proteção significativa contra danos oxidativos. (Sreelatha et al., 2009)
O composto chamado niazimicida, presente na Moringa oleifera, foi alvo de testes carcinogênicos em testes in vivo na pele de camundongos. Esse composto químico diminuiu a incidência de tumores de camundongos portadores de papiloma em 80% durante 10 semanas e 17% em 20 semanas de utilização e retardou a formação de novos tumores. (Guevara et al., 1999)
Extratos de Moringa, bem como sua saponina isolada, também exibiram efeitos antioxidantes contra danos oxidativos induzido por PAH 7(12-dimetilbenz(a) antraceno (DMBA)). (Sharma et al., 2012)